domingo, 31 de março de 2013

A Lealdade

 
A Lealdade



O convívio entre seres humanos é repleto de situações interessantes e às vezes parece confundir-se com o relacionamento dos animais tidos como irracionais, vez que atitudes são tomadas sem qualquer resquício de bom senso e racionalidade aceitáveis.



O animal irracional luta pelo domínio de um território, por sua sobrevivência, pela liderança de seu grupo, sendo que o ser humano ressalta que todos esses atos são praticados por instinto, ou seja, despidos de qualquer aspecto de raciocínio.



Não creio que os irracionais procedam apenas por instinto, pois suas ações em muitos casos são planejadas e executadas com determinada disciplina, observando-se até a observância de hierarquia em diversas oportunidades.



Por seu turno o ser humano pensante e racional em diversas oportunidades atua de maneira semelhante aos irracionais, utilizando sua inteligência de maneira reprovável, que pode até parecer não pensada, mas que, na realidade, foi elaborada ardilosamente.



Alguns seres humanos quando se deparam com uma situação de confronto buscam os mais diversos meios para que seus objetivos sejam atingidos, valendo-se de tudo, sem qualquer escrúpulo, utilizando-se do jogo de intrigas, de falsas insinuações, escondendo-se atrás dos outros, esquecendo-se que aquele a que pretende suplantar um dia já foi seu fiel defensor e por ele tudo fez para que alcançasse o sucesso que ora desfruta ou que já desfrutou . Certa feita li em um periódico do Rio de Janeiro o seguinte texto:



Confie sempre naquele que só ressalta a virtude dos outros e deles fala bem, pois seu caráter é conciliador, pacificador e busca sempre o relacionamento harmonioso, mas cuidado com aquele que sempre fala mal dos outros para você, pois certamente ele vive falando mal de você para os outros, este só busca a discórdia para dela prevalecer-se e obter vantagem verdadeiro maçom não pode nunca titubear, deve sempre estar alerta para vencer suas paixões, submeter sua vontade, cavar masmorras ao vício, forjar algemas ao crime e construir templos à virtude.

 

Ir.·. Marcos José da Silva

Grão Mestre Geral/GOB

sexta-feira, 29 de março de 2013

Dos demônios e falsos deuses



Dos demônios e falsos deuses
 

É infelizmente frequente - e, na última década, tem-no sido mais do que nas anteriores - ouvir-se os seguidores de uma religião atacarem e denegrirem os seguidores de outras. De cada lado se vê quem, aferrado às suas "razões", esgrime argumentos teológicos, brande razões sociais e antropológicas, e por fim crava os ferros do mais baixo e vil preconceito. Em cada facção se incita o espírito de cerco, se exacerba a diferença entre o "nós" e o "eles", e se exorta ao ataque e à conquista (pela força, claro) do outro, do herege, do infiel, do adorador de demónios. Sim, que quase todas as religiões, de um modo ou de outro, reclamam a posse da Verdade, o monopólio do Caminho, a exclusividade da Luz - o que, infelizmente, é interpretado por muitos como "quem não é dos nossos está condenado".

Um dos pilares de base da maçonaria especulativa, desde que esta existe, tem sido, precisamente, a oposição a este mindset, a esta forma mesquinha de gerir a diversidade, a esta incapacidade de ver o mundo por outros olhos, de outro ângulo, sob outra luz. Num contexto histórico em que o confronto entre lados opostos tinha dado origem a uma guerra civil, a maçonaria estimulava a contenção, a tolerância e o amor fraterno entre homens que, de outro modo, nunca demonstrariam sequer um mínimo de urbanidade uns para com os outros. Estabelecendo conceitos passíveis de ser considerados um mínimo denominador comum, uma plataforma base de estabelecimento de pontes culturais e religiosas entre crentes de diversas fés, a maçonaria proibia - de modo a manter a harmonia custosamente conquistada - que cada um ultrapassasse esses frágeis compromissos e, em loja, manifestasse o que quer que fosse de próprio e exclusivo de uma qualquer denominação religiosa.

Logo vozes clamaram que a maçonaria queria destruir esta ou aquela religião, e que a maçonaria era um anátema, uma abominação, uma obra dos seguidores de satanás. Ao pretender conciliar várias crenças sob uma mesma égide, a maçonaria teria tocado num ponto neuvrálgico: a maioria das pessoas não estava (e não está...) na disposição de admitir que o "outro" possa, seguindo um caminho diverso do seu, chegar ao mesmo lugar. Muitas religiões ensinam, mesmo, que os "deuses" das outras religiões são, na verdade, demónios empenhados em confundir os incautos, e que segui-los é caminho certo para a danação eterna. Esta perspetiva é, de fato, absolutamente incompatível com a maçonaria, por ser diametralmente oposta ao conceito de tolerância que a maçonaria promove e defende. Como poderia um maçon sentar-se em loja ao lado de alguem que ele considerasse um adorador de demônios, e com ele dizer estarem ambos a trabalhar "à Glória do Grande Arquiteto do Universo", expressão que congrega os diversos conceitos de divindade de cada um dos maçons sob uma denominação comum? Por outro lado, quem tivesse a alma grande e quisesse "salvar" o seu irmão do erro em que este estivesse metido, apresentando-lhe as virtudes da sua própria fé, logo se veria remetido ao silêncio, senão voluntário, logo imposto. Como conciliar esta limitação ao proselitismo com deveres assumidos para com a sua igreja ou religião?

A resposta é simples: a maçonaria não é para esses. Quem assim pensar e quiser juntar-se a nós, melhor será que o não faça, ou rapidamente se verá confrontado com situações que lhe serão desconfortáveis e que pode entender serem contrárias aos ditames da sua fé. Nesse caso, o melhor que teria a fazer - pois nunca deveria ter sido admitido, no seu próprio interesse - seria pedir o atestado de quite e abandonar a maçonaria, pois os deveres de cada um para com a sua fé sobrepõem-se aos deveres para com a maçonaria. Quem achar que é sua obrigação converter o mundo a uma determinada fé, pois que o faça (ou que o tente...) mas sem a condição de maçom a atrapalhar. E quem, no mais fundo do seu coração, achar que todos quantos abraçam outras fés são adoradores de falsos deuses, ou mesmo de demónios, então nada tem que aprender connosco.

Mas quem aceite as limitações do seu entendimento, que a fé e a certeza são coisas distintas, e que várias pessoas podem olhar para a mesma coisa e ver coisas diferentes; quem queira ultrapassar o preconceito, praticar a virtude e tornar-se numa pessoa melhor; quem queira fazê-lo acompanhado, ajudando e sendo ajudado num espírito de fraternidade que ultrapassa as diferenças e as diversidades de pontos de vista; então encontrará entre nós verdadeiros irmãos na pessoas de uns quantos homens bons que, sob um mesmo Deus - mas respeitando as diferenças de entendimento que cada um tem d'Ele - se juntam para se tornarem melhores.


Paulo M.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Frases

 
 
“Quando todas as armas forem propriedade do governo e dos bandidos, estes decidirão de quem serão as outras propriedades.”


Benjamin Franklin



"É muito melhor alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito, que nem sofrem nem gozam muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta, que não conhece vitória nem derrota."


Abrahan Lincoln


“Ri-te de ti primeiro, antes que os outros o façam.”

Elsa Maxwell



“A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido. Não na vitória propriamente dita.”


Mahatma Gandhi



“A alma humana é como a água: ela vem do Céu e volta para o Céu, e depois retorna à Terra, num eterno ir e vir.”


Goethe



A arte da medicina consiste em distrair enquanto a Natureza cuida da doença.

Voltaire

“Antes de começar a criticar os defeitos dos outros, enumera ao menos dez dos teus.”

A Lincoln

A verdadeira maneira de se enganar é julgar-se mais sabido que outros.

La Rochefoucauld

 

 

 

 





 

quarta-feira, 27 de março de 2013

A ARTE DE NÃO ADOECER

 
A ARTE DE NÃO ADOECER



Se não quiser adoecer...



...Fale de Seus Sentimentos.



Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos “segredos”, nossos erros... O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia!



Se não quiser adoecer...



...Tome Decisões.



A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.



Se não quiser adoecer...



...Busque Soluções.



Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.



Se não quiser adoecer...



...Não Viva de Aparências.



Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.



Se não quiser adoecer...



...Aceite-se.



A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.



Se não quiser adoecer...



...Confie.



Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.



Se não quiser adoecer...



...Não Viva Sempre Triste.



O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia!


Dr Dráuzio Varella


terça-feira, 26 de março de 2013

Convite



CONVITE

 

Se te vês nesta noite,

De alma desencantada e dolorida,

Concentrando a atenção na angústia que te invade,

Medita coração nos outros companheiros que se vão

Nos caminhos da vida,

Sob as pressões da prova e da necessidade.



Regresso agora de estirado giro,

Para buscar-te aqui, em teu doce retiro,

A calma da oração,

Entretanto, alma irmã, se me permites,

Comentarei as dores sem limites,

Da multidão agoniada

Que encontrei na jornada.



Com certeza já viste

As trevas e aflições de tanto quadro triste,

Mas peço ainda o teu consentimento

A fim de relembrar-te

O vasto espinheiral do sofrimento

que nos roga socorro a toda parte.



Deixa enfim que eu te diga,

Alma fraterna e amiga,

Quanta amargura vi por onde andei...

Vi mães em catres de doença e luta,

Lançando petições que a Terra não escuta,

Pedindo, em vão, a xícara de leite

Para o filhinho semimorto

Agonizando à míngua de conforto...

Vi outras nas calçadas,

Carregando no colo os anjos de ninguém,

Pobres irmãs abandonadas

Aspirando a escalar as alturas do bem.

Acompanhei velhinhos,

Outrora moços de bonito porte,

Tão fatigados, tão sozinhos

Que pediam a Deus a compaixão da morte.



Achei muitos irmãos enfermos e cansados

Em desespero imanifesto,

Sem pensar nas terríveis conseqüências

Que nascem desse gesto.

Vi crianças, ao léu, com febre e sono,

Relegadas à noite em penoso abandono...

Visitei tanto lar vazio de esperança,

Tantas mansões em lágrimas ocultas,

E tanta dor nas choças das favelas,

Que, de fato, não sei explicar, a contento,

Onde há mais solidão e onde há mais sofrimento

Se nas casas mais ricas e mais altas,

Ou nas outras mais tristes, mais singelas...

Por isso venho aqui, alma querida e boa,

Para pedir qualquer migalha,

Em favor de quem chora...



Ama, ensina, trabalha,

Sofre, ajuda, perdoa...

Lá fora, um mundo novo nos espera

Por nossa fé sincera

Traduzida em serviço...



Olvida a própria dor... Lembra-te disso:

Temos nós com Jesus a obrigação

De esquecer-nos e agir

Para que a paz do bem seja a paz do porvir.

Não te percas em lágrimas vazias.

Pensa na força que irradias

Pela fé que Jesus já te consente

Deixa as tribulações e os pesadelos

Que te fazem chorar,



Reflitamos no amor sinceramente.

Anota as provações de tanta gente,

Sai de ti mesmo e vamos trabalhar!...



Maria Dolores




segunda-feira, 25 de março de 2013

Mensagem Fraterna

A Arca da Aliança

Mensagem Fraterna

Composição: Auta de Souza

Meu irmão, tuas preces mais singelas
São ouvidas no espaço ilimitado,
Mas sei que às vezes choras, consternado,
Ao silêncio da força que interpelas.


Volta ao teu templo interno abandonado,
- A mais alta de todas as capelas -


Ouve o teu coração em cada prece.

Deus responde em ti mesmo e te esclarece
Com a força eterna da consolação;


Compreenderás a dor que te domina,
Sob a linguagem pura e peregrina


Da voz de Deus, em luz de redenção.
Da voz de Deus, em luz de redenção.

domingo, 24 de março de 2013

ILUSÕES DA VIDA

Walter e Laurita.
Walter declamava os versos
Ilusões da vida.
 
ILUSÕES DA VIDA
"Quem passou pela vida em branca nuvem.
E em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu;
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu."
Francisco Otaviano

sexta-feira, 22 de março de 2013

As Origens da Bolsa de Beneficência ou Saco de Beneficência

Maçom trabalhando

 
As Origens da Bolsa de Beneficência ou Saco de Beneficência

José Aparecido dos Santos (*)

Muitas são as pesquisas sobre as origens da Bolsa de Beneficência, Saco de Beneficência, Tronco das Viúvas,Tronco de Solidariedade e tal inicio teve no Século XII quando o governo da Igreja era exercido pelo Papa Inocêncio III, existiu um Tronco dos Pobres. De início, se chegou a pensar que estivesse ali as origens daquilo que se buscava descobrir: de como surgira o Tronco de Solidariedade.

Todavia, continuava este trabalho de busca, se chegando à absoluta certeza de que o Tronco dos Pobres nada tinha a ver com o que se buscava.

E que realmente, o recolhimento de óbolos entre os Operativos teve início nos meados do Século XV. Em 1450 foi criado entre os construtores um sistema de ajuda mútua. Tal sistema recebeu o nome de Tronco das Viúvas. A finalidade do recolhimento de óbolos para a formação do Tronco era auxiliar a família do Obreiro falecido tendo, depois, adquirido um segundo destino: ajudar o Maçom acidentado no serviço.

E nota-se que esta espécie de ajuda mútua tinha por princípio algo que nascera entre os Operativos, sustentando a tese de que, entre eles, existia a prática da verdadeira fraternidade entre os irmãos.

A criação do Tronco das Viúvas se estabeleceu definitivamente quando da reunião dos Talhadores de Pedra alemães, uma vês que seu regulamento foi incluído nos Estatutos Reguladores da Conferência dos Talhadores de Pedra. Essa reunião ocorreu em 25 de abril de 1450, em Ratisbona.

Entre os vários artigos do documento estão aqueles que fixaram definitivamente o Tronco das Viúvas:

Art. 25 – A fim de que o Espírito de Fraternidade possa manter-se integral sob os auspícios divinos, todo o mestre que tem a direção de um canteiro deve, desde que foi recebido na corporação doar um gulden (florim).

Art. 26 – Todos os Mestres e empreiteiros devem ter, cada um, um Tronco no qual cada Companheiro deve colocar um pfennig (centavo) por semana. Cada Mestre deve recolher esse dinheiro e tudo que chegue ao Tronco e remeter à corporação no fim de cada ano.

Art. 27 – Doações e multas devem ser depositadas nos Troncos da comunidade a fim de que os ofícios divinos sejam melhor celebrados.

Entre vários escritores da Maçonaria do Brasil que se conhece e pesquisados, o único que trouxe subsídio sobre o Tronco das Viúvas é de Assis Carvalho, em seu Livro “A Maçonaria – Usos & Costumes”, à página 150 – e Xico Trolha deixou escrito o que a seguir segue:

“O Tronco das Viúvas é o mais antigo sistema de auxilio mútuo, praticado entre os Maçons, em beneficio da família maçônica. Era um sistema peculiar, particular, de arrecadar, de levantar fundos para auxiliar as Cunhadas, Irmãos e Sobrinhos dos Irmãos falecidos, mas também, o próprio Irmão acidentando e impossibilitado de ganhar o sustento da família”.


São muitas as colocações em Oficina, que a soma de tais óbolos são destinados a se efetuar fraternidade fora de nossa Ordem Maçônica e devemos ter em mente, que tais valores são destinados aos que necessitam dentro da Família Maçônica e não ficando somente a cargo do Venerável Mestre e Hospitaleiro, mas todos estão dentro da Maçonaria para efetivar a verdadeira fraternidade.

T\F\ A\

(*) Ir\ José Aparecido dos Santos

A.’.R.’.G.’.B.’.L.’.S.’. Justiça 12 – Rito REAA – Oriente de Maringá

Dados extraídos da Cartilha do Rito Escocês

Irmão Raimundo Rodrigues

Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda


Colaboração de Devaldo de Souza

segunda-feira, 18 de março de 2013

O Futuro Maçom

Valdemar Sansão
 
O Futuro Maçom



Preparemos homens para a Maçonaria e não Maçonaria para os homens!




A Maçonaria não discrimina qualquer pessoa, por causa de sua opção religiosa. Nossa Ordem sabe que assim o fazendo ela se torna uma instituição de regeneração da alma humana, independentemente do credo religioso, de raças, de condições sociais de seus integrantes, numa grande confraternização em todo o mundo.

Quando alguém é proposto para Iniciação, nossa Sublime Instituição exige que a vida, passada e presente do Candidato seja levantada com zelo e cuidado, procurando descobrir se o identifica no mundo profano, pela sua autoridade moral, pela sua dignidade, pela sua decência, correcção, decoro, pontualidade nos seus compromissos, pelo seu respeito à própria família e à família de outrem, pela sua humildade e coragem, que lhe dão personalidade marcante, estado de consciência que o tornará um autêntico obreiro da paz, do amor, da solidariedade.

A Maçonaria sempre teve a estimulá-la, os objectivos e causas humanitárias, nobres e sensibilizadoras. No Brasil lutou inicialmente pela nossa Independência. Proclamada esta, voltou-se para a sua consolidação. Mais tarde passou a lutar pela abolição da escravatura elaborando praticamente, todas as Leis que pavimentaram o “13 de Maio”, com a Proibição do Tráfico, a Lei do Ventre Livre, a Lei dos Sexagenários, todas elas elaboradas e votadas sob suas influências.

Voltou-se mais tarde para a proclamação da República, tendo sido os dois primeiros ministérios, o de Deodoro e o de Floriano Peixoto formados inteiramente por Irmãos Maçons.

Hoje, a Maçonaria é Universal e os Maçons devem voltar suas preocupações para o Homem de todas as pragas. Não se limita a resolver, apenas, problemas de seus Irmãos de Loja ou de sua comunidade, mas colabora intensamente para a construção de um mundo melhor. E isto acontecerá quando tivermos Fé na grandeza de nossa missão. Quando partirmos à prática de uma Maçonaria mais abrangente, completa, onde a Fraternidade for praticada dentro e fora do Templo, onde o Irmão for tanto ou mais valorizado que o amigo profano.

Sabemos que a Maçonaria não é Instituição de Caridade. Ela praticará a Beneficência enquanto houver necessidade, mas, sua missão, pela garantia da Liberdade e da Igualdade, é dar aos homens condições decentes de vida. Assim, amanhã, quando o mundo for mais justo, a Maçonaria não perderá sua razão de ser, por não ter mais beneficência a praticar.

A Iniciação só é possível na vontade e na determinação de cada um em nascer para o mundo da verdade, da tolerância, da sabedoria, da fraternidade e do amor. A Iniciação é um redirecionamento de nosso espírito na caminhada que nos poderá tornar mais merecedores das bênçãos e da luz do Grande Arquiteto do Universo.

Quando somos Iniciados Maçons, nossa Ordem sonda nossa alma, nosso caráter, nosso coração e nossa inteligência, procurando saber se somos realmente livres. Livres de preconceitos, da preguiça de trabalhar ou de procurar a verdade. A Maçonaria não nos impõe sua verdade. Ao contrário, concita-nos a investigá-la, pois, sabiamente, nossa Instituição entende que cada um de nós procura a sua verdade pessoal.

Julga-se membro de uma corrente espiritual desejosa de fazer a todos felizes. Nesse sentido começa a observar objectivos definidos, sonhos a serem concretizados, alvos a serem atingidos, para justificar a razão de suas reuniões, basta constatar mais de perto a multidão de desamparados que agoniza, miseráveis sem sorte, sem teto, doentes e esquecidos que tropeçam e caem, gemem de dor sem a escora de alguém; o morador de rua na vastidão da noite que recebe por leito o chão de cimento frio da calçada de ninguém. Mais adiante, fila de doentes em torturante espera, implorando socorro pelo mal que os atormenta, recolhendo somente a dor que os dilacera. E os dependentes do álcool e das drogas que nem sabem explicar o mal que os consome. E nas veredas da vida, aquela multidão sem fé, sem apoio, sem nome, que em penúria implora um trocado para matar a fome. Se confiar em Deus, caríssimo Irmão, trabalhe, sirva, jamais censure o que padece.

Somos todos convidados a auxiliar quanto podemos. A conduta recomendada que apraz ao Grande Arquitecto do Universo é a caridade cheia de amor que procura o infeliz, que o reergue sem humilhá-lo. O verdadeiro Maçom se reconhece por suas obras. O valor social do homem se mede pelo grau de utilidade que ele representa na sociedade. Procuremos as oportunidades de ação que nos propiciem o prazer de auxiliar a alguém, de ajudar uma boa causa.

Consideremos todas as criaturas como irmãs. Partilhemos o sofrimento de nossos semelhantes, respeitando-lhes sempre a maneira de vida e o modo de ser. Veja que é fácil verificar que existem na nossa Ordem, inúmeras oportunidades de servir, de trabalhar.

Todos os que agem com amor, que sabem respeitar seus semelhantes e que se compadecem de seus sofrimentos, merecem o reconhecimento da Maçonaria. São verdadeiros filhos do Grande Arquitecto do Universo que vieram atestar a suprema bondade do Criador.

O verdadeiro objetivo da Maçonaria é a busca da Verdade, quer no sentido filosófico, quer no sentido religioso. Para o Maçom, a investigação da Verdade é contínua, é algo que começa com a sua entrada em Loja como Aprendiz, mas não acaba quando atingiu os Graus mais elevados.

A essência doutrinária maçônica é apoiada na razão. A razão é a “liberdade do pensamento” que elabora o conhecimento, após momentos de meditação. A Maçonaria, que é filosoficamente eclética, usa a razão com equilíbrio, aliando-a ao significado esotérico dos símbolos. O símbolo quer dizer o que conduz. É uma forma sábia de transmitir ensinamentos, levando o indivíduo ao esforço de entendê-lo por si mesmo. Por isso, sabemos que quem traz ganha; quem vem apenas buscar, perde. Se trabalharmos, merecemos um salário. (Sendo os maçons obreiros alegóricos da construção do Templo da Verdade, da Ciência e da Razão, o salário é pago por meio de novos conhecimentos que visam o aperfeiçoamento gradual do Maçom, não se tratando, pois, de salário material, mas de sua instrução iniciática). Não é por acaso que os Maçons são chamados de Obreiros.

O trabalho na Maçonaria exige maior dedicação e comprometimento de todos os que assumiram responsabilidades, impondo renúncias que muitas vezes sacrificam o convívio familiar e outras relações sociais. No entanto, é uma grande oportunidade de trabalho, crescimento espiritual e pessoal, pois, à medida que lidamos com as dificuldades que o trabalho maçônico exige, vamos estabelecendo relacionamentos cada vez mais fraternos, desenvolvendo habilidades e atitudes que nos tornam pessoas melhores e mais felizes. Não podemos deixar de levar em consideração que o cumprimento de um dever, cria a possibilidade de níveis mais altos de integração, dos quais somos os maiores beneficiados.

A Loja é simbolizada por uma Colméia, sendo o Avental Maçônico, do labor, pois lembra que um Maçom deve ter sempre uma vida ativa e laboriosa. O Maçom assíduo aos seus trabalhos é digno de receber o Salário Maçônico, como um direito a quem se faz jus. Porém, a máxima franciscana do que é dando que se recebe deve servir de norma para o maçom.

O Candidato deve ser persuadido com razões, argumentos e fatos que a Maçonaria o levará a conquistar a paz interior, para adquirir confiança em si próprio, para beneficiar sua família ante as vibrações de Paz e de Amor. Ele nunca se atreverá a usar nossa Instituição para ludibriar a quem quer que seja ou para tirar proveito pessoal imerecido de qualquer coisa. Deve ser cientificado de que somos uma grande família e que a convivência harmoniosa entre membros da Irmandade tem um papel importante na formação do Maçom.

Prestamos um juramento de modo livre, sem coação, de combatermos a ignorância, os erros, a injustiça e de glorificarmos o amor, a justiça, o direito e a verdade.

Procuremos conhecer a nossa Doutrina. Pratiquemo-la e estaremos servindo a Deus, ao homem, descortinando a Verdade e construindo a Justiça.

Respeitemos as diferenças individuais. Convençamo-nos da impossibilidade da uniformidade, mas busquemos a Unidade. Dos menores serviços comunitários aos grandes movimentos nacionais e mundiais, sempre visando o bem-estar comum, juntos estaremos em perfeito sincronismo, acreditando nos nossos ideais maiores.

Preparados interiormente provaremos que fomos, somos e seremos a força da paz e da harmonia. Na escuridão nasce a esperança de uma nova Luz na luta pelo Conhecimento, pela Solidariedade que devem ser a constante preocupação dos “homens livres e de bons costumes”.

Valdemar Sansão
– M:. M:.


domingo, 17 de março de 2013

Vida

 
Vida



A vida é feita de muitos obstáculos, é uma verdade!



Ela já tem obstáculos por sua natureza, então, seria muito interessante não criar mais obstáculos com atitudes que só confundem.

Simplificar as coisas é uma regra essencial para viver melhor.



Pensar bastante, olhar muito, ouvir bem as coisas e falar apenas o essencial já ajuda muito!



Afinal, palavras ditas não voltam atrás!



Acúmulo de bens só chama atenção e ocupa espaço.



Muitas roupas, muitos sapatos, muitos objetos acumulados não permitem aproveitar todos.



Só compensa acumular amigos: quanto mais melhor!



Sempre com simplicidade, sem ostentar. Quanto menos ostentação, mais fácil a vida!



Alegria, sempre que possível: um sorriso moderado ajuda a viver melhor, sempre!



Uma fisionomia amarga atrapalha bem mais do que possamos imaginar...

Enfim, quanto mais suaves os pensamentos, menos problemas são atraídos!



Militão Pacheco


quinta-feira, 14 de março de 2013

Mãe

Laurita Pires de Sá

 
Mãe

Ó minha santa mãe! era bem certo
Que entre as preces maternas estendias
As tuas mãos sobre os meus tristes dias,
Quando na Terra – que era o meu deserto.


Nos instantes de dor, bem que eu sentia
As tuas asas de Anjo da Ternura,
Pairando sobre a minha desventura
Feita de prantos e melancolia.


Flor ressequida eu era, e tu o orvalho
Que me nutria, pobre e empalecida;
Era a tua alma a luz da minha vida,
Meu tesouro, meu dúlcido agasalho!...


Ai de mim sem a tua alma bondosa,
Que me dava a promessa da esperança,
Raio de luz, de amor e de bonança,
Na escuridão da vida dolorosa.


E que felicidade doce e pura,
A que senti após a treva e a morte,
Findo o terror da minha negra sorte,
Quando vi teu sorriso de ventura!


Então, senti que as Mães são mensageiras
De Maria, Mãe de anjos e de flores,
E Mãe das nossas Mães cheias de amores,
Nossas meigas e eternas companheiras!...


Poesia de AUTA DE SOUZA

- Extraído do livro Parnaso de Além-Túmulo, Francisco Cândido Xavier  

Porque nós somos cooperadores de Deus.”
Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 3, versículo 9.)

terça-feira, 12 de março de 2013

ELE É MEU IRMÃO!!!!


ELE É MEU IRMÃO!!!!





Era uma reunião de uma Fraternidade séria, que se reunia de portas fechadas, e da qual só os membros da Fraternidade, que se denominavam de Irmãos, podiam participar.




A reunião estava começando. Estava em andamento o ritual de abertura da Sessão, quando se ouviram batidas na porta, de modo a se identificar que era um Irmão quem estava batendo.




O Presidente pediu que o Irmão que fazia o papel de Mestre de Cerimônias dessa reunião fosse verificar quem batia na porta do salão. O Irmão foi até a porta, abriu-a, conversou com quem batia e voltou informando que era um Irmão do Quadro da Fraternidade quem batia. Só que estava tão bêbado que não se aguentava em pé; disse que temia que o irmão caísse a qualquer momento e se machucasse, de tão bêbado que estava.




O Presidente, diante da situação, meditou durante algum tempo, pensou da seguinte forma:




–"Se eu deixar meu Irmão lá fora, nesse estado, ele poderá cair na rua, ser atropelado por algum veículo, ser acidentado gravemente na queda, ser roubado, etc.”




E tomou uma decisão que surpreendeu a todos: Mandou que o Irmão que fazia o papel de Mestre de Cerimônias colocasse uma cadeira no fundo do salão, junto a outro Irmão, amparasse o Irmão embriagado e o colocasse sentado nessa cadeira, sob a assistência do Irmão que estivesse próximo a ele. A ordem foi cumprida e o Irmão, tão logo foi colocado sentado adormeceu profundamente.

A reunião prosseguiu sem problemas, os assuntos da Ordem do Dia foram tratados como de costume, e o Irmão embriagado continuava profundamente adormecido, quase em coma alcoólico.

Chegou, então, o momento em que a palavra foi franqueada para tratar de qualquer assunto.




Aí vários Irmãos se manifestaram, uns criticando e condenando a atitude do Irmão embriagado, achando que se tratava de uma falta gravíssima, passível de expulsão da Fraternidade. Uns pedindo imediata punição do mesmo com severidade. Outros criticando abertamente a decisão do Presidente, declarando que ele errara ao dar acesso ao Irmão embriagado, que isto profanava o ambiente da reunião, que não era admissível que um Presidente da Fraternidade tomasse aquela atitude que ofendia a todos.




A palavra continuou franqueada, todos fizeram uso da mesma e chegou a hora do Presidente falar, vez que as normas da Fraternidade exigiam que ele fosse o último a se pronunciar.




O Presidente disse:




- Meus Irmãos:




Ouvi com atenção a todos os pronunciamentos. Estão todos certos em não aprovar a atitude do Irmão, que veio a este local de trabalho embriagado.




Entretanto, vou contar um caso que certamente poderá a aliviar o vosso julgamento, a respeito da decisão que tomei. Prestai atenção:

“Em um presídio havia um preso, condenado por crimes terríveis alguns cometidos com requintes de perversidade; homicídios, assaltos e várias outras ações criminosas foram cometidos por ele. Sua culpa tinha sido provada, sem margem de dúvidas, em julgamento legal e ele fora condenado a várias penas, que totalizavam mais que o seu tempo de vida futura. Podia-se dizer que fora condenado à prisão perpétua.




Esse condenado recebia com frequência quase diária, a visita de uma jovem, que lhe levava roupa lavada, um lanche, um livro ou alguma utilidade. Já era conhecida pelos guardas do presídio pela sua assiduidade e dedicação ao preso.




Um dia, a Direção do presídio foi mudada e o novo Diretor mandou que se fizesse um levantamento das pessoas que frequentava com regularidade o presídio. A jovem em questão foi uma das pessoas notadas pela investigação. Fez-se uma investigação da sua vida pessoal e familiar e nada foi constatado. Era uma pessoa trabalhadora, honesta e querida por todos que a conheciam.




Num dia de visita, então, o Diretor do presídio mandou chamá-la ao seu gabinete e disse-lhe:




- Minha jovem. É muito estranho que você venha com frequência a este presídio e dê assistência com tanta dedicação a um preso, pessoa que, quando em liberdade era perverso, verdadeiro monstro, cometia os mais atrozes crimes, não tinha compaixão nem respeitava a vida do seu próximo. Porque você o assiste com tanta dedicação?




A jovem respondeu:




- Tudo o que o Senhor falou é verdade. Esse preso está pagando pelos crimes que cometeu. Mas há um motivo que me fará vir aqui sempre, se possível até o fim dos meus dias e prestar-lhe minha assistência:




“ ELE É MEU IRMÃO”


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Colaboração de Devaldo de Souza

sábado, 9 de março de 2013

Distribuição da Água







Distribuição da Água







GOTA D'ÁGUA NO OCEANO



A água atmosférica e de superfície o grosso do que é usado pelo homem é apenas uma parte em 10 mil de toda a água do planeta. É isso o que mostra este infográfico. Para entendê-lo, considere que nesta página só estamos vendo uma pequena parte do círculo azul-escuro que representa a água salgada dos oceanos: trata-se de uma circunferência com 2,9 metros de diâmetro. No lado oposto, os rios estão representados por uma parte tão pequena do círculo de água atmosférica e de superfície que mal dá para ver sua cor laranja. Comparando as duas áreas, você terá uma noção da diferença de volume entre os totais globais dessas massas líquidas.



TOTAL DE ÁGUA NO PLANETA



Água salgada: 97%

Água doce: 2,5%

TOTAL DE ÁGUA DOCE

Subterrâneas: 30,1%

Geleiras: 68,7%

Permafrost (camada de subsolo na tundra congelada): 0,8%

Água atmosférica e de superfície: 0,4%



ÁGUA ATMOSFÉRICA E DE SUPERFÍCIE



Umidade do solo: 12,2 %

Atmosfera: 9,5%

Pântanos e áreas alagadas: 8,5%

Rios: 1,6%

Biotas: 0,8%

Lagos de água doce: 67,4%



RESUMO – ÁGUA



Conflitos



Há risco de a disputa pela água escassa se transformar em guerras, de acordo com a ONU. A maior preocupação é com os países que compartilham o uso de rios e lagos. Até 2030, a água será o grande motivo de guerra na África. As principais causas dos conflitos são a incapacidade dos países de gerenciar a água, a falta de financiamento, o despreparo técnico e a destruição dos mananciais pelo uso irracional e pela poluição.



Distribuição



Apenas 0,002% da água do planeta está disponível para consumo. Para não esgotá-la, é preciso usar no máximo a mesma quantidade de água renovada pelas chuvas. Há regiões onde esse limite já se encontra ultrapassado e as fontes estão secando.



Agricultura



O cultivo de alimentos consome 70% da água do planeta. Para nutrir a população mundial crescente e vencer a atual crise de alimentos, será necessário retirar mais água da natureza com o objetivo de irrigar as plantações. Esse aumento poderá entrar em conflito com o uso pelas indústrias e pelas residências. Calcula-se que o consumo total de água crescerá 50% nos países em desenvolvimento até 2025.



Uso racional



A tarefa de gerenciar os recursos hídricos exige promover o uso racional e reduzir o desperdício (boa parte da água é desperdiçada nos sistemas de irrigação, nos canos até chegar às residências e também nas torneiras). É preciso, ainda, evitar impactos causados pelo homem, como a poluição por resíduos industriais e esgotos, que pioram a qualidade e reduzem a quantidade de água para o consumo.



Brasil



O Brasil é o país mais rico em água, mas sua distribuição é desigual. Há fartura em regiões pouco habitadas, como a Amazônia, e escassez nas áreas mais populosas e nos lugares que sofrem com a seca. Os comitês de bacia, criados a partir da Lei das Águas, multiplicam-se no país para incentivar o uso equilibrado dos recursos hídricos.



Fonte: