sábado, 30 de junho de 2012



O Líder Maçônico
Às vezes, o mestre deve fazer um pouco de sua própria crítica. O velho ditado sobre o mel e as moscas ainda se aplica, mas, ocasionalmente, o Mestre deve "sussurrar Bom Conselho" no ouvido de um irmão (s).
Quase sem exceção, a maneira de fazer as correções de atitude de um irmão ou comportamento é seguir, religiosamente, os cinco "P de". Será que alguém entrar no site e listar os 5 "P de"?
Os 5 "P da" da liderança:
Preste atenção ao que é importante
Elogie o que você quer continuar
Punir o que você quer parar
Pagar para os resultados desejados
Promover as pessoas que entregam resultados
Alguns sites de gerenciamento de listar o seguinte:
Prioridades + pessoas + Processos + Produtos + Progresso = Desempenho
Finalidade, Perspectiva, Presença, Processo, Pessoas
Paixão, Paz, Propósito, Prosperidade lucro.
Treinamento para liderança


A qualificação mais importante que um homem pode ter como líder maçônico está trabalhando bem com os outros. Não existe um caminho mais seguro para ter um tempo miserável como Venerável Mestre que encontrar que você, e os irmãos que você deveria estar liderando, simplesmente não se dão bem juntos. Não há maneira rápida de aprender a trabalhar bem com o resto de sua loja ... é a parte mais difícil do trabalho (mas pode ser o mais divertido).
No entanto, existem passos que você deve tomar para ajudar a tornar o seu mandato como Venerável Mestre mais agradável.
A Regra de Ouro. . .
A primeira regra é simples: tratar os outros como você gostaria de ser tratado. Chame-a Regra de Ouro. Chame-lhe o senso comum. Chame-lhe o que quiser, mas pelo amor de Deus, fazê-lo.
É um fato triste, que muitas vezes esta regra básica de conviver com os outros é observada a teoria, e não na prática.
É mais fácil falar sobre um irmão do que para falar com ele. É mais fácil pedir algo a ser feito do que para pedir. E é apenas a natureza humana não nos preocupar com o que os outros estão procurando ... e se preocupar mais com o que queremos.
É preciso uma grande dose de trabalho, a cada passo do caminho. É a chave para ter outros ajudá-lo, e não lutar com você. Mesmo quando você tem um desentendimento com os outros, lembre-se as suas opiniões são importantes. Seu ponto de vista (ou a sua, para que o assunto) não pode ser o vencedor, pois eles merecem o mesmo tipo de tratamento de você que você faz deles.
Etiqueta no quarto Lodge ...
O Lodge ajuda você a viver com esta regra ... ele fornece uma forma básica de etiqueta que ajuda a suavizar as manchas ásperas.
É a etiqueta do chão quadriculado, onde todos se reunirão em nível de igualdade, e no prumo de retidão e lealdade negocial, e na praça das ações morais entre nós e com o mundo exterior da loja.
As ferramentas de trabalho são mais do que meros pedaços tantos de metal brilhante. Eles são as regras pelas quais viver, e por que para operar a sua pousada.
Esta etiqueta dita que, embora o Venerável Mestre pode ter a responsabilidade de ver a pousada funciona bem, ele está trabalhando para os membros. Deram-lhe o cargo e esperar que ele se lembra deles quando ele toma as decisões.
O segredo é este: o Venerável Mestre só pode fazer o que, no final, o resto dos membros quer que ele faça, nada mais e nada menos.
Esta etiqueta mesma dita que cada pessoa ser chamado de "irmão". Use-o com freqüência. . . ele tem um propósito e não usar o título torna a nossa fraternidade algo menos do que aquilo que é.
Etiqueta exige que cada irmão ser tratado com cordialidade e respeito, embora às vezes seria mais fácil não.
A etiqueta é uma outra palavra para educação. Não falar durante graus de trabalho. Não fumar (e essa é a lei) durante a parte de grau da reunião. E com títulos próprios, (irmão, W. Irmão, irmão RW, etc.)
Isso significa começar a reunião no horário, e como Venerável Mestre, mantendo-o na pista. . . e às vezes significa "desligar" conversa distração.
Simplesmente, etiqueta lodge está dando cada irmão seu devido respeito, cada vez, automaticamente. Parece fundamental, mas poucos lodges realmente seguir os ditames de etiqueta e até mesmo alguns Mestre insistir nisso.
Trabalhando bem com os outros significa que, como Venerável Mestre, você deve ser capaz de motivar os outros. . . se não a seus desejos pessoais, pelo menos sobre o que é melhor para o lodge.
Educação Maçônica para o Século 21

 O Líder maçônico

Texto original em Inglês; The Masonic Leader

sexta-feira, 29 de junho de 2012

ENIGMA DO UNIVERSO - COMO DECIFRÁ-LO?

ENIGMA DO UNIVERSO - COMO DECIFRÁ-LO?


Todos conhecem a frase esotérica colocada na fachada do lendário templo de Delfos: "Homem, conhece-te a ti mesmo e decifrarás o enigma do universo". Bela expressão, popularizada por Sócrates, um dos homens mais sábios que pisou o solo da Terra, como a grande expressão da sabedoria espiritual entregue à humanidade. Ao afirmar que no interior do ser humano encontra-se a chave para decifrar o enigma da vida, do Universo, a frase aponta o magnífico grau de riqueza de que somos possuidores. O desconhecimento dessa realidade divina, dos poderes fantásticos a constituírem nossa natureza transcendente, é o responsável pela recorrente experiencia das reencarnações dolorosas. Repete-se vivencias em função da consciencia adormecida que trazemos. Um sono letárgico, hipnótico, nos impede de enxergar os fundamentos reais da vida e nos tornamos prisioneiros da "morte", ou seja, passamos por inúmeras experiencias de morrer, exatamente porque não conseguimos vencer a natureza animal que nos traz para a representação mais baixa do universo - a matéria densa - com toda sua gama de paixões malsãs, de tormentas pela posse material, pela dependencia das emoções pesadas, de quem se sente a carne e não o espirito que a usa, objetivando, um dia, emancipar-se dela.

Por não conhecermos quem somos e o que somos, sucumbimos a longos estágios em vidas materializadas, adiando quase que indefinidamente, a libertação do que o budismo chama de "Roda de Sansara" - a roda dos renascimentos em corpos perecíveis, sujeitos à putrefação da matéria. "Filhos da matéria", seres mais animalizados que espiritualizados. O despertar da consciencia transubstancia-se por intermédio da viagem aos continentes poderosos e luminosos da alma, continentes estes que ainda não conhecemos. Alguns até advinham sua existencia. Poucos, no entanto, já caminharam em suas estradas arrebatadoras.

Entendemos a importância da reencarnação ao desenvolvimento da razão, da inteligencia e da moral. Precisamos, no entanto, recordar que o próprio objetivo desse mergulho na carne é nos levar a não mais precisarmos de efetuar esse mergulho. Ascender sempre. Subir sempre. Desmaterializarmo-nos, sutilizando nossas aspirações. A depuração transcorre auxiliada pelo olhar em direção à si mesmo, vasculhando o mundo que somos, a constelação que somos, o universo que somos. Conhecendo tudo isto, decifraremos o universo. E entenderemos o milenar texto esotérico que nos diz que o que está em cima (no reino celestial) está em baixo (no ser humano que somos, nos bosques desse ser que habita as vibrações de baixo). Toda a beleza dos céus repousa em nós, aqui dentro.
Frederico Menezes

Fonte:
Blog de Frederico Menezes

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Elegia a um homem bom



Gilberto Cezarino retorna ao Oriente Eterno em 27.06.2012.


Elegia a um homem bom
Chegámos, a minha mulher e eu, ao hospital ao fim da tarde. Íamos visitar o pai de uma amiga que sabíamos estar gravemente doente. Encontrámo-lo rodeado pela família - a mulher e as duas filhas. Um olhar atento e alguns momentos chegaram-me para perceber que o seu estado não era apenas grave. A agonia começara. Não obstante, o homem doente estava lúcido. Fraco, muito fraco, mas lúcido. Não sei se consciente de que a travessia do umbral da eternidade estava próxima, mas lúcido.

Escondi o meu pensamento, proferi as palavras de conforto e encorajamento que devem ser levadas por quem visita quem está doente - esperando que às mesmas conseguisse conferir um pouco de credibilidade. Como é meu hábito (defesa?) nestas situações, procurei orientar a conversa para temas ligeiros e lançar um par de larachas que, por momentos embora, desanuviassem o ambiente. Senti-me grato por ter conseguido vislumbrar um par de sorrisos no homem doente. Pensei que, quando chegasse a altura de ser eu a fazer a mesma viagem que adivinhava que aquele homem não demoraria muito a fazer, também gostaria que alguém conseguisse fazer-me sorrir - a tal viagem é certa para todos nós, já que todos temos que a fazer, que se faça bem-disposto...

Da família que rodeava o homem, uma das filhas já se apercebera da iminência da partida. A outra guardava ainda uma réstia de esperança que a técnica médica ainda pudesse adiar o momento que a irmã já sentia chegando. A mãe de ambas, companheira de toda uma vida, incansavelmente acompanhava o seu marido, refugiando-se em pequenas coisas, não querendo pensar nem encarar o que temia sucedesse.

Uma hora depois, deixámos o homem doente. Outras solicitações de uma vida sempre atarefada nos aguardavam.

Na manhã seguinte, a notícia! O homem bom que tínhamos visitado, partira para o além desconhecido durante essa noite. A minha mulher soltou a sua emoção. Eu pensei - mas reservei para mim esse pensamento - que fora uma felicidade que a agonia tivesse sido breve. Vim a saber depois que a viagem fora feita durante o sono - e de novo dei graças por tal. A minha mulher, imersa na sua emoção, perguntava, insatisfeita, porque eram os bons que partiam quando tantos maus ficavam por aqui atormentando os seus semelhantes. Perguntei-lhe se sabia ela que se estava melhor aqui do que para onde se seguia...

Gostaríamos que os bons estivessem connosco sempre mais. Lamentamos a sua partida. Principalmente a família experimenta a orfandade da separação, o desgosto do desaparecimento. E tem de fazer o luto pela sua perda.

Quem não é crente, não tem, nestas ocasiões, arrimo para o sentimento de perda. Já quem crê em algo mais do que a materialidade que nos rodeia, sem deixar de sofrer o choque, tem a possibilidade de se consolar com a noção de que o fim deste caminho não é o fim do caminho, que, para além do que vemos e sentimos e sabemos, mais e diferente caminho existe para caminhar, não sabemos de que forma, como - mas existe.

O maçom confronta-se com a ideia do seu desaparecimento físico e aprende a não o temer, a entender que o momento inescapável é apenas uma passagem - um fim, mas também um novo princípio.

Um homem bom terminou a sua caminhada entre nós. Como todos os que gostam da companhia de quem é bom, lamento que essa companhia tenha cessado. Mas creio que a razão porque a sua presença física cessou foi apenas porque a sua missão aqui foi cumprida. Nova missão, novo desafio, nova jornada, encetou - como todos nós havemos de encetar. Foi cedo de mais? Poderia a Providência ter-lhe dado, a ele e aos seus e a todos nós um pouco mais de tempo para apreciarmos a nossa mútua companhia? É humano que o desejemos. Mas a hora foi esta porque a sua missão aqui fora ultimada, cumprida, realizada - e com êxito! Já o homem bom era, porventura, mais necessário onde seu espírito agora prossegue a sua caminhada.

Os bons vão primeiro? Pudera! É por serem bons que melhor e mais depressa cumprem a sua missão aqui!

O solstício de inverno - que hoje decorre - lembra-nos que a escuridão, o frio, a noite longa e o dia breve, o fim, afinal são um recomeço e, a partir do ponto de transição, a escuridão pouco a pouco de novo cede o lugar à luz, o frio desaparece, a noite se encurta e o dia se alonga, o fim é afinal um novo princípio.

É disto que nos devemos lembrar sempre que vemos partir um homem bom.

(Homenagem a um homem bom que partiu).

Rui Bandeira

terça-feira, 26 de junho de 2012


O QUE É MAÇONARIA?


Várias respostas tem sido dadas a essa pergunta. Uma das definições muito usadas diz que "A Ordem Maçônica é uma associação de homens sábios e virtuosos, que se consideram irmãos entre si e cujo fim é viverem em perfeita igualdade, intimamente unidos por laços de recíproca estima, confiança e amizade, e estimulando-se uns aos outros na prática das virtudes". Outra bem simples diz que "É um sistema de moral, velado por alegorias e ilustrado por símbolos". A oficial diz que "A Maçonaria é uma Instituição essencialmente iniciática, filosófica, educativa, filantrópica e progressista. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da Humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade. Seus fins supremos são: a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade".


A partir daí outras variantes existem para se conceituar a Maçonaria. Nicola Aslan citando Luiz Umbert Santos, autor de "El Ara de los juramentos masónicos", diz: "A Maçonaria, meus Irmãos, é estudo, estudo e estudo... . Os Maçons têm o dever de estudar para estarem em condição de investigar a Verdade e aprofundar os mistérios de nossa augusta Instituição...".

Essa Instituição a que pertencemos, e por pertencermos a ela somos chamados de maçons, tem uma gama de possibilidade de realizar o homem dentro de um conceito teísta, que nos leva a crer num Ser superior, o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que é Deus e que, dentro de uma visão universalista, é capaz de abrigar todos os homens livres e de bons costumes.

Mas, a Maçonaria é única no mundo enquanto estratégia de ação?

Sabemos que a Maçonaria enquanto princípio, filosofia e ideário é uma só; mas enquanto estratégia de ação é multifacetada.

João Nery Guimarães no prefácio da obra que traduziu de Johann Gottlieb Fichte - FILOSOFIA DA MAÇONARIA - diz que: "Para se entender a Maçonaria, através de seus escritores, é preciso inicialmente compreender que, basicamente, existem três maçonarias: a inglesa, de cunho nitidamente tradicionalista, observadora rigorosa de rituais, imutável nas suas formas consagradas pelo correr de três séculos, e que, transportada para os países de formação e língua inglesa, manteve a mesma índole praxista em sua vida íntima e o mesmo comportamento perante o mundo não maçônico; a francesa, que embora de origem britânica, cedo sofreu profundas alterações, ditadas pelas condições do meio em que se desenvolveu, adquirindo uma feição intensamente latina, e que se espalhou pelo mundo e se tornou conhecida principalmente pela sua ação política, social e religiosa, e à qual estão filiadas espiritualmente a Maçonaria brasileira, a portuguesa, a italiana, a espanhola, a romena, e as de todos os países hispano-americanos; e por último, a alemã, também de procedência inglesa, mas que sofreu a marca do espírito germânico, mais propenso às especulações metafísicas".


Ele ainda diz que: "... A Maçonaria é uma instituição universal, com pontos comuns e idênticos em qualquer país onde viceja e daí a convicção que têm os seus adeptos de constituírem uma vasta irmandade sobre a face da Terra".

Eis o esboço que mostra o esquema relacional no qual está constituída a Maçonaria, cuja complexidade somente pode ser vista dentro deste conceito de multiplicidade, a partir da sua conceituação e passando por sua estratégia de ação.

Eduardo Gomes de Souza - Grão-Mestre Adjunto do GOERJ.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Reflexões sobre Franco Maçonaria e Razão



 

 




Porão de embarcação de escravos em 1810
Navio Negreiro - Quadro de Rugendas

Reflexões sobre Franco-Maçonaria e Razão




Irmão ANDRÉ OTÁVIO ASSIS MUNIZ – MI

Centenária Loja XIV DE JULHO do Rito Moderno

Oriente de São Paulo – SP




“QVAE VOLVMVS ET CREDIMVS LIBENTER”

(Acreditamos de bom grado em tudo o que queremos)


Muitos textos e muitas idéias sobre Maçonaria são produzidas neste início do século XXI. No Brasil temos abundância de literatura que versa sobre o tema.

No entanto, sempre me questionei sobre a ausência de textos que confrontem a racionalidade e a lógica implacável da ciência com a temática maçônica.

São facilmente encontrados textos que relacionam Maçonaria a misticismo, astrologia, ocultismo e temas afins, mas, surpreendentemente, textos com tendência cética ou racionalista são praticamente inexistentes.

Não faço aqui a defesa dos céticos, da razão científica ou de coisa parecida. Simplesmente constato um fato: a maioria do que se produz sobre Maçonaria é reflexo de uma única tendência dentro da Ordem.

As idéias Iluministas, das quais a Maçonaria tanto se ufana, parecem ficar escondidas dentro de um armário invisível, do qual só se tiram pequenas citações ou vagas lembranças (quase sempre descontextualizadas), mas que, na prática, se tornam extremamente incômodas por questionarem algumas das mais queridas crenças de tantos maçons.

É curioso notar como pessoas que se dizem “livres-pensadores” podem agir na contra-mão absoluta de tudo aquilo que tal título invoca.

Pode haver livre-pensamento quando se teme a controvérsia?

Assim, ignorando tacitamente todas as luzes científicas, todo o método racional de trabalho, toda a lógica rigorosa do pensamento filosófico, vai se entrando em um tipo de sonolência perniciosa, uma indolência cheia de resquícios obscurantistas, superstições, crenças estúpidas e mentiras deslavadas cujo objetivo é agradar ao ego fascinado por lendas e por um mundo irreal, povoado de príncipes imortais, fadas, bruxos, magos, sábios da montanha e poderes inimagináveis que nos possibilitem fugir para bem longe de nossa realidade tão pouco confortável e interessante.

Desta forma, movidos pelo desejo de fabricar uma “realidade alternativa”, os livros maçônicos vão se povoando de “irmandades secretas”, cruzados dotados de poderes fabulosos, segredos terríveis, explicações mirabolantes (quando não absolutamente ridículas) sobre os símbolos operativos, iniciações nas pirâmides, conceitos astrológicos esdrúxulos, magia medieval e outras “pérolas” que não conseguem se sustentar perante a mais superficial análise lógica ou científica.

A Ciência Histórica é constantemente ignorada, adulterada ou inventada de forma discricionária e aleatória pelos profícuos escritores maçônicos. E quando alguém ousa lançar, em face de tais “sábios”, fatos e documentos que contestam e desmentem cabalmente o que sustentam, é como se lhes dessem uma bofetada, como se fosse uma gravíssima injúria a constatação de seu erro… Dá a impressão de que a verdade é a grande inimiga a quem devemos temer e de quem devemos correr céleres, antes que ela nos arranque do doce sono em que estamos mergulhados.

É curioso notar a fisionomia crispada de muitos quando questionamos algum de seus postulados. Em geral, quanto menos argumentos, mais fanática é a defesa dos dogmas em que se acredita (ou se finge acredita, por conveniência).

Por que é tão doloroso encarar a verdade? Por que nós fugimos tanto das evidências mais gritantes?

Reflitamos: a Maçonaria é uma instituição nascida, como hoje a conhecemos, no século XVIII (1717, para sermos exatos). Seus grandes objetivos são induzir o ser humano ao conhecimento, elevar a estatura moral e a dignidade da Humanidade como um todo, estimular o livre pensamento longe de coações, proclamar a fraternidade universal, favorecer o livre exame de todas as questões e finalmente, proporcionar de forma anônima o bem estar dos desvalidos e o auxílio aos necessitados, fazendo com que a Humanidade se aproxime cada vez mais dos ideais de Amor Universal.

Para atingir tais objetivos, a Maçonaria impõe um método que lhe é próprio, a saber, sua ritualística e sua simbologia.

Qualquer pessoa com o mínimo de noção em Psicologia e Antropologia sabe que o Símbolo é um fator poderosíssimo de influência moral, social e comportamental para todos nós. Ora, a vivência dos Símbolos se dá através dos ritos, da dramatização do mito que originou um ou outro símbolo e que, conseqüentemente, desperta em nós uma série de sentimentos, reflexões, desejos e condutas que seriam inatingíveis sem esta “linguagem muda” que provoca o que Claude Levy Strauss chama de “eficácia simbólica”. Tudo muito simples, muito claro.

Se quisermos estudar estas questões em profundidade, basta recorrer a bons livros de Antropologia (M. Eliade, C. L. Strauss, R. Girard, etc.), Psicologia (Jung, C. A. Méier, etc.) e outras ciências correlatas.

Se quisermos entender as origens históricas da instituição, devemos recorrer a bons livros de História, estudar as antigas corporações de Ofício, a simbologia Operativa, a História da Arquitetura. Devemos nos reportar ao estudo da filosofia medieval e ao pensamento Iluminista, contextualizando cada uma destas ciências em seu tempo, evitando cair na armadilha de “transplantar” estes conceitos para os dias de hoje sem antes purgá-los de todos os vícios e erros inerentes às limitações da época em que foram criados.

Tudo isso lhe parece óbvio? Pois a muitos isto beira à atrocidade, é uma heresia digna de expulsão de qualquer loja do globo terrestre.

Estes “muitos” querem que a Maçonaria seja uma religião, querem Bíblias, invocações a Deus (leia-se o Deus da Bíblia), querem faraós maçons, Pitágoras maçom, Jesus maçom. Querem explicações fabulosas, visões místicas, ocultismo, títulos gloriosos, templários realizando operações alquímicas sob a égide de Baphomet, paganismo, conceitos supersticiosos misturados com pseudofilosofia e religião mal digerida, tudo isso cozido num caldeirão alquímico chinês, temperado com muitas medalhas de latão, paramentos e pedaços de pizza com cerveja…

Assim, aquilo que se prestaria a elevar o Homem ruma à Ciência, ao Conhecimento e ao Progresso, acaba por se tornar uma desculpa esfarrapada para laurear a crendice, as tolices e a pseudociência com o “respaldo” de uma das mais belas instituições humanas, sujando-lhe o nome e ofuscando-lhe o brilho.

A busca sincera pelo conhecimento do que é real, daquilo que realmente pode ajudar à Humanidade, deveria ser o farol a guiar todos os maçons. Agradando-nos ou não, a Verdade será sempre a Verdade e é a ela que devemos buscar, mesmo com todas as nossas limitações e mesmo que a mentira pareça bem mais convidativa e lustrosa.

Uma das condições para que alguém seja feito maçom é ser livre. Será que diante de tudo isso podemos realmente nos dizer LIVRES?

Será que somos suficientemente livres para recebermos as instruções da Maçonaria?

“Não devemos acreditar nos muitos que dizem que só as pessoas livres devem ser educadas, deveríamos, antes, acreditar nos filósofos que dizem que apenas as pessoas educadas são livres”. (Epicteto, filósofo romano e ex-escravo).

A Franco-Maçonaria tem como um de seus mais elevados ideais o combate sem trégua à superstição e ao obscurantismo escravizante.

Nosso país, o Brasil, é infelizmente considerado um dos mais supersticiosos do mundo. Grande parcela da população vive carregada de crendices, amuletos, ritos mágicos e idéias estranhas, herdadas da época colonial.

A História da Humanidade tem demonstrado que em todos os tempos a superstição e o fanatismo são elementos extremamente deletérios para os povos que foram vitimados por eles.

As superstições tornam as pessoas escravas de idéias sem nenhum fundamento na realidade, idéias que, se submetidas ao crivo da razão, não passam de nuvens de fumaça.

Muitas crenças religiosas, quando levadas de forma descontrolada, apresentam efeitos até piores do que os da simples superstição, pois conseguem escravizar muito mais vigorosamente com suas idéias de castigos terríveis e recompensas colossais…

Desgraçadamente, milhões de vidas já foram ceifadas graças a essas “nuvens de fumaça”, essas ilusões espirituais que, sem apresentar quaisquer provas, obrigam os homens a viverem reduzidos a meros autômatos, sem poder de raciocinar por si próprios, sem ação, congelados pelo medo do inferno e anestesiados pela esperança do céu.

Dentro da Franco-Maçonaria o Rito Moderno, por ser um rito RACIONAL, ocupa a vanguarda do combate contra as crendices, superstições e fanatismo.

Seria absurdo que um Franco-Maçom fosse supersticioso, ainda mais se tratando de um modernista.

O perfil do modernista é o de um Livre-Pensador, que examinando todas as coisas de forma cética, buscando a verdade acima de tudo, não se pronuncia sem ter todos os elementos necessários para formar um juízo que seja, ao menos, provável ou verossímil. Assim, o modernista não é uma “presa fácil” dos charlatões, médiuns, quiromantes, curandeiros, astrólogos, etc. Aliás, o verdadeiro modernista bota a correr toda essa gente, pois faz brilhar a Luz da Verdade, a Razão Pura que afugenta todos os oportunistas de plantão.

A palavra “cético” é muitas vezes vista com preconceito, como se fosse um adjetivo indesejável, quase um desacato. Muitos crédulos a usam nesse sentido. Nada mais distante da realidade!

A Franco-Maçonaria com seus símbolos e ritos, nos remete a um paradigma moral e nos obriga a refletir sobre a missão do Homem, enquanto membro de uma coletividade chamada Humanidade.

Uma vez interiorizados os símbolos maçônicos, teremos homens melhores, homens de bem, homens que conseguem enxergar muito mais além do que o vulgo profano, porém, não teremos místicos, mágicos, magos ou seres sobrenaturais…

No Rito Moderno isso é claríssimo, uma vez que não utilizamos nem sequer referências a idéias metafísicas ou religiosas, tão caras a outros ritos.

As lojas do Rito Moderno devem ser TRIBUNAS LIVRES DA RAZÃO, e não centros de exibicionismo vaidoso e de doutrinação pseudomística.

domingo, 24 de junho de 2012

São João

A MAÇONARIA DE SÃO JOÃO


A Maçonaria tem como Patronos os Santos: São João Batista, cujo dia se comemora em 24 de junho, mesma data em que a G.: L.: da Inglaterra foi fundada no ano de 1717 e São João Evangelista que é comemorado no dia 27 de dezembro. Sendo que estas datas coincidem com os dois solstícios anuais. Sob uma visão simbólica, os dois encontram-se num momento de transição, com o fim de um grande ano cósmico e o começo de um novo, que marca o nascimento de Jesus: um anuncia a sua vinda e o outro propaga a sua palavra (CASTELLANI, 200-?).

São João é citado no ritual pelo Ven.: Mest.: ao iniciarmos os trabalhos em loja quando pronuncia: “ Em nome do G.: A.: D.: U.: e em honra a São João, nosso Patrono, sob os auspícios do Grande Oriente de...., a Aug.: e Resp.: Loj.: Simb.: (nome da Loja), Nº...., em sessão..................................

SÃO JOÃO BATISTA São João Batista, também dito "o Precursor", era filho de Isabel, prima da Virgem Maria e, primo de Jesus. Ele ganhou o epíteto de "batista" porque, no rio Jordão, "batizava" as pessoas, derramando-lhes água sobre as cabeças, assim limpando-os espiritualmente - batismo significa banho (PINTO, 200-?).

Ele dizia que era: “A voz que clama no deserto: aplainai o caminho do Senhor” esta mesma citação aparece em: Isaias, 40,3; Mateus, 3,3; Marcos, 1,3; Lucas, 3,4 e João, 1,23 (BIBLIA, 1981; BIBLIA, 1982).

Nosso Patrono São João Batista em sua fala: “Sou a voz que clama no deserto: aplanai os caminhos do Senhor” nos remete a filosofia Maçônica de ser J.: e P.: devemos ser esta “voz” que clama no mundo P.: e que aplaina o caminho do Senhor, e para praticá-la é simples, basta demonstrar pelo “EXEMPLO”, como nos diz o senso comum “ Um gesto fala mais que mil palavras” e de nada adianta falar se não a praticarmos. Também Gandhi nos disse: “A felicidade é quando o que pensamos, o que falamos e como agimos estão em harmonia”.



SÃO JOÃO EVANGELISTA

Apóstolo de Jesus. Chamam-no de Evangelista porque, além de pregar os ensinamentos do Mestre, foi o autor do 4º Evangelho, de três epístolas e do famoso Apocalipse (PINTO,200-?)

São João Evangelista, o Apóstolo Virgem, é sem dúvida um dos maiores santos da Igreja, merecendo o título de “o discípulo a quem Jesus amava”. Junto à Cruz, recebeu do Redentor Nossa Senhora como Mãe, e com Ela — como Fonte da Sabedoria — a segurança doutrinária que lhe mereceu dos Padres da Igreja o título de "o Teólogo" (SANTOS, 200-?).

O nosso Patrono João Evangelista, também nos remete aos princípios Maçônicos, através do seu exemplo e devido a sua pureza de vida, sua amizade, inocência, virgindade e lealdade, mostrando-nos mais uma vez que devemos ser autênticos e fiéis aos nossos princípios M.: Ele também como São João Batista se mostrou perseverante no martírio e nunca perdeu a confiança no Senhor.



SOLSTÍCIOS
O homem imaginou os solstícios como aberturas opostas do céu, como portas, por onde o Sol entrava e saía, ao terminar o seu curso, em cada círculo tropical. Temos o solstício de Câncer, ou da Esperança, alusivo a São João Batista (verão no hemisfério Norte e inverno no hemisfério Sul). Enquanto que o solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento, alusivo a São João Evangelista (inverno no hemisfério Norte e verão no hemisfério Sul). (CASTELLANI, 200-?).

Entendo que uma Loja de São João encerra em si os dois aspectos básicos da iniciação, tanto o da Consciência = água = Esq.'., quanto o do Espírito = fogo = Comp.'., ("Em verdade , em verdade, te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus..." - João 3:5), sendo portanto um local de iniciação plena, onde os OObr.'. constroem o Templo traçado pelo G.'.A.'.D.'.U.' (MORAIS, 200-?).


Assim como os discípulos de Jesus Cristo eram irmãos, amigos e amigos dos amigos, encontro na M.: o mesmo princípio, ou seja, o Amor com o seu fruto: a Fraternidade, aqui representada pelos CC.'. símbolos da vida, movimentos contínuos do aperfeiçoamento evolutivo. É a própria respiração, ao inspirar o Oxigênio (novo aprendizado e entendimento) e expirar o Carbono (falhas e imperfeições), esta dinâmica implica na certeza de existir em nós a força do A.'.M.'. e a prudência do M.'.M.'. com a solidariedade do C.'.M.'. formando um ser integral e pleno, realizando a União do Filho com o Pai, e a Comunhão ou reunião dos comuns, os Irmãos com o Pai, para compreendermos e sentirmos que TUDO É UM. (MORAIS, 200-?).

Percebo agora um novo significado para o conhecido refrão: São João, São João, a(s)cende a fogueira em meu coração. (Id., 200-?).

Pois, a chama é símbolo do amor que gera a fraternidade, a chama produz a luz, que é símbolo da verdade, através da qual alcançamos a liberdade, a chama e sua luz brilham para todos, gerando a igualdade. Portanto, deduzo que, uma Loja de São João É JUSTA, simbolizada por BATISTA, quando seus obreiros andam na linha horizontal agindo corretamente, como simboliza o ESQUADRO, induzindo-os à autodisciplina que lhes proporciona a liberdade. É PERFEITA, simbolizada por EVANGELISTA, quando seus obreiros curvam-se humildemente na verticalidade, como simboliza o COMPASSO, apoiados no seu centro (coração - EU SUPERIOR) buscam a evolução consciente através do amor fraternal (fraternidade). (Id., 200-?).

O Esquadro Justo e o Compasso Perfeito entrelaçados como COMPANHEIROS, ambos SÃO JOÃO(ões) e o núcleo dessa união é a pedra fundamental do Templo Interior, a igualdade, a ser adquirida pela expansão da consciência em sua plenitude, ou seja, de forma profunda, elevada e ampla, enfim, infinita, é o todo e o tudo, símbolo do G.'.A.'.D.'.U.'. (Id., 200-?).

A nossa força é o nosso “eu” “sejamos Perfeitos como é perfeito o Pai que está no céu” (Mt,5,48) e livres e de bons costumes através do nosso próprio EXEMPLO, sem inércia, passividade, comodismo e omissão, lembrado que “ A árvore se conhece pelos frutos” (Mt, 12,33) para assim podermos contribuir para um mundo melhor.


Bibliografia
:
"A Bíblia de Jerusalém: Novo Testamento. São Paulo" - Edições Paulinas, 1981
"Bíblia Sagrada" - 40 ed. Petrópolis: Vozes; Santuário, 1982.
"Por que São João, nosso Padroeiro?" - CASTELLANI, José. Tradução de Ivo Machado dos Santos.

GRANDE ORIENTE DE MINAS GERAIS. Ritual de instruções de companheiro. [Belo Horizonte]: COMAB, 2006.
"Loja de São João"- MORAIS, Antonio Luiz.

"Por que apenas lojas de São João" - PINTO, Silva.
"São João Evangelista: o discípulo amado" - SANTOS, José Maria dos.
"João Baptista"- VERROCCHIO, Andrea Del. Taufe Christi. Florenz, 1475. "João Baptista".


SÉRGIO CRISÓSTOMO DOS REIS
M.'.M.'., ARLS Liberdade e Justiça Nº 41 (Grande Oriente de Minas Gerais) – Bom Sucesso / MG, Brasil

sábado, 23 de junho de 2012




SENHOR,

Dá-me um filho que seja bastante forte para saber o quanto é fraco e corajoso bastante para enfrentar a si mesmo quando tiver medo.

Um filho que seja orgulhoso e inflexível na derrota inevitável, mas humilde e manso na vitória.

Dá-me um filho cujo esterno não esteja onde deveria estar a espinha dorsal.

Um filho que TE conheça e que saiba conhecer-se a si mesmo, pois essa é a pedra angular do saber.

Guia-o, eu TE suplico, não pelo caminho fácil do conforto, mas sob a pressão e o aguilhão das dificuldades e dos obstáculos; para que aprenda a manter-se ereto nas tempestades, e a ter compaixão pelos malogrados.

Dá-me um filho, de coração puro e objetivos elevados; um filho que saiba dominar-se antes de procurar dominar aos outros homens.

Um filho que aprenda a rir, mas que não desaprenda de chorar.

Um filho que tenha os olhos para o futuro, mas que nunca esqueça do passado.

E, depois que lhe tiveres concedido todas estas coisas, dá-lhe, eu TE rogo, compreensão bastante para que seja sempre um homem sério, sem, contudo, levar-se muito a sério.

Que ele saiba de suas habilidades, mas não imagine ser o único capaz.

Dá-lhe Serenidade, Senhor, para que possa ter sempre em mente a simplicidade da verdadeira grandeza, a tolerância da verdadeira sabedoria, a humildade da verdadeira força.

Então, eu, seu pai, ousarei murmurar: Não vivi em vão!...


General Douglas Mac Arthur

Desafios que a Maçonaria deve vencer





Desafios que a Maçonaria deve vencer



Fábio Cyrino, M.I. 33° REAA

Harmonia e Concórdia 3522
Oriente de São Paulo (SP) – Grande Oriente do Brasil/ GOSP



 

Ao longo de sua história, a Maçonaria, não aquela das lendas e tradições românticas, de tempos imemoriais, das guildas de ofício que pretendiam manter uma reserva intelectual de mercado, mas sim a Maçonaria como Instituição, fruto de um momento social iluminista originada ao longo do final do século 17 e início do 18, sempre enfrentou oposição do chamado “mundo profano”, principalmente por seu caráter sigiloso, reservado, secreto até.

Nestes quase 300 anos de existência oficial a ser completada em 2017, a Maçonaria se deparou com fortes movimentos que pretenderam controlá-la e até mesmo suprimi-la, com a eliminação de suas estruturas, a prisão e mesmo a condenação à morte de seus integrantes. Desde a emissão da Bula In Eminenti Apostolatus Specula, por parte do papa Clemente XII, em 28 de abril de 1738, uma das primeiras tentativas de sua supressão, até os fortes ataques sofridos ao longo do século 20 por nações totalitárias, de caráter fascista, mesmo assim a Maçonaria sempre representou ao mesmo tempo um farol de conquistas sociais de Liberdade e Igualdade entre os Homens e uma ameaça aqueles que pretendiam a perpetuação de um status quo baseado no controle do Estado e da Sociedade por poucos, uma elite perversa que visava ao controle do conhecimento, aos meios de produção, às liberdades individuais.

Nestes últimos 300 anos, em suas fileiras, a Maçonaria abrigou líderes políticos, libertadores, intelectuais, filósofos, cientistas e artistas: de Saint-Martin e Washington; de Voltaire a Franklin; de Mozart e Puccini a Montaigne e Fleming. A Maçonaria sofreu e sobreviveu, sempre permanecendo imune aos ataques externos e internos à sua estrutura globalizada, em uma época em que o termo ainda nem sequer havia sido cunhado.

Nestes 300 anos, lutou-se pela Liberdade social, pelo acesso universal à instrução, pelo direito de acesso aos meios de produção, pela liberdade política, pela defesa dos Estados laicos e pela comunhão entre os povos. Lutou-se pelo fim do Absolutismo; pelo fim da Escravidão; pela eliminação das oligarquias na sociedade; pela eliminação do totalitarismo de Hitler, de Mussolini e de Franco, exemplos de Estados onde a Maçonaria foi perseguida e praticamente eliminada, com a morte de aproximadamente 400.000 maçons em campos de extermínio, conforme os registros oficiais apontam; lutou-se pelo fim da Ditadura do Proletariado nas quatro décadas após o término da Segunda Guerra Mundial e tem se lutado ainda pela supressão das injustiças sociais e econômicas.

Agora nestas primeiras décadas do século 21, a Maçonaria, de uma maneira geral, enfrenta um inimigo maior que todos aqueles que já a confrontaram: a indiferença. A indiferença por parte de seus integrantes de que não há mais batalhas a serem vencidas; a indiferença e a acomodação por parte de seus integrantes de que as grandes causas se resumem a encontros sociais e a discursos vazios desassociados da realidade prática de um mundo em transformação, um mundo que exige respostas rápidas para questões cada vez mais complexas; a indiferença por parte de seus integrantes com relação aos equívocos internos e à luta insana por um poder sem poder algum; a indiferença diante de grupos que simplesmente se esquecem dos compromissos assumidos no instante de suas iniciações.

Portanto, o maior inimigo da Maçonaria não está somente no crescimento de movimentos anti maçônicos, no crescimento de teorias de conspirações, nos ataques de grupos extremistas que tem se infiltrado dentro da Ordem, com o intuito de se valer da “proteção” de seus templos para fins menores e escusos. O maior inimigo da Maçonaria está na constituição, internamente, em nossas fileiras, de grupos de interesses particulares, na construção de uma oligarquia, de um governo de poucos, por si só perverso, com pretensões de se perpetuar no poder da Instituição, transformando-se numa autocracia ou mesmo numa plutocracia. O que se tem visto de uma forma generalizada é que os interesses maiores, os interesses sociais e culturais de grande parte da sociedade profana e maçônica, foram deixados de lado, em troca de uma política feita para se garantir regalias efêmeras e reuniões festivas sem significados maiores.

Mas quais desafios a Maçonaria deve vencer?

Antes de qualquer ação concreta, antes de se voltar à sociedade profana, a Maçonaria deve se re-inventar, não no sentido de se criar um novo padrão de atuação, mas sim de se retornar aos princípios defendidos e elaborados por aqueles que “inventaram” a Instituição; uma reformulação da “ética maçônica” com vias ao re-exame dos hábitos dos maçons e do seu caráter em geral, de modo a se evitar o desmoronamento dos pilares de sustentação da Instituição; um reexame das reais necessidades da Maçonaria, principalmente com relação àqueles que pretendem ocupar a liderança e a representação de nossa Ordem, guindando-se aos seus maiores postos, não só o mais carismático, mas também aquele que seja mais preparado do ponto de vista ético, intelectual e moral.

Necessitamos de um novo padrão de comportamento, não o comportamento vigente, voltado para a auto-promoção e a perpetuação de privilégios, mas sim um novo padrão para se vencer os desafios referentes à construção de uma sociedade profana baseada nos princípios fundamentais defendidos pela Ordem, ou seja a formação de Homens preparados para a diminuição das diferenças existentes entre as classes, não somente sob a ótica econômica, mas também do ponto de vista cultural e educacional.

O que devemos ter em mente e plenamente consciente que a Maçonaria é a Instituição onde o mundo deve se espelhar e não o contrário. Que os exemplos de valorização do Homem, da História e da Cultura que sempre foram os grandes pilares da Maçonaria iluminem o mundo de trevas profano a partir de nossas fileiras e não o oposto, pois não podemos permitir que as trevas desse mesmo mundo obscureçam as Colunas de nossa Instituição.

Devemos ser vaidosos não por aquilo que pretendemos ser, mas sim, orgulhosos por toda ação e comportamento que nos identifiquem e reconheçam como Homens preparados para transformar o Mundo.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sabedoria

Sabedoria

Escrito por A Jorge

Sabedoria, Força e Beleza são forças que estão ao alcance de todas as pessoas;
e uma associação de pessoas plenas dessas forças só pode exercer um imenso poder no mundo. Se a Maçonaria não o faz é porque parou de possuí-las.
Albert Pike


Todo o Maçom procura a Luz desde o primeiro passo nesta ordem iniciática. Que sentido teria o mistério, se Lúcifer ou Prometeu, não fosse o portador da Luz, como a Estrela de Alva, saúda no horizonte, o homem pela manhã antes de receber a luz solar. Se conhecêssemos a Luz não havia as Trevas, logo não havia desenvolvimento espiritual, não fazia sentido, não alcançávamos o que nunca nos foi posto à nossa frente para ver, observar e estudar.

O 5 é um numeral altamente cabalístico. A princípio, está diretamente relacionado à estrela de 5 pontas, simbologia da raça humana que predomina nos nossos dias, a quinta sub-raça Teutônica, da quinta raça-raiz Ariana. O Pentagrama é o modelo pelo qual nós medimos os ritos, os processos cósmicos e as nossas atitudes e ações mágicas.

O pentagrama foi sempre associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo conseqüentemente chamado de "Laço Infinito". Em tempos medievais, o "Laço Infinito" era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas.

De entre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, destaca-se o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o princípio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza, então, o andrógino.

O Pentagrama é o símbolo de toda criação mágica.

As origens estão perdidas no tempo. O pentagrama foi usado por muitos grupos de pessoas ao longo da História como símbolo de poder mágico. O Pentagrama é conhecido com a estrela do microcosmo, ou do pequeno universo, a figura do homem que domina o espírito sobre a matéria, a inteligência sobre os instintos.

O Pentagrama existe para nos lembrar a nossa integração harmoniosa no cosmos, como partes integrantes de todos os reinos da natureza: os minerais, os vegetais, os animais, os humanos e os deuses, e ele ilustram a interação criadora entre todos esses reinos. Ele corresponde ao compasso litúrgico do Maçom, com o qual são medidos os ritos, as obras e o compasso ou cadência das suas ações. O pentagrama é como se fosse cinco compassos justapostos em forma de Estrela, porque como dizia Crowley: «Todo o Homem e Toda a Mulher é uma Estrela». Ele sugere por isso, uma relação profunda entre, por um lado, os processos humanos e, por outro, os processos cósmicos, como vemos ilustrado na astrologia e na agricultura biodinâmica ao se pautar processos vitais da terra com processos estelares. O Pentagrama diz em surdina ao iniciado:

"Eu ensino-te a unir a cadência da tua vida terrestre com a cadência da terra e das estrelas".

Mas, a idéia de uma origem estelar da humanidade não teve origem crowleyniana. Já nos Mistérios Egípcios os Iniciados diziam que eram filhos da Terra e do Céu Estrelado e por isso, Agrippa representou o ser humano, nu e voando dentro dessa estrela pentagramática.

Existe um sexto princípio, não mencionado e que muitos agrupamentos ocultistas consideram imprescindível: a crença na reencarnação. Se fecharmos o pentagrama num círculo, a circunferência representará o processo reencarnatório. Então temos uma perspectiva do fenômeno da reencarnação, saltando pelo processo formativo dos cinco ângulos do pentagrama e por todos os reinos da natureza visível e invisível.

É sob o signo do pentagrama flamejante que o Companheiro inicia outra missão na augusta ordem maçônica. Nela estão representados os cinco sentidos, as cinco formas sensíveis da matéria e as cinco formas sensíveis do espírito. Cinco é a idade do Companheiro e segundo os pitagóricos o número cinco é o sinal de união, o número nupcial. A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. Ficou conhecida como "A Proporção Dourada", que ao longo da arte pós-helênica, pode ser observada nos projetos de alguns templos. É o número do centro, da harmonia e de equilíbrio. Mais tarde, o pentagrama simboliza a relação da cabeça para os quatro membros e conseqüentemente da pura essência concentrada de qualquer coisa, ou o espírito para os quatro elementos tradicionais: Terra, Água, Ar e Fogo - o Espírito representado pela quinta-essência (a "Quinta Essência" dos alquimistas e agnósticos).

Significava agora o microcosmo, símbolo do Homem Pitagórico que aparece como uma figura humana de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz; o Homem Individual. A mesma representação simbolizava o macrocosmo, o Homem Universal - dois eixos, um vertical e outro horizontal, passando por um mesmo centro. Um símbolo de ordem e de perfeição, da Verdade Divina. Portanto, "assim é em cima assim é em baixo", finalmente, mas não, o término do mistério, o símbolo da vontade divina.

O pentagrama pitagórico - que se tornou, na Europa, o de Hermes, gnóstico - não aparece apenas como um símbolo de conhecimento, mas também como um meio de conjurar e adquirir o poder.

Na Maçonaria, o homem microcósmico era associado com o Pentalpha (a estrela de cinco pontas). O símbolo era usado entrelaçado e perpendicular ao trono do mestre da loja. As propriedades e estruturas geométricas do "Laço Infinito" foram simbolicamente incorporadas aos 72 graus do Compasso - o emblema maçônico da virtude e do dever.

Nenhuma ilustração conhecida associa ao pentagrama com o mal, até ao Século XIX. Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant) ilustra o pentagrama vertical do homem microcósmico ao lado de um pentagrama invertido, com a cabeça do bode de Baphomet (figura panteísta e mágica do absoluto). Em decorrência dessa ilustração e justaposição, a figura do pentagrama, foi levada ao conceito do bem e do mal.

A Estrela flamejante será a centelha que cada um de nós possui e que desenvolve no seu Universo Interior

Além disso, representa os 5 estágios da vida do homem:
Nascimento: o início de tudo
Infância: momento onde o indivíduo cria suas próprias bases
Maturidade: fase da comunhão com as outras pessoas
Velhice: fase de reflexão, momento de maior sabedoria
Morte: tempo do término para um novo início

A Maçonaria, Ordem Universal, é constituída por homens de todas as raças e nacionalidades, acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, auxiliados por símbolos e alegorias, estudam e trabalham para o aperfeiçoamento da Sociedade Humana. É fundada no Amor Fraternal e na esperança de que, com amor a Deus, à pátria, à família e ao próximo, com tolerância e sabedoria, constante e livre investigação da Verdade, com a evolução do conhecimento humano pela filosofia, ciências e artes, sob a tríade da Liberdade, Igualdade e Fraternidade e dentro dos Princípios da Moral, da Razão e da Justiça, o mundo alcance a felicidade geral e a paz universal.

A Maçonaria além de combater a ignorância em todas as suas modalidades, constitui-se numa escola, onde nos é acesa uma luz para que possamos ver o caminho escuro e tortuoso, porque a sua chama exige tolerância para com toda forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem social;

A luz é pelo princípio da equidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras e méritos; combater o fanatismo, as paixões, o obscurantismo e os vícios. Na simbólica maçônica, o Sol encarna o espírito imutável, o ouro imaterial. Em muitos templos maçônicos, é representado no Oriente, de onde o «Mestre da Loja» dirige os trabalhos.

Os ensinamentos maçônicos orientam os seus membros a dedicar-se à felicidade dos seus semelhantes, não só porque a razão e a moral lhes impõem tal obrigação, mas também porque esse sentimento de solidariedade os faz irmãos.

Cabe a cada um de nós buscarmos a verdade.

Prancha de Autor não Identificado

Bibliografia:
Franz Bardon, Magia Prática, O caminho do adepto
Jules Boucher, A Simbólica Maçônica, Segundo as regras da simbólica esotérica e tradicional
Rizzardo da Camino, Simbolismo do Segundo Grau, Companheiro
Rizzardo da Camino, Dicionário Maçônico
Aleister Crowley, Magick, Book 4 parts I-IV
Jean Chevalier e Alain Gbeerbrant, Dicionário dos Símbolos
Pierre Riffard, Dicionário do Esoterismo
Alexandre Roob, O Museu Hermético, Alquimia & Misticismo
Helena P. Blavastsky, Síntese da Doutrina Secreta

Fonte: Loja Maçônica Mestre Afonso Domingues

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Semente e o Semeador


A Semente e o Semeador


Ad Majorem Dei Gloriam


As parábolas deixadas ou dadas por Jesus às multidões – ao povo que ouvia, via e seguia o senhor e os seus apóstolos e discípulos – transmitem uma mensagem perene cujo eco ressoa hoje em nós. Em Nós que esperamos vir a tornar-nos solo fértil onde a semente possa frutificar e dar muito fruto.

Como podemos perceber na mensagem do Evangelho, Jesus, à imagem dos profetas e mensageiros de Deus, usava uma linguagem velada perante aqueles que vinham ouvi-lo para que os mesmos pudessem meditar na mensagem que lhes deixava. Isso, porque uma mensagem velada desperta o interesse e estimula a mente. Este é um processo clássico usado até hoje nas escolas de mistérios. As chaves não são dadas a todos, mas sim àqueles que as conquistam, dado que elas abrem as portas da terra e dos céus. Iconograficamente, estas chaves são visíveis na imagem de Pedro-Sefas, o discípulo do Reino. Aquele que deveria estabelecer ou construir a parte física da Ecclesia.

As parábolas são pois a forma usada por Jesus para ensinar as multidões, ou seja todos os que têm um primeiro contacto com a sua doutrina. Elas parecem ter sido ordenadas temporalmente pelos compiladores dos evangelhos de modo a auto completarem-se durante o percurso descrito. Não é pois de estranhar que esta parábola hoje ouvida, complete a súmula doutrinária de Cristo, dada nas bem-aventuranças.

Na verdade, o Senhor mostra-nos como os humildes, os misericordiosos, os puros de coração são a terra fértil onde a semente germina e dá fruto. Fruto que sacia a fome e a sede. Que satisfazem através da sabedoria e da compreensão a Alma humana sedenta de Cristo.

A proposta dada por Jesus é clara e respeita à semente que recebemos e criamos em nós. Esta é representada pelo Ego, parte inerente ou constituinte do Ser.

Sabemos que o Ego assume diversas formas, a mais densa delas é aquela que se liga ao fomento ou ao apego ao vício. Ao vício enquanto defeito ou imperfeição vulgar repetitiva. Aquilo a que alguns chamam a corrente que leva os seres não despertos.

Mas o Ego é mais que isso. Longe da visão puramente mundana (do mundo terreno) ou profana (pró Antes ou perante + fanus/fanum – o Templo ou espaço sagrado); O Ego é a expressão do Eu. O pedaço de nós mesmos que poderá realizar-se plenamente. Ele é a verdadeira pedra ou sefas que contendo em si a dupla chave, nos poderá abrir as portas dos Reinos.

Ele é a chave que desbloqueia os pinos da nossa própria fechadura, isto é, a serpente alada que despertando pouco a pouco sobe do reino… aos céus. De Malkut a Tiphereth, abrindo assim as portas do templo de Deus (que somos nós física e subtilmente) a Cristo que é caminho, verdade e vida. Ele que É o sumo pontífice Real e divino.

Os espinhos abordados na parábola representam as formas densas, egóicas e egoístas que só se satisfazem pela auto-realização mundana e que conhecemos como sendo o amor-próprio, a nossa vontade, o nosso desejo de reconhecimento. A vontade que temos de parecer justos e rectos. Tudo isso é fantasia perante a justiça e a rectidão divina, perante o amor e a vontade do Alto. Esses desejos ou espinhos, não passam de figurações relacionadas com os príncipes deste mundo representados pelo maligno referido no Evangelho. Estes são os que asfixiam o ego, não o deixando frutificar.

E quantas vezes pensamos nós mesmos ter a capacidade de compreensão da palavra sagrada? Com certeza muitas. Essa é a figura representada pela terra rasteira onde a semente germina, mas que por falta de raízes sucumbe. As raízes são na verdade o conhecimento do real significado da Palavra, do Verbo, da Mensagem que Deus tem para nos dar. Por isso Jesus diz aos que o ouvem: “Quem tem ouvidos oiça!”

A referência a Isaías reforça este momento e mostra-nos como temos a forte tendência de distorcer a mensagem interpretando-a à nossa maneira e assim desfigurando-a.

Por isso Cristo deixa a chaves aos seus apóstolos. Aqueles que são os ditosos a quem são revelados os mistérios (de mistérium – culto secreto – de onde derivam: mister ou ofício) do Reino. Aqueles que alcançarão o domínio do Mundo do Reino e terão a vida eterna.

Aqueles que abrem os seus ouvidos, os seus olhos e o seu coração. Aqueles que procuram e encontrando batem à porta para que a mesma se abra! À voz de CRISTO que hoje, como ontem, clama nos desertos vastos de areias secas, ou seja: de almas secas e sem desejo de frutificação.

Paremos! Hoje se escutarmos em nós mesmos a voz do Senhor, não fechemos os nossos corações. Percebamos que a compreensão da Palavra divina não vem somente da nossa interpretação da mesma, mas acima de tudo pela expressão real da sabedoria a que chamamos gnose cristã, e que é o resultado da frutificação da semente. A compreensão, no seu duplo sentido de apreensão e entendimento é a colheita que conclui o processo de revelação interior. É por isso que o Verbo, quando compreendido se torna em sinal de multiplicação. De 1 para 100 ou 1 para 60 ou 1 para 30, conforme a capacidade e o percurso de cada um. A compreensão, ao nosso nível e no nosso plano, corresponde à expansão da consciência. À Luz individual que se extrapola repelindo as trevas da Ignorância, do fanatismo e da opressão enquanto liberta paz e amor.

Cristo exorta-nos! Aponta-nos o caminho e diz-nos: “Ganhai raízes! Ouvi-me e vede-me! Não como alguém que ontem viveu e morreu por cada um de vós, mas acima de tudo como alguém que ressuscitou para que vós o pudésseis fazer. Abri os vossos corações e as vossas mentes e enchei-vos do Espírito-Santo”

Respondei ao desafio. Despertai na Alma o germe frutificador que recebestes na vossa encarnação, para que um dia plenos de fruto possais dar um pouco de vós àqueles que vejais que poderão ganhar raízes, para que a mensagem perdure pelos séculos sem fim. Eis o desafio e as chaves que abrem as portas dos Reinos. Tenhamos nós mesmos a força e a capacidade de as saber usar.

Ámen

Mons. +Lusignan

Fonte:IN HOC SIGNUS Hermetic Institute