Reflitamos o conselho do apóstolo São Paulo: “ Examinai tudo e abraçai o que é bom”.
Nossa Ordem evoluiu, moralizou-se e cristianizou-se. Assim, os tempos são chegados.
Assim sendo, o que a Maçonaria quer é ação.
“A Maçonaria – disse o Venerável Irmão Dupontés – “é uma frivolidade inocente, quando se ocupa somente das formas.”
O verdadeiro, o genuíno maçom, porém, trabalha incessantemente, para “cavar masmorras ao vício e erguer templos à virtude”!
Foi com este propósito que para aqui viestes, meus Irmãos? Se não foi, errastes, batendo a porta do nosso Templo.
Contemplai, com os olhos do espírito sincero e inquiridor, os emblemas e as alegorias que aí vedes. Elas devem falar ao vosso espírito mais do que os nossas palavras. Estudai-os e neles encontrareis a dura realidade do dever.
Na Câmara de reflexões, onde fostes recebido, devíeis Ter observado ali, nos seus emblemas fúnebres, o fim de todos os homens. As sentenças morais ali insculpidas deveriam levar-vos a uma séria meditação sobre a morte e, consequentemente, sobre a fragilidade e miséria da nossa natureza.
Perguntamo-vos: deixastes sepultado ali o vosso orgulho, a vossa vaidade?
Mais franco ainda é o irmão GOFFIN, na sua “Histoire Populaire de la Franc-Maçonnerie":
“Quando a Maçonaria concede a entrada em seus templos a um judeu, a um maometano, a um católico, a um protestante, é com a condição de que esse tal se há de tornar daí em diante um homem novo, que há de abjurar os seus erros passados, que há de abandonar as superstições com que embalaram a sua mocidade. A não ser assim, que vem ele cá fazer em nossas assembléias maçônicas?”
Urge compreender que nos reunimos em recintos fechados para combater, em primeiro lugar, a Ignorância, a Superstição, e a Tirania, os maiores inimigos da Humanidade.
Entretanto, não é de estranhar que maçons e Maçonaria sejam alvos das setas de inimigos tão soezes e inconscientes, quando nos lembramos de que, até em nossos dias, infelizes há que pretendem ridicularizar o Divino Rabi da Galiléia.
Por isso, conformamo-nos e não podemos deixar de suplicar ao GADU, como fez o Divino Mestre Jesus: “Perdoa-lhes, Pai, eles não sabem o que fazem!”
Cumpre esclarecer que propriamente a Maçonaria não tem inimigos: os seus inimigos são inimigos do Bem!
O verdadeiro maçom observa os preceitos elementares da nossa Ordem, tais como:
- Adora e ama, sobretudo, o GADU, que é Deus.
- Ama a humanidade.
- Não faças mal a ninguém, mas, fazei todo o bem que puderes, pelo amor ao próprio bem, mesmo aos inimigos, se é que aspiras à perfeição; porque não só és responsável pelo mal que fizeres, mas pelo bem que deixares de fazer.
- Conhece-te a ti mesmo: corrige os teus defeitos e vence as tuas paixões.
- Nos teus atos mais secretos sabes que há o olho onividente da Providência: ele te vê. Supõe sempre que tens todo o mundo por testemunha.
- Dizei a verdade, pratica a justiça, procede com retidão.
- Nunca bajules; é uma traição; se alguém te bajular, toma cuidado, para que não te corrompa.
- Deixa falar os homens: cada um só dá o que tem.
- Sofre com resignação e confia no futuro, pois, se agires retamente, nenhuma força te impedirá de chegares a bom termo.
- Não te envergonhes do teu ofício, nem de confessar os teus erros; provarás assim que és hoje mais sensato do que eras ontem, e que desejas aperfeiçoar-te
- Nunca prometas com a intenção de não cumprir.
- A tolerância não vai ao ponto de proteger atos imorais.
- A tolerância não vai ao ponto de proteger atos imorais.
- Não sejas fácil em te encolerizares, pois que a ira é sinal de fraqueza.
E continua até o conceito de número 33, são, pois, máximas genuinamente cristãs.
Para finalizar, lembramos que todo templo maçônico sobrepuja de ética cristã, sem preconceitos que separam os homens, como nos conta aquela anedota de um negro que, nos Estados Unidos, se queixava a Jesus, em oração, de que estava acabrunhado por não ter sido admitido em certa Igreja, ao que o Mestre lhe respondeu: “ Não te desanimes, porque eu também não o consegui”.
Sejamos pois, bem-vindos ao trabalho maçônico que dignifica a alma humana. Que seja a nossa Ordem uma benção para nós e nós, uma benção para a nossa Ordem!
A todos Paz e Saúde.
Bibliografia:
- A Maçonaria e o Cristianismo
- Harpas Eternas
- O Papa Negro
- Santo Agostinho
- Templários
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