terça-feira, 31 de janeiro de 2012

“Quero ser maçom para ficar rico”


“Quero ser maçom para ficar rico”

Ouvi essa frase de um colega de cursinho. Engraçado como muita gente realmente acredita nisso. Também acreditam que maçons adoram o diabo, representado pela figura de um bode gigante com três metros de altura. Juro que nunca vi nenhuma bode vermelho na maçonaria.

Naquela época de cursinho, eu não tinha aquela vontade incontrolável de ser maçom do meu colega. Tinha alguns tios que eram, achava legal, gostaria de ser aceito na ordem, mas não a ponto de ser uma prioridade. A vida dá voltas e eis que, no final de 2008, depois de me mudar pra outro estado, fui iniciado. (Este é o termo utilizado quando alguém entra para a maçonaria.)

Este texto poderia ser muito mais longo, mas não tenho intenção de escrever um tratado sobre a maçonaria. Quem quiser se aprofundar no tema pode visitar o site do Grande Oriente do Brasil e obter informações mais detalhadas. O objetivo do meu texto é dar algumas informações aos que têm interesse em ser iniciados em nossa ordem.


O bode e eu devemos ter nos desencontrado,
pois nunca o vi em nenhuma reunião!






 
Maçonaria: não secreta mas discreta

Primeiro, e mais importante: se quer se tornar maçom para ficar rico, desista. Em menos de um ano, ficará frustrado por não ter conseguido e, literalmente, pedirá pra sair. Poupe você mesmo e várias outras pessoas do trabalho que terão em seu processo de admissão. Muito trabalho, diga-se de passagem.

Ao contrário do que se fala, a maçonaria não é secreta, mas discreta. No Brasil, suas lojas têm CNPJ, conta em banco, diretoria registrada em cartório. Só não ficamos contando pra todo mundo que somos maçons porque os verdadeiros irmãos não tentam obter qualquer vantagem pessoal espalhando que fazem parte da maçonaria.

Quando há tiranos no poder, a tendência é que a maçonaria seja temida e perseguida. Somente nesse caso a ordem passa a ser secreta. Aconteceu há séculos e há relatos de que hoje, em pleno século XXI, um ditador proibiu o funcionamento de lojas maçônicas em seu país e vem executando maçons que têm se reunido em segredo. Esse temor existe porque a maçonaria combate a ignorância, a superstição, o fanatismo, o orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação e os privilégios.

Os maçons e o Grande Arquiteto do Universo

Para desespero dos religiosos fanáticos, maçonaria não é religião. O que deixa esse pessoal indignado é que, em uma loja maçônica, é possível ver um judeu ortodoxo e um muçulmano se reconhecendo como irmãos. O mesmo vale para todas as religiões. É nessa hora que surgem as baboseiras: “não se pode servir a dois senhores”, “eu sirvo a Deus em minha igreja, a maçonaria serve ao demônio”, “onde tem espírita não tem Deus” – substitua o “espírita” por qualquer outra religião, o resultado é o mesmo.

No entanto, a maçonaria é religiosa. Para ser iniciado, é requisito básico acreditar em um princípio criador. Pode professar qualquer religião, ser agnóstico ou deísta. Só não pode ser ateu. O princípio criador recebe o nome de Grande Arquiteto do Universo.

Outro mito é a obrigatoriedade de abandonar sua religião para ser aceito na ordem. Eu conheço um rabino, médiuns espíritas, umbandistas e católicos fervorosos que são maçons. Há relatos de padres e pastores que foram iniciados e continuaram suas atividades. Infelizmente há, por outro lado, irmãos que são convidados a não freqüentar a igreja quando o sacerdote descobre que são maçons. Também há casos de irmãos que deixam a ordem quando o sacerdote diz que não serão mais bem-vindos na igreja enquanto forem maçons.



Cavalgando o bode: muitos tentam, poucos são escolhidos.












O que se ganha na maçonaria?

Basicamente, autoconhecimento e auto-aperfeiçoamento.

Associei muitos textos do Gustavo Gitti (que não tem ligação alguma com a maçonaria) ao que aprendo na loja; me fazem filosofar. Se você ler textos como os do Gustavo e não tirar nada de útil, sinto muito, companheiro, você não absorverá nada da maçonaria. O Gustavo mete o dedo com sal na ferida; a maçonaria traz seus ensinamentos por meio de símbolos e alegorias. Quem não entende o recado quando é dado diretamente não vai entender o que está nas entrelinhas, sacou?

Claro que é possível melhorar sem ser iniciado e sem precisar se indispor com o padre ou pastor de sua igreja. Mas, para alguns turrões como eu, conseguir isso sozinho é impossível.

O sistema de ensino é bastante eficiente e a maçonaria me ajudou a ser um homem melhor.

E você, sim, se quiser entrar de verdade na ordem, terá que estudar muito.

Cuidado com o “conto do maçom”

Um alerta importante: não caia nas armadilhas da internet.

Vários sites oferecem ingresso na ordem. Pedem pra você preencher um cadastro e dizem que um Mestre Maçom entrará em contato com você. Depois, contam uma historinha e pedem pra você depositar uma quantia, normalmente alta, pra cobrir as “despesas de Iniciação”.

Isso é balela, acredite.



Como se tornar maçom

É muito simples: seja você mesmo, arrume sua cama, jogue seu lixo no lixo, dê um bom dia sincero à tia da limpeza, esqueça os cumprimentos automáticos que você nem percebe mais. Seja honesto e faça bem seu trabalho. Como um irmão me disse antes de minha iniciação,

“cuide bem do seu presente para que seu passado seja ilibado”.

A chance de você conviver com um maçom e não saber é bem grande. Se um irmão perceber em você as características ideais para ser um bom maçom, você será convidado, não se preocupe.

E, se não for, criando esses pequenos hábitos você já começa a se tornar uma pessoa melhor.

Autor Anônimo

Identificação coletiva e anônima, usada por autores ou leitores PapodeHomem que querem escrever artigos ou contar suas histórias sem abrir mão do sigilo



 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

ENQUANTO TEMOS TEMPO


ENQUANTO TEMOS TEMPO

“... Enquanto temos tempo, façamos bem a todos...” – Paulo.(Gálatas, 6:10).

Às vezes, o ambiente surge tão perturbado que o único meio de auxiliar é fazer silêncio com a luz íntima da prece.

Em muitas circunstâncias, o companheiro se mostra sob o domínio de enganos tão extensos que a forma de ajuda-lo é esperar que a vida lhe renove o campo do espírito.

Aparecem ocasiões em que determinado acontecimento surge tão deturpado que não dispomos de outro recurso senão contemporizar com a dificuldade, aguardando melhores dias para o trabalho esclarecedor.

Repontam males na estrada com tanta força de expansão que, em muitos casos, não há remédio senão entregar os que se acumpliciam com eles às conseqüências deploráveis que se lhes fazem seguidas.

Entretanto, as ocasiões de construir o bem se destacam às dezenas, nas horas do dia-a-dia.

Uma indicação prestada com paciência...

Uma palavra que inspire bom ânimo...

Um gesto que dissipe a tristeza...

Um favor que renova a aflição...

Analisemos a trilha cotidiana.

A paz e o concurso fraterno, a explicação e o contentamento são obras morais que pedem serviço edificante como as realizações da esfera física.

Ergue-se a casa, elemento a elemento.

Constrói-se a oportunidade para a vitória do bem, esforço a esforço.

E, tanto numa quanto noutra, a diligência é indispensável.

Não vale esperança com inércia.

O tijolo serve na obra, mas nossas mãos devem buscá-lo.
 
Emmanuel

domingo, 29 de janeiro de 2012

A eterna Primavera de Cecília Meireles


Cecília Meireles



A eterna Primavera de Cecília Meireles




Neste mês, as cigarras cantam

e os trovões caminham por cima da terra,

agarrados ao sol.

Neste mês, ao cair da tarde, a chuva corre pelas montanhas,

e depois a noite é mais clara,

e o canto dos grilos faz palpitar o cheiro molhado do chão.



Mas tudo é inútil,

porque os teus ouvidos estão como conchas vazias,

e a tua narina imóvel

não recebe mais notícia

do mundo que circula no vento.

Neste mês, sobre as frutas maduras, o beijo áspero das vespas

- e o arrulho dos pássaros encrespa a sombra,

como água que borbulha.



Neste mês, abrem-se os cravos de perfume profundo e obscuro;

a areia queima, branca e seca,
junto ao mar lampejante

de cada fronte desce uma lágrima de calor.





Mas tudo é inútil,

porque estas encostada à terra fresca,

e os teus olhos não buscam mais lugares

nesta paisagem luminosa,

e as tuas mãos não se arredondam já

para a colheita nem para a carícia.


Neste mês, começa o ano, de novo,

e eu queria abraçar-te.

Mas tudo é inútil:

eu e tu sabemos que é inútil que o ano comece.




Escuto a chuva batendo nas folhas, pingo a pingo.

Mas há um caminho de sol entre as nuvens escuras.

E as cigarras sobre as resinas continuam cantando.

Tu percorrerias o céu com teus olhos nevoentos,

e calcularias o sol de amanhã,

e a sorte oculta de cada planta.


e entre o veludo da vinha, verias armar-se o cristal dos bagos.

E amanhã descerias toda coberta de branco,

brilharias à luz como o sal e a cânfora,

tomarias na mão os frutos do limoeiro, tão verdes

E olharias o sol subindo ao céu com asas de fogo.




Tuas mãos e a terra secariam bruscamente.

Em teu rosto, como no chão,

haveria flores vermelhas abertas.

Dentro do teu coração, porém, estavam as fontes frescas, sussurrando.

E os canteiros viam-te passar...



Cecília Meireles

sábado, 28 de janeiro de 2012

Maledicência - Não fales mal de ninguém.

Huberto Rohden




Maledicência - Não fales mal de ninguém.
Huberto Rohden

Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.

Qual a razão última dessa mania de maledicência?

É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.

Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.

A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.

Esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.

São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.

Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.

Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros.

Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.

As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência.

Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor – algoparecido com whisky, gin ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.

A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.

Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras.

Fala-se muito por falar, para "matar tempo". A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.

Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.

Falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano.

Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões, enceguecidas, que se atiraram sobre outras nações, transformando-as em ruínas.

Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra.

Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel.

Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. São enfermos em demorado processo de reajuste.

Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.

Pense nisso!

Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas.

Evitemos a censura.

A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno.

Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente.

Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.

Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.

Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, "a boca fala do que está cheio o coração".

(Texto extraído do livro "A Essência da Amizade" – Huberto Rohden* – Editora Martin Claret).





sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Filtro da Loja


O Filtro da Loja



É esse o segredo da vida dotada de força. Apenas com a inteligência não se pode ser um ser moral, nem fazer política. A razão não basta, as coisas decisivas passam-se para além dela. Os homens que fizeram grandes coisas amaram sempre a música, a poesia, a forma, a disciplina, a religião e a nobreza. Iria mesmo ao ponto de afirmar que só as pessoas que assim procedem conhecem a felicidade! São esses os chamados imponderáveis que dão o cunho próprio ao senhor, ao homem; aquilo que ainda vibra na admiração do povo pelos atores é um resto incompreendido disso.



“A quem muito se deu, dele muito se exigirá; e a quem muito se entregar, muito se lhe pedirá.”

Um templo maçônico é construído, unindo-se tijolo a tijolo com a argamassa reparada pelo pedreiro, que assim levanta suas paredes e verifica a sua perfeição com o auxílio do Prumo e do Nível, tornando a aparência rude em lisa com a Trolha, utilizada para estender o reboco e cobrir todas as irregularidades, para anunciar que está tudo correto, proclamando: tudo está justo e perfeito, fazendo parecer o edifício como formado por um único bloco e por isso, a Trolha pode ser considerada como um emblema de tolerância e indulgência com que todo Maçom deve dissimular as faltas e defeitos de seus Irmãos.

Porém é o mestre quem diz que sua obra está perfeita. Dentro deste templo construímos uma Loja. Uma Loja é construída com a energia dos Irmãos, ela encerra todas as virtudes dos seus membros, mas também todos os seus vícios. Se permitirmos que as virtudes prevaleçam, ela se enche de brilho e reflete em seus criadores a aura de felicidade, de paz, de harmonia, de satisfação, de bem estar físico e espiritual.

Vício é o hábito mau, oposto à virtude, que é o hábito bom. Vício é tudo quanto se opõe à natureza humana e que é contrário à ordem da razão; um hábito profundamente arraigado, que determina no indivíduo um desejo quase doentio de alguma coisa, que é ou pode ser nocivo. É tudo o que é defeituoso, o que se desvia do bom caminho. Sendo coisas extremas, os vícios estão em oposição não só com a virtude, senão também entre si; as virtudes, pelo contrário, concordam sempre entre si.

Quando permitirmos que os vícios, os erros, o egoísmo, o individualismo, dominem, isso nos devolve a sensação de opressão, angústia, desânimo, desilusão.

Mas quem é o filtro que se coloca diante de nossos defeitos de modo a não permitir que eles se amplifiquem dentro do templo e transformem a Loja?

Quem é que amplia nossas qualidades, tornando os trabalhos justos e perfeitos?

Quem é que com suas críticas ajuda Loja a crescer?

Quem é que com seus elogios nos enche de orgulho, mas nos alerta que nas Lojas Maçônicas, os ótimos são apenas bons?

Quem é que diante de nossas divergências nos lembra que os motivos que nos unem são maiores do que aqueles que nos separam?

É o Venerável Mestre, este Irmão que no decorrer de sua administração, deve saber filtrar as queixas, saber amplificar as qualidades; que se cala como um sábio para evitar desavenças, fala como profeta aos que sabem ouvi-lo.

Juiz por Instalação… Salomão por mérito, manifestação de respeito, fidelidade, subordinação e digno de reverência.

O peso que exerce o Venerável Mestre na administração da Loja, é decisivo. Ele é o que suas ações exemplificam.

Em Maçonaria, como em qualquer outra instituição humana, são comuns as homenagens a Maçons que se distinguem por seus méritos; essas homenagens, todavia, devem ser prestadas com parcimônia e recebidas com humildade; a parcimônia, para que elas não se transformem em moeda vil, em balcão de comendas; a humildade, para que o homenageado tenha em mente que o dever está acima das galas momentâneas.

O que se espera do dirigente:

O Venerável Mestre não é apenas um condutor de reuniões. (Se bem que de cada reunião deva nascer o encaminhamento para a solução dos problemas propostos. Se uma reunião for estéril e o seu resultado ineficaz, estarão comprometidas e desacreditadas as reuniões seguintes). Sem sombra de dúvidas, podemos afirmar que o Veneralato éuma investidura que impõe ao Maçom importante e sérias responsabilidades, cuja incumbência deve ser efetuada com galhardia, zelo e satisfação, ainda que sejam as tarefas difíceis e a jornada árdua. É, pois, um sacerdócio e uma magistratura à altura do Rei Salomão.

Lembremo-nos que todo o Maçom possui um compromisso com o futuro da Ordem e deve ter facilitado os meios de participar das atividades da Loja. Cada um a seu nível, dentro de suas condições e capacidade, mas é tarefa do Venerável orientar, coordenar e comandar ( = mandar com ), cabendo-lhe a execução e o esforço em procurar todos os recursos para:

1. Buscar a satisfação dos IIr.·., de suas atividades ritualísticas, filosóficas e sociais;
2. Manter e melhorar o desempenho da Oficina, funcionando de modo pleno, inteiramente voltada para cumprimento do programa estabelecido pela Constituição e Regulamento Geral;
3. Procurar sempre fazer mais e melhor, capacitando a Oficina para:
- que haja vida, trabalho, ação e comunhão de idéias com seus Irmãos;
- manter os Irmãos unidos e integrados para que se completem e complementem as partes, ouvindo todos e procurando concordância de idéias, de opiniões, num trabalho conjunto, harmonioso e produtivo de todos os Irmãos.
4. Estimular a participação, o raciocínio e a reflexão de todos os Obreiros, inclusive dos Companheiros e Aprendizes, nas tarefas que executam. Dando-lhes objetivos e solicitando-lhes o auxílio, ganhando com isso benefícios de toda ordem. Todos os Irmãos devem pensar, questionar, raciocinar e procurar os meios de otimização das atividades. É privilégio do Venerável elogiá-los por isso, ou cobrar-lhes atuação e maior empenho.

Diversos são os caminhos para se fazer alguma coisa:

Em que pareça o sistema gerencial da Loja Maçônica ser um conjunto de elementos, materiais ou ideais, nitidamente participativos, entre os quais se possa encontrar ou definir alguma relação, os Obreiros de uma maneira geral reagem à participação. Daí, os atributos e qualificações que o Venerável Mestre deve ser naturalmente dotado para vencer o primeiro obstáculo de sua administração, que é a incapacidade natural que o homem tem para conseguir e obter compreensão, cooperação e auxílio dos outros.

Sempre existirão diferentes formas de se compreender e solucionar um problema ou melhorar alguma coisa. É preciso buscar a solução que satisfaça aos objetivos fixados, às necessidades do momento e a opinião sensata dos Mestres e da maioria dos envolvidos. Cooperar, trabalhando para que todos sejam beneficiados; com o cuidado para não enveredar pelo caminho do individualismo – valorizando as qualidades peculiares – suas e também dos ouros, lembrando, porém, que não é ele, por “estar” Venerável Mestre, o valor mais elevado, mas sim, que juntos os atributos e conhecimentos que habilitam alguém a desempenhar essa honrosa função, adquirem mais forças.

Ao Venerável Mestre cabe continuar servindo, direcionando a ação e fomentando a cooperação entre todos, porque seu papel é interpretar os fatos e tomar as decisões mais eficazes. Com seu exemplo, outros, em igualdade de condições farão o mesmo. Assim teremos melhores dirigentes, e conseqüentemente, uma Maçonaria mais em concordância com seus fundamentos originais.

Rogamos, humildemente, a bênção divina para que um dia, em isso acontecendo, daremos como alcançado, o nosso intento.
Permita Senhor do Universo, a realização dos sonhos que acalentamos!

Valdemar Sansão – M.’.M.’.

Originalmente publicado no blog MS Maçom em 28 de maio de 2010.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Construir maçonaria…


Paulo Freire nos alerta que o ato de ler antecipa e se alonga na inteligência do mundo.
Se não enveredarmos nesta perspectiva, correremos o risco de travar a cognição.
E ela acontece numa série de relações.












Construir maçonaria…


Precisamos fazer e construir maçonaria. Para tanto, é necessário falar sobre e da maçonaria. Parece difícil, mas é possível, é só querer..

A sublimação da maçonaria se estende pelos meandros da necessidade individual com proselitismos açambarcados pela vaidade. No mundo cristão, a diversidades de rótulos e procedimentos, desde os adoradores aos mais tementes de um deus criado à própria conveniência, descortinam-se em curto prazo, cruéis rivalidades fundamentalistas.

E, não pensem os diletos irmãos estarmos livres de uma estreita correlação ao fenômeno, pois, a maçonaria abraçou este movimento com características próprias. Talvez pela extravagância, não estamos em condições mais desagradáveis, apesar das partições vinculadas, exclusivamente, à fome do poder, ansiedade indomável elaborada pela farda proporcionada pelos poderes ilusórios. Ilusórios, mas que satisfazem um desejo incontido de realização do próprio ego.

Ao se permitirem a pluralidade de ritos, não se pensou na displasia e suas conseqüências quando, como se já não bastassem os aventais lantejoulados, ainda a absurda procura do rito melhor, mais religioso, puro, prático, tudo que se possa imaginar para diferenciar e julgar quem é mais quem. Quem é o mais belo.

Ao invés de se procurar a consolidação, o fortalecimento, procura-se o mais prático sem levar em conta que nem sempre, o prático é o correto. Já somos possuídos pelo terror incauto do tratamento “irmão”, quando surgem os que agregam o título “amado”, isto é, a hipocrisia fomentadora da falência dos princípios que, pelo menos, deveriam predominar na instituição. Sem falar na maratona dos graus.

Não nos damos conta porque a vaidade é dominadora absoluta obrigando o maçom pensar com o estômago e o cérebro, uma caixa de comandos. Como evidencia Frei Betto, passamos a desconhecer o que seja a alteridade, isto é, “ser capaz de apreender o outro na plenitude da sua dignidade, dos seus direitos e, sobretudo, da sua diferença. Quanto menos alteridade existe nas relações pessoais e sociais, mais conflitos ocorrem.”

A maçonaria dissociou-se da realidade, não mais interessa transpor as paredes de um templo porque ali há satisfação de poder, luxúria e vaidade. São comensais de frases feitas que satisfazem egos personalizados pelo narcisismo.

Houvera-me preconizado um ideal em minha iniciação, em 1977, que “ao Aprendiz Maçom, foi deflagrada não uma batalha, mas uma nova forma de comportamento, através da virtude de que nada mais é, o galgar passos cultivando a arte, que o levará de um caos inicial, ao conhecimento profundo do significado de sua existência, ao amor, à paz e ao estágio de um homem de bem, combatendo a ignorância, a tirania, os preconceitos e os erros.”
Mas o maçom parece desconhecer o que se passa no coração. Individualizou-se, oportunizou-se às conveniências de seu campo de domínio. Suas ações parecem desconhecer o triunvirato do comportamento ideal em um meio, quando a censura ética obriga, antes de qualquer ação, perguntar-se a si mesmo diante de uma triangulação perfeita, ou seja, em cada vértice, as expressões: eu quero ( ! ? ) – eu posso ( ! ? ) – eu devo ( ! ? ).

Provavelmente fácil seria quando, assim pincelando na última crônica de Frei Betto: “Todos os místicos, de Pitágoras a Buda, de Plotino a João da Cruz, de Teresa de Ávila a Thomas Merton, buscaram ansiosamente isto que uma pessoa apaixonada bem conhece: experimentar o coração ser ocupado por um Outro que o incendeie e arrebate. Esta é a mais promissora das “viagens”. E tem nome: amor.”

Pedro Moacyr Mendes de Campos
Florianópolis, SC
Ms Maçom, 28/10/2011



Fonte: BLOG.MSMACOM.COM.BR



quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

SERVIÇO E INVEJA



SERVIÇO E INVEJA



“... A caridade não é invejosa...” – Paulo (I CORÍNTIOS, 13:4.)






Muitos companheiros asseveram a disposição de ajudar, em nome da caridade; entretanto, para isso, exigem os recursos que pertencem aos outros.


Querem amparar os necessitados...


Mas dizem aguardar vencimento igual ao do colega que lhes tomou a frente na organização de trabalho.


Declaram-se inclinados ao socorro de meninos desprotegidos...


Alegam, todavia, que apenas assumirão a iniciativa quando possuírem casa semelhante à do amigo mais próspero.


Afirmam-se desejosos de colaborar na construção da fé, amando e esclarecendo a quem sofre...


Interpõem, no entanto, a condição de desfrutarem a autoridade dos irmãos que se encarregam dessa ou daquela instituição, antes deles.


Expõem a intenção de escrever, na difusão da luz espiritual...


Contudo, somente entrarão em atividade quando dispuserem da competência de quantos já despenderam larga parte da vida, na estruturação da palavra escrita.


Se aspiras a servir ao bem, não te detenhas na cobiça expectante, a pedir que a possibilidade dos outros te passe às mãos.

A caridade não é invejosa.


Emmanuel / Chico Xavier / Palavras de Vida Eterna

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Fugir a Morte não é Difícil!

Charles Evaldo Boller

Fugir a Morte não é Difícil!



Charles Evaldo Boller

Sinopse: Considerações e especulações a respeito da morte. O significado da morte para o maçom.

Na explicação da morte pode-se encontrar razão em dois lados. É claro que não existe vida depois da morte, ao menos não da maneira como a nossa realidade atual concebe. A morte sempre é trágica, choca a qualquer um, é uma separação dolorosa, porém, adormecer na morte é comum a qualquer ser vivente. A boa explicação deste fato está nas palavras de Sócrates, que pouco antes de sua morte teria dito: "Fugir a morte não é difícil. Bem mais difícil é fugir a maldade, pois mais célere que a morte é a malvadez. Temer a morte é acreditar ser sábio e não sê-lo, posto que seja acreditar saber aquilo que não se sabe. Além do que, ela só pode significar: ou aquele que morre é reduzido ao nada, como uma longa noite de sono sem sonhos ou é a passagem daqui para outro lugar, e, se é verdade, como se diz, que todos os mortos aí se reúne; pode-se imaginar maior bem? Mas eis a hora de partirmos, eu para a morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo, ninguém sabe, exceto o Deus".

O egípcio já desenvolvera uma noção de vida após a morte evidentes nas sepulturas neolíticas, em Tasa, Médio-Egito. Esta vida seria uma imitação da vida material que a mente humana tenta perpetuar. A ideia é evidente pela maneira como os mortos eram enterrados e pelos utensílios que o acompanham. Estes rituais antigos demonstram a preocupação do homem para explicar as mais intrigantes perguntas a serem dadas paras questões do por que e para que estamos aqui.

Na bíblia judaico-cristã encontra-se o seguinte: "os vivos ao menos sabem que vão morrer, enquanto os mortos não sabem nada, nem recebem salário, pois sua lembrança cai no esquecimento. Acabaram-se seus amores, ódios e paixões, e jamais tomarão parte no que se faz debaixo do sol"; "desfruta a vida com a mulher que amas, todos os dias que dure a tua vida fugaz que Ele te concedeu debaixo do sol, os anos todos de tua vida efêmera; pois essa é tua porção na vida e no trabalho com que afadigas debaixo do sol"; "tudo o que está ao teu alcance faze-o com esmero, pois não se trabalha nem se planeja, não há conhecer nem saber no xeol (sepultura) para onde vais.", Eclesiastes 9:5-10; "disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida." Quem crê em mim, ainda que morra, viverá". João 11:25.

A ansiedade, resultante da consciência da morte, faz o homem preocupar-se com o que pode acontecer após a morte. A crença na imortalidade, na vida depois da morte bem ilustra o quanto o homem se recusa a encarar o fim, ansiando por uma oportunidade eterna de vida. Esta é a razão que desde os primórdios da civilização humana exista preocupação de buscar abrigo na fé religiosa para aplacar este medo do desconhecido. Karl Jaspers disse que "existe algo em nós que não se pode crer suscetível de destruição".

Farias Brito afirmou que "se o espírito é a 'coisa em si' e o ser verdadeiro de todas as coisas, logo se compreende que não será possível chegar a legitima interpretação do verdadeiro sentido da existência, senão pela noção do espírito", então, a felicidade está no reconhecimento da própria realidade espiritual. Mas reconheceu que esta é uma tarefa árdua e considerou que liberdade e felicidade não é uma dádiva da natureza, mas uma conquista individual resultante do conhecimento próprio onde "cada um é a todo o momento criação de si mesmo". E considerou que "para descobrir a alma, o único meio eficaz consiste em interrogar a consciência, na qual existe o símbolo vivo da existência verdadeira. Procurar a alma fora da consciência é negá-la, e em verdade a alma só pode ser encontrada no fundo da consciência".

Existem duas maneiras de abordar a questão - E ambas estão corretas:

1. A morte é o fim, o vazio, o sono eterno - Esta é a visão do homem material.

2. Existe transcendência para um plano espiritual, que a alma passa para um nível diferente e desconhecido - É a visão do homem espiritualista.

Qual das duas visões é a menos dolorosa? Certamente é o exemplificado pelos antigos rituais de sepultamento dos mortos, onde a morte era associada com a crença numa vida após a morte; isto trás alento ao sofrimento daquele que remanesce vivo. Sem a visão espiritualista o homem não é completo, pois sofre muito mais com a realidade da morte que o acometerá ao final de sua existência.

Na Maçonaria, fugir a morte não é difícil, pois lá se procura desenvolver o homem espiritual que existe dentro de cada um, isto torna as coisas mais fáceis, mais doces, leva o indivíduo a tornar-se mais tenro, tolerante e maleável. A cada iniciação o maçom morre simbolicamente para uma situação anterior, de modo que possa viver uma nova vida num nível mais elevado dali em diante. É o treinamento para aceitar a morte como algo natural e deduzir desta experiência a importância de aprender a morrer bem para viver sempre melhor. Tal desenvolvimento afasta do costume de escamotear a morte, em resultado da dificuldade que sente em lidar com ela, e aproxima mais da possibilidade de incrementar a capacidade do maçom de lidar com a vida, ajudando-o a discernir se a sua vida é, ou não, autêntica.

Bibliografia:

1. BENOÎT, Pierre; VAUX, Roland de, A Bíblia de Jerusalém, título original: La Sainte Bible, tradução: Samuel Martins Barbosa, primeira edição, Edições Paulinas, 1663 páginas, São Paulo, 1973;

2. COSTA, Cristina, Sociologia, Introdução à Ciência da Sociedade, ISBN 85-16-04810-1, terceira edição, Editora Moderna Ltda., 416 páginas, São Paulo, 2005;

3. DURANT, Will, A História da Filosofia, tradução: Luiz Carlos do Nascimento Silva, ISBN 85-351-0695-2, primeira edição, Editora Nova Cultural Ltda., 480 páginas, Rio de Janeiro, 1926;

4. MARTINS, Maria Helena Pires; ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, Temas de Filosofia, ISBN 85-16-02110-6, primeira edição, Editora Moderna Ltda., 256 páginas, São Paulo, 1998;

5. PLATÃO, Defesa de Sócrates, Platão, Xenofonte, Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates, Coleção os Pensadores, tradução: Gilda Maria Reale Starzynski, Jaime Bruna, Líbero Rangel de Andrade, primeira edição, Victor Civita, 230 páginas, São Paulo, 1972.

Nota:

1. Seol é a transliteração comum para o português da palavra hebraica she'óhl, usada em várias traduções da Bíblia. Existem diversas explicações para o significado da palavra hebraica she'óhl mas é provável que a palavra seja uma derivação do verbo hebraico sha'ál, que significa "pedir; solicitar". Uma análise imparcial e abrangente de todas as ocorrências da palavra "Seol" ou "Hades", incluindo o contexto em que surgem, revela que estão sempre associadas com a morte e os mortos, não com a vida e os vivos. Essas palavras, intrinsecamente, não contêm nenhuma ideia ou sugestão de prazer ou de dor. Em todos os lugares em que Seol ocorre na Bíblia este nunca é associado com vida, atividade ou tormento. Antes, frequentemente é relacionado com a morte e inatividade. A palavra latina correspondente a Seol ou Hades é inférnus (às vezes ínferus). Esta palavra significa "o que jaz por baixo; a região inferior", e se aplica bem ao domínio da sepultura. Ela é assim uma apta aproximação dos termos grego e hebraico, não no significado que a palavra portuguesa inferno veio a ter no imaginário popular, como um lugar de tormento ardente, mas sim como a condição dos que estão mortos. "Seol" ou "Hades" ou "Inferno" refere-se, portanto, a algo muito mais abrangente do que um túmulo individual ou até mesmo uma grande sepultura coletiva. Por exemplo, Isaías 5:14 diz que o Seol "escancarou a sua boca além de medida". Embora o Seol já tenha engolido, por assim dizer, um incontável número de mortos, parece que sempre anseia mais, conforme Provérbios 30:15, 16. Ao contrário de qualquer cova ou túmulo, que pode receber apenas um número limitado de mortos, "o Seol não se farta", conforme Provérbios 27:20. Este contexto dá a entender que o Seol nunca fica cheio ou que não tem limites. Portanto, Seol ou Hades não é um lugar literal num local específico. Depreende-se que é a sepultura comum ou geral da humanidade, o lugar figurativo onde se encontra a maioria dos humanos falecidos.

Biografia:

1. Farias Brito ou Raimundo de Farias Brito, advogado, escritor, filósofo e político brasileiro. Nasceu em São Benedito, Ceará em 24 de julho de 1862. Faleceu em Rio de Janeiro, em 16 de janeiro de 1917, com 54 anos de idade. Considerado como um dos maiores nomes do pensamento filosófico brasileiro e autor de uma das mais completas obras filosóficas produzidas originalmente no Brasil, onde identificou os planos do conhecimento e do ser, voltando dogmaticamente à metafísica tradicional, de caráter espiritualista;

2. Karl Jaspers ou Karl Theodor Jaspers, filósofo e psiquiatra alemão. Nasceu em Oldenburg em 23 de fevereiro de 1883. Faleceu em Basiléia, em 26 de fevereiro de 1969, com 86 anos de idade. Considerado um dos principais representantes do pensamento existencialista;

3. Sócrates ou Sócrates de Atenas, filósofo de nacionalidade grega. Nasceu em Atenas em 468 a. C. Faleceu em 399 a. C. Um dos mais importantes pensadores de todos os tempos.

Data do texto: 05/09/2008

Sinopse do autor: Charles Evaldo Boller, engenheiro eletricista e maçom de nacionalidade brasileira. Nasceu em 4 de dezembro de 1949 em Corupá, Santa Catarina. Com 61 anos de idade.

Loja Apóstolo da Caridade 21 Grande loja do Paraná




Local: Curitiba

Grau do Texto: Aprendiz Maçom

Área de Estudo: Espiritualidade, Filosofia, Maçonaria, Religião, Ritualística, Sociologia






segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Noite a sós com DEUS



Noite a sós com DEUS



Obrigado, Senhor,
por mais um dia vivido!


Obrigado pelas alegrias
que me levantaram
e pelas dores
que me fortaleceram.


Obrigado, Senhor,
por mais um dia vivido.



Obrigado pelos sucessos
que me fizeram sentir-me grande
e pelos fracassos
que me deram
a oportunidade de perseverar.


Obrigado, Senhor,
por mais um dia vivido


Obrigado pelos cuidados
que me confortaram
e pelas mágoas
que me exercitaram
para perdoar.


Obrigado, Senhor,
por mais um dia vivido.


Obrigado pelas horas
de bem estar
que me mantiveram ativo
e por outras
que me revelaram
o valor da saúde.

Obrigado, Senhor,
por mais um dia vivido

Obrigado pelos auxílios
que me foram prestados
e pelos abandonos
que fizeram crescer
meu apoio em mim mesmo.

Obrigado, Senhor,
por mais um dia vivido.


Obrigado pelas compreensões
que encontrei
e pelas incompreensões
que algumas vezes
refletiram a minha própria imagem.

Obrigado, Senhor,
por mais um dia vivido


Obrigado pelos ganhos
que fizeram de mim
um ser mais confiante
e pelas perdas
que me demonstraram
ser possível continuar.

Obrigado, Senhor,
por mais um dia vivido.

Obrigado
pelos momentos altos
que me exibiram Tuas bênçãos
e pelos momentos baixos
que me abriram
para Tua proteção.


Obrigado, Senhor,
por jamais teres me esquecido.

Obrigado, Senhor,
por mais um dia vivido!


Silvia Schmidt
No livro " Preces Sem Pressa "