sexta-feira, 30 de março de 2012

A Loja e o Convento

quinta-feira, 29 de março de 2012

Busca da Luz que ilumina


Busca da luz que ilumina


Pessoa comum, porém de bons costumes...
Cidadão simples, porém vivendo em liberdade...
Homem do quotidiano, porém desejoso de ver a luz...
Aceite por nós para ser um de nós... Irmão!


Homem profano nem sempre leva vida superficial,

Nem sempre dissolve levianamente a solidez da sociedade!

Não se pode confundir o profano com o diabólico!
Pois o amor é um bem profano que desejo ter!
É um instrumento profano que toco e gosto de tocar!
Minha mãe, minha esposa e minhas filhas são profanas.
E, no entanto, como tantas outras, são maravilhosas.


O Mestre sabe que o homem profano é um caçador:
Ele caça sucessos e progressos no mundo material!
Com valores, o ato profano é imprescindível para o cidadão!
Com virtude, o ato profano é essencial para a sociedade!
Com atitude, o ato profano é fundamental para o mundo!
Com liberdade e bons costumes, o profano é sagrado!


O maçom deve conciliar o profano com o sagrado:
Pois a pessoa é sagrada e profana a um só tempo!
O Mestre é capaz de identificar o divino no profano...
O Mestre é capaz de identificar o profano no divino!


Maçom é apenas um profano iniciado e iluminado.
Profano é aquele que ainda não foi iniciado!
Profano é aquele que deseja ver a luz!
Somos eternamente profanos...


Temos ainda muitas outras luzes para ver!

Joaquim Monte - M:. M:.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Oração Maçônica


Oração Maçônica

1. ORAÇÃO MAÇÔNICA
Texto / Oração: IR.·. Manoel Espinho
 
2. Grande Arquiteto do Universo que me permitiste que como Maçom, vislumbrasse um pálido clarão da tua Luz ao ingressar nos Mistérios. Ajuda-me, pois, a iluminar os caminhos que abristes para mim, para aqueles que agora acompanho e para outros que talvez um dia me seguirão.
3. Que eu possa refletir sobre o golpe do teu malhete e o perfeito desbaste do teu cinzel, para que toda a minha individualidade reflita sem equívocos a tua vontade. Fizeste-me Maçom. Por isso morri; e despertando renasci.
4. Ensina-me a humildade na crítica, sobretudo ao ser criticado, para que através de mim, todos entendam e aceitem que a humildade é uma das tuas essências. Instrui-me nas virtudes da Paciência, da Tolerância e da Alegria.
5. Para que eu possa aceitar os outros como são, mesmo que isso me pareça à tarefa mais árdua, a viagem mais penosa ou a taça mais amarga. Dá-me muito antes, da sabedoria de Salomão a paciência de Jó, para que a minha palavra seja sempre proferida para bem da Humanidade.
6. Sou uma pedra bruta, bem o sei, mas não inanimada, pois posso mover-me. Indica-me, pois a direção do teu golpe, cinzela as minhas arestas e assenta-me na construção do templo Universal que desejas e contra cujas Colunas tantos lutam com insensata cegueira.
7. Amplia o meu conhecimento, reforça a minha fé e a minha coragem e faz ressoar a minha alegria. Dá-me a convicção dos meus ideais, alimenta o meu corpo e abre-me o teu insondável caminho. Concede-me a graça de te descortinar em tudo e em todos.
8. Pois só assim poderei ser justo e perfeito. E no dia em que me apresentar perante ti, no momento da Iniciação no Oriente Eterno, que as minhas mãos senão cheias estejam calejadas do trabalho efetuado por amor a ti, com os meus olhos senão cegos por tua Luz ao menos voltados em tua direção.
9. Que eu possa também antes de cruzar as Colunas em direção ao Oriente Eterno, olhar a marca de todos os meus passos e atos sem me envergonhar do pouco que tenha caminhado ou feito. Que a pedra bruta desbastada graças a ti possa ser de alguma utilidade na construção do meu Templo Interior e do templo Universal.
10. QUE ASSIM SEJA .·.

terça-feira, 27 de março de 2012

A alma não tem idade.


A alma não tem idade.

"Fixe seu olhar no lado belo da vida!

Há tanta coisa para ser contemplada e apreciada!
As moscas buscam as chagas, num corpo inteiramente limpo.
As abelhas buscam as flores, mesmo no meio de um pântano.
Seja como as abelhas!
Embora tudo em torno seja lama, procure com atenção, que há de descobrir uma pequenina flor, que venha alegrar sua alma.
Fixe seu olhar no lado belo da vida!."

Carlos Torres Pastorino

O mundo está cheio de Luz Divina!
Procure percebê-la e sentir em si as irradiações benéficas, que se derramam sobre todas as criaturas, aproveitando ao máximo o conforto que isto lhe trará ao espírito.
Olhe tudo com olhos de bondade e alegria!
Busque descobrir a luz que brilha dentro de você e dentro de todas as criaturas,
embora, muitas vezes, esteja ela recoberta por grossa camada de defeitos!"

Carlos Torres Pastorino

"Não dê importância à idade de seu corpo físico: seja sempre jovem e bem disposto espiritualmente.
A alma não tem idade.
A mente jamais envelhece.
Mesmo que o corpo assinale os sintomas da idade física mantenha-se jovem e bem disposto, porque isto depende de sua mentalização positiva.
Faça que a juventude de seu espírito se irradie através de seu corpo, tenha ela a idade que tiver."

Carlos Torres Pastorino
 

segunda-feira, 26 de março de 2012

Tolerância - O respeito pelas diferenças

Maçons dos anos 1940. Éticos e discretos.

Tolerância - O respeito pelas diferenças

Um indivíduo estava a colocar flores no túmulo de um familiar, quando vê um chinês a colocar um prato de arroz na lápide ao lado.
Vira-se para o chinês e pergunta-lhe:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, assim que o seu vier cheirar as flores!
Moral da História:
"Respeitar as opções dos outros, em qualquer aspecto, é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, agem e pensam de forma diferente". Portanto, não julgue... Tente apenas compreender...
Liberdade Igualdade Fraternidade!
In Blog "Maçonaria, Loja Maçônica e Maçom"

Maçons do século XXI. Alegres em busca de Virtudes.

domingo, 25 de março de 2012

Diálogos com Têmis

TÊMIS chorando.

Diálogos com Têmis
Denival Francisco da Silva *
Têmis, o que temes, em tempos de tamanho destemor?
- Temo a arrogância que aporta o coração dos que ascendem ao poder.
- Temo a perda da virtude, como a cupidez de estribilho.
- Temo o falso encanto, pura ilusão que entorpece corações vazios.
- Temo o engodo, quimeras a abrasar o espírito desprovido.
- Temo a epopéia de discursos inflamados com seus sons distorcidos.
- Temo a fraqueza dos fracos e a valentia dos fortes a sucumbi-los.
- Temo a algazarra da fama, lantejoulas que se apagam a falta de luz.
- Temo a ausência de contrapesos nos pratos da balança que sustento.
- Temo o afoito, o incauto, o antiético, o desleal, e o de coração duro.
- Temo a ignorância daqueles que podiam, mas não querem dela se livrar.
- Temo o silencia e quem em muito a dizer, mas não tem como soltar a voz.
- Temo a miséria que é desvelada aos olhos dos homens, mas encoberta aos seus sentimentos.
- Temo a alegria de quem se ilude com pouco, porque vive do nada que se tem.
- Temo a avareza e o desperdício, e tudo que se poderia melhor aproveitar.
- Temo a mim, de olhos por outros vendados e que a muito quero enxergar.

* Juiz de Direito em Goiânia (GO) e autor do livro Poemas iniciais em forma de Contestação. Editora Kelps.

sábado, 24 de março de 2012

Será você (também) um ser Maçom?

Nosso valoroso irmão Abdon, Venerável Mestre da histórica e sublime Loja
Branca Dias - oriente de João Pessoa - PB.

Será você (também) um ser Maçom?

Se, em seus atos existe... O respeito pelos direitos dos seus semelhantes. Justiça, seriedade e capacidade de decisão, mesmo sendo esta, contra seus interesses...


Será você (também) um ser Maçom?


Se, em seus sentimentos existe... Constante preocupação no sentido de preservar, cultuar, praticar e enaltecer os bons princípios de manutenção da família, como tal determinam as leis naturais da sociedade humana, devidamente regulamentadas e aceitas pelos povos livres e de bons costumes das nações diversas espalhadas pela face da terra e que desfraldam a bandeira das liberdades individuais, da igualdade de oportunidades e da prática da fraternidade entre governantes e governados...

Em assim sendo, você é um praticante dos preceitos emblemáticos da maçonaria universal.

Porque, ser maçom, não basta, teoricamente, conhecer os preceitos da Ordem. É necessário praticá-los.

Se, em seus atos existe... O respeito pelos direitos dos seus semelhantes. Justiça, seriedade e capacidade de decisão, mesmo sendo esta, contra seus interesses... No seu comportamento cotidiano, ser o seu trabalho voltado em prol da felicidade e do viver harmônico de sua comunidade...

Isso, porque... A Maçonaria não transforma o comportamento pessoal de ninguém. Ela ensina as regras e traça os rumos de como tornar feliz a humanidade.

Se você os pratica, mesmo não pertencendo ao quadro dos integrantes das Lojas, você é um ser iluminado e ator protagonista do bem. Ser maçom não é tão somente trajar-se como tal. Ë mister honrar com a prática da civilidade, da tolerância e amor pelo próximo. Todos nós, maçons ou não, somos iguais perante a Lei. Perante a maçonaria, todos nós, somos irmãos.

Por fim..... A Maçonaria respeita todas manifestações religiosas, desde que tenha fé e acredite na existência de um SER SUPERIOR o qual denominamos de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.

A regra indiscutível de quem pratica os ditames maçônicos é acreditar e aceitar a imortalidade da alma. VIVA INTENSAMENTE SUA VIDA. PERSIGA SEUS SONHOS E ALCANCE SUAS METAS... SEM CONTUDO, ATROPELAR AS PEDRAS INTERPOSTAS NO CAMINHO DO SEU SUCESSO.
Carlos de Souza Santos - M.`.M.`.

ARLS Luz, Verdade e Justiça. N. 23 (GLEB)
Or.’. Xiquexique – Bahia, Brasil

sexta-feira, 23 de março de 2012

O Que é Maçonaria?



O Que é Maçonaria?
A Maçonaria é uma sociedade discreta, na qual homens livres e de bons costumes, denominando-se mutuamente de irmãos, cultuam a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade entre os homens. Seus princípios são a Tolerância, a Filantropia e a Justiça. Seu caráter secreto deveu-se a perseguições, à intolerância e à falta de liberdade demonstrada pelos regimes reinantes da época. Hoje, com os ventos democráticos, os Maçons preferem manter-se dentro de uma discreta situação, espalhando-se por todos os países do mundo.

Sendo uma sociedade iniciática, seus membros são aceitos por convite expresso e integrados à irmandade universal por uma cerimônia denominada "iniciação".

Essa forma de ingresso repete-se, através dos séculos, inalterada e possui um belíssimo conteúdo, que obriga o iniciando a meditar profundamente sobre os princípios filosóficos que sempre inquietaram a humanidade.

O neófito ingressa na Ordem no grau de Aprendiz. Ao receber instruções e ensinamentos, galga ao grau de Companheiro e após período de estudos, chega ao grau máximo do Simbolismo, ou seja, o Grau de Mestre Maçom.

Os Maçons reúnem-se em um local ao qual denominam de Loja, e dentro dela praticam seus rituais. Estes são dirigidos por um Mestre Maçom experimentado, conhecido por Venerável Mestre. Suas cerimônias são sempre realizadas em honra e homenagem a Deus, ao qual denominam de Grande Arquiteto do Universo, (G.'. A.'. D.'. U.'.). Seus ensinamentos são transmitidos através de símbolos dando assim um conhecimento hermenêutico profundo e adequado ao nível intelectual de cada indivíduo.

Os símbolos são retirados das primeiras organizações Maçônicas, dos antigos mestres construtores de catedrais. "Maçom" em francês significa pedreiro. Devido a esse fato encontramos réguas, compassos, esquadros, prumos, cinzéis e outros artefatos de uso da Arte Real, ou seja, instrumentos usados pelos mestres construtores de catedrais e castelos, que são utilizados para transmitir ensinamentos.

Por possuir um conhecimento eclético, a Maçonaria busca nas mais diversas vertentes suas verdades e experiências, dando um caráter universal a sua doutrina.

A Maçonaria não é uma religião, pois o objetivo fundamental de toda sociedade religiosa é o culto à divindade.

Cada Loja possui independência em relação às outras Lojas da jurisdição, mas estão ligadas a uma Grande Loja ou Grande Oriente, sendo estes soberanos. Cada Grande Loja ou Grande Oriente denomina-se de "potência". Essa é uma divisão puramente administrativa, pois as regras, normas e leis máximas, denominadas "Landmarks", são comuns a todos os Maçons. Um dos Landmarks básicos da Ordem é que o homem, para ser aceito, deve acreditar em um princípio criador, independente de sua religião.

Seus integrantes professam as mais diversas religiões. Como no Brasil a grande maioria dos brasileiros são cristãos, adota-se a Bíblia como livro da lei. Em outra nação, o livro que ocupa o lugar de destaque no Templo poderá ser o Alcorão, o Torá, o livro de Maomé, os Vedas, etc, de acordo com a religião de seus membros. No preâmbulo da primeira Constituição editada pela Grande Loja, ficam registrados de forma clara os princípios em que se baseia a Ordem:

"a Maçonaria proclama, como sempre proclamou desde sua origem, a existência de um Princípio Criador, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo; a Maçonaria não impõe nenhum limite à livre investigação da Verdade, e é para garantir a todos essa liberdade que ela de todos exige tolerância; a Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas as raças e de todas as crenças religiosas e políticas; a Maçonaria proíbe em suas Oficinas toda discussão sobre matéria partidária, política ou religiosa, recebe os homens quaisquer que sejam as suas opiniões políticas ou religiosas, humildes, embora, mas livres e de bons costumes; a Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas manifestações; é uma escola mútua que impõe este programa: obedecer às leis do País, viver segundo os ditames da honra, praticar a justiça, amar o próximo, trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano e para conseguir a sua emancipação progressiva e pacífica."
fone: www.gob.org.br (20/09/2005)

quinta-feira, 22 de março de 2012

Só para pensar



Quem não é feliz com isso não será muito pouco. (Lao Tzu).



"Aquele que tem algo que não precisa é igual a um ladrão. "
Gandhi (1869 - 1948)


"Viver mais simplesmente para que outros possam simplesmente viver".
Gandhi (1869-1948)


"O mago acenou e desapareceu a fome
fez outro gesto e desapareceu a injustiça,
fez outro gesto e que a guerra acabou.
O político acenou com a cabeça e desapareceu o mágico. "

Carlos Rivero

"A coisa mais frustrante em ser velho, é que você sabe quase todas as respostas
mas ninguém lhe pede. "

Carlos Rivero

"A política é um ato de" equilíbrio "
entre as pessoas que querem entrar
e aqueles que não querem sair. "
Jacques Bénigne Bossuet (1627-1704)




"Ninguém pode adotar a política como uma profissão e manter-se honesto. "
Louis Mchenry Howe (1871-1936)


O verdadeiro progresso não é aumentar as necessidades sociais, mas para reduzi-las voluntariamente; mas isso requer humildade.

Mahatma Gandhi.


quarta-feira, 21 de março de 2012

A experiência ensina


A Experiência Ensina
Hans Bachl
O caso ocorreu naquela época quando a nossa loja se compunha de apenas quinze obreiros e o nosso venerável mestre nos lembrava de procurar novos candidatos, pois uma loja precisa de sangue novo, de época, a fim de se renovar em vez de envelhecer e perecer.
Diversos irmãos apresentaram nomes. Entrementes me lembrei de um jovem industrial, que já por diversas vezes me fizera várias perguntas sobre a Maçonaria, sabendo que eu era maçom. Apresentei o nome. E ficaram contentes. Pois se tratava de fato de uma pessoa idônea de mais ou menos quarenta anos, casado já uns dez anos, com dois filhos. Ele protestante e a mulher católica. A religião dos filhos era ignorada. Ganhava o suficiente para não privar a família, caso entrasse na loja.
Destarte, quando encontrei Oscar de Tal uns dias depois, ele, novamente puxando a conversa, me confiou que seu avô era um falecido irmão de uma loja coirmã. Achei que era um bom sinal que o neto estava disposto pertencer à mesma sociedade humanitária. Indiquei-lhe o nome a quem se dirigir. Mas ele queria pertencer à nossa loja, pois da outra não conhecia ninguém. Concordei, mas perguntei ainda se não se tratava de curiosidade apenas.
- Curiosidade, qual nada -, me respondeu. - Somente o diabo é que a minha esposa é contra a Maçonaria. É carola para chuchu, mas ela não vai saber que entrei na Maçonaria. E de vocês não preciso ter medo, pois como me consta ninguém deve falar. Assim ninguém de fora saberá do meu ingresso.
Neste caso, respondi, é melhor o senhor desistir de uma vez para sempre de seu plano. Não pensa mais nisto, o senhor pode ser um homem honesto, prestativo e bom, sem ser membro de uma loja. Mas na nossa loja não pode ingressar.
- Por quê?
- Porque a paz e a harmonia dentro de uma família é-nos sagrada. Se a sua esposa achar que não deve pertencer a uma loja maçônica então melhor resignar.
Passaram algumas semanas, quando encontrei novamente o nosso ex-candidato e logo ele começou:
- Meu deus. Não esperava tanta oposição em casa. Minha mulher contou para sogra e as duas vieram com ameaças. Se eu me tornasse maçom, então ela prometeu me abandonar.
- Mas eu não lhe disse de resignar em vista da oposição de sua esposa?
- É verdade, mas tentei e vi que não adianta. Tenho que me calar e enterrar meu sonho.
Passou um ano. Oscar, entrementes, tornara-se sócio do Rotary, útil e sempre a postos, como soube, para qualquer incumbência de servir.
Como se contara, a esposa também não gostara muito da ideia do esposo de entrar nesse clube de serviço. Mas enfim, como outros industriais faziam parte desse clube que a igreja naquele tempo ainda combatia, deu o seu beneplácito e licença para o marido ausentar-se todas as quintas-feiras para tomar parte das reuniões rotarianas. Mas agora estava decidido a deixar o Rotary, pois, como dizia "estava farto de ouvir discursos estéreis e tomar parte de jantares obrigatórios" e entrar na loja se for aceito.
- E a sua esposa? Será que já mudou de ideia?
- É assim. Ela já se acostumou com o Rotary e não fará mais oposição. Ademais, eu tenho mais inclinação para a Maçonaria e já comprei em São Paulo, na minha última viagem, um livro que lhe dá uma ideia o que é a Maçonaria é exatamente aquilo que é o meu pensamento. Disse-me o título do livro que foi escrito para profanos e que conheci.
- Pois, então, sua palavra me basta. Ficarei eu o responsável, o seu padrinho. Mas não depende só de mim. A loja resolverá se poderá ingressar.
Encaminhei os papéis. O candidato após o tempo legal foi aprovado no escrutínio. Chegou o dia de iniciação. O neófito passou pelas provas ritualísticas com coragem e recebeu como prêmio avental branco e luvas alvas mais um par, para ser entregue à sua consorte, como deferência da loja a excelentíssima esposa do novo irmão que doravante é considerada irmã.
Na próxima sessão o novo irmão aprendiz não compareceu, na segunda reunião brilhou por ausência. Qual teria sido o motivo? O venerável me incumbiu de falar com o irmão neófito e indagar sobre o motivo de suas faltas.
Qual a minha surpresa quando ele me confessara seu fracasso em casa.
- Então você estava mentindo quando me afirmou não ter mais dificuldades e sua esposa estaria conformada.
- É verdade, desculpe-me, mas era tão grande meu desejo de pertencer à Maçonaria que arrisquei tudo. Mas ela descobriu logo em minha escrivaninha o ritual, avental e luvas, que tinha escondido em uma pasta. Nem teve coragem de entregar o par de luvas brancas destinada à sua consorte. E ela novamente ameaçou de me deixar dizendo:
- Ou você devolve tudo ou eu me vou com as crianças. Pode escolher; nunca permitiria que você pertencesse a essa sociedade "diabólica". - Que é que vou fazer agora?
- Em primeiro lugar, você com sua mentira colocou-me em maus lençóis perante minha loja. Em segundo lugar, você como mentiroso é mesmo indigno de pertencer a nós. Você foi apenas um curioso que queria conhecer os segredos da Maçonaria. Mas sei que você não entendeu patavina, devolva tudo. Fica tranquilo que nada te acontece. Mas a tua própria consciência vai te julgar.
Deixei-o pensativo e envergonhado no seu escritório particular onde mantivemos essa nossa conversa.
E eu pensei com meus botões que parte da culpa cabe a mim mesmo, porque acreditei piamente na "conversa" dele. E outra parcela cabia também aos sindicantes que apresentaram as melhores referências, tendo copiado um do outro, sem na realidade colher informações seguras, não somente sobre a parte financeira, como também sobre as condições familiares e morais do candidato.
Nunca mais se repetiu em nossa loja um caso idêntico. A experiência ensina!
Mais barato, porém, é tomar este exemplo como advertência para não cair no mesmo erro.


Fonte:
1. Nos Bastidores da Maçonaria, Memórias de um Secretário.
Data do texto: 13/03/2012.
Loja Amizade ao Cruzeiro do Sul 4 Grande Loja de Santa Catarina.
Rito: Rito Escocês Antigo e Aceito
Local: Joinville.
Grau do Texto: Aprendiz Maçom.
Área de Estudo: Intolerância, Maçonaria, Moral.
Sinopse do autor: M. Claudius, maçom de nacionalidade brasileira. Hans Bachl.


P.S.
A peça de arquitetura não é de minha lavra, pertence a um irmão de Joinville e que a escreveu na década de 1950.
Naquele tempo já era assim.
Colhemos hoje o que se plantou desde então.
T\ F\ A\,
Charles Evaldo Boller

14/03/2012 20:09.

terça-feira, 20 de março de 2012

Você pode

Manuel Bandeira


O Bicho


Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira, Rio, 27 de dezembro de 1947

 





Fernando Pessoa
Você pode

Fernando Pessoa
Você pode ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo.
E você pode evitar que ela vá a falência.

Há muitas pessoas que
precisam, admiram e torcem por você.
Gostaria que você sempre se lembrasse
de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade,
caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas,
relacionamentos sem desilusões.

Ser feliz é encontrar
força no perdão, esperança nas batalhas,
segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender
lições nos fracassos.

Não é apenas ter júbilo nos aplausos,
mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena
viver, apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor da
própria história.

É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manha pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples ,
que mora dentro de cada um de nós.

É ter maturidade para falar "eu errei".
É ter ousadia para dizer "me perdoe".
É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você".
É ter capacidade de dizer "eu te amo".
É ter humildade da receptividade.

Desejo que a vida se torne um canteiro
de oportunidades para você ser feliz...
E, quando você errar o caminho, recomece,
pois assim você descobrirá que ser feliz
não é ter uma vida perfeita, mas usar
as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas
da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz,
pois a vida é um obstáculo imperdível,
ainda que se apresentem dezenas de fatores
a demonstrarem o contrário.


Fernando Pessoa

segunda-feira, 19 de março de 2012

O Ir.'. Leonel fala aos novos Veneráveis Mestres:


 



Estimados Veneráveis Mestres que ora assumem os seus mandatos.
Conquistastes a confiança de vossos Irmãos, por isso vocês foram escolhidos e eleitos gestores de vossas Lojas. Essa confiança em vós depositada não foi por força do acaso e nem deverá e poderá ser em vão, pois todo Obreiro espera que o Venerável Mestre seja a força motivadora em prol de uma ação que o faça envolver-se com os projetos de sua Loja e de sua Oficina. Nesse contexto, não vou entrar em detalhes para não fugir do foco, mas quero lembrá-los de que: a Loja representa o que há de material e a Oficina representa o que há de espiritual.
Atentem-se, portanto, para a questão do tempo que lhes foi concedido pelo Grande Arquiteto do Universo. O tempo pode ser, ou não, suficiente e adequado para a realização dos projetos que os Irmãos esperam que sejam conduzidos pela liderança de vocês. Neste aspecto, o aproveitamento do tempo que nós é concedido revela dois tipos de maçons: os que fazem e os que não querem fazer, esses afirmam que não têm tempo.
Meus caros, o homem iniciado torna-se um maçom, agindo como tal e o Venerável Mestre torna-se um guia de seus Irmãos, agindo como um Líder. O Líder tem atitudes pró-ativas, dá o exemplo e busca o conhecimento, transmitindo-o aos seus liderados com profissionalismo, empreendedorismo, ética e, sobretudo, com sentimento de equipe, de amor e de dedicação a uma nobre causa.
Que todos se conscientizem que somos parte de uma Instituição que tem um passado muito forte, um presente de alta significância e um futuro cheio de desafios, internos e externos. Desafios que exigirão de todos nós, em especial dos Veneráveis Mestres, muito foco, persistência e capacidade de gestão de pessoas, pois os caminhos que nos trouxeram até os dias atuais não serão os mesmos que nos levarão ao futuro, já que estamos inseridos em uma sociedade dinâmica, evolutiva e instável, onde o imobilismo e a estagnação significam a MORTE. Não sob o ponto de vista físico, mas sim no que tange à credibilidade e, sem credibilidade uma Instituição perde a sua força, a sua pujança e a sua capacidade de progredir e evoluir.
O mundo sempre mudou, continua e continuará mudando, a cada instante de forma mais espantosa e rápida - quem não se adequar, tanto sob o ponto de vista individual como institucional, ficará irremediavelmente para trás - não estou me referindo à ritualística, ao simbolismo e a filosofia, mas sim, aos princípios, aos objetivos administrativos e a participação sócio-política nas comunidades onde estamos inseridos. Quem me conhece um pouco sabe do que eu estou falando: temos que interagir diretamente com a sociedade, ocupando os espaços, oferecendo o trabalho e levando a vontade de servir em prol da causa humana, seja através de ações educacionais, culturais, ambientais, sociais, econômicas e até políticas. Faço um breve parêntese para citar o magnífico trabalho que os irmãos da ARLS Tiradentes 95 - GLMMG, vêm fazendo, por mais de uma década, junto a APAE - Uberlândia. Eu gastaria muitas páginas para descrever o nobre e edificante trabalho que os OBREIROS da LOJA abraçaram de forma VOLUNTÁRIA, por isso recomendo que acessem
www.uberlandia.apaebrasil.org.br, e vejam o quanto se pode fazer quando existe vontade e determinação.
A que viemos? A resposta pode até ser, para alguns, perturbadora. Em especial para aqueles que vivem questionando acerca do que os Maçons têm feito em prol do Gênero Humano, e por isso lamentam o tempo todo. É, meus Queridos Veneráveis Mestres que agora tomam posse, a Maçonaria as vezes "chora" ao perceber que o maçom troca os seus sonhos por lamentos, imobilismo e indisposição para a ação.
Veneráveis, a que viestes, senão para serem os guia e os líderes dos projetos que precisam ser consolidados no seio das Lojas e das comunidades onde estas estão inseridas? Enganam-se aqueles que pensam ser o Grão-Mestrado o ator principal dessa jornada, pois ele é tão somente o catalisador das energias que cada um de vós, dentro do possível, conseguem extrair da vontade de todos os Obreiros que constituem a GLMMG. Você são os instrumentos das mudanças que precisam acontecer, tudo dentro de uma dinâmica ordenada e bem planejada, em prol de objetivos concretos, perenes e comuns. Portanto:
- Libertem e façam com que os vossos irmãos libertem os seus pensamentos do pessimismo, do negativismo e, em especial, do individualismo;
- Foquem vossas ações e questões que agregam valor aos Irmãos e seus familiares, à Loja e à coletividade;
- Expurguem do convívio da Loja, as picuinhas e as questiúnculas, pois elas criam as barreiras, as diferenças e os ódios que separam homens e Irmãos;
- Tenham, através do hoje, uma visão clara a respeito do futuro. Que o passado não seja o foco, mas tão somente referência;
- Permitam o erro e não tenham medo de errar, entretanto, aprendam a alinhar os rumos, pois o pior é não fazer a tentativa;
- E, acima de tudo, tenham FÉ em Vocês, nas Pessoas, na Família e, sobretudo, em Deus.
Enfim, desenvolvam em vossos liderados o espírito de equipe e de união que fazem com que as adversidades e os desafios não sejam obstáculos para as vitórias que eles precisam alcançar e, caso elas, as vitórias, não venham na primeira tentativa, mostrem-lhes o quão é importante sonhar e que, somente a persistência e a fé os levarão ao sucesso.
Que o Grande Arquiteto do Universo os Abençoe, hoje e sempre.
Um Tríplice e Fraternal Abraço,
Leonel Ricardo de Andrade
Eminente Grande Segundo Vigilante da GLMMG
Uberlândia - MG, 17/06/2008
 

domingo, 18 de março de 2012

PARIS - 18 DE MARÇO DE 1314

 
JACQUES DEMOLAY
 
JACQUES DeMOLAY
O Ultimo Grão Mestre dos Cavaleiros Templários
Jacques DeMolay nasceu na cidade de Vitrey na França no ano de 1244 e já aos 21 anos, DeMolay se juntou a Ordem dos Cavaleiros Templários.




Também chamada de Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão , esta ordem foi fundada em 12 de junho de 1118 em Jerusalém pôr Hugo de Payens, Cavaleiro de Burgúndia e Godofredo de Sain t' Omer.

A Ordem dos Templários participou das cruzadas e ganhou reconhecimento pelo seu valor e heroísmo, e a mercê dos bens tomados dos seus inimigos vencidos, ou doados à ordem, chegaram a ser grandes financeiros e banqueiros internacionais, os soberanos da Europa necessitados de dinheiro passaram a invejar sua riqueza.

A ordem foi um dos repositórios de sabedoria oculta na Europa durante os séculos XII e XIII, porém seus segredos só eram transmitidos a alguns membros em seção religiosa sob estrito sigilo. Da&i acute; naturalmente, a razão de lhe haverem os leigos atribuídos as mais horríveis práticas e histórias infamadas.

Em 1298, Jacques DeMolay foi nomeado grão mestre, uma posição de grande prestigio. Como grão mestre Jacques Demolay, entretanto, estava numa posição difícil. As cruzadas não estavam atingindo seu objetivo. Os sarracenos derrotaram os cruzados em batalhas e capturaram muitas cidades.

Em vez de apoio público, os Templários atraíram atenção dos lados poderosos, que estariam interessados em obter poder e riqueza, mas ninguém poderia prever o seu fim brusco e trágico. Conservando-se ainda poderosamente rica, credora do Papa e da corte da França, suas posses passaram a ser avidamente cobiçadas. Em 1305, Felipe o Belo, rei da França tentou obter controle dos Templários, mas não obteve sucesso.

O ano de 1307 foi o começo das perseguições aos cavaleiros Templários. A Europa já contava com cerca de 704 Conventos e Comendadorias.

No dia 12 de outubro de 1307, quinta feira, o 22° Grão Mestre dos Templários, Jacques DeMolay estava assistindo aos funerais de uma princesa da casa real da França. Estava ele um pouco nervoso, pois corriam boatos sobre os desígnios do rei da França Felipe o Belo. No ano precedente, o rei Felipe IV da França, tinha solenemente recebido os esquadrões da Ordem que o visitaram na França, onde no centro de Paris, possuíam o famoso castelo do templo, sede geral da Ordem. Porém o Grão Mestre nesta viagem tinha cometido o erro de comparecer perante o rei com uma escolta de sessenta Templários pertencente à alta nobreza e ostentando o enorme tesouro que tinha trazido da Palestina para ser guardado do templo. Filipe verificara que os TEMPLÁRIOS, representavam uma força verdadeira. Um estado poderoso dentro da França.
Jacques DeMolay recusava-se a acreditar que o rei fosse seu inimigo e ainda o defendeu perante todos os Templários desconfiados, declarando que " tinha certeza da lisura do rei" . Assim após o funeral, o Grão Mestre tinha se retirado na " Ville Neuve du Temple" que era a sede européia da ordem, respirando um pouco mais aliviado na sua fortaleza. No fim da tarde, todos os oficiais espalhados pelo reino e que representavam o poder do rei da França, estavam abrindo uma carta levando o selo do real e contendo instruções secretas e trágicas. Estas cartas estavam sendo lidas no mesmo momento em todos os municípios e cidades da França, nesta noite terrível de 12 para 13 de outubro de 1307. Ao ler o conteúdo da mensagem, os oficiais reais ficaram cheios de medo, pois tratava-se nada mais que prender o Grão Mestre e seus Templários, que eram hóspedes de honra do rei da França; e isto com a autorização do Papa.

Como o Papa Clemente V devia sua posição em Avinhão às intrigas do rei, foi fácil a sua aquiescência. Essa macabra tarefa foi muito ajudada pelo ex-cavaleiro Esquieu de Floyran, o qual, pessoalmente interessado na desmoralização da ordem, contra ela levantou as mais duvidosas acusações. Essas acusações foram sofregamente aceitas pôr Felipe IV, que numa sexta-feira, 13 de outubro de 1307, mandou prender todos os Templários da França e o seu Grão Mestre, Jacques DeMolay, os quais submetidos a inquisição, foram por esta acusados de hereges.

Os sinos da igreja batiam às três horas da manhã, quando, em todo o território francês as casas do templo estavam a ponto de serem invadidas soez e covardemente. Em Paris, foi pessoalmente o guardi&atild e; e doselo do rei Guilherme de Nogaret que quis liderar a infame expedição contra o próprio Grão Mestre.Todos os Templários que acompanhavam o Grão Mestre, bem assim, como os outros espalhados nos Conventos e Comendadorias cerca de 138, foram postos nas prisões do estado, onde executando-se ordens pessoais do rei, deviam imediatamente, ser interrogados pelos comissários da Inquisição para confessarem "suas culpas" devendo ser empregado a tortura , entre as acusações mais sérias que instruíram o processo contra os cavaleiros Templários, figuravam as de apostasia da fé, idolatria e heresia, além dos pecados contra a natureza.

Depois de torturas, confissões e execuções, Clemente V oficialmente aboliu a Ordem dos Cavaleiros Templários no dia 22 de março de 1312.
O Capitulo do Defensores do Vale e da Liberdade 504, faz justa homenagem
ao patrono Jacques Demoly ao praticar a filantropia.  

Assim debaixo da tortura todos os acusados confessaram aqueles procedimentos mas vimos depois que o Grão Mestre quando aos 14 de março de 1314 solicitou ser ouvido outra vez , e quando os inquisidores pensavam que outrora altivo Grão Mestre, iria implorar perdão ao rei e misericórdia ao Papa, Jacques DeMolay disse:

-" Eu penso que isto é certo" ele começou. "Que ao menos num só momento eu devo falar a verdade. Ante o céu e a terra, e com todos vocês como minhas testemunhas, eu admito que a ordem é culpada de grossa iniquidade. Mas a iniquidade é que eu tenho mentido em admitir as acusações contra a ordem. Eu declaro que a ordem é pura e santa e está além da questão. Eu tenho realmente confessado que a ordem é culpada, mas tenho feito isto para somente me salvar de terríveis torturas.

Vida é oferecida para mim, mas ao preço de infanidade. Neste preço, vida não vale a pena."
Felipe se sentiu atingido nos seus brios de monarca absoluto que dois dias depois pronunciara ele próprio a sentença de condenação de Jacques DeMolay, que devia morrer na fogueira como réu de crimes infames, heresia, sodomia, mas na verdade pelo delito de.... Lesa Magestade!

Sobre o rio Sena em Paris, na ilha hoje denominada de Vert Galant, anteriormente ilha dos judeus ocorreu o holocausto de Jacques DeMolay e dos Cavaleiros Templários.

A armação da fogueira requeria muita habilidade; homens encapuzados e fortes dispunham as achas de lenha grossa de forma adequada, mais alta que a estatura do homem, o fogo não poderia ser apagado até que o corpo ficasse completamente destruído. No alto da fogueira, o Grão Mestre dos Templários, Guy D'Auvergnie e o preceptor da Normandia Godofredo de Charnay estavam amarrados a estacas, lado a lado, e voltados para a sacada real. Haviam colocados na cabeça de todos a infamante mitra de papel dos Hereges.

Jacques DeMolay assiste impassível e como indiferente aos preparativos de seu trágico suplício sem um queixume, sem um gesto de desespero que significasse covardia perante a morte. E quando o frade encarregado dos responsos avançava de crucifixo na mão e o concita a arrepender-se dos crimes contra a religião, o Grão Mestre responde com a serenidade dos justos: "Guardei, ó frade vossas orações para o Papa que esse sim vai precisar delas!". O olhar do rei e do Grão Mestre se cruzaram, mediram-se, prenderam-se um ao outro, retiveram-se mutuamente. O rei fez um gesto com a mão e carrasco meteu a estopa acesa entre os feixes da lenha e de cavacos da fogueira . O vento mudou e a fumaça de segundo em segundo mais espessa e mais alta, envolveu os condenados cerca de 54 , escondendo-os quase da multidão.

O preceptor da Normandia foi o primeiro atingido. Teve um leve movimento de recuo quando as línguas de fogo começaram a lambê-lo e seus lábios se abriram muito, como procura-se inutilmente respirar um ar que lhe fugia. Seu corpo, apesar da corda dobrou-se em dois. O fogo dançava em torno dele. Depois um torrente acinzentada de fumaça engoliu-o, quando se dissipou Godofredo de Charnay estava em chamas bramindo e arquejando, tentando-se libertar da estaca fatal que tremia sua base. Via-se que o Grão Mestre lhe gritara algo, mas a multidão produzia um rumor tão forte no momento que para conter seu horror só se pode ouvir a palavra " Irmão" duas vezes lan&cce dil;adas. O Grão Mestre ainda não havia sido tocado. Os carrascos atiçavam o fogo com grandes ganchos de ferro. Depois subitamente houve um desmoronamento do braseiro e reavivadas as chamas atiraram-se contra ele. De repente a palavra do Grão Mestre surgiu da cortina de fogo e com uma força irresistível com voz que já era quase do além Jacques DeMolay disse:

-"Vergonha! Vergonha! Vós estais vendo morrer inocentes. Vergonha sobre vós todos. Deus julgará".

A chama flagelou-o, queimou-lhe a barba, calcinou em um segundo sua mitra de papel e acendeu seus cabelos brancos. O rosto em fogo do Grão Mestre estava voltado para a sacada real e com voz terrível, gritou: " NEKAN, ADONAI !!! Chol-Begoal!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FELIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE AO TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A 13°GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS !".

Os gases letais interromperam o anátema e DeMolay dobrou-se e perdeu os sentidos. O impacto inesperado deixou a multidão estupefacta. Não esperavam essa reação, mas cada um sentiu em si o peso da injustiça e a certeza que a maldição se cumpriria. Quarenta dias depois Felipe e Nogaret receberam uma mensagem "o Papa Clemente morrera". Felipe e Nogaret olharam-se e empalideceram, no pergaminho dizia que a morte ocorrera entre o dia 19 e 20 de abril. O Papa Clemente morreu pôr ingerir esmeraldas reduzidas a pó( para curar sua febre e um ataque de angústia e sofrimento) que provavelmente cortaram seus intestinos. O remédio foi receitado por médicos desconhecidos, quando retornava a sua cidade natal.

Guilherme de Nogaret veio a falecer numa manhã da terceira semana de Maio, envenenado por uma vela feita por Evrard, antigo Templário, com a ajuda de Beatriz d'Hirson. O veneno contido na vela era composto de dois pós de cores diferentes:

- Cinza: Cinzas da língua de um dos irmãos de d'Aunay , elas tinham um poder sobrenatural para atrair o demônio.

- Cristal Esbranquiçado: "Serpente de faraó" Provavelmente sulfocia de mercúrio. Gera por combustão: Ácido Súlfurico, vapores de mercúrio e compostos anídricos podendo assim provocar intoxicações.

Morreu vomitando sangue, com câimbras, gritando o nome daqueles que morreram por suas mãos.

Felipe o Belo veio a morrer em 27 de Novembro de 1314, com 46 anos de idade, em uma caçada. Saiu a caçar com seu camareiro, seu secretário particular e alguns familiares na floresta de Pont-Sainte-Maxence. Sempre acompanhado de seus cães foram em busca de um raro cervo de 12 galhos visto perto ao local. O rei acabou perdendo-se do grupo e encontrou um camponês que o ajuda a localizar o cervo. Achando-o e estando pronto a atacar-lhe percebeu uma cruz que brilhava, começou a passar mal e caiu do cavalo. Foi achado por seus companheiros e levado de volta ao palácio repetindo sempre " A cruz, a cruz.." .Pediu como o Papa Clemente em seu leito de morte que fosse levado a sua cidade natal; no caso do rei, Fontainebleau.

" A mão de Deus fere depressa, sobretudo quando a mão dos homens ajuda" teria dito um dos Templários remanescentes, jurando vingança.





Fonte: BARSA - Enciclopédia




sábado, 17 de março de 2012

Jacques DeMolay 18 de março de 1314

Marco no lugar da sua execução, na Île de la Cité(em português: Ilha da Cidade),
em Paris.
Traduzindo para o português o que está escrito: Nesse local, Jacques de Molay,
último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, foi queimado,
em 18 de março de 1314. Tal está localizado na Pont-Neuf
(em português: Ponte Nova).

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jacques DeMolay
JacquesDeMolay.jpg
Jacques DeMolay, o último
Grão-Mestre da Ordem dos Templários, em representação do século XIX. Hoje não existe nenhum retrato seu feito em vida.
Nome completo Jacques de Molay
Nascimento
1243/1244 ou 1249/1250
Vitrey-sur-Mance, França
Morte
18 de março de 1314
Paris, França
Nacionalidade Francês
Ocupação Cavaleiro e último grão-mestre da Ordem dos Templários
Jacques DeMolay
(Vitrey-sur-Mance, 1243/1244 ou 1249/1250 - Paris, 18 de março de 1314) foi um nobre e militar, nascido em Vitrey-sur-Mance, à época um vilarejo do Condado da Borgonha. Pertencente a uma família da pequena nobreza francesa, foi cavaleiro e grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários.
Biografia
Nascido em Vitrey-sur-Mance, atualmente localizada no departamento de Haute-Saône, França, embora à época o vilarejo pertencesse ao Condado da Borgonha. Jacques de Molay nasceu no ano de 1244, em uma família da pequena nobreza francesa. Muito pouco se sabe sobre sua infância e adolescência.
Aos seus 21 anos de idade, como muitos filhos da nobreza européia, de Molay entrou para a Ordem dos Cavaleiros Templários, organização sancionada pela Igreja Católica Apostólica Romana em 1128, para proteger e guardar as estradas entre Jerusalém e Acre, sendo a última, à época, um importante porto no mar Mediterrâneo. A Ordem dos Cavaleiros Templários participou das Cruzadas, e conquistou um nome de valor e heroísmo.
Nobres de toda a Europa enviavam seus filhos para serem cavaleiros templários, e isso fez com que a Ordem passasse a ser muito rica e popular em todo o continente europeu e Oriente Médio.
Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado grão-mestre dos Cavaleiros Templários, uma posição de poder e prestígio. Assumiu o cargo após a morte de seu antecessor Thibaud Gaudin, no mesmo ano - 1298.
Como Grão-Mestre, Jacques passou por uma difícil posição pois as cruzadas não estavam atingindo seus objetivos. O anticristianismo sarraceno derrotou as Cruzadas em batalhas. capturando algumas cidades e portos vitais dos cavaleiros templários e dos hospitalários (outra ordem de cavalaria), restaram apenas um único grupo do confronto contra os sarracenos.
Os templários resolveram, então, se reorganizar e readquirir sua força. Viajaram para a ilha de Chipre, esperando que o público geral se levantasse em apoio à outra Cruzada.
Em vez de apoio público, como sempre, os cavaleiros atraíram a atenção dos poderosos senhores feudais, muito deles seus parentes, pois para se entrar na ordem teria de se pertencer à nobreza. Em 1305, Filipe IV, "o belo", rei de França, resolveu obter o controle dos templários para impedir a ascensão da ordem no poder da Igreja católica. O rei era amigo de Jacques de Molay, um de seus filhos era afilhado do mesmo, o delfim Carlos, que mais tarde seria rei de França como Carlos IV. Mesmo sendo seu amigo, o rei de França tentou juntar a ordem dos Templários e a dos Hospitalários, pois sentiu que as duas ordens formavam uma grande potência econômica. Filipe IV sabia que a Ordem dos Templários possuía várias propriedades e outros tipos de riqueza.
Sem obter o sucesso desejado, que era a de juntar as duas ordens e se transformar em um líder absoluto, o então rei de França armou um plano para acabar com a Ordem dos Templários, tendo chamado um nobre francês de nome Esquin de Floyran. O tal nobre teria como missão denegrir a imagem dos templários e de seu Grão-Mestre Jacques de Molay, e como recompensa receberia terras pertencentes aos templários logo após derrubá-los.
O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 mil homens, Jacques de Molay havia ido a França para o funeral de um membro feminino da Casa Real Francesa e havia levado consigo poucos cavaleiros. Na madrugada de 13 de outubro, ele e seus homens foram capturados e lançados nas masmorras por um homem de confiança do rei Filipe IV, Guilherme de Nogaret.
Durante sete anos, Jacques de Molay e os cavaleiros aprisionados sofreram torturas e viveram em condições subumanas. Enquanto isso, Filipe IV gerenciava as forças do papa Clemente V para condenar os templários. Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas a proteção de Filipe.
Após três julgamentos, Jacques de Molay continuou sendo leal para com seus amigos e cavaleiros. Ele se recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, e recusou-se a denunciar seus companheiros. Em 18 de março de 1314, foi levado à Corte Especial. Como evidências, a Corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas por de Molay. Desmestiu, então, as mesmas confissões. Sob as leis da época, a pena por desmentir uma confissão era a morte. Foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques de Molay, outro cavaleiro, Guy d'Auvergne, desmentiu sua confissão e ambos foram condenados. O rei Filipe IV, o belo, ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia, e deste modo a história de Jacques de Molay se tornou um testemunho de lealdade e companheirismo. De Molay veio a falecer aos seus 70 anos de idade no dia 18 de março de 1314.
Durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do então rei de França, Filipe IV, o belo. O primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida o Chefe da guarda e o conselheiro real Guilherme de Nogaret e no dia 27 de novembro de 1314 morreu o rei Filipe IV com seus 46 anos de idade.
Grão-Mestrado
Jacques de Molay assume o grão-mestrado da ordem em 1295, não se sabendo no entanto a data exata da sua eleição. Será eleito em detrimento de outra figura de peso dentro da ordem, Hugues de Pairaud, sobrinho do visitador do templo em França.
No inicio do seu grão-mestrado é conhecido pela sua ação a favor de uma nova cruzada, desenvolvendo uma campanha diplomática na França, Catalunha, Inglaterra, nos estados da península itálica e nos estados pontifícios. Esta campanha visou não só resolver problemas internos que a ordem tinha, como também problemas locais, sendo resolvidas diversas disputas entre a ordem e bispos e também no sentido de pressionar as coroas e a Igreja a uma nova cruzada.
Organiza a partir da ilha de Chipre ataques contra as costas egípcias e síria para enfraquecer os mamelucos, providencia apoio logístico e armado ao Reino Arménio da Cilícia, e chega a intentar uma aliança com o Canato da Pérsia, sem resultados visíveis. Outro assunto que será discutido durante o seu mestrado na ordem será o da fusão entre as duas maiores ordens militares, a do Templo e a do Hospital numa só. A Ordem do Templo com a perda de Acre começava a ser questionada quanto à razão da sua existência. As suas funções de proteger os peregrinos e de defender a Terra Santa tinham cessado quando se retiraram para a ilha de Chipre. Jacques de Molay, em maio de 1307, em Poitiers, junto do papa Clemente V conseguira apresentar uma defesa contra esta fusão e ela não se realiza.
A prisão e o processo
Na sexta-feira de 13 de outubro de 1307, os templários no reino da França são presos em massa por ordem de Filipe IV, o belo, então rei de França. O grão-mestre Jacques de Molay é capturado em Paris. Imediatamente após a prisão, Guillaume de Nogaret proclama publicamente nos jardins do palácio real em Paris as acusações contra a ordem.
Esta manobra régia impedira o inquérito pontifício pedido pelo próprio grão-mestre, o qual interno à Igreja, discreto e desenvolvido com base no direito canônico, emendaria a ordem das suas faltas promovendo a sua reforma interna.
Jacques de Molay foi sentenciado à morte, em 1314, sendo queimado na Île de la Cité, em Paris.
A prisão, as torturas, as confissões do grão-mestre, criam um conflito diplomático com a Santa Sé, sendo o papa o único com autoridade para efetuar esta ação. Depois de uma guerra diplomática face ao processo instaurado contra a ordem entre Filipe, o Belo e Clemente V, chegam a um impasse, pois estando o grão-mestre e o preceptor da Normandia, Geoffroy de Charnay sob custódia dos agentes do rei, estão no entanto protegidos pela imunidade sancionada pelo papa e absolvidos não podendo ser considerados heréticos.
Em 1314 o rei pressiona para uma decisão relativa à sorte dos prisioneiros. Já num estado terminal da sua doença, com violentas hemorragias internas que o impedem de sair do leito, Clemente V ordena que uma comissão de bispos trate da questão. As suas ordens seriam a salvação dos prisioneiros ficando estes num regime de prisão perpétua sob custódia apostólica e assegurando ao rei que a temida recuperação da ordem não será efetuada. Perante a comissão Jacques de Molay e Geoffroy de Charnay proclamam a inocência de toda a ordem face às acusações dirigidas a ela, a comissão pára o processo e decide consultar a vontade do papa neste assunto.
Marco no lugar da sua execução, na Île de la Cité(em português: Ilha da Cidade), em Paris. Traduzindo para o português o que está escrito: Nesse local, Jacques de Molay, último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, foi queimado, em 18 de março de 1314. Tal está localizado na Pont-Neuf(em português: Ponte Nova).
Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e estando a absolvição da ordem ainda pendente, Filipe IV, o belo, decide um golpe de mão para que a questão templária fosse terminada. Ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay, então sob a custódia da comissão de bispos, e ordena que sejam queimados numa fogueira na Île de la Cité, pouco depois das vésperas, em 18 de março de 1314.
Com isso Jacques de Molay passou a ser conhecido como um símbolo de lealdade e companheirismo, pois preferiu morrer a entregar seus companheiros ou faltar com seu juramento. E por esse motivo o maçom estadunidense Frank Sherman Land veio a fundar a Ordem DeMolay, usando seu nome como mártir e exemplo a ser seguido.
Fontes:
Barbara Frale. Os Templários, Edições 70, Lisboa, 2005.

Jacques DeMolay