terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

FIDEL CASTRO E A MAÇONARIA

No livro “A Grande Partida – anos de chumbo”, capítulo intitulado “No sindicato dos pedreiros-livres”, o autor, Francisco Soriano, narra um episódio envolvendo Fidel Castro, que deixou de ser fuzilado por intervenção da maçonaria. E não por acaso jamais perseguiu a instituição no território cubano. Soriano resgata um depoimento de Fidel ao escritor Frei Betto, transcrito de “Fidel e a Religião”.

A cena ocorre depois da frustrada tentativa de tomar o Quartel de la Moncada. Fidel, escondido numa cabana ao lado de dois companheiros, é encontrado por soldados de Fulgêncio Batista, que os amarram e apontam os fuzis: “A gente já se dava como morto; eu já não imaginava a mais remota possibilidade de sobreviver (..) Por acaso, um dos dois companheiros era maçon. Tratava-se de Oscar Alcalde (…)” – contou Fidel a Frei Betto.

Para resumir, o tenente que comandava o pelotão a serviço de Fulgêncio Batista, Pedro Sarria, também era maçon. Os dois se comunicam por sinais e os prisioneiros escapam. Sarria ainda daria proteção a Fidel, entregando-o são e salvo ao arcebispo. Por esse episódio, o tenente Sarria seria expulso do Exército de Fulgêncio. Mais tarde retorna à tropa, já ao lado do Comandante Fidel. Importantes referências da esquerda nacional e internacional também foram membros da maçonaria. Salvador Allende, Simon Bolívar, San Martin, estão entre os maçons ilustres, na América Latina.

É possível afirmar que todo o movimento de independência nas Américas assim como o movimento republicano foram liderados por maçons. Na história do Brasil, a lista é longa e heterogênea. Vai de conservadores a revolucionários, políticos, cientistas, escritores, poetas e artistas. Começa com Tiradentes, o maior herói nacional. Segue com José Bonifácio, o patriarca da Independência, e D. Pedro I.

Do outro lado da cena política, continua com o combativo Frei Caneca. Passa pelo poeta Castro Alves, pelos abolicionistas José do Patrocínio, Benjamim Constant, Luiz Gama e tantos outros. Na Revolução Farropilha, de um lado estava o Duque de Caxias, de outro Bento Gonçalves e Garibaldi – todos maçons. A lista de presidentes e políticos vai desde Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto e seus 16 ministros, portanto, todo o estafe do primeiro governo republicado, até Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Rui Barbosa, Jânio Quadros, Golbery do Couto e Silva, Mário Covas.

Na música, Pixinguinha, Braguinha. Nas artes circenses, Carequinha. A lista é infindável. Histórias e curiosidades sobre a maçonaria estão arquivados na página da Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br), que reproduz, com áudio, a entrevista completa, concedida à Rádio Petroleira.

O caminho é “Multimídia”, “Programas da Rádio Petroleira”. Também participaram daquela “Mesa Redonda” o diretor do Sindipetro-RJ Francisco Soriano e outros maçons petroleiros. Confira.
Fonte: BLOG DA UNIMAB - União Maçônica Brasileira 

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