sexta-feira, 25 de agosto de 2017


Meditação sobre a prece

 

A oração do justo

 

"A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" — Tiago (5:16)

 

Considerando as ondas do desejo, em sua força vital, todo impulso e todo anseio constituem também orações que partem da Natureza.

O verme que se arrasta com dificuldade, no fundo está rogando recursos de locomoção mais fácil.

A loba, acariciando o filhotinho, no imo do ser permanece implorando lições de amor que lhe modifiquem a expressão selvagem.

O homem primitivo, adorando o trovão, nos recessos d'alma pede explicações da Divindade, de maneira a educar os impulsos da fé.

Todas as necessidades do mundo, traduzidas no esforço dos seres viventes, valem por súplicas das criaturas ao Criador e Pai.

Por isto mesmo, se o desejo do homem bom é mais uma prece, o propósito do homem mau ou desequilibrado é também uma rogativa.

Ainda aqui, porém, temos a lei da densidade especifica.

Atira uma pedra ao vizinho e o projétil será imediatamente atraído para baixo. Deixa cair algumas gotas de perfume sobre a fronte de teu irmão e o aroma se espalhará na atmosfera.

Liberta uma serpente e ela procurará uma toca.

Solta uma andorinha e ela buscará a altura.

Minerais, vegetais, animais e almas humanas estão pedindo habitualmente, e a Providência Divina, através da Natureza, vive sempre respondendo.

Há processos de solução demorada e respostas que levam séculos para descerem dos Céus à Terra.

Mas de todas as orações que se elevam para o    Alto, o apóstolo destaca a do homem justo como sendo revestida de intenso poder.

E que a consciência reta, no ajustamento à Lei, já conquistou amizades e intercessões numerosas.

Quem ajunta amigos, amontoa amor. Quem amontoa amor, acumula poder.

Aprende, assim, a agir com justeza e bondade e teus rogos subirão sem entraves, amparados pelos veículos da simpatia e da gratidão, porque o justo, em verdade, onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.

Emmanuel

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