segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016


BALAUSTRADA E BALAÚSTRE
 
Às vezes, não nos damos conta do aprendizado que podemos auferir estudando a estrutura física e os detalhes decorativos de um Templo Maçônico. Por vinculamos o aprendizado às instruções, acaba por
creditarmos a função de ensinar e esclarecer apenas aos Rituais. O conhecimento maçônico vai muito além da leitura e da audição das instruções.
Precisamos estar dispostos a procurar o porquê e o para que. Um exemplo é a balaustrada. Todos sabemos onde fica e a tratamos como um murinho. O Irmão já se deu conta de sua relação com a ata das
reuniões? Uma balaustrada é formada por balaústres. E balaústre não é sinônimo de ata ou de registro. Passemos então ao simbolismo destas
estruturas. Balaústre é um pequeno pilar, também chamado de colunelo. O registro chamado balaústre é o histórico da Loja, aquilo que a sustenta.
O Irmão Secretário não o escreve, ele lavra o balaústre. Por isso, ao final, diz-se: .....datado e lavrado..... Balaustrada, que é o conjunto de balaústres, separa o Oriente do Ocidente. Tanto material quanto simbolicamente, a balaustrada está alicerçada no piso do Oriente. A razão disso é que a Verdade, aquilo que foi lido e aprovado, permanecerá além do tempo, além da matéria, registrado no histórico espiritual da Loja. Isso é o que representa o estar no Oriente. O
Oriente é a parte superior, onde o piso é monocromático, onde não há dúvida, de onde vem a Luz provinda da Coluna da Sabedoria, que é representada pela Coluna Jônica. Não é sem propósito que a coluna Jônica tem como substantivo, a parte lateral de seu capitel, o nome de balaústre (que se assemelha a um rolo de pergaminho). Mas o que seria uma balaustrada na vida do Maçom? ANTES DE TUDO, É COMPREENDER A NECESSIDADE DE SE SEPARAR O PROFANO DO
SACRADO. É CONSTRUIR (LAVRAR) UMA VIDA (SUA HISTÓRIA) DE TAL FORMA QUE ELA POSSA SER LIDA E APROVADA POR TODOS. UMA VIDA VERDADEIRA. QUE CADA MOMENTO SEJA A EDIFICAÇÃO DE UMA COLUNETA A SUSTENTAR UM PARAPEITO OU UM CORRIMÃO DE SEGURANÇA PARA OS QUE O CERCAM. Este artigo foi inspirado no livro “O PENSADOR DO PRIMEIRO GRAU” 2007 do Irmão, Bruno Pagani Quadros, que na página 121, instrui: “É a
separação do lugar de onde provém a Luz da região para a qual é dirigida, já que divide simbologicamente o lado onde se dará o traçado objetivo do lado onde se fará a confirmação consciente da Sabedoria com a aproximação do Plano Espiritual, pois dali (Or.'.), num próximo
degrau, o C.'. abrir-se-á suas hastes além dos 45º.” Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.
Fraternalmente
Ir.·. Sérgio Quirino
- ARLS Presidente Roosevelt 025 – GLMMG
Fonte: JORNAL DO APRENDIZ - EDIÇÃO Nº 81 MARÇO 2016

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016


O argumento


Ante os amados que te não compreendem, estimarias que todos cressem conforme crês.
Alguns jazem desesperados nas trevas do pessimismo.
Outros caem, pouco a pouco, no abismo da negação.
Há muitos que te lançam insulto em rosto, como se a tua convicção fosse passo à loucura.
E surpreendes, em cada canto, aqueles que te falam pelo diapasão da ironia.
Mergulhas-te, muitas vezes, no oceano revolto das palavras veementes que os opositores, de imediato, não podem admitir; em outras ocasiões, desejas acontecimentos inusitados, que lhes alterem o modo de pensar e de ser.
 
Entretanto, recordemos o Cristo.
Ninguém, quanto ele, deixou na retaguarda tantas demonstrações de poder celeste.
Deu nova estrutura à forma dos elementos.
Apaziguou as energias desvairadas da Natureza.
Reaqueceu corpos que a morte imobilizava.
Restituiu a visão aos cegos.
Restaurou paralíticos.
Limpou feridentos.
Curou alienados mentais.
Operou maravilhas, somente atribuíveis à ciência divina.
Contudo, não foi pelos deslumbramentos produzidos que se converteu em mentor excelso da Humanidade.
Jesus agiganta-se, na esteira dos séculos, pela força do exemplo.
Anjo – caminhou entre os homens.
Senhor do mundo – não reteve uma pedra para repousar a cabeça.
Sábio – foi simples.
Grande – alinhou-se entre os pequenos.
Juiz dos juizes – espalhou a misericórdia.
Caluniado – lançou bênçãos.
Traído – não reclamou.
Acusado – humilhou a si mesmo.
Ferido – esqueceu toda ofensa.
Injuriado – silenciou.
Crucificado – pediu perdão para os próprios verdugos.
Abandonado – voltou para auxiliar.
 
Ação é voz que fala à razão.
Se aspiras, assim, a convencer os que te rodeiam, quanto à verdade, não olvides que, acima de todos os fenômenos passageiros e discutíveis, o único argumento edificante de que dispões é o de tua própria conduta, no livro da própria vida.
 
Emmanuel

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016


Legítima Defesa

 

O recurso a legitima defesa é naturalmente um direito comum a todas as criaturas.

 

Nem há que duvidar de semelhante prerrogativa.

 

No entanto, importa considerar que esse direito não consiste em subtrair a existência do próximo, invadindo atribuições que pertencem a Deus.

 

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Dispomos do privilégio da defensiva, aplicando anos mesmos os artigos da Lei Divina obedecendo-lhe as determinações que nos garantem responsabilidade e equilíbrio.

 

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Defender-nos-emos contra a incursão em novos débitos, abstendo-nos de alongar a despesa de cada dia, além da receita que nos compete.

 

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Estaremos agindo contra as hostilidades alheias, ofertando aos outros, simpatia e cooperação.

 

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Não cairemos no fogo da calúnia, desde que vivamos em guarda contra a leviandade e a maledicência.

 

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Elevar-nos-emos, além da vasa do crime, submetendo-nos ao culto incessante do bem, segundo os nossos deveres, e fugindo ao império da tentação.

 

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Respiraremos libertos da irritação e da cólera se dermos ao companheiro de caminho o respeito e a compreensão que desejamos dele próprio, em nosso favor.

 

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Distanciar-nos-emos das extravagâncias da vaidade e do orgulho, sustentando, em nós mesmos, a humildade que a vida nos aconselha.

 

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Cristo é o nosso Divino Médico, ensinando-nos a observar os mais avançados princípios de imunologia da alma, na preservação dos valores eternos do Espírito.

 

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Perdoemo-nos uns aos outros, setenta vezes sete, em todas as nossas falhas na jornada evolutiva; amparemos o vizinho, tanto quanto lhe reclamamos o entendimento e o auxílio e, amando-nos reciprocamente no padrão do Senhor que nos protegeu até o sacrifício supremo, estaremos praticando a defesa legítima; único baluarte de nossa segurança e de nossa paz.

Emmanuel

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

EX-VENERÁVEL, DONO DA LOJA!!!


É uma situação que ocorre com frequência na Maçonaria brasileira e quiçá na mundial. O que vem a ser esta situação?   Simplesmente, conforme o titulo do trabalho já sugere, é um Irmão que exerceu sua gestão como venerável de uma loja e que seu desempenho pode ter sido muito bom ou muito mau, mas seu mandato se esgotou, e ele esquecendo que já passou o seu momento como principal gestor da loja e que deveria ficar quieto no seu canto, insiste em se intrometer nos trabalhos da nova liderança quedemocraticamente surgiu na sua loja através do voto.


Apegado ao poder, chega aos limites da hipocrisia que como se sabe é o ato de fingir qualidades, ideias ou sentimentos que em realidade ele não tem e isso às vezes se torna uma verdade para ele ainda que falsa, um verdadeiro sofisma, e ele acreditando ser o que sabe tudo, que sabe mais que os outros, em fim é o dono da verdade.
Ele não sabe se conter, não consegue ficar sem dar palpites, ou dar ordens ao novo venerável, ou criticar o novo líder, não somando as suas forças com as da nova gestão, pelo contrário, atrapalhando-a. Se o novo venerável não for um líder pragmático, pulso forte, que não saiba se impor, ficará a mercê do antecessor, não podendo exercer a sua gestão a contento como planejou.
Todavia, numa loja democrática, não faltarão Irmãos que com coerência e bom senso, tomarão partido do novo líder e os mais habilidosos, chegam ao ex e com muito jeito, com parcimônia tentam fazê-lo compreender a nova situação, o que às vezes não conseguem havendo até em certos casos uma cisão na loja. Muitas novas lojas foram fundadas por ex-veneráveis que não souberam respeitar a nova liderança. Este é um fato inconteste.
Este apego ao poder é algo que o ex-venerável às vezes não pode se controlar, porque ele não estava preparado quando exerceu seu mandato para um dia deixa-lo como soe acontece nos regimes democráticos e uma loja maçônica não tem dono justamente por ser uma democracia. Ele se achou venerável, e não entendeu que apenas estava venerável.
Acha que continua venerável.
Este tema abre um leque mais profundo em relação a análise do poder nas lojas e como ele é manipulado.
Este tipo de dono da loja não é o pior entrave para uma loja. O pior ex-venerável é aquele tipo de irmão matreiro, político, de fala mansa, que sorri para todo mundo, abraça a todos três vezes e que se derrete em falsos elogios aos Irmãos do quadro e procede assim porque é uma das suas estratégias para se manter no poder eternamente. Ele se vale de bonecos ou títeres para cobrir uma gestão que por imposições das constituições das potências ele não pode se reeleger mais de uma ou duas vezes. Em seguida ele volta gloriosamente na próxima. Mas durante a gestão de seu preposto, quem dirigirá a loja de fato, será ele. Não de direito, mas de fato. Ele tomará todas as decisões e o venerável de plantão cumprirá rigorosamente o que o seu chefe determinar. Geralmente ele tem o seu grupo, formado por comparsas que são coniventes que antecipadamente já decidiu quem será o venerável para os próximos seis ou oito anos, mas sempre ele voltando após as gestões de seus substitutos arranjados ou então apenas preferirá ser o chefe por trás, nos bastidores, mandando em tudo e por muito tempo.
No fundo a sede de poder, nada mais que uma autoafirmação, insegurança, incapacidade de ser transparente com seus semelhantes e com o meio em que vive vaidoso mentiroso geralmente tendo uma visão unilateral dos processos de interação entres os Irmãos, tornando sua personalidade a de um verdadeiro psicopata social. Não sabe mais discernir os seus limites. Não tem  sentimentos. Chega a ser uma doença um desvio de personalidade, e de comportamento.
Isto não é bazofia ou piada. Isto realmente acontece na Maçonaria brasileira num índice maior do que se pode imaginar, mas não como rotina. Infelizmente esta situação vem ocorrendo e muitos irmãos fingem não vê-la ou senti-la, porque os membros das lojas com exceção de verdadeiros maçons agem passivamente como cordeiros, esquecendo que uma loja aberta em sessão é uma tribuna livre onde ideias são criadas, sonhos são idealizados que podem mover o mundo, um verdadeiro laboratório social que pode mudar tudo para melhor e por isso todos os problemas devem ser discutidos e todos devem participar.
Uma situação esdrúxula aconteceu em uma loja que será omitido o nome da cidade, onde isso ocorreu. Um Irmão desses tipos de donos da sua loja, fez a sua loja votar o título de “venerável perpétuo” para ele. Até aí, nada de mais, a loja votou, está votado. Mas ele exigia que a loja só abrisse os trabalhos em suas sessões normais quando ele estivesse presente. E ele atrasava sempre cerca cinco a dez minutos. E aí a sessão começava. Isso é o cúmulo da hipocrisia, tanto deste sócio pata ex-venerável como da loja que aceitava tal situação.
Pasmem! Parece uma estória inventada, mas não é. Isto é verídico!
Mas é bom que se frise que a maioria dos ex-veneráveis não se enquadra nesta descrição. Existem ainda muitos bons maçons na Ordem. Felizmente a maioria. São. Irmãos excelentes, preparados, humildes, sabem qual é o seu lugar dentro de uma loja, bons conselheiros, conhecem o peso de um malhete, porque já o manejaram quando foram veneráveis. Aprenderam mais ouvir que falar.
A Maçonaria valoriza a Dialética, que é a arte do dialogo, ou a discussão, como força de argumentação permite que se contrariem ideias, que elas sejam discutidas em todos os sentidos e que dessa situação nasça uma ideia concreta, inteligente, e perfeita, uma verdadeira síntese de tudo o que foi tratado, desde que venha em favor da Ordem e da humanidade. Ela prega a igualdade e a liberdade de pensamento entre seus adeptos.
Esta situação de dono de loja é uma das causas maiores do afastamento de muitos honrados irmãos da Ordem. Se um irmão, sem medo, com coragem falar em nome da democracia e dos verdadeiros princípios da Ordem, e isto ferir os desígnios destes déspotas, este será marcado, perseguido e descriminado.
Considerando-se que temos cerca de seis ou sete mil lojas no Brasil, imagine-se o número de Irmãos que agem desta forma, considerando-se que a natureza humana é complexa e estranha, que muitos homens possuem a síndrome do poder em função de seu DNA animalesco onde um quer ser o dominante sobre o outro, ou sobre os outros.
Geralmente estas pessoas são inseguras, não são felizes, não estão de bem com a vida e esta forma de querer exercer um suposto poder sobre os outros é sua maneira de tentar equilibrar seus próprios defeitos.
A síndrome do poder também chamada de síndrome do pequeno poder é uma atitude de autoritarismo por parte de um individuo que recebeu um poder e tenta usá-lo de forma absoluta e imperativa sem se preocupar com os problemas dicotomizados que possam vir a ocasionar. A síndrome do pequeno poder pode se tornar uma patologia, quando se torna crônico. Existem aqueles Irmãos que mesmo longe do poder pensam que o possui. Quando a realidade lhe é mostrada, entram em depressão. Mas a Maçonaria prega justamente o contrário. Ela é democrática. Quando se fala em vencer as paixões significa que o maçom deve fazer prevalecer em seu consciente racional sobre as programações erradas de seu subconsciente, ou seja, sobre a parte ruim que o ser humano tem dentro de si. Segundo São Francisco de Assis, é o “burro” ou a “besta” que o ser humano carrega dentro de sua consciência. Uma das condições mais exigidas pelos princípios maçônicos é justamente você fazer prevalecer seu lado bom, vencendo o seu lado mau.
A condição para um irmão ser venerável em primeiro lugar é que ele tenha merecimentos pessoais e que tenha um conhecimento profundo da ciência maçônica em todos os seus segmentos, tais como história da Ordem, ritualística, simbologia, administração, legislação e justiça sendo tudo isso associado à sua capacidade de liderança.
Evidentemente a Maçonaria terá que renovar seus líderes, para que novas ideias, novos postulados, novos rumos e até novos paradigmas sejam estudados, adotados e postos em ação.
Todavia correrá o famoso risco: VOCÊ QUER CONHECER UM MAÇOM? DÊ-LHE PODER.
Por fim, enfatiza-se que este trabalho foi escrito para uma minoria de Irmãos, que são gananciosos do poder. Ressalve-se aqueles Irmãos ex-veneráveis pessoas intocáveis que não se enquadram neste contexto. Felizmente, a maioria. Estes são os sustentáculos da Ordem.


COMENTÁRIO – O enunciado acima se aplica, ainda, a tantos outros dirigentes maçônicos que, sem qualquer escrúpulo, vêm fazendo da Ordem, pasmem!!! uma propriedade pessoal sua, causando um descontentamento generalizado!!!


Autor: Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-

Londrina –PR.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Morte de Inocentes
 
No fundo das desgraças morais, o egoísmo sempre aparece como causa essencial.
 
Sabemos que a ação delituosa, nas suas mais variadas modalidades, assusta a sociedade, que, na maioria das vezes, sem enxergar uma saída positiva para a manutenção da paz social, envereda por caminhos violentos, sugerindo, muitas vezes, a punição capital, ou seja, a morte como meio de superar esse problema.
 
A vida, esse bem inefável, dom do Criador de todas as coisas, é alvo constante de violência.
 
Na realidade, a epidemia de insegurança que nos assola é fruto da lamentável condição em que se encontra o Brasil. A violência é resultado da miséria social e moral que grassa em nossa terra. Enquanto somos pressionados a pagar uma dívida econômica contraída nos bancos internacionais e já saldada moralmente através do pagamento de juros astronômicos, nossas crianças nascem, crescem e morrem nas ruas. Enquanto uma parte da nossa classe dominante, rica, injusta e egoísta, mora em luxuosas mansões, trafega em carros importados, navega em suntuosos iates; enquanto políticos desonestos se locupletam com mensalões e mensalinhos, transferem fraudulentamente o produto da pilhagem para “paraísos fiscais”, ou em malas e cuecas, o dinheiro sujo subtraído do erário através de negociatas, pouco se importando com a grave desintegração social que se verifica no País.
 
Segundo dados do IBGE, 15,4% das crianças brasileiras, com menos de cinco anos, sofrem de desnutrição crônica, quando a taxa considerada normal pela Organização mundial de Saúde (OMS) é de 3%. No Nordeste, 27,3% dessas crianças são desnutridas, convivendo com a fome desumana.
 
Os dados a respeito da nossa Pátria são assustadores. 67% dos brasileiros não atingiram os níveis mínimos de consumo alimentar recomendados.
 
A taxa de morte na infância (64 óbitos por mil nascimentos) só é inferior, na América latina, aos de Honduras e Bolívia.
 
30% da população de crianças e adolescentes (0 a 17 anos) vivem na pobreza absoluta. Diversos exemplos de dificuldades levam dor e drama à diversas cidades brasileiras.
 
As causas primárias da criminalidade se encontram numa sociedade egoísta, desumana e cruel, em que se exaltam os valores mundanos em detrimento do espírito, do altruísmo, da solidariedade, da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
 
Portanto, a pobreza é resultante do amor excessivo ao bem próprio dos que muito possuem, sem consideração aos interesses alheios. Estes em grande maioria, à guisa de amontoarem bens em abundância, alimentam chagas sociais, desestimulam os programas de melhoria sócio-econômica e cultural, como também exploram o semelhante visando proveito pessoal.
 
Desde cedo tivemos em nossos pais e familiares na escola, no exército e na Ordem, guias que souberam nos ensinar a servir, respeitar e procurar a cada minuto de nossa vida travar uma batalha apoiados no bem e combatendo o mal, para transformar o mundo em algo cada dia melhor.
 
Tudo nos foi ensinado, colocando-nos numa situação privilegiada para analisar o tema com bastante propriedade. Que mágoa sentimos quando lemos ou ouvimos afirmações desconexas de homens que deveriam aproveitar sua inteligência para combater aquilo que é contrário à formação do ser humano.
 
Somos brasileiros e acostumados a conviver com crianças que nascem, crescem e sobrevivem no seio de famílias desajustadas, onde elas são espezinhadas, maltratadas, mal alimentadas e esquecidas pela maioria da população, conhecendo ao longo do seu desenvolvimento a tristeza, a amargura, a fome, vivendo promiscuamente, muitas vezes dentro de um lar, onde pai, trabalhador desempregado, torna-se alcoólatra, e as mães que no afã de buscar sustento para os filhos abandonam as crianças em suas casas e sujeitam-se a exercer o subemprego. Estas humilhadas e maltratadas crianças crescem e, quando começam a falar e ter algum entendimento da vida, saem para as ruas, a fim de pedir esmolas.
 
Muitas, quando chegam à idade escolar, buscam a escola pela famigerada merenda que lá é oferecida, e não por causa do estudo. E, no entanto, são crianças com os mesmos direitos que qualquer outra. Ontem eram crianças carentes, que curtiram amargamente sua infância e adolescência, hoje são marginais e delinquentes revoltados que passam fazer valer seus direitos através da violência, querem arrancar de qualquer maneira aquilo que lhes estão negando.
 
Quando atingem a maioridade, continuam seus crimes e violência, até que encontram a truculência do Estado, através da Justiça dos homens, sendo julgados, condenados e jogados em celas podres, sujas e inabitáveis. Nosso sistema penitenciário não recupera, armazena presos, seres humanos que a vida transformou em monstros e que são enjaulados como animais.
 
Devíamos lutar contra a impunidade dos ricos, dos sonegadores, dos corruptos, acabando de vez com o crime do “colarinho branco”, pois eles sabem o mal que fazem. Precisamos dar saúde, educação e alimentação para as crianças carentes.
 
E assim, analisando a situação social do Brasil de hoje, diante dos quadros pesarosos que nos oferece atualmente a criminalidade, concluímos a necessidade urgente do aprimoramento da sociedade humana para que se afinem com as Leis Divinas, seguindo o seu fluxo enobrecedor, laborando o aperfeiçoamento social em cada uma de suas etapas pedagógicas e orientadoras.
 
E diante dos males que hoje assustam, com a sua violência, a sociedade de nossos dias, deve buscar a necessária inspiração para que todas as criaturas possam conviver fraternalmente, numa sociedade justa, na qual os benefícios do trabalho, do desenvolvimento e do progresso constante possam ser repartidos equitativamente.
 
Desse modo, amparadas por um projeto social de convivência fraterna, alicerçada em profundas bases educadoras, que as criaturas humanas, visualizadas como homens e almas, possam ter a necessária oportunidade de, passo a passo, atingir o fim essencial para o qual fomos criados: o Bem.
 
Valdemar Sansão
 
E-Mail: vsansao@uol.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
 
Fone: (011) 3857-3402
 
Embora alguns dados possam estar desatualizados, a autêntica atuação maçônica, de vivência pessoal e de promoção humana nos faz refletir que embora não tenhamos poderes divinos, somos seres humanos, devemos refletir, nos conscientizar e agir. O Brasil ainda tem solução.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Dia Internacional do Maçom
22 de Fevereiro

No Brasil, comemoram-se o Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil, em 17 de junho e o Dia Nacional do Maçom, em 20 de agosto

O dia 22 de fevereiro foi fixado como o "DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM". Esta data foi escolhida, pois exatamente neste dia, comemora-se nos Estados Unidos, o aniversário de GEORGE WASHINGTON

Do dia 20 a 22 de fevereiro de 1.994, realizou-se em Washington, capital dos Estados Unidos, a Reunião Anual dos Grãos-Mestres das Grandes Lojas da América do Norte, com a presença das Obediências Grande Loja da Inglaterra, Grande Loja Nacional Francesa, Grande Loja Regular de Portugal, Grande Oriente da Itália, e o Grande Oriente do Brasil entre outras.
Ao final dos trabalhos, o Grão-Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Fernando Paes Coelho Teixeira, sugeriu a fixação da data do dia 22 de fevereiro como o "DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM", a ser comemorado por todas as Obediências reconhecidas, o que foi totalmente aprovado por todos os presentes.

Washington foi iniciado na Maçonaria no dia 4 de novembro de 1.752, na "Loja Fredericksburg nº 4", de Fredericksburg, no estado da Virginia; elevado ao grau de Companheiro em 1.753, e exaltado a Mestre no dia 4 de agosto de 1.754. Vale ressaltar que a Maçonaria nos Estados Unidos teve início em 23 de abril de 1.730, no estado de Massachussets, portanto 02 (dois) anos antes do nascimento de George Washington.

O Primeiro Presidente Norte-Americano GEORGE WASHINGTON foi o primeiro presidente norte-americano, sendo um forte defensor da democracia, permitiu que o seu país emergisse como uma nação verdadeiramente voltada aos interesses do povo. Washington foi eleito por duas vezes ao cargo, mas após o final de seus mandatos, ele não tentou permanecer no poder. Ele então estabeleceu a organizada e pacífica passagem de poder de um líder eleito para outro - um precedente que sempre permaneceu em vigor em toda a história dos Estados Unidos. Segundo alguns biógrafos de George Washington, este não era um grande pensador ou orador assim como outros líderes americanos anteriores tais como Thomas Jefferson, James Madison ou Benjamin Franklin.

Entretanto, sua liderança provou ser ainda mais valiosa que a mente brilhante destes homens. Não fosse por sua liderança, provavelmente as bases para a lei, ordem e democracia nos Estados Unidos não teriam se estabelecido de forma tão sólida e não teriam resistido ao tempo.

Representante da Virginia no 1º Congresso Continental (1.774) e Comandante-geral das forças coloniais (1.775), dirigiu as operações, durante os cinco anos da Guerra de Independência, após a declaração de 1.776. Ao ser firmada a paz em 1.783, renunciou à chefia do Exército, dedicando-se então aos seus afazeres particulares.

Como Presidente da República norte-americana, nunca olvidou a sua formação maçônica: ao assumir o seu primeiro mandato, em abril de 1.789, prestou o seu juramento constitucional sobre a Bíblia da "Loja Alexandria nº 22", da qual fora Venerável Mestre em 1.788; em 18 de setembro de 1.783, como Grão-Mestre da Grande Loja de Maryland, colocou a primeira pedra do Capitólio - o Congresso norte-americano - apresentando-se com todos os seus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom.


Capitólio - Sede do Congresso Americano - Símbolo da República

GEORGE WASHINGTON faleceu em sua casa, em 14 de dezembro de 1.799, seu sepultamento ocorreu no dia 18, na mesma propriedade de Monte Vernon, numa cerimônia fúnebre Maçônica, dirigida pelo Reverendo James Muir, capelão da "Loja Alexandria nº 22", e pelo Dr. Elisha C. Dick, Venerável Mestre da mesma Oficina.

O legado do primeiro presidente norte-americano continua até hoje. A capital do país, Washington D.C. (Distrito de Colúmbia), recebe seu nome. Uma nação agradecida reconhece que sua grandeza se deve em grande parte a homens como Washington, que lutaram para criar um país baseado nos ideais de "vida, liberdade e a busca pela felicidade". Mesmo que a história americana não seja impecável, a nação provou ser uma fonte de liberdade, oportunidade e riqueza para norte-americanos e imigrantes de outras nações do mundo.

Pelo exposto, a fixação do dia 22 de fevereiro como "DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM", representa uma justa homenagem a um grande maçom, que antes de tudo, após a sua luta pela Independência de seu país, preferiu como forma de governo, a República Democrática à monarquia, transformando-se num dos Grandes vultos da História Universal. 

 

domingo, 21 de fevereiro de 2016


Riqueza e Ação

 

Todas as oportunidades de estudo e progresso, aprimoramento e educação, constituem talentos que o Senhor nos empresta, a fim de que possamos com ele colaborar na extensão da Obra Divina.

Em razão disso, a riqueza não é somente o depósito bancário ou a bolsa repleta.

Riqueza é também a saúde que produz reconforto e o pensamento equilibrado a exprimir-se em bênção de segurança.

Riqueza é mão que trabalha e a inteligência que raciocina.

Por isso mesmo, ninguém é tão pobre que não possa algo fazer na rota do bem comum.

Assim considerada, a riqueza no mundo é qual o sangue no copo.

Ergue-se a máquina fisiológica, em todo o seu conjunto soberbo de peças, à base do líquido sanguíneo que circula, generoso e incessante.

Tudo nesse universo de células microscópicas é atividade infatigável, para que a vida se expresse divina e soberana.

A parada intempestiva ou o empobrecimento do sangue carreiam a morte.

Em nossa condição de ricos do dinheiro ou da habilidade, de coragem ou esperança, equilíbrio ou conhecimento, é indispensável nos devotemos ao serviço da elevação e da felicidade de todos os que nos cercam, de vez que a preguiça, irmã gêmea da sovinice, é, em verdade, a fonte da ignorância que traz consigo, em tudo, as chagas da penúria e os tormentos do mal.

Emmanuel

sábado, 20 de fevereiro de 2016

MÁRIO BEHRING 
Ao tentarmos dizer alguma coisa sobre a figura exponencial de MÁRIO BEHRING, fazemos com o maior respeito e admiração.
Entendemos que nunca devemos negar os justos aplausos aos que, conscientes da verdade dos fatos e do direito, dispõem-se a colocar sobre os próprios ombros, o julgamento da história.
Já temos aprendido, sobejamente, que errar é humano; permanecer no erro é obstinação.
Os adversários do nosso Ilustre Irmão MÁRIO BEHRING, costumam apontar-lhe erros e omissões com o fim precípuo de desmerecer o seu caráter ou ofuscar o brilho de suas idéias e o ímpeto de sua coragem.
Certamente, não é fácil lutar contra os "poderosos", mas não é difícil, estamos convencidos, usar o bom senso para bem esclarecer os que na defesa dos próprios interesses ou de grupos, preferem perpetuar-se desfilando, propositadamente, nos caminhos perigosos da incerteza e da insegurança.
MÁRIO MARINHO DE CARVALHO BEHRING, mineiro de nascimento, nascido aos 27 dias do mês de janeiro do ano de 1876, isto é, a pouco mais de um século, no alvorecer de sua maioridade, isto é, aos 22 anos, transpôs o pórtico da Loja Maçônica "UNIÃO COSMOPOLITA", lá mesmo em Minas Gerais, onde, mais tarde, sem muito se demorar, veio a empunhar o Primeiro Malhete de sua Oficina.
Ponderado em suas palavras, porém desassombrado em suas atitudes MÁRIO BEHRING, conforme a filosofia dos seus tempos, logo iniciou uma luta sem quartel em favor da liberdade de pensamento e contra os radicalismos de todas as espécies, principalmente, o religioso.
No início do século passado, ou seja, em 1901, transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, onde pelo seu comprovado gosto pelos estudos sobre os assuntos Maçônicos, veio a ser nomeado Membro da Comissão de Redação do Boletim Oficial do Grande Oriente do Brasil, então única Potência Maçônicas existente no Brasil, originário da Loja "Comércio e Artes" que, subdividindo-se em três, isto é , da mesma "Comércio e Artes", "União e Tranqüilidade" e "Esperança de Niterói", fundou o GOB em 17 de Junho de 1822, conforme consta de seus registros.
É bem de ver que, tão logo MÁRIO BEHRING começou a comparar os resultados dos seus estudos sobre a ORDEM com as estruturas do GOB, passou a querer influenciar na reformulação dos procedimentos do mesmo, principalmente, quando renunciou a sua eleição, em 1903 para Membro efetivo do Gr:. Capítulo do Rito Francês ou Moderno, numa irrecusável demonstração aos menos avisados de que, embora combatesse, febrilmente, o sectarismo e intolerância religiosas, cultivava a sua crença no G.A.D.U. e na imortalidade da alma, postulados não aceitos pelo referido Rito, apesar de nele haver inicialmente orientado os seus primeiros passos.
Continuou MÁRIO BEHRING Membro da Comissão de Redação do Boletim Oficial desde 1902 até 1905, tendo sido eleito em 1906, Grande Secretário Adjunto, quando, mais uma vez, usando de seus conhecimentos, elaborou, em 1907, o projeto da Constituição do GOB que pela conotação liberalista emprestado aos seus dispositivos, tenderia, fatalmente, à regularidade, não somente de suas origens, mas, sobretudo, dos seus trabalhos, não fosse o desvirtuamento que lhe deu uma Comissão de 18 Membros encarregados de sua redação final, para proteger os interesses contrariados pelo trabalho de MÁRIO BEHRING.
Apesar de toda sua luta e influência, MÁRIO BEHRING não conseguiu ver vitoriosos os seus pontos de vista que, em última análise, era uma tomada de posição em consonância com o desenvolvimento da Maçonaria Universal.
Mais esclarecido na investigação da verdade e desejando prosseguir, sob os eflúvios do G.A.D.U., no seu empreendimento, MÁRIO BEHRING aceitou a sua eleição, em 1907 para Membro Efetivo do então Supremo Conselho do Grau 33 para os Estados Unidos do Brasil de onde poderia melhor combater os desmandos a que era submetida a nossa Ordem no Brasil, pelos excessos de poder e apaixonada vaidade dos que se aproveitavam da Ordem ao seu bel-prazer, ainda que esse comportamento pudesse redundar em prejuízo para os verdadeiros objetivos de nossa Instituição.
Sem dúvida, entre os que se opuseram às idéias de MÁRIO BEHRING encontravam-se homens que, apenas por erro de observação ou possível desconhecimento da universal regularidade então buscada, permaneceram na arraigada defesa das suas posições.
Todavia, pelo entusiasmo de suas palavras e pela seriedade de seus propósitos, MÁRIO BEHRING começava a encontrar apoio dos que viam nele um líder eficiente e capaz de tomar uma posição em favor da regularidade da nossa ORDEM no Brasil, ainda que isso lhe custasse, presumivelmente, muito suor e muitas lágrimas.
A interinidade do seu Grão-Mestrado de 10/08/20 a 19/11/20 e de 25/12/20 e 22/04/21, valeu-lhe a experiência da efetividade do seu mandato no período de 28/06/22 a 13/07/25 vez que, lutando em todas as frentes, por nossa regularidade, inclusive junta ao Congresso Internacional de Lausanne, em 1921, reconhecia, com maior força de argumentos, a necessidade de não confundir as administrações do Simbolismo com o Filosofismo.
Terminado o seu mandato de Grão-Mestre, MÁRIO BEHRING, passou o Malhete ao seu sucessor Venâncio Neiva, o qual, procurando coonestar o movimento encabeçado por MÁRIO BEHRING, elaborou um Tratado a ser firmado entre os Graus Simbólicos e os Graus Filosóficos. Infelizmente, por ter, se passado para o Oriente Eterno aquele irmão não pode firmá-lo, cabendo ao seu sucessor Fonseca Hermes, a responsabilidade de fazê-lo.
Dava-se ao Tratado a significação de vida não dependente, porém, harmônica entre as duas administrações.
Isso, entretanto, não vingou por muito tempo, eis que forças e interesses se levantaram a ponto de levar o Grão-Mestre Fonseca Hermes à renúncia, instalando-se em seu lugar Octavio Kelly, o qual, desrespeitando todo esforço anteriormente feito e a legislação Maçônica Internacional, passou a exercer, de modo hostil, os cargos de Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador, mesmo não tendo sido eleito para este último cargo.
Com essa atitude o Grão-Mestre Octavio Kelly proclamando-se, também, Soberano Grande Comendador, rompeu o Tratado assinado em outubro de 1926 e deu lugar a que MÁRIO BEHRING, em 20/06/27, vendo-se espoliado na legitimidade e regularidade do seu cargo, e, sentindo a responsabilidade dos compromissos assumidos no exterior, uma vez que somente avocando o DEC, de 01/06/21, que dava ao Supremo Conselho do Brasil, personalidade jurídica distinta do GOB é que foi admitido no Congresso de Lausanne e confiando nos que haviam de defender, a qualquer custo, os postulados que ensejaram o reconhecimento da Maçonaria Brasileira entre seus Irmãos do Universo, retirou-se do Grande Oriente do Brasil e estimulou a fundação das Grandes Lojas Brasileiras.
MÁRIO BEHRING era um engenheiro e não um advogado como muitos pensam ter sido, pelo ardor de sua luta e pela firmeza dos seus argumentos diante dos mais renomados jurisconsultos seus opositores. O seu desmedido interesse pela leitura dos assuntos maçônicos e o desejo de projetar a nossa ORDEM no concerto Universal, impulsionaram-no a fundar as Grandes Lojas Brasileiras há 80 anos passados.
Sem embargo, podemos afirmar com SALVADOR MOSCOSO, em seu trabalho publicado na Revista "ASTRÉA" de dezembro de 1966; "o homem maçom que volver os OLHOS para a história e a experiência de Mário Behring, não escreveria um livro, mas faria um exame de consciência".
Mário Behring, quis legar os vindouros, através de páginas expressivas na história Maçônica Brasileira, algo da própria respiração, fazendo dele documento animado de personalidade. Foi tão fiel o retrato de suas ações que o oferecem aos seus Irmãos como valioso presente, narração dos movimentos avulsos da sua sensibilidade nas várias emergências da vida.
Nunca se observou o cansaço, havendo, em todos os excertos, a corajosa decisão de quem se propôs inventariar como Maçom e por isso com serenidade, os passos das transatas caminhadas.
O futuro há de saborear, avidamente, a sua história porque nela se guarda o Maçom insigne que a escreveu. Nela ficará, fielmente o retrato, e para todo o sempre, Mário Behring com aquela emoção, educada e sutil, de quem sempre desprezou as falsas pompas.
Aí estão, em rápidas pinceladas sem retoques, alguns traços da marcante e exemplar personalidade do Paladino da Regularidade Maçônica Brasileira que, ao seu tempo, soube honrar os juramentos feitos e os compromissos assumidos perante o G.A.D.U., e a sua consciência. MÁRIO BEHRING soube respeitar a dignidade dos seus semelhantes, sem ostentação ou falsa modéstia.
Em 14 de Junho de 1933 quando viajou para o Oriente Eterno, deixou-nos, tal qual um vigoroso cometa, um rastro de intensa claridade a nos guiar pelos caminhos do equilíbrio, da moral e da razão.
Transcrito de Nós e a X Conferência da CMI.
trascrição do site da CMSB