quinta-feira, 31 de agosto de 2017


O TESOURO MAIOR

 

- “Minha mãezinha, onde brilha O nosso maior tesouro?”

Indaga um anjo louro brincando num traço a giz.

 

- “Tal riqueza, minha filha, informou a Mãe bondosa –

Permanece luminosa na consciência feliz.”

 

João de Deus

quarta-feira, 30 de agosto de 2017


Além do Avental
Texto do Irmão Bruno Oliveira – ARLS Amizade, Trabalho e Justiça nº 36 – GOP-PR
 
O que te faz maçom além do avental que usas?
Discussões dantescas a respeito de quando nos tornamos especulativos e deixamos de ser operativos são travadas por celebrados escritores. Nas origens e etimologia da palavra “pedreiro”, em grego “tekton”¹ , é aquele profissional que se empenhava na transformação de materiais em construções diversas com variados materiais, veja bem, não se limitando a pedra.
Chamo a atenção pelo motivo de que às vezes nos achamos pensadores especulativos e na verdade deveríamos estar trabalhando em algo. Em quê?
A filosofia já cuida da mente. A ordem criada por Baden-Powell, das medalhas que usa sobre vosso peito que me lembram mais escoteiros que qualquer outra coisa. Os Clubes de serviço, da caridade. A política dos cursos das nações. O que resta a você como maçom?
O quê foi construído desde que iniciaste, além da evolução oriunda de qualquer ser humano que tem consciência cívica de melhorar a cada dia?
Os ritos e rituais em seu cerne almejavam ser o método do obreiro. E hoje se resume a ser discutido em termos e posições geográficas ou disposição de artefatos, perdendo-se a essência e finalidade de sua existência. Ou você acredita que foram criados para serem manuais de procedimentos simplistas? O ritual é uma parte do laço místico. Como ou por que o homem deve fazer rituais e aprendê-los, amá-los, preservá-los, é tão misterioso quanto qualquer coisa na vida – mas sempre foi assim. Há algo profundo dentro de nós que exige uma forma definida de expressão: podemos dizer o pensamento de mil maneiras, mas nós o dizemos em uníssono e de uma maneira especial. E isto é verdade seja a Maçonaria, a Igreja ou a vida cotidiana que é preenchida com um ritual.²
A pedra somos nós mesmos. Mas tendemos a cinzelar a pedra alheia. Isso é demagogia se você não trabalha em sua própria pedra. Mudar de grau não é evoluir, não passando de procedimento administrativo se não foi trabalhada a lição que o traz, por mais pomposo e ornado que sejas o avental quer agora usas.
Recentemente, em um grupo de comunicação Maçônica e DeMolay, soltei um texto que tirava da zona de conforto e indagava a todos sobre seus deveres, resultado? Silêncio por horas. Quando o assunto é o dever, o trabalho, todos tendem a fingir que não é consigo mesmo, quando pensamos assim, de fato é conosco mesmo o problema.
O filósofo Marcuse em seu Livro “Eros e civilização” retrata essa gana da atual sociedade em satisfazer seus desejos às vezes maquiados em boas intenções”. O que você faz quando ninguém te vê fazendo ou o que faria se ninguém pudesse te ver” diz uma música. Maquiavel é ridiculamente estudado e utilizado como manual por jovens que creem aprender politica com práticas traiçoeiras e vis.
O que a mão esquerda faz a direita não fique sabendo é ignorado por publicidade desmedida. O que te faz Maçom além do avental, são os “nãos” que você tem firmeza pra dizer aos seus próprios impulsos e não o avental ou joia que usa.
Uma vez me foi dito, rasgue a “procuração” de quem faz mal. Indaguei sobre a indisposição criada. E me foi dito, se não tem vergonha de fazer o mal será você a ter por dizer ?
Infelizmente constatamos que, atualmente, adaptada aos novos tempos, a Ordem é uma sociedade iniciática, mas social/recreativa/religiosa congregando seres humanos comuns que se ajudam mutuamente. Concluindo, esta reflexão, inquirimos se, modernamente, em nossas Lojas: Realmente erguemos templos as virtudes?!³
Uma máxima em engenharia diz que não controlamos o quê não medimos. Além de suposições, qual o método que usas para te nortear na mudança de si mesmo? Ter consciência dos defeitos e falhas não passa mera reflexão feita por qualquer profano. Renascer para uma nova realidade por si só já é conceito do batismo de varias religiões em variadas culturas.
Um método interessante de trabalharmos em nossa própria pedra, a cada semana escrevemos uma virtude em nossas anotações, que queremos melhorar e intensificar, e ao findar o dia relatamos como nos saímos, e oque dificultou de praticarmos a tal virtude. Isso é um exercício fantástico, e nos estimula a ficarmos vigilantes como prega nossos rituais. Alguns vão dizer, já faço isso de cabeça. Será ?
 
E você meu irmão qual método utiliza ?
 
A corrupção não esta em Brasília no planalto, mas nos nossos espíritos corrompidos que se calam…, o cantor Renato Russo disse, “vivemos entre monstros de nossa própria criação” mas não temos medo da escuridão, o maçom hoje, teme a própria luz, por conta da aceitação social. Discutir maçonaria é falar sobre as dificuldades da prática de alguma virtude e por ai se aprofundar, e não erros de gráficas, datas de fundação ou algum fator que qualquer historiador não iniciado poderia fazer e já fazem. Não que não seja importante, mas isso é demasiadamente simplório se comparado ao que realmente é a Arte Real.
Aos outros, a tolerância de serem como quiserem. A nós, a obrigação de sermos cada dia melhores.

terça-feira, 29 de agosto de 2017


Oração

Maria Dolores

 

Abençoa, Senhor,

A casa que nos deste

Para exaltar o bem

E, amparados à fé,

Que saibamos servir

Sem perguntar a quem.

 

Não nos deixe sozinhos

Perguntando

Nossos deveres com são...

Desejamos doar,

Na bênção de Teu Nome,

Alegria, socorro,

Auxílio, inspiração...

 

No apoio do trabalho

A que nos levas,

Queremos reencontrar-te

Nos mais necessitados

Do caminho,

Sejam de qualquer parte.

 

Que em tua proteção

Sejamos todos

Em nossas provações

Lutando embora,

Um refúgio de calma

A quem se desespera,

Um recanto de paz

Que alivie a quem chora.

 

Ampara-nos, Jesus,

No dever de ajudar,

De compreender, lenir,

Confortar, recompor...

Aspiramos a ser contigo,

Onde estivermos,

O abrigo da esperança

E a presença do amor.

 

segunda-feira, 28 de agosto de 2017


OS “MAÇONS” INVENTADOS

 

 

Recentemente li um texto, onde o autor proclamou ter sido Martin Luther King maçom. Sabendo que os maçons são pródigos em “iniciar famosos à revelia” fui investigar o fato, fazendo contato com a “Masonic Research Society” (Sociedade de Pesquisa Maçônica).

 

De lá, respondeu-me o Dr. Tom Lewis Jr, Past Master (lá não existe a figura do MI) da Loja Mariner nº 2, oriente de Charleston – Carolina do Sul,  e também  membro da Loja Jackson nº 45 de Jackson - Tennessee.

 

Esclareceu-me o aclarado Irmão não existir na entidade qualquer registro pertinente à iniciação do Reverendo M. L. King Jr. E aduziu que, havendo consultado seu Venerável Irmão Nelson e ao Grão Mestre da Grande Loja, irmão T. A. Posey, também eles afirmaram não terem ouvido falar, nem visto documento algum que pudesse indicar eventual iniciação do entelado Reverendo.  Aguardo resposta do Memorial  Rev.  Martin Luther King Jr.

 

Como membro de uma Loja de Pesquisa que sou, fui atrás de outras fontes, havendo encontrado um texto do Dr. Brock H. Winters onde, em sua escrita, a exemplo dos demais consultados, nega peremptóriamente a existência de qualquer fonte a indicar a iniciação daquele líder.  Por mais umas semanas, continuei a investigar em fontes diversas, e descobri que após 32 anos de sua morte do Reverendo, numa ação totalmente absurda e sem precedentes , um Past Master da Loja Prince Hall, da Georgia, fez Martin Luther King Jr. “Maçon at Sight” (Maçom de Vista).  Uma Ordem Iniciática, não pode prescindir do Batismo ritualístco.

 

Em face desse aloprado ato, que culmina desacreditar nossa Sublime Ordem, o PM “Most Worshipful Master” da Loja Prince Hall, atual Grão Mestre da Grande Loja, da  Georgia, Irmão B. Barksdale, sustou a prática então adotada, pondo termo ao ato “post mortem”,  por falta de coerência do ato com a iniciação, vez que admitida unicamente em razão da fama e notoriedade do falecido.  Muitos famosos são apontados como Maçons por detratores da maçonaria, que acham estarem prejudicando os  indicados e a Maçonaria, em suas listas.

 

Fica o alerta; se um mestre disser que o Saci  Pererê  é maçom; não acredite.

 

Conclusão: os Maçons (os mestres) gostam de dizer que vultos eméritos revelados no passado e no presente foram Irmãos, talvez para se sentirem também famosos e importantes. Agindo dessa forma, parecem estar atribuindo à Ordem uma sociedade estabilizada por homens mortos, com o que desdenham a importância da iniciação e elevações e exaltações, atos que conduzem o espírito às alturas, autorizando serem reconhecidos como verdadeiros irmãos. 

 

O reverendo Luther King é apenas um caso entre centenas, onde se inclui Disney, Chaplin, Fernando Pessoa, Louis Armstrong, Mandela, Obama, Tiradentes, Aleijadinho e Castro Alves, nenhum deles com comprovação, por pífia que seja.  

 

Uma Ordem iniciática não pode prescindir da Cerimônia de Iniciação. Sem essa passagem não existe Maçom. Será que o atual estado de “anemia” da Ordem, com desprezo dos cerimoniais de iniciação, não tem origem nas veleidades desse tipo?  

 

Por - Laurindo R. Gutierrez*

*Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil* -Londrina –PR

*Loja Pesquisas Chico da Botica-Porto Alegre

 

FONTE: https://focoartereal.blogspot.com.br

domingo, 27 de agosto de 2017


A FÉ RELIGIOSA

 

Em todos os tempos, o homem sonha com a pátria celestial.

As ideias do céu e inferno jazem no pensamento de todos os povos.

Os indígenas da América admitem o paraíso de caça abundante e danças permanentes, com reservas inesgotáveis de fumo.

Os esquimós localizavam o éden nas cavernas adornadas.

As tribos maori, que cultivam a guerra, por estado natural de felicidade, esperam que o céu lhes seja uma rinha eterna, em que se digladiem, indefinidamente.

Entre os hindus, as noções de responsabilidade e justiça estão fortemente associados à idéia da sobrevivência. De conformidade com a crença por eles esposadas, nas eras mais remotas, os desencarnados eram submetidos às apreciações do Juiz dos Mortos.

Os bons seriam destinados ao paraíso, a fim de se deliciarem, ante os coros celestes, e os maus desceriam para os despenhadeiros do império de Varuna, o deus das água, onde se instalariam em câmaras infernais, algemados uns aos outros, por laços vivos de serpentes. Situados, porém, na sementeira da verdade, sempre admitiram que do palácio celeste ou do abismo tormentoso, as almas regressariam à esfera carnal, de modo a se adiantarem na ciência da perfeição.

Os assírios-caldeus supunham que os mortos viviam sonolentos em regiões subterrâneas, sob amplo domínio das sombras.

Na Grécia, a partir dos mistérios de Orfeu, as concepções de justiça póstuma alcançam grau mais alto. No Hades terrificante de Homero, os Espíritos são julgados por Minos, filho de Zeus.

Os gauleses aceitavam a doutrina da transmigração das almas e eram depositários de avançadas revelações da Espiritualidade Superior.

Os hebreus localizavam os desencarnados no "scheol", que Job classifica como sendo "terra de miséria e trevas, onde habitam o pavor e a morte".

Com Virgílio, encontramos princípios mais seguros no que se refere às leis de retribuição.

Na entrada do Orco, há divindades infernais para os trabalhos punitivos, quais a Guerra, o Luto, as Doenças, a Velhice, o Medo, a Fome, os Monstros, os Centauros e as Harpias, as Fúrias e a Hidra de Lerna, simbolizando os terríveis suplícios mentais das almas que se fazem presas da ilusão, durante a vida física. Entre esses deuses do abismo, ergue-se o velho ulmeiro, em cujos galhos se dependuram os sonhos, aí principiando a senda que desemboca no Aqueronte, enlameado e lodoso, com largos redemoinhos de água fervente.

 

Os egípcios atravessavam a existência, consagrando-se aos estudos da morte, inspirados pelo ideal da justiça e da felicidade, além-túmulo.

Mais recentemente, Maomet estabelece novas linhas à vida espiritual, situando o Céu em sete andares e o inferno em sete sub divisões. Os eleitos respiram em deliciosos jardins, com regatos de água cristalina, leite e mel, e os condenados vivem no território do suplício, onde corre ventania cruel, alimentando estranho fogo que tudo consome, e Dante, o vidente florentino, apresenta quadros expressivos do Inferno, do Purgatório e do Céu.

As realidades da sobrevivência acompanham a alma humana que a vida não se encontra circunscrita às estreitas atividades da Terra.

O corpo é uma casa temporária a que se recolhe nossa alma em aprendizado. Por isso mesmo, quando atingido pelas farpas da desilusão e do cansaço, o espírito humano recorda instintivamente algo intangível que se lhe afigura ao pensamento angustiado como sendo o paraíso perdido.

Desajustado na Terra, pede ao Além a mensagem de reconforto e harmonia. Semelhante momento, porém, é profundamente expressivo no destino de cada alma, porque, se o coração que pede é portador da boa vontade, a resposta da vida superior não se faz esperar e um novo caminho se desdobra à frente da alma opressa e fatigada que se volta para o Além, cheia de amor, sofrimento e esperança.

 

Emmanuel

sábado, 26 de agosto de 2017


A LUTA PELA LIBERDADE


de Albert Pike

Tradução livre de Alexandre de Oliveira Kappaun

O Mau Ancião reina sobre a terra de muitos cujos gemidos
Enxameiam em direção às estrelas, dia e noite,
Amontoando pesaroso clamor ao redor dos tronos
Onde os Arcanjos sentam-se sobre a grande luz divina,
E compassivos lamentam, ao ver que o mau ainda reina,
E nações torturadas contorcem-se ante os dolorosos grilhões.

Da Hungria à França, clamores ferozes levantam-se
E se lançam contra os portais dos céus;
A Itália açoitada ainda bebe da taça amarga,
E a Alemanha, em estupor abjeto, jaz;
O cnute sobre os ombros sangrentos da Polônia estala,
E o Tempo é um completo jubileu de reis.

Não será sempre assim. Noite a dentro
A multidão sofredora espreita de longe em êxtase
Para além do oceano, um grande farol,
A lançar seus raios num céu sem estrelas,
E a ensinar-lhes a lutar e ser livre, –
A Luz da Ordem, da Lei e da Liberdade.

Tende bom ânimo, ó vós, Nações feridas; e os seus grilhões
Quebrarão, como fino cristal. O alvorecer se aproxima,
Quando a Terra sentirá, através de suas veias envelhecidas
O novo sangue a correr; e os seus ouvidos letárgicos
Ouvirão o trompete da liberdade soando no céu,
A convocar os seus bravos a conquistar ou morrer.

Armem-se e revoltem-se, e deixem os cervos caçados
Contra os leões senhoriais, ficarem protegidos! –
Cada desfiladeiro, Termópilas, e todas as rochas escarpadas,
Novas fortalezas da Liberdade! – E logo raiará o dia
Quando o Justo reinará, e ao redor dos tronos
Que cingem os pés de Deus não zumbirão mais gemidos.

Fonte:


 

sexta-feira, 25 de agosto de 2017


Meditação sobre a prece

 

A oração do justo

 

"A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" — Tiago (5:16)

 

Considerando as ondas do desejo, em sua força vital, todo impulso e todo anseio constituem também orações que partem da Natureza.

O verme que se arrasta com dificuldade, no fundo está rogando recursos de locomoção mais fácil.

A loba, acariciando o filhotinho, no imo do ser permanece implorando lições de amor que lhe modifiquem a expressão selvagem.

O homem primitivo, adorando o trovão, nos recessos d'alma pede explicações da Divindade, de maneira a educar os impulsos da fé.

Todas as necessidades do mundo, traduzidas no esforço dos seres viventes, valem por súplicas das criaturas ao Criador e Pai.

Por isto mesmo, se o desejo do homem bom é mais uma prece, o propósito do homem mau ou desequilibrado é também uma rogativa.

Ainda aqui, porém, temos a lei da densidade especifica.

Atira uma pedra ao vizinho e o projétil será imediatamente atraído para baixo. Deixa cair algumas gotas de perfume sobre a fronte de teu irmão e o aroma se espalhará na atmosfera.

Liberta uma serpente e ela procurará uma toca.

Solta uma andorinha e ela buscará a altura.

Minerais, vegetais, animais e almas humanas estão pedindo habitualmente, e a Providência Divina, através da Natureza, vive sempre respondendo.

Há processos de solução demorada e respostas que levam séculos para descerem dos Céus à Terra.

Mas de todas as orações que se elevam para o    Alto, o apóstolo destaca a do homem justo como sendo revestida de intenso poder.

E que a consciência reta, no ajustamento à Lei, já conquistou amizades e intercessões numerosas.

Quem ajunta amigos, amontoa amor. Quem amontoa amor, acumula poder.

Aprende, assim, a agir com justeza e bondade e teus rogos subirão sem entraves, amparados pelos veículos da simpatia e da gratidão, porque o justo, em verdade, onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.

Emmanuel

quinta-feira, 24 de agosto de 2017


Não é nenhum segredo!
 

por Dr. James P. Wesberry, 32°, KCCH – Igreja Batista da Georgia, Atlanta.
 

É uma grande honra homenagear a Maçonaria. Sua incrível e surpreendente história está bem registrada nos anais da humanidade. A maçonaria serviu para tornar este, um mundo melhor para viver. Com suas raízes profundamente inseridas na antiguidade, é uma das maiores e mais influentes ordens Fraternais do mundo, se não a maior e a mais influente.

Entrei na Ordem maçônica aos 21 anos e desfrutei dos direitos e privilégios por quase 60 anos. Tive o privilégio de ser membro de muitas organizações, mas nenhuma, fora da minha igreja, significou mais para mim do que a Maçonaria. Eu devo a Maçonaria uma dívida que eu nunca poderei pagar. Agradeço a Deus pelos meus irmãos maçons.

Não é segredo que muitos dos mais nobres e belos ensinamentos da Maçonaria são tanto do Antigo, quanto do Novo Testamento. Não é segredo que a Bíblia mantém a posição central como a grande luz da Maçonaria. Não é segredo que os maçons adoram e reverenciam a Bíblia, nem é segredo que a Maçonaria ajudou a preservá-la na idade mais escura da igreja quando a infidelidade procurou destruí-la. A Bíblia encontra os maçons com sua mensagem sagrada a cada passo no progresso em seus vários graus.

Não é nenhum segredo que acima do campanário da maçonaria está o olho sempre vigilante, que tudo vê, o Deus Todo-Poderoso. Cada parte de seus muros de fundação são maravilhosamente construídos e artisticamente formados pelo Supremo Arquiteto do Universo com o prumo, nível e esquadro. A esperança da vida eterna e a segurança da ressurreição para uma nova existência, irradiam da luz do altar. Sua muralha é um refúgio das lágrimas e cuidados da vida, e seu telhado é um abrigo das impiedosas tempestades da diversidade e do sofrimento. Seu tesouro é aberto aos indigentes, e a assistência está pronta para os pobres. Sua pedra angular recai sobre os quatro quartos da Terra e suas portas nunca estão fechadas para um homem digno. Todo homem vem de sua própria vontade e consentimento. Esta é a Maçonaria!

Além do grande respeito da Maçonaria por Deus e reverência pelo Livro Sagrado, existem outras grandes doutrinas e princípios que contribuem para a grandeza e a importante influência da Maçonaria Antiga.

Do templo do rei Salomão, surgiu a grande Fraternidade maçônica, e seus passos podem ser rastreados ao longo dos tempos até o presente. A maçonaria tem desempenhado um papel importante na moldagem e fabricação da América e na construção fundamental de suas leis e vida.

Enquanto os verdadeiros segredos da Maçonaria são guardados com segurança no repositório de corações fiéis, há muitas coisas que a Maçonaria ensina que não são secretas.

Certamente não é segredo que o objetivo principal da Maçonaria é primeiro, último e sempre, produzir o melhor e mais nobre tipo de caráter através da comunhão e ajuda mútua. A maçonaria é uma disciplina progressiva. Seus membros são “pesquisadores” e “buscadores” da luz e da verdade, para viver de maneira inteligente e harmoniosa. Sempre se esforçando para um padrão de conduta mais elevado, a Maçonaria é sempre uma disciplina moral. Na luta pela excelência moral, como na construção do Templo do Rei Salomão, o Supremo Arquiteto é indispensável e imprescindível.

Toda a superestrutura da Maçonaria recai sobre o Supremo Arquiteto. Não há ateus na maçonaria. O universo é visto como uma vasta estrutura que deve sua existência ao Supremo Arquiteto. O homem também é um construtor envolvido na construção de um Templo de caráter com o qual são fornecidos materiais, padrões e instrumentos para construção.

A pureza e a inocência simbolizadas pela Pele do Cordeiro, que ele precisa manter limpa, representam a maior honra do Maçom. Não há uma página do Ritual maçônico que não exija o cultivo da virtude da pureza. A necessidade é, portanto, colocada nos maçons para subjugar suas paixões e adquirir a arte do autocontrole. A maçonaria busca construir um mundo melhor, construindo melhores indivíduos.

Não é segredo que, com o movimento triste da espada e do esquife, ao Maçom é lembrado do seu fim. A morte termina sua jornada! A morte acaba com os trabalhos terrenos do homem e sela sua conta para que seja julgado pelo Supremo Arquiteto.

Não é segredo que a Maçonaria ensina a imortalidade da alma. A ressurreição do corpo da sepultura está indelevelmente marcada na mente do Maçom. Enquanto a memória mantém seu lugar entre as faculdades de sua alma, o Maçom nunca pode esquecer esta lição sagrada.

E coroando tudo com um lindo trabalho imaculado, os maçons colocam em prática o que dizem sobre o amor fraternal. “Veja, quão bom e quão agradável é para os irmãos viverem juntos em união”. Os maçons não favorecem a ninguém por suas riquezas e não olham ninguém com diferenças por causa de sua pobreza. A maçonaria não mostra nenhuma diferença para a aprendizagem ou para a nobreza. O chão é maravilhosamente nivelado em seu altar.

Em seu altar, a língua oleosa da calúnia é silenciada. O ódio, a inveja e a maldade estão enterrados no esquecimento, e as falhas são esquecidas. Os maçons assistem os outros. Eles se apoiam tanto na vida como na morte.

A caridade é realmente uma das mais belas colunas no Templo da Maçonaria. A maçonaria nunca se cansa de enfatizar a necessidade de caridade. Para simpatizar uns com os outros no infortúnio, ser compassivo pelas misérias dos outros e devolver a paz às mentes perturbadas, estão entre os grandes objetivos da Maçonaria.

Todos os maçons se obrigam a ajudar, acudir e socorrer os pobres, os angustiados, as viúvas e os órfãos. Nem a caridade é restrita a outros maçons apenas, mas estendida a todos. Ele compartilha os laços comuns da raça, como filhos de um grande Criador e procura unir homens de todas as raças, cores, seitas e opiniões. A Maçonaria pratica a Regra de Ouro e procura sempre eliminar forças divisórias que construam muros entre as pessoas.

O compasso permite ao Maçom desenhar um círculo perfeito, para trabalhar com objetivo de que a harmonia e a paz, possam eventualmente rodear o mundo. Oferece alívio aos desamparados, envolve a cortina da caridade sobre casas escurecidas pela tristeza, limpa as lágrimas, alivia as dores, alimenta a fome, cura os doentes e serve aos queimados e aleijados.

Onde, nos anais do tempo, essa organização pode ser encontrada fora da igreja? No entanto, não é segredo que a Maçonaria não é uma religião, nem uma igreja. Um bom Maçom mantém suas prioridades em ordem. A maçonaria respeita o direito de cada homem à religião de sua escolha e nunca reivindica ou deseja ser a religião de qualquer homem ou um substituto para ela. Os maçons acreditam na tolerância. A maçonaria ajuda e encoraja um homem a ser um melhor membro da igreja, e um bom membro da igreja geralmente faz um bom maçom. Algumas das pessoas mais religiosas que já conheci foram maçons. Para qualquer pessoa, permitir que a Maçonaria se torne sua religião ou tome o lugar de sua igreja é um erro e não é devido ao ensino maçônico, mas à má interpretação de alguém ou a um mal-entendido.

Não é segredo que a Maçonaria ajude os homens a serem homens melhores e a construir um mundo melhor. A maçonaria é uma epístola viva, conhece e lida com todos os homens, declarando ao mundo que é uma organização verdadeira e experimentada, uma grande e maravilhosa fraternidade de comunhão, caridade e benevolência.

Há muitos anos, quando eu era estudante de teologia em Boston, ouvi o grande poeta Edwin Markham citar essas belas palavras que me parecem resumir o significado da Maçonaria:

“Nós somos cegos até vermos que no plano humano, nada vale a pena fazer, que não construa o homem. Por que construir essas cidades gloriosas, se o homem não for construído? Em vão, nós construímos o trabalho, a menos que o construtor cresça”.

 

quarta-feira, 23 de agosto de 2017


13 Virtudes do irmão Benjamin Franklin

Benjamin Franklin nasceu em Boston no dia 17 de janeiro de 1706 e faleceu na Filadélfia em 17 de abril de 1790. Foi um jornalista, editor, autor, filantropo, abolicionista, funcionário público, cientista, diplomata, inventor e enxadrista estadunidense.

Foi um dos líderes da Revolução Americana, conhecido por suas citações e experiências com a eletricidade. Religioso, calvinista, e uma figura representativa do iluminismo e membro da Royal Society.

Em 1730, Franklin publicou o primeiro artigo sobre a Maçonaria na América. Quando era embaixador na França, exerceu, de 1779 a 1781, o posto de “Venerável Mestre” da proeminente loja maçônica francesa Les Neuf Sœurs (As Nove Irmãs), em Paris, a mesma à qual pertenceu Voltaire e que teve influência relevante na organização do apoio francês para a Revolução Americana. Como escritor habilidoso, Benjamin Franklin pregou sistematicamente o sacrifício, o trabalho árduo, a economia, a frugalidade e a educação continuada como causas e catalisadores fundamentais para o sucesso e para a prosperidade individual e coletiva.

Foi um dos primeiros a propor a unificação das colônias, criando uma nação, e um dos fundadores dos Estados Unidos da América. Atuando como diplomata durante a Revolução Americana, ele garantiu a aliança com a França, fato fundamental para a viabilidade da independência. Foi o único dos fundadores que assinou quatro dos mais importantes documentos dos EUA: o Tratado de Paris, o Tratado de Aliança com a França, a Constituição e a Declaração da Independência, elaborada juntamente com Thomas Jefferson.

Benjamin Franklin procurou a cultivar seu caráter por um plano de treze virtudes, que ele desenvolveu aos 20 anos (em 1726) e continuou a praticar de alguma forma para o resto de sua vida. Sua autobiografia lista suas treze virtudes como:

“TEMPERANÇA. Não comer além do suficiente; não beber até ficar elevado.”


“SILENCIO. Não faleis mas do que pode beneficiar os outros ou a si mesmo, evitar conversa insignificante.”


“ORDEM. Todas as vossas coisas têm os seus lugares; deixar que cada parte do seu negócio tenha o seu tempo.”


“RESOLUÇÃO. Resolver para realizar o que é sua obrigação; executar sem falhas o que você resolver.”


“ECONOMIA. Não fazer nenhuma despesa que não seja para fazer o bem aos outros ou a si mesmo, isto é, não desperdice nada.”


“INDÚSTRIA. Não perca tempo que não seja empregado em algo útil; cortar todas as ações desnecessárias.”


“SINCERIDADE. Não utilize ofensa dolosa, pense inocentemente e com justiça, e, se você falar, fale de acordo.”


“JUSTIÇA. Não seja injusto, causando prejuízo ou omita auxílios que são sua obrigação.”


“MODERAÇÃO. Evite extremos; não guarde rancor de ofensas, tanto quanto pensam que você merece.”


“LIMPEZA. Não tolerar nenhuma impureza no corpo, roupas, ou moradia.”


“TRANQUILIDADE. Não ser perturbado por coisas sem importância, ou por fatos comuns ou inevitáveis.”


“PUREZA. Não tenha relação sexual que não seja para a saúde ou gerar filhos, nunca com aridez, forçado ou com prejuízo, de si próprio ou alheio, a paz ou reputação.”


“HUMILDADE. Imitar Jesus e Sócrates.”

Originalmente haviam 12 virtudes em sua lista, ele mostrou-a a um amigo que disse que soou pomposo, sendo assim ele acrescentou a humildade como a virtude 13.

Existe um website que vende uma espécie de diário ou revista, dividida em 13 semanas, cada semana com foco em uma das virtudes de Benjamin Franklin –


 

terça-feira, 22 de agosto de 2017


O que a Maçonaria significa para mim
 
por Reverendo Dr. Norman Vincent Peale, 33º.
 
Recebi recentemente uma carta que perguntava: “Por que você é um maçom?”. A questão me fez pensar e reafirmar meu sentimento sobre a Maçonaria.
 
No começo, pensei em meus próprios antepassados. Meu avô foi maçom por 50 anos, e eu sou maçom a 60 anos. Isso significa que meu vínculo com a Maçonaria se estende desde 1869, quando meu avô se juntou aos Maçons.
 
Meus sentimentos na minha primeira entrada em uma loja maçônica estão muito claros na memória. Eu era um jovem e foi uma grande emoção se ajoelhar diante do altar da loja para se tornar maçom. Isso deve ter sido o mesmo que meu pai e meu avô experimentaram antes de mim. E também deve ter sido idêntico ao que muitos grandes líderes da América e do mundo sentiram quando se tornaram maçons. Entre estes importantes grupos, se destacam, George Washington, Harry Truman e outros 12 presidentes, além de inúmeros líderes de estado e benfeitores da humanidade.
 
Então eu me encontrei pensando: “O que a Maçonaria significa para mim?” Claro, os maçons dizem que a Maçonaria realmente começa no coração de cada Maçom, individualmente. Considero isso uma resposta à fraternidade e aos ideais mais elevados. Lembro da história de um homem que veio a mim uma vez e disse: “Vejo que você é um Maçom. Eu também sou”. Como nós conversamos, ele me contou sobre uma experiência que ele teve anos atrás. Parece que ele se juntou à Fraternidade maçônica logo após fazer 21 anos de idade. Quando ele estava servindo ao exército, ele decidiu participar de reuniões de várias Lojas. Em sua primeira visita a uma loja, em uma cidade estranha, ele estava um pouco nervoso.
 
Um pensamento estava constantemente em sua mente; Ele poderia passar no exame para mostrar que ele era um Maçom? Enquanto o comitê examinava cuidadosamente suas credenciais, um dos membros o olhou diretamente nos olhos e disse: “É óbvio que você conhece o Ritual, então você pode entrar na nossa Loja como um Irmão Maçom. Mas eu tenho mais uma pergunta. Onde você foi feito maçom? Com isso, ele disse ao jovem visitante que pensasse sobre isso, como ele sabia a resposta, o examinador não teria que ouví-lo. Ele veria isso em seus olhos. Meu amigo me disse que, depois de alguns minutos, um grande sorriso veio até o rosto dele e ele olhou para o examinador, que disse: “Isso é o certo, em seu coração”.
 
Através dos ensinamentos maçônicos, os homens bons praticam amor e caridade. Como Fraternidade, eles gastam milhões de dólares …
 
A maçonaria não é uma religião, porém, na minha experiência, os maçons são predominantemente homens religiosos e, em sua maior parte, da fé cristã. Através da Maçonaria, no entanto, tive a oportunidade de compartilhar o pão com homens bons, além da minha fé cristã. A Maçonaria não promove nenhum credo religioso. Todos os maçons acreditam na Deidade, sem reservas. No entanto, a Maçonaria não faz exigências sobre como um membro deve pensar no Grande Arquiteto do Universo. A Maçonaria é, para todos os seus membros, um suplemento à vida boa, que elevou a vida de milhões de pessoas que entraram em suas portas. Embora não seja uma religião, como tal, ela complementa a fé em Deus, o Criador. É o apoio da moral e da virtude.
 
A maçonaria não tem dogma nem teologia. Não oferece sacramentos. Ensina que é importante para cada homem ter uma religião de sua própria escolha e ser fiel a ela em pensamento e ação. Como resultado, homens de 4 diferentes religiões podem se encontrar em comunhão e fraternidade sob a paternidade de Deus. Eu acho que um bom Maçom se torna ainda mais fiel aos princípios de sua fé, por sua participação na Loja.
 
A maçonaria é muito mais do que uma organização social. Através dos ensinamentos maçônicos, os homens bons praticam amor e caridade. Como uma Fraternidade, eles gastam milhões de dólares para apoiar hospitais, clínicas de distúrbios da linguagem da infância e pesquisas sobre problemas que afligem o ser físico e mental do homem. Sempre que encontro um hospital maçônico, dos quais há muitos, meus olhos se enchem de lágrimas. Quando vejo um jovem, que não podia andar, agora conseguindo chegar de um lado para o outro com a ajuda de uma perna artificial, fico emocionado. Para um jovem ter a oportunidade de se tornar íntegro e produtivo, é para mim emocionante e maravilhoso. E esta oportunidade é dada gratuitamente a sua família ou ao estado. Viver é lindo, mas às vezes a vida pode ser dura e cruel. Sempre que ou onde quer que, as pessoas estejam em necessidade, os maçons estão lá para ajudar. De grandes empreendimentos às mais pequenas necessidades, os maçons estão sempre lá, cuidando e servindo.
 
Sempre me perguntei por que os maçons dedicam tanto tempo à sua Fraternidade. Uma boa resposta para esta questão veio de um Grão-Mestre que uma vez me disse que ele gosta do envolvimento, porque isso lhe dá outra dimensão para a vida. A mesma resposta é ecoada pelos irmãos que se encontram nas Lojas, de um lado ao outro do nosso País e em todo o mundo. Muitos dos meus melhores amigos, associados e companheiros cristãos, também são maçons e bons homens religiosos.
 
Em minhas viagens, localmente ou no exterior, um bom número de maçons observa meu anel maçônico, que eu sempre uso. Com orgulho, eles dizem:
 
 “Eu também sou um maçom”.
 
Para mim, a Maçonaria é uma forma de dedicação a Deus e serviço à humanidade. Eu também sou um maçom em meu coração e assim vou permanecer. Estou orgulhoso do meu envolvimento. Tenho orgulho de andar em comunhão fraterna com meus Irmãos. Por que eu sou um maçom? Simplesmente porque estou orgulhoso de ser um homem que quer manter os padrões morais da vida em alto nível e deixar algo para trás, para que outros se beneficiem. Somente quando eu, pessoalmente, me tornar melhor, posso ajudar os outros a fazer o mesmo.