quarta-feira, 30 de abril de 2014


Ser professor
A profissão de professor anda na ribalta nos últimos tempos. Por boas e más razões. Ele é a desconsideração progressiva do papel e da importância do professor, ele é o confronto sobre a avaliação dos professores, razões de uns e de outros, ora se reconhece a importância dos professores, ora se acusa os professores de não cumprirem devidamente com o seu múnus, em generalizações de sinal contrário que, por serem generalizações, são inevitavelmente erradas, já que,como em todas as profissões, há professores excelentes, bons, medianos, fracos e péssimos.

A história de hoje que,como habitualmente, recebi por correio eletrónico, cuja autoria desconheço e que editei ao meu jeito,procura mostrar como deve ser um bom professor.Não o que nunca erra.mas o que é interessado e dedicado e procura fazer o melhor possível. Quantas vezes,fazendo a diferença!

Aquela professora, apesar de sempre ter proclamado que gostava de todos os alunos por igual, olhava para Ricardo com não muito bons olhos. Notava que ele não rendia,
não se dava bem com os colegas de turma e muitas vezes as suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia um certo prazer em dar-lhe notas baixas, ao corrigir as suas provas e trabalhos.

No início do ano letivo, a cada professor era solicitado que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações. Ela tinha deixado a ficha do Ricardo para o fim. Mas, quando finalmente a leu foi grande a sua surpresa...

Ficha do 1º ano:

“Ricardo é um menino brilhante e simpático. Os seus trabalhos estão sempre em ordem e são muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.”

Ficha do 2º ano:

“Ricardo é um aluno excelente e muito querido dos seus colegas, mas tem estado preocupado com a mãe, que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida no seu lar deve estar a ser muito difícil.”

Ficha do 3º ano:

“A morte da sua mãe foi um golpe muito duro para o Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas o seu pai não tem nenhum interesse e depressa a sua vida será prejudicada, se ninguém tomar providências para o ajudar.”

Ficha do 4º ano:

“O Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse nenhum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes adormece na sala de aula.”

A professora deu-se conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada... E lembrou-se dos lindos presentes de Natal que recebera dos alunos, com papéis coloridos, excepto o do Ricardo, que estava enrolado num papel pardo. Lembrou-se que abriu o pacote com tristeza, enquanto as outras crianças se riam ao ver que era uma pulseira à qual faltavam algumas pedras e um frasco de perfume apenas meio cheio. Apesar das piadas, ela tinha tido a presença de espírito para dizer que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. No fim do dia, Ricardo ficou um pouco mais de tempo na sala de aula do que o costume. E, já depois de todos os seus colegas terem saído, quando ele próprio se dirigia para a porta, dissera-lhe, timidamente:

- A senhora está perfumada como a minha mãe!

Passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente ao Ricardo. Com o passar do tempo, notou que o rapaz melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. No fim do ano letivo, o Ricardo foi o melhor da turma.

Seis anos depois, recebeu uma carta do Ricardo contando que havia concluído o secundário e que ela continuava a ser a melhor professora que tivera.

As notícias repetiram-se até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo, o seu antigo aluno.

Mas a história não termina aqui...

Tempos depois, recebeu convite para o casamento de Ricardo. Aceitou o convite e, no dia do casamento, usou a pulseira que recebera do Ricardo anos antes - e também o perfume.

Quando os dois se encontraram, abraçaram-se longamente e Ricardo disse-lhe ao ouvido:

- Obrigado por ter acreditado em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.
Ser professor não é só debitar matéria, avaliar e ser (ou não...) avaliado. Ser (bom) professor é fazer realmente a diferença, quando é preciso que ela seja feita.

Bom fim de semana e bom feriado!

Rui Bandeira
Rui Bandeira
 
Fonte: apartirpedra

terça-feira, 29 de abril de 2014

A Arrogância Maçônica


A Arrogância Maçônica

Quando são alvos de criticas, ou quando alguém tenta promover uma maior transparência no seio da Maçonaria, muitos maçons respondem declarando sem hesitação a sua superioridade intelectual. Quando são expostos, alguns guardam a sua postura e dignidade. Mas muitos mais respondem com ameaças, ataques de narcisismo agudos e insultos vulgares, como o demonstram muitos dos comentários de maçons ao artigo intitulado ‘Maçonaria Em Portugal, uma História de Corrupção e Conspiração‘, artigo o qual foi escolhido para revelar, através de um comentário, uma longa lista incompleta de maçons que pertencem ou pertenceram ao Grande Oriente Lusitano, lista a qual foi posteriormente revelada, desta vez completa, pelo colectivo LulzSec Portugal.
 
Um maçon que responde a criticas da população e a apelos por maior transparência e honestidade alegando a sua superioridade intelectual é como um carteirista que responde aos que o acusam de roubar alegando ter uma grande destreza e rapidez nas mãos- quão inadequada a defesa, quão culpado o arguido.
 
É precisamente o complexo de superioridade, o secretismo e a falta de transparência que fazem da Maçonaria alvo constante de desconfiança pela parte da população.
Uma ilustração representando os diferentes graus Maçónicos em duas tradições diferentes
 
O pensamento maçónico tem uma característica em particular que o distingue claramente das escolas Abraâmicas. Os profetas aceites pelos Judeus, Cristãos e Muçulmanos pregavam a humildade, o respeito pelo próximo, a tentativa de não julgar as pessoas por causa da sua aparência e posição social.
 
Em contraste, o pensamento Maçónico é inerentemente elitista, defendendo que somente uma pequena porção da sociedade merece respeito. Afirma que somente uma minoria é capaz de tomar as suas próprias decisões, sendo o resto da população como gado, cuja vida é inconsequente e cujo intelecto é limitado. Longe de ser uma crença periférica no pensamento maçónico, este profundo elitismo e a arrogância que cultiva nos membros da Maçonaria é absolutamente central aos rituais e práticas da Maçonaria assim de como muitas outras sociedades secretas.
 
A crença que defende que toda e qualquer sociedade necessita de uma classe dominante iluminada e esclarecida para salvar a população inútil da sua detestável e fútil existência é tão fundamental na filosofia maçónica que dois dos livros de filosofia maçónica mais influentes começam com afirmações que visam encalcar tais crenças nos seus iniciados.
 
Os primeiros parágrafos do ‘mestre’ Maçon de 33º grau, Albert Pike, que além de maçom era também uma figura importante do infame Ku Klux Klan, demonstram explicitamente esta falta de humildade assim como a visão de uma sociedade hierarquizada dominada por uma elite ‘iluminada’:
 
“A Força, incontrolada ou mal controlada, não é apenas desperdiçada no vazio, tal como a pólvora queimada a céu aberto e vapor não confinado pela ciência; mas, golpeando no escuro e seus golpes atingindo apenas o ar, ricocheteia e se auto atinge. É destruição e ruína. É o vulcão, o terramoto, o ciclone, não crescimento ou progresso. É Polifemo cego, batendo sem direção, precipitando-se entre as rochas pelo ímpeto de seus próprios golpes.
 
A Força cega do povo é uma Força que deve ser economizada e também controlada, como a Força cega do vapor, que levanta os poderosos braços de ferro e gira as grandes rodas, é feita para furar e tornear o canhão e para  alcançar o laço mais delicado. Precisa ser regulada pelo Intelecto.
 
O Intelecto é para as pessoas e para a Força das pessoas o que a delicada agulha da bússola é para o navio – sua alma, sempre orientando a enorme massa de madeira e ferro, e sempre apontando para o norte.
 
Para atacar as cidadelas construídas por todos os lados contra a raça humana por superstições, despotismos, preconceitos, a Força deve ter um cérebro e uma lei. Então, ela ousa conquistar resultados permanentes, e aí há progresso real. E acontecem conquistas sublimes.
 
O Pensamento é uma força e a filosofia deve ser uma energia, encontrando seu alvo e seus efeitos no aprimoramento da humanidade.
 
Os dois grandes motores são a Verdade e o Amor. Quando todas estas Forças se combinam, guiadas pelo Intelecto, reguladas pela RÉGUA do Direito e da Justiça, e com movimento e esforço combinados e sistemáticos, a grande revolução para a qual as eras se prepararam começara a marchar. O PODER da Própria Divindade está em equilíbrio com Sua SABEDORIA. Em consequência, o único resultado é a Harmonia.” (Pike, 1871: 7)
Albert Pike em traje Maçónico, ostentando o seu elevado grau
 
 
Já Manly Palmer Hall, outro ‘mestre’ maçom de 33º grau, começa igualmente o seu livro ‘Os Ensinamentos Secretos de Todas as Épocas’ defendendo posições igualmente elitistas:
 
“Quando são confrontados com um problema que requer a utilização das faculdades da razão, indivíduos de intelecto preservam a sua postura, e procuram chegar a uma solução através da obtenção de factos relativos à questão. Aqueles com uma mentalidade imatura, ao contrário, quando confrontados desta forma, ficam perplexos. Enquanto que o primeiro grupo é qualificado para resolver o enigma do seu próprio destino, o segundo tem que ser direcionado como um rebanho de ovelhas e ensinados com linguagem simples. Eles dependem quase inteiramente da ministração do pastor.
 
O apostolo Paulo disse que estes pequenotes devem ser alimentados com leite, mas que porém a carne é o alimento de homens fortes.
 
A falta de capacidade de pensamento é equivalente com a infância, enquanto que a capacidade de pensar profundamente é um símbolo de maturidade. Existem, porém, poucas mentes maduras no mundo…” (Hall, 1928: 1)
Manly Palmer Hall, um dos mais brilhantes filósofos esotéricos do século XX
 
É precisamente a falta de respeito com que os maçons vêm os não-maçons, que apelidam de ‘profanos’, que por sua vez cultiva pela parte da população uma desconfiança para com sociedades secretas elitistas. Ao estudar cuidadosamente o pensamento maçónico podemos chegar à conclusão que os iniciados são intimidados de várias formas, seja através da exposição a certas ideias e símbolos como a certos rituais que têm como objectivo vergar o iniciado perante a suposta sabedoria superior dos ‘veneráveis mestres’, ou seja, os maçons mais graduados que ocupam os graus mais altos da ordem maçónica e aos quais os iniciados estão subordinados. Neste contexto, a inseminação no iniciado da crença que os maçons mais graduados conhecem mistérios profundos aos quais só poderão aceder no futuro na condição de prestarem serviço e jurarem obediência  não têm acesso é absolutamente fundamental na preservação da hierarquia maçónica.
 
Como disse Adam Weishaupt, fundador dos Iluminados da Baviera, uma sociedade secreta que formaria uma forte aliança com a Maçonaria no Congresso de Wilhelmsbad em 1782:
 
“De todas os instrumentos que conheço para liderar homens, o mais eficiente é o mistério escondido. A tortura da mente é irresistível”. Ou seja, segundo Weishaupt a melhor maneira de assegurar a subserviência de outras pessoas é de cultivar nessas mesmas pessoas o sentimento que o líder tem na sua posse valiosos mistérios, sendo que a curiosidade que tal crença vai despertar servirá como isco para assegurar uma multidão obediente.
 
A arrogância maçónica e o elitismo que cultiva nos seus membros deve ser alvo de grande preocupação visto a tendência para que juízes e figuras políticas que supostamente representam a população sejam membros da Maçonaria. A falta de democracia advém em grande parte da falta de respeito que os governantes têm pelos governados, e nenhuma filosofia solidifica esta falta de respeito com tanta eficiência como a filosofia Maçónica.
 
Os maçons são capazes de comunicar a arrogância no seu estado mais puro. Como por exemplo o fez Luís de Matos, maçom autor de várias publicações sobre a Maçonaria, em resposta à divulgação da lista da membros da Maçonaria do blog Casa das Aranhas.
 
Afirmou, entre insultos vulgares e tentativas de descredibilizar as criticas à Maçonaria sem qualquer fundamento: “Mas a verdade, meu caro, a verdade do mundo real – não a que construiu e quer crer na sua cabeça – é que certas pessoas têm direito a ter certos privilégios. Sim, leu bem. Há pessoas que têm direto a ter certos privilégios. A estas pessoas chamam-se vencedores. Lutam pelo que acreditam e vencem. E como é assim que funciona o mundo, é natural que estes vencedores gostem de se associar, cooperar, discutir, construir, avançar e fazer avançar. Esses vencedores vão-se encontrando em muitos lugares na vida, um deles é a Maçonaria. Eles não mandam por serem Maçons. Não têm poder por serem Maçons. Mandam e têm poder por serem quem são! Vencedores”.
 
O pensamento maçónico e o complexo de superioridade que cultiva nos seus membros não só é inerentemente errado- estando no seu epicentro uma falta de respeito pela capacidade intelectual da população que em si demonstra falta de sabedoria e humildade- o elitismo maçónico fica mais obsoleto a cada dia que passa. O próprio passar do tempo condena o elitismo maçónico à irrelevância. Os avanços económicos e tecnológicos resultam numa maior complexidade social, a qual fomenta a necessidade de maior burocratização administrativa, a qual por sua vez aumenta o nível de competências práticas e teóricas que são necessárias para o desempenho adequado das funções administrativas. Mas existe uma dinâmica paradoxal no processo de evolução e de sistematização da administração e portanto dos processos de planeamento sociais: à mesma medida que os processos administrativos se complicam, mais as classes administrativas se isolam da população, cultivando as divisões sociais e económicas, aumentando o fosso entre a população de maior formação académica e a iletrada, entre o tecnocrata e o cidadão comum, entre os ricos e os pobres.
 
Ainda para mais, como menciona Carneiro (2003: 22), “O Estado-Nação, definido no século XVIII, para 80% de analfabetos, detém competências e poderes completamente diferentes do Estado-Nação ou da organização administrativa do Estado que é toda ela alfabetizada  ou na qual 30% ou 40% de cada geração completa estudos de natureza superior. Verifica-se, pois, uma alteração radical da relação entre o Estado central e os seus cidadãos na exata medida em que se constata a alteração de stock de qualificação e educação de base dessa mesma população. O Estado dirigista e intervencionista- aquele que sabe melhor do que o cidadão ignorante- está, por principio, derrotado por uma sociedade civil com altos índices de educação”.  Ou seja, os índices de educação cada vez mais elevados estão a fazer com que o elitismo da filosofia maçónica seja cada vez mais obsoleto.
 
E sobretudo, como nos lembram a Sagrada Bíblia a o Glorioso Corão, a humildade é a rainha das virtudes.
 
“Provérbios 16:19- Melhor é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos”
 
“Mateus 5:3- Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”
 
“Surat 31, Verso 18- E não vires a cara dos homens com orgulho, nem andes na terra de maneira insolente. Verdadeiramente, Deus não gosta de pessoas arrogantes que se gabam”
 
“Surat 25, Verso 63- E os escravos de Deus são aqueles que andam na terra com humildade e calma, e quando os tolos lhes falam (com más palavras) eles respondem com palavras leves e gentis”
 
João Silva Jordão
 
Bibliografia:
 
CARNEIRO, Roberto; 2003; ‘ Globalização, Governança e Cidadania’; in A’ Face Oculta da Governança- Cidadania, Administração Pública e Sociedade’ (2003); Instituto Nacional de Administração (INA), Oeiras
 
HALL, Manly Palmer; 1928; ‘Secret Teachings of All Ages- An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy’; Pacific Publishing Studio, United States
 
PIKE, Albert; 1871; ‘Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry’; Lits, Las Vegas
 
FONTE:casadasaranhas.wordpress.com

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Terras de Nhô Quinca


Candeia

 

Terras de Nhô Quinca


Parecia uma fera de encomenda.
Quando Nhô Quinca dava a sapituca,
O povo no roçado ou na poruca
Chorava que nem cana na moenda.

Posseava das terras de contenda,
Tomou terra de Adão, terra de Juca,
As terras de Donana de Minduca...
Ele queria o mundo na fazenda.

Vem um velho pedir barro de oca,
Nhô Quinca bate nele na engenhoca
E cai num tacho quente de melado.

Morreu de raiva... E o pobre do Nhô Quinca
Só teve na fazenda da Cainca
Sete palmos de terra do cerrado.

Renova-te! Alguém já disse,
E disse com precisão,
Que rotina é uma empregada
Escravizando o patrão.

- “Pão que sobra é contrabando,” –
Falou Maria Correia –
“Pedaço que está faltando
No prato da casa alheia.”

Caridade indiscutível
Evitar a tentação;
Se a gente guardasse a porta,
Não haveria ladrão.

Provérbio que o povo diz
E a vida atira nos ares:
Serás tanto mais feliz
Quanto menos desejares.

Cornélio Pires

sábado, 26 de abril de 2014

Reflexões


João Pedro
 
Quem passou a vida em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu.

Francisco Octaviano

"Sejamos em primeiro lugar bons; depois seremos felizes. Não exijamos o prêmio antes da vitória, nem o salário antes do trabalho. "
 J J ROUSSEAU

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Tristes números


Frederico Menezes

TRISTES NÚMEROS

 

Externo a dor que me invade - e sei que em muitos corações - dos tristes números que caracterizam a sociedade brasileira como altamente violenta. Noticiários inundam os lares com as cenas de agressão e assassinato. Crianças são mortas, comércios arrombados, protestos violentos. Mais de cinquenta mil vidas são ceifadas pela violência por ano. Por outro lado, um dos maiores recursos para compor uma superação da violência, a educação, patina em índices de baixa qualidade. Para termos uma idéia desse problema, hoje já se gasta  mais com pagamento de bolsa família do que com a educação. Segundo o veiculado pela imprensa semana passada, cerca de 20% a mais é gasto em pagamento da bolsa.

 

Temos ainda um longo caminho até atingir o patamar de uma sociedade madura. E essa condição nada tem a ver com sermos um país novo. Outras nações da mesma idade que a nossa já superaram o estágio de barbárie que vige em nosso meio. Volto a bater na tecla que tenho batido aqui: educação de qualidade, valorização da família como núcleo de estímulos aos valores morais, respeito às leis, combate efetivo aos desvios de conduta dos agentes públicos ou privados e espiritualização. Haveremos de esgotar esse fel de falsos valores. O esgotamento da incúria ainda exigirá angústia e sofrimento. Antes de ser uma coletividade, somos indivíduos que formam o coletivo.

 

Os problemas, em si mesmos, nascem das questões de caráter dos seres. E caráter pede aperfeiçoamento. Este, solicita moralização. Dessa forma, o "coração do mundo" que ansiamos para o Brasil se concretizará, conforme o traçado na dimensão espiritual pelo Mestre de Nazaré para o nosso país. Otimista que sou, acredito em mudanças. Venceremos. Tudo muda. A vida é dinâmica. Mudaremos.

Autor: Frederico Menezes - Maçom

Fonte: Blog de Frederico Menezes
 
Apenas para informação: Estatística do Blog O Aprendiz


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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Fácil X Difícil



Rui Bandeira
 
Fácil X Difícil



Mais um texto aparentemente ligeirinho, que recebi através do correio electrónico. Mas, meus caros, sendo ligeirinho, ligeirinho, vale a pena meditar no que nele está escrito (o que é fácil) e, sobretudo, levar à prática as nossas conclusões (o que é mais difícil).

Fácil é ocupar um lugar na agenda telefónica;

Difícil é ocupar o coração de alguém.

Fácil é julgar os erros dos outros;

Difícil é reconhecer os nossos próprios erros.

Fácil é ferir quem nos ama;

Difícil é curar essa ferida.

Fácil é perdoar aos outros;

Difícil é pedir perdão

Fácil é exibir a vitória;

Difícil é assumir a derrota com dignidade.

Fácil é sonhar todas as noites;

Difícil é lutar por um sonho.

Fácil é rezar todas as noites;

Difícil é encontrar Deus nas pequenas coisas.

Fácil é dizer que amamos;

Difícil é demonstrá-lo todos os dias.

Fácil é receber;

Difícil é dar.

Fácil é criticar os outros;

Difícil é melhorar-nos a nós mesmos;

Fácil é pensar em melhorar;

Difícil é deixar de pensar e realmente fazê-lo!

Ser maçom é partir do fácil e procurar fazer o difícil.

Rui Bandeira

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Que gente é essa?


 

 


Que gente é essa ???

Escrito por James Couto

 


É gente de conteúdo interno que transcende a compreensão medíocre, simplória.

É gente que tem idealismo na alma e no coração, que traz nos olhos a luz do amanhecer e a serenidade do ocaso. Tem os dois pés no chão da realidade.

É gente que ri, chora, se emociona com uma simples carta, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.

É gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais. Admira paisagens. Escuta o som dos ventos.

É gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternura, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si.

É gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam. Gente que semeia, colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.

É gente muito estranha os Maçons.

Gente de coração desarmado, sem ódio, sem preconceitos baratos ou picuinhas. Gente que fala com plantas e bichos. Dança na chuva e alegra-se com o sol.

Eh!! Gente estranha esses Maçons.

Falam de amor com os olhos iluminados como par de lua cheia. Gente que erra e reconhece. Gente que ao cair, se levanta, com a mesma energia das grandes marés, que vão e voltam. Apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentores suas lágrimas e sofrimentos. Amam como missão sagrada e distribuem amor com a mesma serenidade que distribuem pão. Coragem é sinônimo de vida, seguem em busca dos seus sonhos, independente das agruras do caminho.

Essa gente, vê o passado como referencial , o presente como luz e o futuro como meta.

São estranhos os Maçons!

Cultuam e estudam as Sagradas Tradições como forma de perpetuar as leis que regem o Universo, passam de geração para geração a fonte renovadora da sabedoria milenar. São fortes e valentes, e ao mesmo tempo humildes e serenos.

Com a mesma habilidade que manuseiam livros codificados de sabedoria, o fazem com panelas e artefatos. São aventureiros e ao mesmo tempo criam raízes, inventam o que precisa ser inventado. Criam e recriam. Contam contos e contam suas próprias histórias.

Falam de generosidade em exercício constante. Ajudam os necessitados com sigilo e discrição. Conduzem a pratica desinteressada e oculta da caridade e do amor ao próximo.

Interessante essa gente, esses Maçons.

Obrigam-se nas tarefas, de estudar a Arte Real, de evoluir, de amar e dividir.
Partilham da mesa do rei e de um abrigo montanhês com o mesmo sorriso enigmático de prazer e sabedoria que iluminava a face de seus ancestrais.

Degustam um pão artesanal, com a mesma satisfação que o fazem em um banquete cinco estrelas.

Amam em esteiras e em grandes suítes, desde que estejam felizes, pois ser feliz e levar felicidade, é sempre a única condição dessa gente estranha.

É gente que compra briga pela criança abandonada, pelo velho carente pelo homem miserável, pela falta de respeito humano.

É gente que fica horas olhando as estrelas, tentando decifrar seus mistérios, e sempre conseguem.

Agradecem pelas oportunidades que a vida lhes dá. Aliás, essa gente estranha agradece por tudo, até pela dor, que tratam como experiência.

Se reúnem em Escolas Iniciáticas que chamam de Lojas, para mutuamente se bastarem, se protegerem, se resguardarem, para resgatar valores, e estudar muito.

Interessantes são os Maçons.

Mas interessante mesmo é a fé que os mantém vivificados ao longo de tantos anos.

Abençoada essa estranha gente.

É dessa estranha gente, que o Grande Arquiteto dos Universos precisa para o terceiro milênio.

É à essa estranha gente, de que sou parte, que desejo DE TODO MEU CORAÇÃO, as mais ardorosas congratulações.

Que o Irmão Maior, de lá do Eterno Cosmo à todos derrame uma dose extraordinária de Luz, para que essa estranha gente de que fazemos parte, a possa refletir pelo mundo e assim levar a benção à todas as gentes... estranhas ou não.

FELIZ DIA DO MAÇOM!

FRATERNALMENTE,

Ir:. Luiz Mangano

Fonte: In Blog "Blog da Maçonaria" - texto de James Francisco Mendonça Couto