segunda-feira, 31 de dezembro de 2018


Nota de Coragem
Não te afastes da paciência quando
as dificuldades se agravem.
Ainda que provações inesperadas te
espanquem o coração,
conserva a serenidade e segue adiante,
agindo e servindo.
Pensa nos que perderam a  e tropeçaram na violência;
medita nos que tombaram em desespero e resvalaram na loucura.
O verbo que te vergasta pode ser a
enfermidade em forma de insulto e a
mão que te golpeia estará provavelmente
sob o impulso das trevas.
Coragem não é revidar,
nem cair na exibição de poder.
A coragem verdadeira ergue-se
da compreensão e da bênção, quando o desequilíbrio tente assaltar-te.
Em qualquer circunstância,
escora-te no esforço de resguardar o bem.
Quando estiveres a ponto de pronunciar
qualquer frase irrefletida ou de
empreender a mínima ação contra os outros,
ora e silencia,
porque o Céu te ouve e
Deus te sustentará.

Meimei


quarta-feira, 26 de dezembro de 2018


Dever e Trabalho

O compromisso de trabalho inclui o dever de associar-se a criatura ao esforço de equipe na obra a realizar.

Obediência digna tem o nome de obrigação cumprida no dicionário da realidade.

Quem executa com alegria as tarefas consideradas menores, espontaneamente se promove às tarefas consideradas maiores.

A câmara fotográfica nos retrata por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro.

Quem escarnece da obra que lhe honorifica a existência, desprestigia a si mesmo.

Servir além do próprio dever não é bajular e sim entesourar apoio e experiência, simpatia e cooperação.

Na formação e complementação de qualquer trabalho, é preciso compreender para sermos compreendidos.

Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador.

André Luiz

domingo, 23 de dezembro de 2018


Acreditamos que o Criador nos fez ricos a todos, sem exceção, porque a riqueza autêntica, a nosso ver, procede do trabalho e todos nós de uma forma ou de outra, podemos trabalhar e servir.
Quanto à felicidade, cremos que ela nasce na paz da consciência tranquila pelo dever cumprido e cresce, no íntimo de cada pessoa, à medida que a pessoa procura fazer a felicidade dos outros, sem pedir felicidade para si própria.


Não acreditamos que criaturas humanas e comunidades humanas consigam ser felizes sem a idéia de Deus e sem respeito aos semelhantes.



A alma humana não pode viver sem religião. Quanto mais o materialismo cresce, mais nosso Espírito tem saudade da união com Deus. Isso é nato em cada um de nós. Toda pessoa tem essa sede.



Segundo admitimos, o padrão ideal para a convivência pacífica entre as criaturas da Terra, está contido naquele inesquecível mandamento de Jesus Cristo: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.
Quando este preceito for praticado, certamente usufruiremos a felicidade do Mundo Melhor com que todos sonhamos.



Creio que a importância do Evangelho de Jesus em nossa evolução espiritual, é semelhante à importância do Sol na sustentação de nossa vida física.



EMMANUEL

sábado, 22 de dezembro de 2018


 “Romanceiro da Inconfidência” (1953)

Trecho do Romanceiro da Inconfidência (1953)

Não posso mover meus passos
Por esse atroz labirinto
De esquecimento e cegueira
Em que amores e ódios vão:
- pois sinto bater os sinos,
percebo o roçar das rezas,
vejo o arrepio da morte,
à voz da condenação;
- avisto a negra masmorra
e a sombra do carcereiro
que transita sobre angústias,
com chaves no coração;
- descubro as altas madeiras
do excessivo cadafalso
e, por muros e janelas,
o pasmo da multidão.

Batem patas de cavalos.
Suam soldados imóveis.
Na frente dos oratórios,
que vale mais a oração?
Vale a voz do Brigadeiro
sobre o povo e sobre a tropa,
louvando a augusta Rainha,
– já louca e fora do trono –
na sua Proclamação.

Ó meio-dia confuso,
ó vinte-e-um de abril sinistro,
que intrigas de ouro e de sonho
houve em tua formação?
Quem condena, julga e pune?
Quem é culpado e inocente?
Na mesma cova do tempo
Cai o castigo e o perdão.
Morre a tinta das sentenças
e o sangue dos enforcados …
- liras, espadas e cruzes
pura cinza agora são.
Na mesma cova, as palavras,
e o secreto pensamento,
as coroas e os machados,
mentiras e verdade estão.

Aqui, além, pelo mundo,
ossos, nomes, letras, poeira…
Onde, os rostos? onde, as almas?
Nem os herdeiros recordam
rastro nenhum pelo chão.

Ó grandes muros sem eco,
presídios de sal e treva
onde os homens padeceram
sua vasta solidão…

Não choraremos o que houve,
nem os que chorar queremos:
contra rocas de ignorância
rebenta nossa aflição.

Choraremos esse mistério,
esse esquema sobre-humano,
a força, o jogo, o acidente
da indizível conjunção
que ordena vidas e mundos
em pólos inexoráveis
de ruína e de exaltação.

Ó silenciosas vertentes
por onde se precipitam
inexplicáveis torrentes,
por eterna escuridão!

Cecília Meireles

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018


O Reino de Deus está próximo


Muitas vezes, disse-nos o Senhor:
- “O Reino de Deus está próximo.”
E até hoje milhares de criaturas aguardam-lhe a vinda, através de espetaculosos eventos exteriores.
Muitos esperam-no, por intermédio de cataclismos inomináveis e mentalizam telas fantasmagóricas, incompatíveis com a Divina Misericórdia que nos preside os destinos...
Trovões ribombando no firmamento...
Maremotos e terremotos...
Raios destruidores a se derramarem do céu...
Multidões amotinadas promovendo devastações e ruínas...
Fluidos comburentes na atmosfera, transformando-a em fogo devorador...
Bombas fulminantes aniquilando nações inteiras...
E contam, quase sempre, com o absurdo e com o fantástico, para que se sintam no portal da grande transformação.
Sem dúvida que semelhantes flagelos podem sobrevir a qualquer momento na experiência  das criaturas e no campo da natureza, contudo, longe de significarem o Reino Divino apenas revelam imperativos de nova luta e com serviço mais áspero para quantos se enfileiram nos quadros evolutivos da Humanidade.
O Reino de Deus está próximo, sim, mas, antes de tudo, em nossa capacidade de construí-lo por dentro de nós, através do céu que possamos oferecer à alma do próximo.
Atendamos ao cumprimento do dever que a vida nos atribui, colaborando quanto possível pela vitória do bem a atender o amor que o Mestre nos legou e alcançaremos, com a urgência possível, o clima celestial para nós e para os outros.
É por isso que Jesus igualmente foi positivo e justo quando afirmou:
“Quando se vos disser o Reino de Deus permanece ali ou acolá não acrediteis, porque, em verdade, o Reino de Deus está dentro de vós.”

Emmanuel

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018


Amar a Nós Mesmos

Amar a nós mesmos não é consagrarmos a vida à exaltação absoluta do corpo de carne que o homem serve de veículo provisório na luta redentora da Terra.
Certo, tanto quanto devemos atenção e assistência a qualquer máquina útil, não podemos relaxar no cuidado que nos merece a vestimenta física, entretanto, não nos cabe centralizar todos os objetivos da existência naquilo que, no fundo, seria a preservação da animalidade.
Amarmo-nos, então, será atendermos ao justo imperativo de nossa habilitação espiritual para a vida eterna.
Nesse sentido, é indispensável aproveitarmos o concurso valioso e eficiente da dor e da luta, do trabalho e do sacrifício, na aquisição de nossas melhores experiências para os círculos mais altos.
A pedra que fugisse ao buril e o vaso que se desviasse do clima asfixiante do forno jamais seriam arrancados do primitivismo agreste aos espetáculos da beleza e da utilidade.
Claro, portanto, que se realmente amamos a nós mesmos, não podemos perder a nossa oportunidade de elevação, através das provas e dos sofrimentos que o estágio curto na Terra nos oferece.
Renúncia é sublimação.
Obstáculo é auxílio.
Trabalho é posse de competência.
Disciplina é sementeira de altos valores espontâneos.
Obediência ao bem é construção do progresso comum.
Escravidão aos deveres da reta consciência é acesso à Vida Superior.
Silêncio é porta para a humildade.
Serviço de hoje aos semelhantes é influência divina amanhã.
Dificuldades bem superadas são bênçãos.
Se buscarmos, desse modo, amar a nós mesmos, saibamos desprezar o contentamento efêmero de algumas horas na carne escura e frágil, valorizando o nosso ensejo de aprender e crescer, com os entraves e sombras, com as dores e aflições do caminho terrestre, porque, purificando a nós mesmos, no sacrifício pelo bem dos outros, mais cedo alcançaremos a áurea da imperecível felicidade.


EMMANUEL

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018


MENSAGEM DO NATAL.

 EMMANUEL.

“Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens”. (LUCAS, 2:14).

 O cântico das legiões angélicas, na Noite Divina, expressa o programa do Pai acerca do apostolado que se reservaria ao Mestre nascente.

*

O louvor celeste sintetiza, em três enunciados pequeninos, a plataforma do Cristianismo inteiro.

*

Glória Deus nas Alturas, significando o imperativo de nossa consagração ao Senhor Supremo, de todo o coração e de toda a alma.

Paz na Terra, traduzindo a fraternidade que nos compete incentivar, no plano de cada dia, com todas as criaturas.

Boa Vontade para com os homens, definindo as nossas obrigações de serviço espontâneo, uns à frente dos outros, no grande roteiro da Humanidade.

*

O Natal exprime renovação da alma e do mundo, nas bases do Amor, da Solidariedade e do Trabalho.

*

Dantes, os que se anunciavam, em nome de Deus, exibiam a púrpura dos triunfadores sobre o acervo de cadáveres e despojos dos vencidos.

Com o Enviado Celeste, que surge na Manjedoura, temos o Divino Vencedor arrebanhando os fracos e os sofredores, os pobres e os humildes para a revelação do Bem Universal.

*

Dantes, exércitos e armadilhas, flagelos e punhais, chuvas de lodo e lama para a conquista sanguinolenta.

Agora, porém, e um Coração armado de Amor, aberto à compreensão de todas as dores, ao encontro das almas.

Não amaldiçoa.

Não condena.

Não fere.

Fortalecem as boas obras.

Ensina e passa.

Auxilia e segue adiante.

Consola os aflitos, sem esquecer-se de consagrar o júbilo esponsalício de Caná.

Reconforta-se com os discípulos no jardim doméstico; todavia, não desampara a multidão na praça pública.

Exalta as virtudes femininas no Lar de Pedro; contudo, não menospreza a Madalena transviada.

Partilha o pão singelo dos pescadores, mas não menoscaba o banquete dos publicanos.

Cura Bartimeu, o cego esquecido; entretanto, não olvida Zaqueu, o rico enganado.

Estima a nobreza dos amigos; contudo, não desdenha a cruz entre os ladrões.

O Cristo na Manjedoura representava o Pai na Terra. O cristão no mundo é o Cristo dentro da vida.

*

Natal! Glória a Deus! Paz na Terra! Boa Vontade para com os Homens!

*

Se já podes ouvir a mensagem da Noite Inesquecível, recorda que a Boa Vontade para com todas as criaturas é o nosso dever de sempre.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL – Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018


Os sinais da renovação

Ante a assembléia familiar, o Mestre tomou a palavra e falou, persuasivo:

— E quando o Reino Divino estiver às portas dos homens, a alma do mundo estará renovada.

O mais poderoso não será o mais desapiedado e, sim, o que mais ame.

O vencedor não será aquele que guerrear o inimigo exterior até à morte em rios de sangue, mas o que combater a iniquidade e a ignorância, dentro de si mesmo, até à extinção do mal, nos círculos da própria natureza.

O mais eloqüente não será o dono do mais belo discurso, mas, sim, o que aliar as palavras santificantes aos próprios atos, elevando o padrão da vida, no lugar onde estiver.

O mais nobre não será o detentor do maior número de títulos que lhe conferem a transitória dominação em propriedades efêmeras da Terra, mas aquele que acumular, mais intensamente, os créditos do amor e da gratidão nos corações das mães e das crianças, dos velhos e dos enfermos, dos homens leais e honestos, operosos e dignos, humildes e generosos.

O mais respeitável não será o dispensador de ouro e poder armado e, sim, o de melhor coração.

O mais santo não será o que se isola em altares do supremo orgulho espiritual, evitando o contacto dos que padecem, por temer a degradação e a imundície, mas, sim, aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento.

O mais puro não será o que foge ao intercâmbio com os maus e criminosos confessos, mas aquele que se mergulha no lodo para salvar os irmãos decaídos, sem contaminar-se.

O mais sábio não será o possuidor de mais livros e teorias, mas justamente aquele que, embora saiba pouco, procura acender uma luz nas sombras que ainda envolvem o irmão mais próximo...

O Amigo Divino pousou os olhos lúcidos na noite clara que resplandecia, lá fora, em pleno coração da Natureza, fêz longo intervalo e acentuou:

— Nessa época sublime, os homens não se ausentarão do lar em combate aos próprios irmãos, por exigências de conquista ou pelo ódio de raça, em tempestades de lágrimas e sangue, porquanto estarão guerreando as trevas da ignorância, as chagas da enfermidade, as angústias da fome e as torturas morais de todos os matizes... Quando o arado substituir o carro suntuoso dos triunfadores, nas exibições públicas de grandeza coletiva; quando o livro edificante absorver o lugar da espada no espírito do povo; quando a bondade e a sabedoria presidirem às competições das criaturas para que os bons sejam venerados; quando o sacrifício pessoal em proveito de todos constituir a honra legítima da individualidade, a fixa de que a paz e o amor não se percam, dentro da vida — então uma Nova Humanidade estará no berço luminoso do Divino Reino...

Nesse ponto, a palavra doce e soberana fêz branda pausa e, lá fora, na tepidez da noite suave, as estrelas fulgentes, a cintilarem no alto, pareciam saudar essa era distante...

NEIO LÚCIO

domingo, 16 de dezembro de 2018


Em oração

Na véspera da partida do Senhor, no rumo de Sídon, o culto do Evangelho, na residência de Pedro, revestiu-se de justificável melancolia. As atividades do estudo edificante prosseguiriam, mas o trabalho da revelação, de algum modo, experimentaria interrupção natural.

A leitura de comoventes páginas de Isaías foi levada a efeito por Mateus, com visível emotividade; entretanto, nessa noite de despedidas, ninguém formulou qualquer indagação.

Intraduzível expectativa pairava no semblante de todos.

O Mestre, por si, absteve-se de qualquer comentário, mas, ao término da reunião, levantou os olhos lúcidos para o Céu e Suplicou fervorosamente:

— Pai, acende a Tua Divina Luz em torno de todos aqueles que Te olvidaram a bênção, nas sombras da caminhada terrestre.

Ampara os que se esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.
Ajuda aos que não se envergonham de ostentar felicidade, ao lado da miséria e do infortúnio.

Socorre os que se não lembram de agradecer aos benfeitores.
Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos do vício, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.

Levanta os que olvidaram a obrigação de serviço ao próximo.
Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.

Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência na carne é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da Eternidade.

Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.

Corrige os que espalham a tristeza e o pessimismo entre os semelhantes.
Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.

Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõem loucamente absorver-te o juízo, condenando os próprios irmãos.
Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho dos outros com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.

Estende paternas mãos a todos os que olvidaram a sentença de morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.

Esclarece os que se perderam nas trevas do ódio e da vingança, da ambição transviada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres, quando não passam de escravos, dignos de compaixão, diante de teus sublimes desígnios.

Eles todos, Pai, são delinquentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por Tua Justiça Soberana e Perfeita, por delitos de esquecimento, perante o Infinito Bem...

A essa altura, interrompeu-se a rogativa singular.

Quase todos os presentes, inclusive o próprio Mestre, mostravam lágrimas nos olhos e, no alto, a Lua radiosa, em plenilúnio divino, fazendo incidir seus raios sobre a modesta vivenda de Simão, parecia clamar sem palavras que muitos homens poderiam viver esquecidos do Supremo Senhor; entretanto, o Pai de Infinita Bondade e de Perfeita Justiça, amoroso e reto, continuaria velando...

NEIO LÚCIO

sábado, 15 de dezembro de 2018


Materialismo

Para dissipar a sombra do materialismo a espessar-se no espírito humano, é forçoso evitemos a atitude daquelas autoridades da antiga Bizâncio, que discutiam bagatelas, enquanto os inimigos lhes cercavam as portas.

Reconhecendo a impossibilidade de vincular essa anomalia às raízes da ignorância, de vez que o epicurista é, invariavelmente, alguém que se prevalece da cultura intelectual para extrair da existência o máximo de prazer com esquecimento da responsabilidade, interpretemos o materialismo como sendo enfermidade obscura, espécie de neoplasma da mente, a degenerar-lhe os mecanismos. Da tumoração invisível surge a violência e a crueldade, a desumanidade e o orgulho por metástases perigosas, suscetíveis de criar as piores deformidades no mundo íntimo.

E tanto quanto a ciência médica ainda encontra dificuldades para definir a etiologia do câncer, surpreendemos, de nossa parte, os maiores entraves para explicar a causa de semelhante calamidade, porquanto, sendo a idéia de Deus imanente em todas as leis do Universo, não é compreensível se isole, voluntariamente, a razão da sua origem divina.

Convençamo-nos, porém, de que todo desequilíbrio do espírito pede, por remédio justo, a educação do espírito.

Veiculemos, assim, o livro nobre.

Estendamos a mensagem edificante.

Acendamos a luz dos nossos princípios nas colunas da imprensa.

Utilizemos a onda radiofônica, auxiliando o povo a pensar em termos de vida eterna.

Relatemos as nossas experiências pessoais, no caminho da fé, com o desassombro de quem se coloca acima dos preconceitos.

Amparemos a infância e a juventude para que não desfaleçam à míngua de assistência espiritual.

Instruamos a mediunidade.

Aperfeiçoemos nossos próprios conhecimentos, através da leitura construtiva e meditada.

Instituamos cursos de estudo do Evangelho de Jesus e da obra de Allan Kardec, em nossas organizações, preparando o futuro.

Ofereçamos pão ao estômago faminto e alfabeto ao raciocínio embotado.

Plantemos no culto da caridade o culto da escola.

E, sobretudo, considerando o materialismo como chaga oculta, não nos afastemos da terapia do exemplo, porque, em todos os climas da Humanidade, se a palavra esclarece, o exemplo arrasta sempre.

Emmanuel

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018



PENSAMENTOS DO NATAL.

O Natal não é apenas uma festa no coração e no lar. É também a reafirmação da nossa atitude cristã perante a vida.

JOÃO DE CARVALHO.


Natal é o maior dos dons,
Nas celestes alegrias,
Que nos ensina a ser bons
Com Jesus todos os dias.

CASIMIRO CUNHA


Natal! Barcarola em prece...
Revelação!... Maravilha!...
Na Manjedoura que brilha
Ganha a paz vida e louvor...

É a glória de Deus que desce
Envolvente, bela e pura...
E a Terra põe-se à procura
Do Reino de Luz e amor.

JOÃO DE DEUS

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL
– Psicografia: Francisco Cândido Xavier.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018


Objetivo da Maçonaria

Seu objetivo é a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes.

A moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres, é a demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo da nossa alma sentimos o triunfo da verdade e da justiça.


Fonte: https://amaconaria.com.br/o-que-e-a-maconaria/

terça-feira, 11 de dezembro de 2018


ANTE O NATAL
Maria Dolores.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Antologia da Espiritualidade.
Lição nº 20. Página 69.

Lembrando-te, Senhor,
A glória ao desabrigo,
Aspiramos a ser
Migalha do Natal permanente contigo!...

Faze-nos esquecer
As fraquezas e os erros que trazemos
E acolhe-nos na luz, -
Na luz eterna dos teus dons supremos...

Deixa que nós sejamos,
Na exaltação do bem que a tua vida encerra,
Inda que seja um traço pequenino
Do amor com que iluminas toda a Terra!...

Concede-nos a bênção de espalhar,
Junto daqueles que a penúria alcança,
O pão que supre a mesa
E o verbo da esperança!...

Onde a tristeza surja e a revolta se expanda
Em tormenta sombria,
Queremos ser contigo
A semente da paz e o toque de alegria...

Onde o infortúnio chore
Um sonho semimorto,
Anelamos doar, na força de teu nome,
A palavra de vida e reconforto!...

Ante o Natal de volta às províncias do Mundo,
Na doce comoção que nos invade,
Transforma-nos, por fim, em parcela bendita
Da Celeste Bondade!...

Ampara-nos, Senhor, até que um dia,
Além de nossas trilhas inseguras,
Possamos nós também cantar, na harmonia dos Anjos:
- Glória a Deus nas Alturas!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018


Posses Terrestres

“... Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens ajuntado para quem será?”.
- Jesus (Lucas, 12:20)

Do ponto de vista da posse, de que disporá o homem, que realmente lhe pertença?
O corpo é uma bênção que lhe foi concedida pelos pais, em nome do amor eterno que rege a vida.
A família é uma equipe de corações afins e menos afins, em que ele estagia.
Os laços afetivos em que se motiva para trabalhar e viver podem ser mudados os subtraídos, a qualquer tempo.
O nome é uma doação do registro civil que o arrola nos acervos da estatística para definir-lhe o nascimento e a situação.
As potências mentais e os recursos físicos que se lhe erigem por instrumentos sutis de manifestação, muita vez são suscetíveis de sofrer temporárias cassações, dentro dos princípios de causa e efeito.
O prestígio social é um movimento digno, mas claramente mutável, entretecido pelas opiniões de amigos e adversários.
O conhecimento intelectual é um quadro de afirmações provisórias, no edifício da evolução, de que ele compartilha sem ser o responsável.
A fortuna material é um empréstimo dos Poderes Superiores que, não raro, lhe escapa ao controle, quando menos espera.
Tudo o que a criatura humana possui é tão-somente obséquio, concessão, favor ou benefício da Providência Divina ou da Bondade Humana.
Todos temos efetivamente de nós unicamente a nossa própria alma e, já que somos usufrutuários de todos os bens da vida, estejamos constantemente prevenidos para dar conta de nós próprios, ante as Leis do Destino, no tocante a uso e proveito, rendimento e administração.

Se aspiras o título de obreiro do Senhor, não olvides que o mundo é um campo imenso de trabalho para a lavoura do bem.
Do escuro menosprezo da Terra fez Jesus o caminho radiante para os Céus.
EMMANUEL

domingo, 9 de dezembro de 2018


Aos discípulos

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos.” - Paulo. (I Coríntios, 1:23.)

A vida moderna, com suas realidades brilhantes, vai ensinando às comunidades religiosas do Cristianismo que pregar é revelar a grandeza dos princípios de Jesus nas próprias ações diárias.

O homem que se internou pelo território estranho dos discursos, sem atos correspondentes à elevação da palavra, expõe-se, cada vez mais, ao ridículo e à negação.

Há muitos séculos prevalece o movimento de filosofias utilitaristas. E, ainda agora, não escasseiam orientadores que cogitam da construção de palácios egoísticos à base do magnetismo pessoal e psicólogos que ensinam publicamente a sutil exploração das massas.

É nesse quadro obscuro do desenvolvimento intelectual da Terra que os aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da renúncia e da bondade, revelando em suas obras isoladas a experiência divina dAquele que preferiu a crucificação ao pacto com o mal.

Novos discípulos, por isso, vão surgindo, além do sacerdócio organizado. Irmãos dos sofredores, dos simples, dos necessitados, os espiritistas cristãos encontram obstáculos terríveis na cultura intoxicada do século e no espírito utilitário das idéias comodistas.

Há quase dois mil anos, Paulo de Tarso aludia ao escândalo que a atitude dos aprendizes espalhava entre os judeus e à falsa impressão de loucura que despertava nos ânimos dos gregos.

Os tempos de agora são aqueles mesmos que Jesus declarava chegados ao Planeta; e os judeus e gregos, atualizados hoje nos negocistas desonestos e nos intelectuais vaidosos, prosseguem na mesma posição do início. Entre eles surge o continuador do Mestre, transmitindo-lhe o ensinamento com o verbo santificado pelas ações testemunhais.

Aparecem dificuldades, sarcasmos e conflitos.

O aprendiz fiel, porém, não se atemoriza.

O comercialismo da avareza permanecerá com o escândalo e a instrução envenenada demorar-se-á com os desequilíbrios que lhe são inerentes. Ele, contudo, seguirá adiante, amando, exemplificando e educando com o Libertador imortal.


Emmanuel

Francisco Cândido Xavier
Livro “Vinha de Luz”