domingo, 6 de agosto de 2017


Avante

 

Peregrino da vida e da morte oriundo,

Avança do nascer ao pôr do Sol, durante

A evolução sem fim nos carreiros do mundo,

Pela ronda do tempo, a ressurgir constante.

 

Das sombras da maldade à luz do bem fecundo,

Das ruínas morais ao triunfo pujante,

Aprende pouco a pouco e, segundo a segundo,

Ergue em tudo, a ti mesmo, o teu grito de — avante!

 

Segue esgarçando os véus dos caminhos secretos,

Desfazendo aflições e remontando afetos,

Com risos e ilusões, suspiros e agonias.

 

E ao morrer-te o rancor e ao nascer-te a humildade,

Em êxtases de amor e em lances de bondade,

Encontrarás, ditoso, a paz de novos dias!

 

João Damasceno Vieira Fernandes

XAVIER, Francisco Cândido & VIEIRA, Waldo. Antologia dos imortais. 4. ed. FEB, Rio de Janeiro, 2002, p. 165-166.

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