sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A VIDA



A VIDA

A Vida é uma oportunidade, aproveita-a…
A Vida é beleza, admira-a…

A Vida é felicidade, saboreia-a…
A Vida é um sonho, torna-o realidade…

A Vida é um desafio, enfrenta-o…
A Vida é um dever, cumpre-o…

A Vida é um jogo, joga-o…
A Vida é preciosa, cuida dela…

A Vida é uma riqueza, conserva-a…
A Vida é amor, goza-o…

A Vida é um mistério, descobre-o…
A Vida é promessa, cumpre-a…

A Vida é tristeza, supera-a…
A Vida é um hino, canta-o…

A Vida é uma luta, aceita-a…
A Vida é aventura, arrisca-a …

A Vida é alegria, merece-a…
A Vida é vida defende-a…
Madre Teresa de Calcutá

FELIZ 2011!!
FELIZ ANO NOVO!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

HORA DO BEM - O PROBLEMA DO MAL.

ACÁCIA


HORA DO BEM - O PROBLEMA DO MAL.

Na imaturidade que nos caracteriza o estágio atual, permanecemos na visão e na vivencia periférica, externa a nós, desta forma, responsabilizamos elementos do nosso entorno para justificar nossas mazelas. Até o problema do mal transferimos para uma espécie de deidade - o demônio - na ânsia de explicar nossas tentações e quedas. É mais fácil e cômodo dizer que não nos deixam ser felizes do que encarar o que o verdadeiro conhecimento espiritual nos mostra: somos nós a fonte das mazelas, a matriz dos próprios males.


A decisiva tomada de consciência de que o mal é a nossa distonia perante o equilíbrio das Leis precisa ser realizada. Até mesmo quando fatores exógenos produzem embates nas nossas existências, o fulcro a atrair estes gêneros de testes e situações somos nós. Ah, mais a carne exerce uma triste influencia sobre nós, com seu cortejo de desejos animais e paixões atormentadoras, chegam a afirmar alguns. Esquecem-se, no entanto, de fazer a seguinte indagação: e por que estamos vivendo em corpos perecíveis? Por que ainda carecemos de viver na carne, suscetíveis de todas as injunções correspondentes ao mergulho na realidade física?


Nossa adesão ao Bem, em todos os ângulos em que ele possa se manifestar é o passaporte para a ascese sublime. E a ascese passa pelo olhar internalizado, no entendimento de que precisamos fazer desaparecer os núcleos de sombras cultivados, ainda, na nossa intimidade. Sempre é hora para o bem. O problema do mal, não esqueçamos, está em nós, assim como a solução para ele. Conforme Jesus: quem tenha ouvidos para ouvir, que ouça.

Frederico Menezes

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Não queiras para os outros o que não queres para ti.

FOME: A vergonha que atesta a fragilidade espiritual da Humanidade.
Não queiras para os outros o que não queres para ti.



Entre os lavradores e viajantes da Catalunha, o nome de Ferreol era muito temido. Nas noites de tempestade, quando a água bate com fúria nas rochas, o bandido Ferreol e seus companheiros aguardavam em seus postos, para assaltar qualquer infeliz e roubar-lhe a bolsa, e quiçá deixá-lo estendido sem vida em um matagal.

Por toda parte se narravam as façanhas do bando, que levava o terror a todos os que tinham que passar pelos montes e bosques, lugares preferidos de Ferreol e seus companheiros.

Um dia, ao pôr-do-sol, quando o crepúsculo enchia de sombras as proximidades das montanhas, um frade caminhava a passos largos. Ia rezando com devoção suas orações, e não percebeu a aparição de dois homens no meio do caminho. Estes pararam o bom religioso, dizendo-lhe:
— Irmão, passe-nos a bolsa!

O frade, surpreendido, lhes respondeu que não levava nada consigo.

Bandidos como eram, o conduziram então, com os olhos vendados, à cova onde o bando estava reunido. Ferreol, sentado junto ao fogo, entretinha-se em afiar com grande cuidado sua adaga. Os bandidos tiveram grande surpresa com a chegada de seus companheiros e do frade. Ferreol, com o intento de zombar do padre, lhe disse:

— Há muito que desejo me confessar, e agora vejo uma oportunidade. O senhor vai me confessar, reverendo padre, mas tende em conta que espero vossa absolvição. Se não for assim, podeis encomendar-vos a todos os santos, pois não saireis vivo desta caverna.

O frade, tranqüilamente, lhe disse que estava disposto a ouvi-lo em confissão.
— Mas sou Ferreol, o bandido — disse o chefe. — Não tendes ouvido falar de mim?
— Não importa. Vem aqui comigo, e eu te absolverei.
Retiraram-se a um canto da caverna, e terminada a confissão o frade disse a Ferreol:
— Agora vou dar-te a penitência. Antes de qualquer assalto, repete isto e pensa bem nisto: não queiras para os outros o que não queres para ti. E isto te bastará.
Soltando uma estrondosa gargalhada, Ferreol disse:
— Se essa é a penitência, não é demasiado dura. Agora deveis sair daqui depressa, antes que eu me arrependa e vos mate.
O frade saiu. Ferreol continuou afiando sua adaga, e os seus companheiros continuaram bebendo, jogando ou roncando. No entanto, as palavras do frade não haviam caído em terreno pedregoso.

Alguns dias depois, dispunha-se Ferreol a dar assalto a uma carroça que ia a uma cidade vizinha, onde se celebrava uma festa. Colocaram-se os bandidos como de costume, alguns no alto de um monte, para avisar a chegada da gente, e os demais ocultos na floresta, entre as ramas de frondosas árvores. Até que o assobio de um sentinela os avisou, e então se esconderam.
Pelo caminho, puxando um burrinho, vinha um homem com sua esposa e um menino nos braços.
— Boa presa! — pensaram todos.


Já estavam preparados para assaltar, ao sinal de Ferreol, quando viram com surpresa que o sinal não fora dado. Passou a família, e desapareceu atrás de uma curva do caminho. Tudo ficou em silêncio, e os bandidos foram lentamente se incorporando, se aproximando de Ferreol, e lhe perguntaram a causa de não haver ordenado o ataque.
O chefe se mostrava pensativo. Não contestou as reclamações de seus subordinados, mas com receio, disse:
— Não sei... não me pareceu conveniente. Agora voltemos à caverna.

Desde aquele dia Ferreol sempre agia assim. Preparava-se o assalto, mas na última hora não o executava. E já os bandidos murmuravam, acreditando que seu capitão havia enlouquecido ou sido atacado por algum mal súbito, pois não mais falava com eles, e passava largas horas melancolicamente passeando pelos bosques ou na cova, isolado da algazarra dos demais. Até que um dia eles resolveram roubar uma mansão, e Ferreol negou-se a ir.

— Pensem se gostariam que fizessem isso com vocês. O que não queremos para nós, não devemos querê-lo para os outros.
Os bandidos ficaram estupefatos. Logo um coro de brutais gargalhadas estalou:
— Ah! Ferreol virou São Ferreol! Viraste frade e santo!

E passando dos risos para as ameaças, e destas para os fatos, o golpearam, e por fim o mataram. Levaram o cadáver com eles à mansão que iriam assaltar, e o esconderam na adega.

Desta maneira, Ferreol, que havia meditado sobre as palavras daquele frade, cumpriu a penitência de que tão impiamente zombara.

Passou o tempo, e o dono da mansão que os bandidos haviam roubado notou com surpresa, ao tirar o vinho de um certo tonel, que esse havia melhorado em qualidade de uma maneira notável, estando com um sabor agradabilíssimo. E além disso o tonel estava sempre cheio. Sem encontrar uma explicação, removeu um dia o tonel.

Grande foi a surpresa ao encontrar atrás do tonel o corpo de Ferreol, que estava ainda fresco e com as feridas ainda sangrando, como se acabasse de morrer.

Compreenderam que um grande milagre havia ocorrido, e desde então São Ferreol recebeu culto e devoção.




– De V. Garcia de Diego, "Antología de Leyendas de la Literatura Universal" - Labor, Madrid, 1953)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Caixa de Pandora








A Caixa de Pandora - Ao homem imprudente e temeroso são atribuídos os males humanos.







Conta-nos as várias versões do mito grego que Prometeu (o que vê antes ou prudente, previdente) é o criador da humanidade. Era um dos Titãs, filho de Jápeto e Clímene e também irmão de Epimeteu (o que vê depois, inconseqüente), Atlas e Menécio. Os dois últimos se uniram a Cronos na batalha dos Titãs contra os deuses olímpicos e, por terem fracassado, foram castigados por Zeus que então tornou-se o maior de todos os deuses.




Prevendo o fim da guerra, Prometeu uniu-se a Zeus e recomendou que seu irmão Epimeteu também o fizesse. Com isso, Prometeu foi aumentando os seus talentos e conhecimentos, o que despertou a ira de Zeus, que resolveu acabar com a humanidade. Mas a pedido de Prometeu, o protetor dos homens, não o fez.




Um dia, foi oferecido um touro em sacrifício e coube a Prometeu decidir quais partes caberiam aos homens e quais partes caberiam aos deuses. Assim, Prometeu matou o touro e com o couro fez dois sacos. Em um colocou as carnes e no outro os ossos e a gordura. Ao oferecer a Zeus para que escolhesse, esse escolheu o que continha banha e, por este ato, puniu Prometeu retirando o fogo dos humanos.



Depois disso, coube a Epimeteu distribuir aos seres qualidades para que pudessem sobreviver. Para alguns deu velocidade, a outros, força; a outros ainda deu asas, etc. No entanto, Epimeteu, que não sabe medir as conseqüências de seus atos, não deixou nenhuma qualidade para os humanos, que ficaram desprotegidos e sem recursos.




Foi então que Prometeu entrou no Olímpio (o monte onde residiam os deuses) e roubou uma centelha de fogo para entregar aos homens. O fogo representava a inteligência para construir moradas, defesas e, a partir disso, forçar a criação de leis para a vida em comum. Surge assim a política para que os homens vivam coletivamente, se defendam de feras e inimigos externos, bem como desenvolvam todas as técnicas.




Zeus jurou vingança e pediu para o deus coxo Hefestos que fizesse uma mulher de argila e que os quatro ventos lhe soprassem a vida e também que todas as deusas lhe enfeitassem. Essa mulher era Pandora (pan = todos, dora = presente), a primeira e mais bela mulher já criada e que foi dada, como estratégia de vingança, a Epimeteu, que, alertado por seu irmão, recusou respeitosamente o presente.




Ainda mais furioso, Zeus acorrentou Prometeu a um monte e lhe impôs um castigo doloroso, em que uma ave de rapina devoraria seu fígado durante o dia e, à noite, o fígado cresceria novamente para que no outro dia fosse outra vez devorado, e assim por toda eternidade.





No entanto, para disfarçar sua crueldade, Zeus espalhou um boato de que Prometeu tinha sido convidado ao Olímpio, por Atena, para um caso de amor secreto. Com isso, Epimeteu, temendo o destino de seu irmão, casou-se com Pandora que, ao abrir uma caixa enviada como presente (e que Prometeu tinha alertado para não fazê-lo), espalhou todas as desgraças sobre a humanidade (o trabalho, a velhice, a doença, as pragas, os vícios, a mentira, etc.), restando dentro dela somente a ilusória esperança.



Por isso, o mito da caixa de Pandora quer significar que ao homem imprudente e temeroso são atribuídos os males humanos como conseqüência da sua falta de conhecimento e previsão. Também é curioso observar como o homem depende de sua própria inteligência para não ficar nas mãos do destino, das intempéries e dos próprios humanos.




Artigo de João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

domingo, 26 de dezembro de 2010

A INICIAÇÃO REAL



A INICIAÇÃO REAL

Irmão José Inácio da Silva Filho


A Maçonaria adquiriu o seu aspecto iniciático a partir do século XVIII. A singela recepção das Lojas operativas foi transformando-se, o ritual foi enriquecendo-se e complicando-se a Liturgia, durante todo o século XIX, até chegar à Iniciação Maçônica atual com o seu brilhante cortejo simbólico.

Na verdade, o que a Ordem Maçônica pretende, através da Iniciação, é dar ao iniciado uma responsabilidade maior não somente como ser humano com vida espiritual, mas também como homem e cidadão. E isto os antigos o faziam por meio de ritos iniciáticos. Os iniciados eram submetidos a exercícios mentais e intelectuais e, pela meditação e a concentração, eram conduzidos paulatinamente ao despertar de uma vida interior intensa e, assim, a uma compreensão melhor da vida.

Diz ARYAN, na introdução ao Livro "La Masoneria Oculta Y la Iniciacion Hermética", de J. M. Ragon, que "os ritos não teriam nenhuma utilidade se os seus ensinamentos caíssem como água numa ânfora quebrada. O seu objetivo consiste em relembrar ao iniciado que deve dar cada vez mais predomínio à vida interior do que à atração dos sentidos. A promessa do Maçom de ser bom cidadão, de praticar a fraternidade não quer dizer outra coisa. Diodoro da Sicília dizia que "aqueles que participavam dos Mistérios tornavam-se mais justos, mais piedosos e melhores em tudo". Por isto, o primeiro passo da vida iniciática é a entrada em câmara ou cripta onde hão de morrer as paixões, para que o aspirante possa ser admitido no reino da Luz. Como dizia, faz séculos, Plutarco: "Morrer é ser iniciado".

Há duas espécies de iniciação: a REAL e a SIMBÓLICA. A primeira, segundo escreve A. Gédalge no "Dicionário Rhea", é o resultado de um processo acelerado de evolução que leva o Iniciado a realizar em si mesmo o que o homem atual deverá ser num futuro que não pode ser calculado. A segunda é apenas a imagem da iniciação real.

Referindo-se à Iniciação Simbólica, o Manual de Instrução do primeiro grau da Grande Loja de França, citado por PAUL NAUDON em "La Franc-Maçonnerie et le Divin", assim se expressa: "Os ritos iniciáticos não têm nenhum valor sacramental. O profano que foi recebido Maçom, de acordo com as formas tradicionais, não adquiriu só por este fato as qualidades que distinguem o pensador esclarecido do homem ininteligente e grosseiro. O cerimonial de recepção tem valor unicamente como encenação de um programa que importa ao Neófito seguir, para entrar na posse de todas as suas faculdades."

Pela iniciação simbólica, segundo o sentido etimológico dado por JULES BOUCHER, no livro "Simbólica Maçônica", o "iniciado" é aquele que foi "colocado no caminho".

PAUL NAUDON, em "La Franc-Maçonnerie", referindo-se à iniciação simbólica, assim escreve: "O objetivo da iniciação formal é conduzir o indivíduo ao Conhecimento por uma luminação interna. É a razão pela qual a Maçonaria usa símbolos para provocar esta luminação por aproximação analógica.
"Vemos assim que "os verdadeiros segredos da Maçonaria são aqueles que não se dizem ao adepto e que ele deve aprender a conhecer pouco a pouco soletrando os símbolos". Não existe nisto nenhum incitamento à pura contemplação interior, à êxtase, ao misticismo...
"Cabe ao neófito descobrir o segredo. "Dentro da noite das nossas consciências, há uma centelha que nos basta atiçar para transformá-la em luz esplêndida. A busca desta Luz é a Iniciação".

"Nesta marcha ascensional em direção à Luz, onde a via intuitiva parece primordial é evidente que a razão não pode ser afastada. Em todos os ritos, a Maçonaria invoca sem cessar. É a lição dos símbolos, entre outras a do compasso, que se aplica particularmente ao Volume da Lei Sagrada, símbolo da mais alta espiritualidade, à qual aspira o Maçom."
Estas idéias e pensamentos têm o objetivo fraterno e leal de incutir nos recém iniciados o verdadeiro espírito maçônico; de faze-los ver da responsabilidade assumida perante a família dos Irmãos conhecidos e desconhecidos espalhados pelo orbe da terra.
Que todos nós, indistintamente, aprendamos a conhecer o espírito maçônico
afastando-nos da falsa ciência e do sectarismo, combatendo e esclarecendo todo cérebro denegrido pelo obscurantismo para que possamos nos tornar dignos de ser uma destas Luzes ocultas que iluminam a humanidade.
Os verdadeiros sinais porque se reconhece o Maçom não são outros senão os atos da vida real, já nos ensinava o Irmão Oswald Wirth. O Maçom há que agir eqüitativamente como homem que cuida de se comportar para com outrem como deseja que se proceda a seu respeito. O Maçom distingue-se dos profanos pela sua maneira de viver; se não viver melhor que a massa frívola ou devassa, a sua pretensa iniciação na arte de viver revela-se fictícia, a despeito das belas atitudes que finge.
Esforcemo-nos para que sejamos reconhecidos não pelo toque, pelo sinal ou pela palavra, mas por nossas ações no âmbito maçônico, social e profissional. "Sejamos homens de elite, sábios ou pensadores, erguidos acima da massa que não pensa", porque somente desse modo é que poderemos alcançar a iniciação real.

sábado, 25 de dezembro de 2010

VISITA DE JESUS A TERRA






VISITA DE JESUS A TERRA


Por certo, depois da plena doação do amor, você ouvirá dentro de sua alma as inesquecíveis palavras do Mestre: “Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que fizestes”. E não se esqueça de que entre onze da noite e uma da madrugada do dia de Natal, Jesus vem a Terra para amparar os sofredores e os esquecidos nas ruas, nos lares, nos hospitais, nas prisões, enfim, em toda a parte, segundo revelação do médium Chico Xavier.


Numa dessas visitas ao nosso mundo no dia de Natal, Jesus acolheu a alma de Mariazinha, menina que morreu com fome, cansada e doente, estirada numa calçada de uma cidade brasileira. Ao assistir a esse fato na vida espiritual, a poetisa cearense Francisca Clotilde fez a sua narrativa em versos pela mediunidade de Chico Xavier, sob o título “Conto de Natal”, publicado no livro “Antologia Mediúnica do Natal”:




CONTO DE NATAL


A noite é quase gelada...
Contudo, Mariazinha
É a menina de outras noites
Que treme, tosse e caminha...


Guizos longe, guizos perto...
É Natal de paz e amor
Há muitas vozes cantando:
- “Louvado seja o Senhor!”


A rua parece nova
Qual jardim que floresceu.
Cada vitrine enfeitada
Repete: “Jesus nasceu!”


Descalça, vestido roto,
Mariazinha lá vai...
Sozinha, sem mãe que a beije,
Menina triste, sem pai.


Aqui e ali, pede um pão...
Está faminta e doente.
- “Vadia, saia depressa!” –
É o grito de muita gente.


- “Menina ladra!” – outros dizem.
- “Fuja daqui, pata feia!
Toda criança perdida
Deve dormir na cadeia”.




Mariazinha tem fome
E chora, sentindo em torno
O vento que traz o aroma
Do pão aquecido ao forno.


Abatida, fatigada,
Depois de percurso enorme,
Estira-se na calçada...
Tenta o sono, mas não dorme.




Nisso, um moço calmo e belo
Surge e fala, doce e brando:
- Mariazinha, você
Está dormindo ou pensando?


A pequenina responde,
Erguendo os bracinhos nus:
- Hoje é noite de Natal,
Estou pensando em Jesus.



- Não recorda mais alguém?
E ela, a chorar, disse: - Eu
Penso também, com saudade,
Em minha mãe que morreu...


- Se Jesus aparecesse,
Que é que você queria?
- Queria que ele me desse
Um bolo da padaria...


Depois... queria uma casa,
Assim como todos têm...
Depois de tudo... eu queria
Uma boneca também...


- Pois saiba, Mariazinha,
Eu lhe digo que assim seja!
Você hoje terá tudo
Aquilo que mais deseja.


- Mas, o senhor quem é mesmo?
E ele afirma, olhos em luz:
- Sou seu amigo de sempre,
Minha filha, eu sou Jesus!...


Mariazinha, encantada,
Tonta de imensa alegria,
Pôs a cabeça cansada
Nos braços que ele estendia...


E dormiu, vendo-se outra,
Em santo deslumbramento,
Aconchegada a Jesus
Na glória do firmamento.


No outro dia, muito cedo,
Quando a lojista abre a porta,
Um corpo caiu, de leve...
A menina estava morta.


Fonte: www.radioriodejaneiro.am.br

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Alegria do Natal



Alegria do Natal

AGRADEÇO, Jesus,
A bênção do Natal que nos renova e aquece
Em vibrações de paz aos júbilos da prece,
Que te louvam, dos Céus ao pó que forra o chão!...
Agradeço a mensagem que te exalta,
Reacendendo o Sol da Nova Era
Nos cânticos da fé viva e sincera
Que nos refaz e eleva o coração.



Agradeço as palavras em teu nome,
Naqueles que conheço ou desconheço,
Que me falam de ti com bondade sem preço,
Conservando-me em ti, seja em que verbo for,
E as afeições queridas que me trazem,
Por teu ensinamento que me alcança,
A sublime presença da esperança
Ante a força do amor.





Agradeço o conforto
De tudo o que recebo em forma de ternura,
Na mais singela flor que me procura
Ou na prece de alguém
E as generosas mãos que me auxiliam
A repartir migalhas de consolo,
Seja um simples lençol ou um simples bolo
Para a festa do bem.




Agradeço a saudade
Dos entes que deixei noutros campos do mundo,
Que me deram contigo o dom profundo
De aprender a servir, de entender e de orar,
Os afetos que o tempo me resguarda
Sob fulgurações que revejo à distância,
Induzindo-me a ver-te entre os brincos da infância
Nas promessas do lar!...



Por tudo em que o Natal se revela e se expande
A envolver-nos em notas de alegria
Que o teu devotamento nos envia
Em carícias de luz,
Pelo trabalho que nos ofereces,
Perante a fé maior que hoje nos invade,
Para a edificação da Nova Humanidade,
Sê louvado, Jesus!...


MARIA DOLORES
Psicografia de Chico Xavier.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Um Lugar Entre Vós




Um Lugar Entre Vós

Charles Evaldo Boller

A Maçonaria "nada" faz! Quem faz é o obreiro. E se ele assim o desejar. A Maçonaria, com sua filosofia, doutrina, estrutura, enfim, com seu sistema, apenas apoia o processo de mudança a que cada um se submete. Ilude-se o cidadão que entra na ordem maçônica aguardando dela a ação de educá-lo; existe apenas autoeducação. Razão de se afirmar que a Maçonaria não é "reformatório". O maçom já vem pronto, cabe a ele utilizar-se do sistema da Maçonaria para melhorar-se, e isto só é possível com árduo trabalho.

Na busca por novos, se realmente se desejar que a ordem mude no aspecto de albergar em suas colunas homens de escol, que façam a diferença, deve-se prospectar por aqueles que já são "maçons" quando profanos. Iniciação é formalidade. Tais homens são imberbes no que diz respeito aos ritos e a doutrina maçônica; o objetivo é fazer estes homens ainda melhores que já são. O que atua para mudar tais bons homens para melhor? É a convivência com outros homens de semelhante característica e determinação. É da convivência, do constante roçar de uns nos outros em termos intelectuais e é abordando problemas da sociedade que se propicia a possibilidade de aportarem insights que possam mudar a sociedade pelo desenvolvimento do humanismo. O maçom não vai mudar os outros homens da sociedade, longe disso, é falácia dizer que o maçom deve voltar para a sociedade e mudar criaturas brutas e abestalhadas que lá se encontram em resultado de suas lides materialistas, oportunistas e viciadas. O bom homem que adentra às portas do templo vai melhorar a si mesmo; e só! Quanto mais personalidades adentrarem nesta sublime instituição por amizade e politicagem, em detrimento de qualidades que o revelem "maçom" ainda não iniciado, pior fica o ambiente, corrompem-se relacionamentos, situações surgem onde a tolerância é colocada à prova, até o momento em que a própria tolerância fenece e surge tirania.

O insight da afirmação a respeito do "nada" que a Maçonaria oferece tem por base a conhecida resposta de Pitágoras momentos após sua iniciação; ele teria dito: - simplesmente nada encontrei! - E que depois disso partiu em busca do significado deste "nada". É o que o maçom deve fazer na Maçonaria, buscar respostas deste "nada". Ao maçom cabe reunir-se com outros maçons que igualmente buscam escapar por alguns instantes da semana do mundo dos desejos e das ilusões e desenvolver sabedoria. Isto pode ser um excelente exercício discursivo se remanescer apenas no plano das ideias, retórica que nada constrói de prático sem o concurso de exemplos e a influência do grupo social. O homem, criatura social por excelência, carece da convivência, do elogio, da aprovação, da continua provocação para melhorar-se. O maçom usufrui de convivência, emoção, amizade, para mudar a si mesmo no processo de autoeducação onde atua a doutrina maçônica.

Muitos se afastam das lojas porque os maçons lá recebidos nada encontram para dar respostas ao "nada" que trazem em si. Encontram "nada" porque a maioria dos que deveriam ser seus iguais, "nada" portam igualmente e "nada" trocam com ele. Em todo canto encontram-se maçons que com empáfia falam de simbolismo do alto de suas "cátedras" quando sequer entendem o significado do compasso e os sucessivos círculos concêntricos que com ele podem ser produzidos; os infinitos pensamentos. Limitam-se os maçons iniciados a repetir rituais automáticos e muito bem ensaiados sem lhes determinar o sentido, a doutrina maçônica. Sentem que participam de associação de amigos que se reúnem para comer macarrão e churrasco, tomar cerveja e verbalizar causos do cotidiano. Fica pior quando as sessões arrastam-se monótonas e sem gosto, onde fica evidente a perda de tempo. Como uma sessão sem atividade intelectual pode corroborar para o desenvolvimento do maçom? Trabalhos são lidos e mal discutidos. Instruções são lidas e não interpretadas passo a passo. Quando surge expoente entre os aprendizes, sua capacidade de participação é desprezada por aqueles que se assenhoraram da verdade absoluta e se consideram donos destas; ou desestimulam o aprendiz com frases de efeito; quando ignoram questionamentos, fazem troça e dizem que ele vai aprender isto em graus superiores; estes manifestam o "nada" de que são constituídos.

O materialista questiona: - Como nada? Não vê os adornos do templo, ferramentas e estrelas no teto? O maçom torto apenas vê o esquadro e não imagina que aquele significa retidão de proceder; talvez o saiba, mas não o coloca em prática em sua vida e logo o esquece. Porque faz assim? Porque não era "maçom" antes de ser iniciado.

Um ponto de entrada na doutrina maçônica é a capacidade de abstração para converter o simbolismo em raciocínios práticos e os colocar em uso na vida. Para isto ocorrer com eficiência concorre elevada capacidade espiritual. Não há necessidade de ser acadêmico! O simbolismo é simples, mas é preciso pensar, trabalhar e entender. Observa-se que os melhores maçons são em sua maioria pessoas humildes que debatem com ardor ideias novas sem se ferirem. São aqueles que alimentam seus pensamentos com novas ideias de forma permanente, que afiam suas espadas, suas línguas, em exercícios de retórica refinada para convencer seus pares de suas ideias e do que é objeto da sua mais alta aspiração. Que escrevem com denodo e capricho peças de arquitetura para transmitir com clareza seus pensamentos aos outros. Que permanecem calados quando percebem que o outro demonstra verdades de outra forma e ótica que a sua.

Pensar de forma proativa é raro entre os entorpecidos pela preguiça de estudar, pensar e que balbuciam palavras desconexas e repetitivas semelhante ao rito. Rito é repetição, pensamento não! E é divertido brincar com pensamentos! De todas as propostas de iniciação que li em minha loja simbólica, li a maioria das que remanescem nos arquivos, os maçons iniciados buscam na Maçonaria condição de aperfeiçoamento. A intensão pode estar velada por motivos estritamente materialistas, encontrar protetores ou ganhar mais dinheiro, mas no papel registraram em sua maioria que desejam melhorar. Outros, no andar da carroça, enquanto as abóboras vão se acomodando, despertam em si os mais elevados sentimentos humanistas. Depois que a curiosidade está alimentada é necessário ingerir novos alimentos mentais, cada vez mais consistentes, senão desaparece o interesse. Cabeça vazia é oficina do diabo!

Outra falácia imposta pela errônea interpretação e uso de antigos maçons é o que deve ser mantido em segredo para o não iniciado. O cidadão bate às portas do templo sem conhecer rudimentos do que o espera - e isto segue adiante nos graus filosóficos. Alguns aguardam da realidade maçônica a consecução de ilusões díspares, inadequadas, absurdas. Maçonaria não é reformatório nem atende às ilusões dos homens nem é remédio para ilusões. É possível criar mais expectativa por revelar detalhes e comportamentos do maçom, o que é Maçonaria e de como ela funciona, sem revelar segredo algum. Na Grande Loja do Paraná é usual entregar um livreto ao pretendente, mas ainda é pouco.

Já vivenciei cerimonia de iniciação que mais parece trote universitário que reflexão da gravidade e sacralidade do ato de morrer para uma condição anterior. O cidadão é iniciado, mostram-lhe ferramentas e determinam que trabalhe na pedra bruta. Se trabalhar recebe aumento de salário, se não, recebe também. O que se vê com frequencia são peças de arquitetura toscas, meras cópias de rituais e textos obtidos na Internet e livros de origem duvidosa. É feita a leitura, o vigilante pede aumento de salário e pronto! O maçom ascende um grau. Chega à plenitude da Maçonaria simbólica e nada desenvolveu da doutrina contida nos rituais. Não aprendeu a pensar e interpretar a doutrina da Maçonaria. A base é a doutrina o rito a ferramenta. Doutrina exige pensar, rito é repetição mecânica, provocação ao ato de pensar. Os aprendizes não pensam porque seus pares também não o fazem; não debatem, não analisam, não debulham os meandros das ideias desenvolvidas ou copiadas pelo irmão. Copiar não é pecado, o erro está em não pensar e detalhar o que se copiou. E se o oficial resolve endurecer já apontam padrinho e outros irmãos a demovê-lo de seu intento: - não faça isso, você vai espantar o obreiro. São realidades que confrontam o novo irmão com o mesmo "nada" que o levou a pedir a luz. É lógico que procure motivos urgentes para despedir-se.

Qual o motivo dos maçons não oportunizarem o trabalho no campo do pensamento. Preguiça? Ou seria porque trabalho carrega em si conotação de negação do ócio, de castigo? O maçom operativo trabalhava de sol-a-sol em atividade que lhe rendia momentos de êxtase e concretização de belezas, algumas delas constante de arte fútil, mas que rendia prazer. Cada pedreiro preocupava-se com o detalhe que tinha a seu cargo, a pedra que esculpia; dificilmente olhava a obra inteira, mas sabia que trabalhava na construção de uma catedral; o pedreiro especulativo olha apenas a sua pedra, ele mesmo, sem olhar para o resto da sociedade, que é a catedral da qual faz parte. É só olhar para imagens das catedrais erigidas por aqueles vetustos profissionais para deduzir que a maior parte daquele árduo trabalho era desnecessária, mas era arte; igualmente o especulativo deve desenvolver atividade que lhe dê prazer, arte, diversão pelo pensamento.

Dizer para um irmão que ele deve produzir trabalho intelectual reflete nele com conotação de escravidão, tarefa a ser realizada para satisfazer necessidades fisiológicas ou atender a exploração do sistema. Muitos não veem a hora de sair do templo, olham o relógio com frequência, para dirigirem-se ao bar para "tomar umas e outras" e "jogar conversa fora". Não poderiam canalizar este "jogar conversa fora" para debates de temas úteis em direção ao humanismo e assim mesmo desfrutar prazer? O homem de hoje procura prazer imediato sem ter de investir. Poucos destilam prazer do trabalho. Os objetivos das sessões devem ser tais que transformem trabalho em momentos de ócio criativo, assim como explicado por Domenico de Masi e Bertrand Russell. O maçom, o homem de hoje não entende como alguém pode desfrutar prazer no trabalho. O trabalho em loja deve se converter em diversão; deve ser encarado como um imenso playground do pensamento para tornar-se agradável e atrair os irmãos reiteradas vezes às atividades intelectuais.

Defendo a ideia de transformar as reuniões em encontros prazerosos e ao mesmo tempo edificantes, sem prejudicar o rito. Como descobrir a veia artística de cada maçom em loja e ao mesmo tempo conduzir as atividades para aprimorar o humanismo? Temos necessidade de compreender o que existe escondido nos ritos e transformar isto em atividade prazerosa, algo que resulte em satisfação; atividade criadora assemelhada ao trabalho dos antigos pedreiros da guildas.

Que as sessões não sejam apenas um amontoado desconexo de palavras e sim prateleira organizada de pensamentos e ideias. Que o "nada" ceda lugar ao desejo de participar cada vez mais. Que cada sessão fique com aquele gostinho de "quero mais", onde os próprios debatedores e participantes solicitem prolongamento dos trabalhos com vistas a aumentar o prazer desfrutado para convivência prazerosa na obra do grande templo da sociedade. Desenvolver o gérmen de algo inusitado para preencher o "nada" de cada um deve ser a mola mestra das atividades. Como fazê-lo? É simples, nivele a loja e coloque os irmãos a debater temas onde eles próprios são as personagens; onde eles possam solucionar a angústia de preencher o vazio do "nada" que portam e com isto justificar o dom do livre-arbítrio atribuído pelo Grande Arquiteto do Universo as suas criaturas e com isto dar glória para obra criativa.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Casamento e Liberdade








Casamento e Liberdade

Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo...



- Nós nos amamos... e vamos nos casar - disse o jovem. E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã... alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos... que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?




E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:
- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada...




Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte... e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia.




E tu, Touro Bravo - continuou o feiticeiro - deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!




Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada... no dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco.



O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos... e viu eram verdadeiramente formosos exemplares...




- E agora o que faremos? - perguntou o jovem - as matamos e depois bebemos a honra de seu sangue? Ou as cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? - propôs a jovem.




- Não! - disse o feiticeiro, apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...




O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros... a águia e o falcão, tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.

E o velho disse:

- Jamais esqueçam o que estão vendo... este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão... se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro...

Se quiserem que o amor entre vocês perdure... voem juntos... mas jamais amarrados.




(Lenda Indígena – Fonte: Internet)
Copiado do Espaço-clarear.blogspot.com


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ESTATUTO DE NATAL



ESTATUTO DE NATAL


Art. I: Que a estrela que guiou os Reis Magos para o caminho de Belém guie-nos também nos caminhos difíceis da vida...


Art. II: Que o Natal não seja somente um dia, mas 365 dias.


Art. III: Que o Natal seja um nascer de esperança, de fé e de fraternidade.


Parágrafo único:
Fica decretado que o Natal não é comercial, e sim espiritual.


Art. IV: Que os homens, ao falarem em crise, lembrem-se de uma manjedoura e uma estrela, que como bússola, apontem para o Norte da Salvação.


Art. V: Que, no Natal, os homens façam como as crianças: dêem-se as mãos e tentem promover a paz.


Art. VI: Que haja menos desânimos, desconfianças, desamores, tristezas. E mais confiança no menino Jesus.


Parágrafo único: Fica decretado que o nascimento de Deus Menino é para todos: pobres e ricos, todas as raças.


Art. VII: Que os homens não sigam a corrida consumista de "ter", mas voltem-se para o "ser", louvando o Seu Criador.


Art. VIII: Que os canhões silenciem, que as bombas fiquem eternamente guardadas nos arsenais, que se ouça os anjos cantarem Glória a Deus no mais alto dos céus.


Parágrafo único: Fica decretado que o Menino de Belém deve ser reconhecido por todos os homens como Filho de Deus, irmão de todos!


Art. IX: Que o Natal não seja somente um momento de festas, presentes.


Art. X: Que o Natal dê a todos um coração puro, livre, alegre, cheio de fé e de amor.


Art. XI: Que o Natal seja um corte no egoísmo. Que os homens de boa vontade comecem a compartilhar, cada um no seu nível, em seu lugar, os bens e conquistas da civilização e cultura da humildade.


Art. XII: Que a manjedoura seja a convergência de todas as coordenadas das idéias, das invenções, das ações e esperanças dos homens para a concretização da paz universal.


Parágrafo único:
Fica decretado que todos devem poder dizer, ao se darem as mãos:


Feliz Natal!


De Ernest Sarlet

sábado, 18 de dezembro de 2010

Tive um Sonho







Tive um Sonho

Escrito por Rui Bandeira

Tive um sonho há não muito tempo. E nesse sonho eu tinha passado para a Loja Celestial e encontrava-me mesmo junto ao Portão das Pérolas. Não era S. Pedro quem me aguardava, mas antes um Peregrino de bordão e lanterna, vestido com um manto ou túnica larga, com o capuz puxado por cima da cabeça. Estava tão dobrado que mal se viam os seus olhos ou o movimento dos seus lábios.



"Eis um Viajante", disse ele com uma voz rouca.


"Sim, sou e acho que fiz uma longa viagem", retorqui.



"Podes prová-lo?", perguntou o Peregrino.


"Tenho a certeza que posso provar sem margem para dúvidas de ninguém, que sou um Mestre Maçom", respondi.


"Está bem. Segue-me."



"Para onde vamos?"


"Para a Loja Celestial."


"A Loja Celestial no além, que bom".


"Não, só Loja Celestial; no além já nós estamos."


Para iniciarmos o caminho, tentei dar um passo largo, mas permaneci no mesmo sítio. O Peregrino disse: "Aqui, o caminho faz-se em pensamento. Basta que te visualizes a seguir-me."


Assim fazendo, movimentei-me sem qualquer esforço, como se estivesse sobre uma passadeira rolante no aeroporto.


Chegamos ao nosso destino num abrir e fechar de olhos. Diante de nós, estavam o que parecia serem nuvens vermelhas, azuis e púrpuras, nas quais brilhavam, num azul marinho iridescente, quais salpicos brilhantes, o Esquadro e o Compasso. "É este o aspeto das luzes de néon no Paraíso?", pensei.


"É lindo", disse eu, "mas onde está a letra G?"


"Aqui não usamos a letra Ge", respondeu o Peregrino. "O que a letra G simboliza está presente no Oriente. Não é preciso o símbolo do Criador quando o Criador está presente. O Eu Sou Quem Sou é Quem Ele É."


"Ena! Bill Clinton ganharia o dia com esta frase", pensei.
Quando nos aproximávamos, uma voz estentória inquiriu "Quem vem lá?"


"Um Viajante que atravessou o Portão das Pérolas," respondeu o Peregrino.


"Ele tem passe?" Perguntou a voz forte.


"Não tem. Respondo eu por ele."


"Ele aguardará até que o Todo-Poderoso seja informado da sua presença e a Sua resposta seja recebida."


Dentro de pouco tempo, uma mulher com um vestido cor de lavanda onde brilhavam lantejoulas brancas em forma de estrelas, surgiu de entre a massa de nuvens e disse, "Entra pela porta externa para a antecâmara".


Lancei um olhar inquiridor ao Peregrino.
Lendo os meus pensamentos, ele rapidamente respondeu, "Aqui nós aplicamos integralmente a lição do Nível."


As nuvens dissiparam-se e eu interroguei-me se seria Moisés quem estava do outro lado da porta. Enquanto atrás de nós as nuvens se fechavam novamente, entramos na antecâmara. Um homem aguardava-me e, antes que eu pudesse falar, disse-me, "Não, eu não sou Moisés, sou Hiram Abiff, e sou o Mestre de Cerimônias que te vai conduzir ao longo do teu próximo grau."


"Tenho outro grau para receber?", perguntei timidamente.


"Sim, meu irmão, mas primeiro temos de proceder a alguns preliminares, transmitir algumas informações, e então estarás preparado."


O Irmão Abiff solicitou e recebeu todos os passos, sinais, palavras e toques dos graus terrenos através do pensamento. Seguidamente, disse, "devo perguntar-te se vais prosseguir de tua livre vontade e acordo."


"Tenho escolha?”, perguntei.


"Oh sim, podemos mandar-te de volta."


"Mandar-me de volta, PARA ONDE?"


"Para onde vieste. Mas haverá uma condição."


"E qual é ela?"


"Não vais voltar a ser quem eras lá. Vais começar tudo de novo, como outra pessoa."


"Então, quem vou eu ser?"


"Não está predeterminado, mas, como se diz na Terra, é uma loteria. Podes voltar como uma nova pessoa na China, ou na Índia, ou na Alemanha, ou em Cuba, ou no Uganda ou em qualquer lugar."



"E o que é que eu vou fazer lá?"



"Aquilo que escolheres fazer. Bem vês, com o livre arbítrio tens sempre uma escolha. Más escolhas, no entanto, geralmente geram maus resultados."



"Acho que gostaria de continuar aqui."



"Muito bem, então assim será."
Fiz uma boa escolha?"



"Não me compete a mim dizê-lo. O lixo de um homem é o tesouro de outro, como diz o ditado. Como provavelmente terás notado, o teu corpo, bem como o nosso, é apenas uma ilusão. A melhor descrição do que és, neste momento, é pura energia. Como tal, em vez de seres desnudados ou vendados, será diminuída a tua energia, de modo que poderás ouvir, mas não ver“.



"É este então o 34 º grau?"



"Não“, respondeu o Irmão Abiff. ”Este é o último grau. Agora, segue quem te guia e não temas nenhum perigo."

Texto da autoria do Irmão Frederic L. Milliken, originalmente publicado no excelente sítio maçônico Freemason Information, colocado em BEE HIVE, e, com a devida autorização do seu autor, traduzido e aqui publicado por
In Blog "A Partir Pedra" - Texto de Rui Bandeira (16.03.2009)

A Iniciação (I)

QUADRO DENOMINADO "INOCÊNCIA".

A Iniciação (I)

Maçom e a Loja que recebeu esse pedido acedem a ele, a entrada do novo elemento para a Maçonaria e para a Loja processa-se mediante uma cerimônia, designada de Iniciação.

Um dos compromissos que os maçons assumem é o de não divulgar a profanos como se processa a cerimônia de Iniciação. Não por gosto do sincretismo. Não porque algo de ilícito, ou perigoso, ou atentatório da dignidade, exista nessa cerimônia. Simplesmente porque o desconhecimento sobre como se processa e o que se passa nessa cerimônia é absolutamente essencial para que esta atinja os objetivos que com ela se procura prosseguir.

Dir-se-ia, assim sendo, que, nesse caso, não poderia ou deveria eu aqui escrever sobre a Iniciação. Tudo depende do que se escreve e como se escreve. Obviamente que não vou descrever a cerimônia, dizer o que nela se passa como se processa. Assumi o compromisso de tal não fazer publicamente ou em privado perante profanos. E concordo e entendo as razões que subjazem a esse compromisso. Mas, sendo política e objetivo deste blogue desmistificar o pretenso sincretismo da maçonaria e divulgar os princípios e objetivos desta, não seria entendível que aqui se não fizesse referência a um dos mais importantes atos e cerimônias da vida de qualquer maçom, a uma cerimônia que o terá indelevelmente marcado quando por ela passou e que continua e continuará a influenciá-lo positivamente sempre que participa na iniciação de um novo maçon. Seria como descrever o futebol sem falar do golo, como discretear sobre Leonardo da Vinci sem mencionar a Mona Lisa!

Mesmo sem divulgar o que não deve ser divulgado, entendo que algo de interessante pode e deve ser dito sobre a Iniciação, permitindo que a generalidade dos interessados - ou até simples curiosos - entendam que objetivos se procuram prosseguir com essa Cerimônia e, mesmo, a razão da necessidade de detalhes sobre ela não serem conhecidos por quem por ela não passou.

A Cerimônia de Iniciação mais não é do que, no fundo, um rito de passagem! Desde a mais remota Antiguidade e em diversas Civilizações que a Humanidade executa ritos de passagem - o mais freqüente deles porventura o que assinala a passagem da infância para a idade adulta.

A Cerimônia de Iniciação é, assim, e antes do mais, um rito de passagem da vida profana para a vida maçônica. Mas não é um mero marco dessa passagem, desse início. O traço distintivo da Cerimônia de Iniciação em relação à generalidade dos ritos de passagem é o de que aquela, mais do que assinalar, festejar, marcar a passagem da vida profana para a vida maçônica, tem um papel efetivamente constituinte dessa transição.

Não se pode ser maçom sem VIVER a cerimônia de iniciação. Pode-se tê-la estudado, lido sobre ela, até porventura lido o respectivo guião. Nada disso faz diferença: para que a nossa mente e o nosso espírito apreendam em toda a sua complexidade e riqueza o que é ser maçom, é essencial VIVER a Iniciação. Porque a transformação ética e espiritual que o método maçônico propicia depende, não apenas do Intelecto, mas da integralidade do Homem. O que vale por dizer que não basta conhecer intelectualmente os princípios, os ensinamentos, os propósitos, a moral. É necessário SENTIR esses princípios, esses ensinamentos, esses propósitos, essa moral.

E a impressão que a Cerimônia de Iniciação deixará naquele que a ela é submetido será tanto mais forte quanto menos ele souber do que se vai passar. Quanto mais souber (ou julgar que sabe...) sobre o que vai ocorrer, mais distraído estará, aguardando o que espera, ou julga, que vai acontecer, ou interrogando-se porque não aconteceu o que sabe (ou pensa que sabe...) que vai acontecer. E quanto mais concentrado no que sabe (ou imagina que sabe...) estiver, menos atenção dedica àquilo que efetivamente se passa, de menos detalhes se aperceberá, mais sensações perderá.

A todos aqueles que desejem vir a ser iniciados maçons, deixo aqui, portanto, um sincero conselho: informem-se o mais que puderem sobre a maçonaria, mas não busquem informar-se sobre a Cerimônia de Iniciação. Quanto mais dela souberem, menos esta vos marcará. Quanto mais dela conhecerem, menos a VIVERÃO. A maçonaria preza e incentiva o Conhecimento. Mas uma das coisas que se aprende na Maçonaria é que o verdadeiro Conhecimento adquire-se ordenadamente, quando se está preparado para adquirir cada pedaço dele.

Rui Bandeira

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"É PRECISO MUDAR"

Escada de Jacó


"É PRECISO MUDAR"

Se queremos vencer as nossas imperfeições, não é fugindo dos problemas que conseguimos.
Existem momentos da nossa vida em que precisamos tomar sérias decisões a favor de nós mesmos.
Não é simples nem fácil.
Várias traves emocionais nos impedem de seguir adiante.
É preciso mudar.
Liberta a mente e a consciência para que consigas ir em frente e ser feliz.
O passado acabou, não pode ser modificado, mas o futuro te espera com novas oportunidades.
Não tenhas medo de te lançar num magnífico vôo triunfal na conquista de ti mesmo.

FORÇA, É DEUS QUEM DÁ.


(Anita Godoy)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

AINDA HÁ TANTO...




AINDA HÁ TANTO...


Paulo Roberto Gaefke
www.meuanjo.com.br

Ainda há tanto que fazer...
na minha vida há decisões que devo tomar,
na minha família, atitudes que pedem reflexão,
no meu trabalho, pessoas que pedem paciência,
pelas ruas pessoas que pedem compaixão.

E se me perco em meio as lamentações,
se me entrego as reclamações da alma queixosa,
paro e reflito, ainda há tanto o que fazer.

No amor, por vezes sinto a ausência,
por tantas vezes a solidão bate a porta,
decepções e amarguras me fazem parar,
um desejo de largar tudo e me fechar.

Se não entendo quem eu amo,
se espero mais do que podem me dar,
é minha alma carente que grita,
é um desejo infantil de amor eterno.

Paro e reflito, ainda há tanto que amar.
No dia a dia, sinto o cansaço chegar,
o nervosismo me ataca, quero brigar.
As pessoas parecem não me ouvir,
falo e repito a mesma coisa, e por vezes,
entre o desespero de querer acertar,
e a intenção de ser o melhor, eu me perco.

Sou alguém que não conheço,
faço coisas que até me espantam, sinto medo.
E se tento me esconder do mundo,
paro e reflito, ainda há tanto que aprender.

Refletir, aprender, fazer e amar,
eu me concentro nas possibilidades,
eu me agarro na esperança,
sou adulto, mas gostaria mesmo é de ser criança,
o mundo me aflige, sinto que não vou conseguir,
mas há algo em mim que grita e diz,
que ainda há tanto que ser feliz.

Acredite em você!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ser maçom é...





Ser maçom é...

...conciliar o egoísmo com o altruísmo...

Conceitos aparentemente opostos e impossíveis de harmonicamente se justaporem e operarem em simultâneo! No entanto, a natural e intuitiva conciliação entre estes dois opostos integra a essência da condição de maçon.

O maçom deve prosseguir o egoísmo de se aperfeiçoar a si mesmo, como objetivo principal. Não aperfeiçoar os outros, a Sociedade, a Loja ou seus Irmãos. Aperfeiçoar-se a si mesmo: este o verdadeiro e essencial objetivo do maçon. Nesse processo, o maçom descobre que uma ferramenta de inestimável valor é a sua interação com seus Irmãos, com eles e através deles aprendendo, intuindo, tateando, tenteando, reconhecendo e percorrendo o caminho do seu aperfeiçoamento pessoal, aqui largo e prazenteiro, ali rude e pedregoso, acolá estreitamente demarcado, mais adiante dificilmente reconhecível em suas fronteiras. E, egoística mas indispensavelmente, aproveita tudo o que pode - tudo o que deve! - do que seus Irmãos, a sua Loja, a sua Obediência, lhe proporcionam e que se revele útil para o pretendido aperfeiçoamento: uma idéia aqui, um pensamento acolá, uma lição deste, um conselho daquele, desejavelmente o exemplo de muitos, se não todos. Tudo, desde o mais brilhante artefato, ao simples resquício de uma sombra de um leve conhecimento, deve ser avaramente guardado, diligentemente aproveitado, oportunamente utilizado na construção a que cada um incessantemente se deve dedicar: a construção dele próprio, do seu caráter, do espírito livre e puro e capaz de evoluir, de pairar, de avançar para desconhecidos limites até para além do Ilimitado. E assim cada dia vai um pouco mais longe, é um pouco melhor, é, afinal, maçom!

Mas o maçom depressa aprende que, tal como os seus Irmãos são inestimável ferramenta para sua melhoria, assim também ele próprio é, por sua vez, não desprezível ferramenta para a demanda efetuada por cada um de seus Irmãos. Logo intui que, ao tirar, também põe, e é tirando e melhorando que cada vez mais põe para que outros também tirem, e por sua vez melhorem, e reponham, e lhe permitam de novo algo mais retirar, num infindável e frutuoso círculo virtuoso.

Nenhum maçom é maçom sozinho. Só se é plenamente maçom no confronto com seus Irmãos, dando e recebendo e todos assim aproveitando. O todo é, cada vez e cada vez mais, sempre superior à soma das partes. Esta inata cooperação, em que cada um gostosamente contribui para o Outro é condição indispensável para que cada um retire o seu salário da Arca da Loja - e cada vez retire mais e melhor salário.

Portanto, o maçom é altruísta como meio de prosseguir o seu egoísta objetivo de aperfeiçoamento e coloca o resultado em cada momento egoisticamente obtido ao altruísta dispor dos demais.

... Viver a vida plenamente e não temer a morte...

Na demanda do Graal de cada maçom, rapidamente cada um se apercebe de que é bem mais do que mera acumulação de ossos e sangue e carne e vísceras, matéria fremente e animada, que um dia se gastará e quedará inanimada. Logo questiona a origem e a razão da existência da Vida e do Universo. E busca o seu significado. E encontra suas respostas, tendo presente e reconhecida à noção do Grande Arquiteto do Universo - do SEU Grande Arquiteto do Universo, seja o que reconhece da religião que pratica, seja o que entrevê através da sua própria Razão, em pessoal teologia, tão válida como qualquer religião instituída. E assim percebe o seu lugar na Vida e no Universo - e alcança a Paz. Paz consigo mesmo, Paz com o sentido da Vida, Paz com a perpétua evolução.

Cada maçom aprende - desejavelmente aprende, mais cedo ou mais tarde! - que a vida física, material, é apenas parte da Vida com V maiúsculo. Que o invólucro que é o nosso corpo, com suas dores e cansaços e doenças e envelhecimento e inexorável fim, é apenas isso, a vasilha que transporta e contém e protege o verdadeiramente valioso conteúdo que cada um de nós realmente TEM (que digo eu? É!), tantas vezes sem o saber, sem sequer o intuir. Conteúdo a que uns chamam alma, outros espírito, outros ainda outra coisa qualquer e que eu gosto de designar pela Centelha Divina que existe em cada um de nós, que é a razão de ser de cada um de nós e que sobrevive para além da materialidade de cada um de nós.

Ao compreender isto, o maçom entende que a vida física é parte do conceito mais abrangente da Vida (com V maiúsculo), como fator indispensável à evolução dessa Vida, por isso que existe, pois, se o não fosse, não teria razão para existir - seja-se criacionista, seja-se evolucionista, é território aprazivelmente neutro e comum a concepção de que o que não tem razão para existir, papel para desempenhar...não existe ou se, por erro ou acaso, existiu, extingue-se... Mas, sendo a vida física apenas parte da Vida (com V maiúsculo), é apenas um episódio, certamente importante, mas só um episódio. E, ao compreender isto, pode viver plenamente e em Paz esse episódio, aquilo a que chamamos a nossa vida, o tempo que nos é concedido entre o nascimento e a morte.

E, assim compreendendo, está em condições de não temer a morte física, que pode entender como mais uma Iniciação, uma Passagem, uma Elevação a um novo estádio da Vida (com V maiúsculo).

Uma obra do gênero designado por ficção científica, cujo título há muito esqueci e cujo autor também há muito olvidei, postulava que existia na vida da Humanidade um terrível segredo. Segredo que, algum dia, alguém descobriu e que era que, afinal, toda a Humanidade via o filme ao contrário: aquilo que temos por nascimento é afinal a morte, a degradação para o plano físico de algo mais puro e perfeito, e que aquilo que se tinha por morte é então o verdadeiro nascimento para o próximo passo da evolução da nossa Essência. Essa esquecida obra de esquecido autor será porventura mera e imaginosa caricatura. Mas não vemos nós que em toda a caricatura está, quiçá de modo deformado, o traço da realidade?

Ao entender que vale muito mais do que o seu invólucro material, o maçom aprende a viver plenamente a vida e a não temer a morte.

... Viver a Iniciação em todos os dias da sua vida...

O maçom, quando iniciado, recebe lição, noções, princípios, afinal ferramentas que - muitas delas - não entendeu plenamente nessa ocasião. De algumas porventura nem mesmo se apercebeu então. Só mais tarde, revivendo a Iniciação, participando na Iniciação de outros, a pouco e pouco tudo vai entendendo e encaixando. E, fazendo-o, se bem refletir, verá que o que viveu, o que ouviu, o que sentiu, as lições que recebeu naquela ocasião são um guia de vida que deve ter sempre presente.

Se o maçom se comportar sempre de acordo com o que simbolicamente viveu na sua Iniciação, com o que ouviu, com as lições que aí recebeu, será efetivamente um Homem Livre e de Bons Costumes. Se viver de forma conforme com a lição da sua Iniciação, viverá bem, será útil a si próprio, aos outros e à sociedade. Nada mais precisa de fazer. Nada mais lhe é exigível.

No fundo, uma das coisas que é agradável na Maçonaria é a sua desarmante simplicidade: não são precisas grandes invenções, não são necessários etéreos princípios. Para se ser Digno, Justo e, tanto quanto humanamente possível, Perfeito, para aliar a Sabedoria à Força e à Beleza, para viver em Liberdade e em Fraternidade segundo os princípios da Igualdade, só é necessário proceder segundo o que aprendeu na Iniciação. E, chegada à hora, poderá pousar as suas ferramentas em Paz e com a noção do dever cumprido.

... Conhecer e praticar os sinais, palavras e toques...


Não há que inventar! Está num texto que o Aprendiz deve conhecer e não se deve mudar o que está bem:

Um maçom é reconhecido pela sua forma de agir, sempre correta e franca (sinais); pela sua linguagem leal e sincera (palavras); por fim, pela solicitude fraterna que manifesta com todos a que se acha ligado pelos laços da solidariedade (toques).

É afinal tão simples ser maçom!

... Ser, simplesmente e verdadeiramente Ser - não Parecer!

O maçom, beneficiando da absorção, na sua personalidade, no seu caráter, na sua prática de vida, dos princípios que recolhe na Loja e na Fraternidade - afinal, dito mais simplesmente, aperfeiçoando-se - só precisa de Ser. Ser como é. Ser aquilo em que se transforma. Fazendo-o, vale a pena ser maçom, o salário está ganho, o objetivo é atingido.

No fim como no princípio, a noção-chave é a de aperfeiçoamento individual. Que se obtém pelo trabalho, pelo esforço, pela dedicação. Que se pratica. Que não se consegue parecer que se obteve!

Inútil é tentar "parecer" maçom. Tarde ou cedo - mais cedo do que mais tarde! - os que efetivamente são maçons reconhecem que quem quer "parecer" sem "ser" não é efetivamente um maçon. Quando muito, poderá ser um profano que passou por uma iniciação, mas não foi verdadeiramente iniciado. E esse pode continuar a tentar "parecer" à vontade. Nenhum verdadeiro maçom se incomodará com isso. Mas nenhum verdadeiro maçom o reconhecerá como tal, até que deixe de tentar parecer e tente começar a Ser.

Rui Bandeira, M. M.

(Prancha apresentada, na qualidade de visitante, na R. L. Excalibur, em 9 de Outubro de 2008. Este mesmo texto foi agendado para publicação, e publicado, no mesmo dia e à exata hora programada para o início da sessão da Loja Excalibur, no blogue A Partir Pedra)











A verdadeira opção do maçom e seu papel na sociedade


A verdadeira opção do maçom e seu papel na sociedade



"VOCATUS ATQUE NON VOCATUS DEO ADERIT" ( ** )

Vem alguém a minha propriedade e diz:

Aqui é muito pobre, só tem algumas pedras, algumas arvores e algumas cabeças de gado.

Essa pessoa não viu a minha propriedade.

Aquilo era só o terreno, só a parte material, só o território.

O principal estava invisível. O que faz minha propriedade é aquilo que não se vê, e que liga as pedras, as arvores e as cabeças de gado, e me liga a tudo isso.

Na maçonaria encontramos símbolos, mitos e lendas e nos deparamos com o homem de frente a busca de conhecimento, entendimento e discernimento a respeito de sua realidade, colocando-o frente à questão central do objetivo maçônico, o como e o porque a maçonaria pode ser um instrumento mediador entre a sua inteligência e a natureza, o que nos remete a mais uma lenda maçônica:

Conta-se uma lenda a respeito da origem da maçonaria, a partir da estória de uma senhora viúva, que morava na roça com seus dois filhos já adultos (os filhos da viúva).

Modestamente vivendo do que plantavam e colhiam do solo. Como é de costume no meio rural, o filho mais velho casou-se primeiro e mudou-se para uma propriedade mais distante, permanecendo o filho mais novo para cuidar de sua mãe, cada qual passando por suas dificuldades financeiras. Individualmente, e sem conhecimento um do outro, por ocasião da colheita, cada um separou uma significativa quantidade de sua produção para ser levada, de forma sigilosa, ao celeiro ou tulha do outro irmão. Como existiam vários caminhos entre as suas propriedades, ambos conseguiram realizar seu intento, percorrendo trajetos diferentes e preservando o seu anonimato. Ambos ficaram surpresos e alegres quando, ao retornarem às suas casas, depararam com aquela substancial ajuda.

Durante algumas outras colheitas, repetiram o mesmo procedimento, sem ser descobertos, até que em uma determinada colheita, devido a forte chuvas, a maioria das estradas ficou intransitável, levando ambos a utilizarem o mesmo trajeto. Surpresa enorme se deu, quando os irmãos se depararam com as carroças repletas de alimentos, ficando explicitada a intenção de cada um fazer o bem ao outro, de forma fraterna e desinteressada. Neste momento, tremendamente emocionados, se abraçaram e choraram sendo que, naquele momento, estava fundada a maçonaria com seus princípios de "fraternidade, amizade e caridade".

Hoje nos questionamos e vemos vários irmãos questionarem sobre a verdadeira maçonaria, seus ensinamentos, sua filosofia, etc.

Assistindo pela TV Senado dia 01/11/05 um pronunciamento do maçom senador Mão Santa do estado do Piauí, ele disse:

- Falar, falar e falar. Palavras somente. Qual seria o poder de arrebanhar, de somar, e até de multiplicar - seria um poder pequeno ou talvez nenhum.

- Agora: agir, atuar, dar exemplo, aí sim, teremos um poder muito maior de transformar nossas palavras em ações.

Estamos verdadeiramente comprometidos com a nossa evolução pessoal e coletiva, com os problemas de nossos irmãos e com os ideais da maçonaria ?

Acredito que o empreendimento maior de uma loja maçônica, seja o de possibilitar o resgate da nossa identidade e de nosso processo evolutivo-histórico enquanto maçons, pelo exemplo no mundo profano, sendo exemplo aos nossos filhos, através de Estudos e relacionamento e intercâmbio de idéias e ideais de irmãos, realmente interessados em conhecer, aprofundar, pesquisar e difundir esses conhecimentos e seus significados, para utilização pratica e buscando encontrar novos e valorosos interessados em compartilhar desta caminhada evolutiva. A franco-maçonaria sem estudo, é como uma flor sem perfume.

-estudemos, meditemos e analisemos.

Para a maçonaria qualquer que seja sua religião, sua profissão, sua nacionalidade, sua condição social, a " fraternidade" deve ser a primeira virtude.

O objetivo maior da maçonaria e alcançar a "fraternidade" entre os homens, independentemente das diferenças sociais, políticas, religiosas ou de nacionalidade. Os homens devem sem quaisquer das intenções que os dividem, ter uns para com os outros um afeto fraterno, auxiliando-os mutuamente na realização de suas tarefas.

Outro grande preceito da maçonaria é a "tolerância".

Com grande sabedoria disse certa vez o maçom Voltaire: -

"a tolerância é de direito natural e de direito humano. O grande Princípio universal do direito natural e do direito humano é: - "Não faças o que não queres que te façam".

Ensina-nos a maçonaria que o pensamento não é milagre de um minuto, a cultura não é o resultado dos instantes que nos sobram dos prazeres, a vontade não é a soma de muitos pequenos caprichos ou ambições. Ser arquiteto do nosso próprio destino requer energia inquebrantável. Os triunfos improvisados, fáceis e brilhantes, duram tanto quanto a vida de uma flor.

A vida é como uma flecha. Temos de saber a que alvo dirigi-la e como manejar o arco para apontá-la com precisão, dispará-la e deixá-la ir... Ambicionar ou desejar as coisas, sem orientação fixa, faz desperdiçar a vida como o vapor que se dilata no ar.

A maçonaria não é somente uma tentativa de ser uma associação filantrópica, para auxílios mútuos e dispensar aos necessitados os favores da caridade.

E também, depositária, propagadora e defensora da verdade como simples verdade e não como credo de nenhum homem, de nenhum partido político ou cargo que ocupa.

Ensina a maçonaria a seus membros que a nobreza da natureza humana se exerce no trabalho, que o destino do homem é trabalhar e que somente o trabalho ativo e fiel assegura a felicidade. O cumprimento do dever e uma regra maçônica.

A tragédia deste século é que os homens se desconhecem como "Se fossem estranhos".

É impetuosa a corrente da mudança, tão poderosa, nos dias de hoje que desagrega as instituições, sacode e altera nossos valores e faz secar nossas raízes e fundamentos. A menos que aprendamos a controlar esta mudança, bem como a sociedade em geral, estaremos fadados a uma crise coletiva de caráter desagregador.

A sociedade atual passa por um choque cultural, de valores, de Identidade, de violência e principalmente no descrédito de toda e tudo da coisa pública e seus representantes.

Qual o papel da maçonaria neste cenário, ou melhor, de nós maçons, já que a maçonaria iniciática, por tradição e por sua própria natureza, não atua diretamente na sociedade profana, mas o faz por intermédio de seus membros. Ela e a mentora oculta da boa sociedade. Seus preceitos e ensinamentos são levados as comunidades por seus filiados, no meio social e profissional, em que vivem. Daí a grande responsabilidade dos maçons, como cidadãos, como profissionais, como pais de família, em que, pelo exemplo, devem atuar maçonicamente, no mundo profano. O verdadeiro maçom se reconhece por seus atos, enquanto os sinais, toques e palavras estão em segundo plano.

O verdadeiro maçom se reconhece pela sua postura em seu lar, com sua companheira e filhos, a postura dentro de loja esta em segundo plano. O verdadeiro maçom se reconhece.

"Os sonhos desta Maçonaria podem se tornar realidade. Só os vivos podem sonhar. O Maçom é um sonhador; é pena que muitos ainda não atinaram que nós somos os agentes de transformação social e que podem transformar seus sonhos em realidade. Mas será que todos os maçons são maçons? Os maçons se reconhecem!

Irm Márcio Martins

** É o Oráculo de Delphus , cuja tradução é a seguinte:
"Nascer com vocação e não vocação por adesão".


sábado, 11 de dezembro de 2010

"Livre e de Bons Costumes"



Porque é Livre e de Bons Costumes ?


O ideal dos homens livres e de bons costumes, que a sublime Ordem ensina, mostra que a finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e, pela Justiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre os povos.

No mundo da atualidade, conturbado pela incompreensão e pela ganância, mais do que nunca é necessário que brilhe no coração dos Irmãos a flama do ideal maçônico; que os obreiros, almas que se ornam pela bondade, forças que se unem pelo amor, vontades que se harmonizam pelo desejo de espalhar luz sobre seus semelhantes, tornando-os bons e caritativos, sejam orientados e guiados na trajetória que os leva a perfectibilidade.


Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento de qualquer condição, constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou restrição.

A qualidade ou condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de ação a respeito da mesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição de ordem legal e, principalmente moral.


Em decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não fazer o que se quer, de pensar como se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira, exercer qualquer atividade, tudo conforme a livre determinação da pessoa, quando não haja regra proibitiva para a prática do ato ou não se institua princípio restritivo ao exercício da atividade.

Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde o homem vai aprimorar-se em benefício dos semelhantes, desenvolvendo qualidades que o possibilitam ser, cada vez mais, útil à coletividade.


Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais conseguiremos fazer um brilhante, por maior que sejam nossos esforços.
O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico. Para ser homem livre, não basta.

Ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali. Goza de liberdade o homem que não é escravo de suas paixões vis, que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintos de fera humana.


Não é homem livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem está escravizado a vícios.
Não é homem livre aquele que é dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas tentações.

Não é homem livre, quem se chafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo, sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se sobrepuseram às suas qualidade, anulando-as. Maçom livre é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que infamam, que desonram, que degradam.

O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas as propensões para o mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do caminho das sombras e seguir pela estrada que conduz à prática do bem, que aproxima o homem da perfeição intangível.


Ser livre é ir mais além, é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes. Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar sua vida pelos preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designar o complexo de regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dos indivíduos em suas relações domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da própria vida humana.


Os bons costumes, referem-se mais propriamente à honestidade das famílias, ao recato das pessoas e a dignidade ou decoro social. A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéia ou sentido de moral, pois, os princípios que os regulam são, inequivocamente, fundados nela.


O bom maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que é defeito. O bom maçom, livre e de bons costumes, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal. O bom maçom, livre e de bons costumes, é leal.

Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai os seus mais sagrados compromissos. O bom maçom, livre e de bons costumes, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da maçonaria, porque só pelo culto da fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos sofredora. O bom maçom, livre e de bons costumes, recusa agradecimentos porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para amparar um semelhante. O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate, jamais se desmanda, não se revolta com as derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem. O bom maçom, livre e de bons costumes, é nobre na vitória e sereno se vencido, porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os. O bom maçom, livre e de bons costumes, pratica o bem porque sabe que é amparando o próximo, sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos. O bom maçom, livre e de bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude, que ele deve cultivar. O bom maçom, livre e de bons costumes, é amigo da família, porque ela é a base fundamental da humanidade.


O mau chefe de família não tem qualidades morais para ser maçom.


O bom maçom, livre e de bons costumes, não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e a maçonaria não é abrigo de covardes. O bom maçom, livre e de bons costumes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos de fraternidade. O bom maçom, livre e de bons costumes, não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os objetivos da maçonaria. O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê no auxílio ao semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cuja prática constitui um prazer. Não promete senão o que pode cumprir.


Uma promessa não cumprida pode provocar inimizade. Não odeia, o ódio destrói, só a amizade constrói.


O homem que se embriaga é indigno de ser maçom, porque ser ébrio é ser de maus costumes e quem é escravo da bebida, não é livre e o maçom deve ser livre e de bons costumes. Finalmente, o verdadeiro maçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer é trair os sentimentos de fraternidade.

O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos cargos, porque isto é cultivar a vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos que o bom maçom deve cultivar. Os vaidosos buscam posições em que se destaquem; os verdadeiros maçons buscam o trabalho em que façam destacar a maçonaria.


O valor da existência de um maçom é julgado pelos seus atos, pelo exercício do bem.

Autor: Nery Saturnino Dutra – Apr.·. M.·. A.·.R.·.L.·.S.·. Amor e Humanidade Bom Jesus / RS - G.·.O.·.R.·.G.·.S.·.