segunda-feira, 28 de dezembro de 2015


Riqueza e Ação

 

Todas as oportunidades de estudo e progresso, aprimoramento e educação, constituem talentos que o Senhor nos empresta, a fim de que possamos com ele colaborar na extensão da Obra Divina.

Em razão disso, a riqueza não é somente o depósito bancário ou a bolsa repleta.

Riqueza é também a saúde que produz reconforto e o pensamento equilibrado a exprimir-se em bênção de segurança.

Riqueza é mão que trabalha e a inteligência que raciocina.

Por isso mesmo, ninguém é tão pobre que não possa algo fazer na rota do bem comum.

Assim considerada, a riqueza no mundo é qual o sangue no corpo.

Ergue-se a máquina fisiológica, em todo o seu conjunto soberbo de peças, à base do líquido sanguíneo que circula, generoso e incessante.

Tudo nesse universo de células microscópicas é atividade infatigável, para que a vida se expresse divina e soberana.

A parada intempestiva ou o empobrecimento do sangue carreiam a morte.

Em nossa condição de ricos do dinheiro ou da habilidade, de coragem ou esperança, equilíbrio ou conhecimento, é indispensável nos devotemos ao serviço da elevação e da felicidade de todos os que nos cercam, de vez que a preguiça, irmã gêmea da sovinice, é, em verdade, a fonte da ignorância que traz consigo, em tudo, as chagas da penúria e os tormentos do mal.

Emmanuel

domingo, 27 de dezembro de 2015

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015


Vencer

 

Resguarda a consciência

Sempre limpa de culpas.

Ante as provas da vida,

Não esmoreças, nunca.

 

Se vieste a cair,

Ergue-te e recomeça.

Cultiva no trabalho

A bênção de teu pão.

 

Lembra a regra da paz:

Ama e perdoa sempre.

Estende o bem a todos

E vencerás com Deus.

Emmanuel

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015


 

O CONQUISTADOR DIFERENTE.

 

Os conquistadores aparecem no mundo, desde as recuadas eras da selvageria primitiva. E, há muitos séculos, postados sem soberbos carros de triunfo, exibem troféus sangrentos e abafam, com aplausos ruidosos, o cortejo de misérias e lágrimas que deixam à distância. Sorridentes e felizes, aceitaram as ovações do povo e distribuem graças e honrarias, cobertos de insígnias e incensados pelas frases lisonjeiras da multidão. Vasta fileira de escritores congrega-se-lhes em torno, exaltando-lhes as vitórias no campo de batalha. Poemas épicos e biografias romanceadas surgem no caminho, glorificando-lhes a personalidade que se eleva, perante os homens falíveis, à dourada galeria dos semideuses.

 

Todavia, mais longe, na paisagem escura, onde choram os vencidos, permanecem as sementeiras de dor que aguardarão os improvisados heróis na passagem implacável do tempo. Muitas vezes, contudo, não chegam a conduzir para o túmulo as medalhas que lhes brilham no peito dominador, porque a própria vida humana se incumbe de esclarece-los, através das sombras da derrota, dos espinhos da enfermidade e das amargas lições da morte.

 

Dario, filho de Histaspes, reis dos persas, após fixar o poderio dos seus exércitos, impôs terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia, conhecendo, em seguida, a amargura e a derrota, à frente dos gregos.

 

Alexandre Magno, por tantos motivos e admirado na história do mundo, titulou-se generalíssimo dos helenos, em plena mocidade e, numa série de movimentos militares que o celebrizaram para sempre, infligiu inomináveis padecimentos aos lares gregos, egípcios e persas; todavia, apesar das glórias bélicas com que desafiava cidades e guerreiros, fazendo-se acompanhar de incêndios e morticínios, rendeu-se à doença que lhe imobilizou os ossos em Babilônia.

 

Aníbal, o grande chefe cartaginês, espalhou o terror e a humilhação entre os romanos, em sucessivas ações heróicas que lhe imortalizaram o nome, na crônica militar do Planeta; contudo, em seguida à bajulação dos aduladores e à falsa concepção de poder, foi vencido por Cipião, transformando-se num foragido sem esperança, suicidando-se, por fim, num terrível complexo de vaidade e loucura.

 

Júlio César, o famoso general que pretendia descender de Vênus e de Anquises, constitui um dos maiores expoentes do engenho humano; submeteu a Gália e desbaratou os adversários em combates brilhantes, governando Roma, na qualidade de magnífico triunfador; no entanto, quando mais se lhe dilatava a ambição, o punhal de Bruto, seu protegido e comensal, assassinou-o, sem comiseração, em pleno Senado.

 

Napoleão Bonaparte, o imperador dos franceses, depois de exercer no mundo uma influência de que raros homens puderam dispor na Terra, morre, melancolicamente, numa ilha apagada, ao longo da vastidão do mar.

 

Ainda hoje, os conquistadores modernos, depois dos aplausos de milhões de vozes, após a dominação em que se fazem sentir, magnânimos para os seus amigos e cruéis para os adversários, espalhando condecorações e sentenças condenatórias, caem ruidosamente dos pedestais de barro, convertendo-se em malfeitores comuns, a serem julgados pelas mesmas vozes que lhes cantavam louvores na véspera.

 

Todos eles, dominadores e tiranos, passam no mundo, entre as púrpuras do poder, a caminho os mistérios do sofrimento e dos desencantos da morte. Em verdade, sempre deixam algum bem no campo das relações humanos, pelas novas estradas abertas e pelas utilidades da civilização, cujo aparecimento aceleram; todavia, o progresso amaldiçoa-lhes a personalidade, porque as lágrimas das mães, os soluços dos lares desertos, as aflições da orfandade, a destruição dos campos e o horror da natureza ultrajada, acompanham-nos, por toda parte, destacando-os com execráveis sinais.

 

Um só conquistador houve no mundo, diferente de todos pela singularidade de sua missão entre as criaturas. Não possuía legiões armadas, nem poderes políticos, nem mantos de gala. Nunca expediu ordens e soldados, nem traçou programas de dominação. Jamais humilhou e feriu. Cercou-se de cooperadores aos quais chamou “amigos”. Dignificou a vida familiar, recolheu crianças desamparadas, libertou os oprimidos, consolou os tristes e sofredores, curou cegos e paralíticos. E, por fim, em compensação aos seus trabalhos, levados a efeito com humildade e amor; aceitou acusações para que ninguém as sofresse, submeteu-se à prisão para que outros não experimentassem a angústia do cárcere, conheceu o abandono dos que amava, separou-se dos seus, recebeu, sem revolta, ironias e bofetadas, carregou a cruz em que foi imolado e na sua morte passou por ser a de um ladrão.

 

Mas, desde a última vitória no madeiro, tecida em perdão e misericórdia, consolidou o seu infinito poder sobre as almas, e, desde esse dia, Jesus Cristo, o conquistador diferente, começou a estender o seu divino império no mundo, prosseguindo no serviço sublime da edificação espiritual, no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul, nas mais cariadas regiões do Planeta, erguendo uma Terra aperfeiçoada e feliz, que continua a ser construída, em bases de amor e concórdia, fraternidade e justiça, acima da sombria animalidade do egoísmo e das ruínas geladas da morte.

 

IRMÃO X.

 

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –

Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015


ALGO MAIS NO NATAL

Senhor Jesus!
Diante do Natal, que te lembra a glória na manjedoura, nós te agradecemos:
a música da oração;
o regozijo da fé;
a mensagem de amor;
a alegria do lar;
o apelo a fraternidade;
o júbilo da esperança;
a bênção do trabalho;
a confiança no bem;
o tesouro da tua paz;
a palavra da Boa Nova;
e a confiança no futuro!...
Entretanto, oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais! ...Concede-nos,
Senhor, o dom inefável da humildade para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!

EMMANUEL

sábado, 19 de dezembro de 2015


Considerações
 
 
Devemos guardar o Evangelho na cabeça?
- Sim, porque precisamos orientar o pensamento para o bem.
Cabe-nos a obrigação de imprimir o Evangelho nos olhos?
- Sim, porque é indispensável permaneça a nossa visão identificada com o ensinamento Divino, que transparece de todos os lugares.
Compete-nos conservar o Evangelho nos ouvidos?
- Sim, porque é imprescindível registrar a mensagem de bondade que o Céu nos reserva, em todas as particularidades da senda a percorrer.
É imperioso guardar o Evangelho nas mãos?
- Sim, porque nossos braços são os instrumentos com os quais criaremos o mundo de nossas boas obras, em direção ao Paraíso.
Será necessário respeitar o Evangelho com os nossos pés?
- Sim, porque a reta diretriz é imperativo comum.
Justo; porém, antes de tudo, situar o Evangelho no coração, para que o ensino de Jesus, aplicado em nós mesmos, resplandeça através de nossa mente, de nosso olhar, de nossa audição, de nossas mãos e de nossos pés, a fim de que não sejamos aprendizes fragmentários, subestimando o serviço do Divino Mestre.
É imprescindível trazer a Boa Nova em todos os nossos pensamentos e aspirações, potências e atividades, salientando-se, contudo, o impositivo da lição de Jesus no imo dos nossos sentimentos, para que estejamos ligados, primeiramente, ao Senhor e não ao nosso "eu", de vez que, segundo as velhas e sempre jovens palavras da Escritura Celeste, onde guardarmos o coração aí se encontrará o tesouro de nossa vida.
Evangelho no coração será, portanto, a plenitude do Cristo em nós.
Emmanuel

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015


ANO NOVO,  ATITUDES RENOVADAS

 

"Para ser feliz,
próspero,
vencedor,
receber amores e dádivas,
bênçãos e distinções,
podes formular votos,
tecer esperanças,
alinhavar projetos,
enumerar decisões,
vestir cores certas,
brindar à sorte.
Porém,
se no coração,
o homem velho prossegue,
se o ontem ainda te governa,
se melhoras apenas te farão,
mais forte no que te é dispensável,
então prosseguirás,
ano após ano,
imerso no mesmo tempo,
estacionário,
por livre e espontânea vontade,
de um eterno ano velho,
passado."

 

André Luiz

 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015


O INIMIGO Nº 1 DA MAÇONARIA


O VAIDOSO ARROGANTE


(a) Baixa auto estima e complexo de inferioridade


Nenhum ditador provocou ou vêm provocando tanto dano à Maçonaria quanto o maçom vaidoso, este sapador inveterado, este Cavalo de Tróia que a destrói por dentro, sem o emprego de armas, grilhões, ferros, calabouços e leis de exceção. Ele é indiscutivelmente o maior inimigo da Maçonaria, o mais nefasto dos impostores, o principal destruidor de lojas. Ele é pior do que todos os falsos maçons reunidos porque se iguala a eles em tudo o que não presta e raramente em alguma virtude.


Uma característica marcante que se nota neste tipo de maçom, logo ao primeiro contato, é a sua pose de justiceiro e a insistência com que apregoa virtudes e qualidades morais que não possui. Isso salta logo à vista de qualquer um que comece a comparar seus atos com as palavras que saem da sua boca. O que se vê amiúde é ele demonstrar na prática a negação completa daquilo que fala, sobretudo daquilo que difunde como qualidades exemplares do maçom aos Aprendizes e Companheiros, os quais não demora muito a decepcionar. Vaidoso ao extremo, para ele a Maçonaria não passa de uma vitrine que usa para se exibir, de um carro de luxo o qual sonha um dia pilotar. E, quando tem de fato este afã em mente, não se furta em utilizar os meios mais insidiosos para tentar alcançá-lo, a exemplo do que fazem nossos políticos corruptos.


Narcisismo em um dos extremos, e baixa auto estima no outro, eis as duas principais características dos maçons vaidosos e arrogantes. No crisol da soberba em que vivem imersos, podemos separá-los em dois grupos distintos, porém idênticos na maioria dos pontos: os toscos ignorantes e os letrados pretensiosos.


A trajetória dos primeiros é assaz conhecida.


Por serem desprovidos do talento e dos atributos intelectuais necessários para conquistarem posição de destaque na sociedade, eles ingressam na Maçonaria em busca de títulos e galardões venais, de fácil obtenção, pensando com isso obter algum prestígio. Na vida profana, não conseguem ser nada além de meros serviçais, de mulas obedientes que cedem a todos os tipos de chantagem.


Por isso, fazer parte de uma instituição de elite (isso mesmo, de elite!) como a Maçonaria produz neles a ilusão de serem importantes; ajuda a mitigar um pouco a dor crônica que os espinhos da incompetência e da mediocridade produzem em suas personalidades enfermas.


O segundo em quase tudo se equipara ao primeiro, porém com algumas notáveis exceções.


Capacitado e instruído, em geral ele é uma pessoa bem sucedida na vida. Sofre, porém, desse grave desvio de caráter conhecido pelo nome de "Narcisismo", que o torna ainda pior do que o seu êmulo sem instrução. Ávido colecionador de medalhas, títulos altissonantes e metais reluzentes, este maçom é uma criatura pedante e intragável, que todos querem ver distante. No fundo ele também é um ser que se sente rejeitado; sua alma é um armário de caveiras e a sua mente um antro habitado por fantasmas imaginários.


Julgando-se o centro do Universo, na Maçonaria ele obra para que todas as atenções fiquem voltadas para si, exigindo ser tratado com mais respeito do que os irmãos que atuam em áreas profissionais diferentes da dele. Pobre do irmão mais jovem e mais capacitado que cruzar o seu caminho, que ousar apontar-lhe uma falta, que se atrever a lançar-lhe no rosto uma imperfeição sua ou criticar o seu habitual pedantismo! O seu rancor se acenderá automaticamente e o que estiver ao seu alcance para reprimi-lo e intimidá-lo ele o fará, inclusive lançando mão da famosa frase, própria do selvagem chefe de bando: Sabe com quem está falando! Desse modo ele acaba externando outra vil qualidade, que caracteriza a personalidade de todo homem arrogante: a covardia.

 
O número de irmãos que detesta ou despreza este tipo de maçom é condizente com a quantidade de medalhas que ele acumula na gaveta ou usa no peito. Na vida profana seus amigos não são verdadeiros; são cúmplices, comparsas, associados e gente que dele se acerca na esperança de obter alguma vantagem. E nisso se insere a mulher com a qual vive fraudulentamente. Todos os que o rodeiam, inclusive ela, estão prontos a meter-lhe um merecido chute no traseiro tão logo os laços de interesse que os unem sejam desfeitos. O seu casamento é um teatro de falsidades e o seu lar um armazém de conflitos. Raramente familiares seus são vistos em nossas festas de confraternização. Quando aparecem, em geral contrariados, não conseguem esconder as marcas indeléveis de infelicidade que ele produz em seus rostos.


Em sua marcha incessante em busca de distinções sociais que supram a sua insaciável necessidade de auto afirmação, é comum vermos este garimpeiro de metais de falso brilho farejando outras organizações de renome, tais como os clubes Lyons e Rotary, e gastando nessas corridas tempo e dinheiro que às vezes fazem falta em seu lar. A Maçonaria, que tem a função de melhorar o homem, a sociedade, o país, e a família, acaba assim se convertendo em uma fonte de problemas para os seus familiares; e ele, em uma fonte de problemas para a Maçonaria.


Um volume inteiro seria insuficiente para catalogar os males que este inimigo da paz e da harmonia pratica, este bacilo em forma humana que destrói nossa instituição por dentro, qual um cancro a roer-lhe as células, de modo que limitar-nos-emos a expor os mais comuns.


(b) Comportamento em loja


Incapaz de polir a Pedra Bruta que carrega chumbada no pescoço desde o dia em que nasceu, de aprimorar-se moral e intelectualmente, de lutar para subtrair-se das trevas da ignorância e dos vícios que corrompem o caráter; de assimilar conhecimentos maçônicos úteis, sadios e enobrecedores, para na qualidade de Mestre poder transmiti-los aos Aprendizes e Companheiros, o que faz o nosso personagem? Simplesmente coloca barreiras em seus caminhos, de modo a retardar-lhes o progresso! Ao invés de estudar a Maçonaria, para poder contribuir na formação dos Aprendizes e Companheiros, de que modo ele procede? Veda a discussão sobre assuntos com os quais deveria estar familiarizado, fomentando apenas comentários sobre as vulgaridades supérfluas do seu cotidiano! Ao invés de encorajar o talento dos mesmos, de ressaltar suas virtudes e estimular o seu desenvolvimento, o que faz ele? Procura conservá-los na ignorância de modo a escamotear a própria! Ao invés de defender e ressaltar a importância da liberdade de expressão e da diversidade de opiniões para a evolução da humanidade, como ele age? Censura arbitrariamente aqueles cujas idéias não estejam em harmonia ou sejam contrárias às suas! Ao invés de fomentar debates sobre temas de importância singular para o bem da loja em particular e da Maçonaria em geral, como age ele? Tenta impedir a sua realização por carecer de atributos intelectuais que o capacitem a participar deles! E, nos que raramente promove, como se comporta? Considera somente as opiniões daqueles que dizem "sim" e "sim senhor" aos seus raramente edificantes projetos!


Tal como o maçom supersticioso, este infeliz em cujo peito bate um coração cheio de inveja e rancor nutre ódio virulento e indissimulado pela liberdade de expressão, que constitui um dos mais sagrados esteios sobre os quais repousam as instituições democráticas do mundo civilizado, uma das bandeiras que a Maçonaria hasteou no passado sobre os cadáveres da intolerância, da escravidão e da arbitrariedade.


Dos atos indecentes mais comumente praticados por este falsário, o que mais repugna é vê-lo pregando "humildade" aos irmãos em loja, em particular aos Aprendizes e Companheiros, coberto da cabeça aos pés de fitões, jóias e penduricalhos inúteis, qual uma árvore de natal. Outro é vê-lo arrotando, em alto e bom som, ter "duzentos e tantos anos de Maçonaria" e exibindo o correspondente em estupidez e mediocridade. O terceiro é vê-lo trajando aventais, capas, insígnias, chapéus e colares, decorados com emblemas que lembram tudo, exceto os compromissos que ele assumiu quando ingressou em nossa sublime e veneranda instituição.
Cego, ignorante e vaidoso, nosso personagem não percebe o asco que provoca nas pessoas decentes que o rodeiam.


Como já foi dito, a Maçonaria serve apenas de vitrine para ele. Como não é possível permanecer sozinho dentro dela sem a incômoda presença de outros impostores –os quais não têm poder suficiente para enxotar–, ele luta ferozmente para afastar todo e qualquer novo intruso, imitando alguns animais inferiores aos humanos na escala zoológica, que fixam os limites de seus territórios com os odores de suas secreções e não toleram a presença de estranhos. Qualquer irmão que comece a brilhar ao lado desta criatura rasteira é considerado por ela inimigo. A luz e o progresso do seu semelhante o incomoda, fere o seu ego vaidoso. Por este motivo tenta obstaculizar o trabalho dos que querem atuar para o bem da loja; por isso recusa-se a transmitir conhecimentos maçônicos (quando os possui) aos Aprendizes e Companheiros, sobretudo aos de nível intelectual elevado, ou os ministra em doses pífias, para que futuramente não sejam tomados como exemplos e ofusquem ainda mais a sua mediocridade. Um maçom exemplar, íntegro, que cumpre rigorosamente os compromissos que assumiu quando ingressou em nossa Instituição, não raro converte-se em alvo de suas setas, pois seus olhos míopes não conseguem ver honestidade em ninguém; sua mente estragada o interpreta como potencial "concorrente", que nutre interesses recônditos semelhantes aos seus.


O maçom arrogante mal conhece o significado de nossas belas e simples alegorias.
Se as conhece, as despreza. Sua mente acha-se preocupada unicamente com o sucesso de suas empreitadas, em encontrar maneiras de estar permanentemente ao lado das pessoas cujos postos ambiciona. Fama e poder são os seus dois únicos objetivos, tanto na vida maçônica, como na profana. As palavras Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que compõem a Trilogia Maçônica, não fazem parte do seu vocabulário, e com freqüência é visto pisoteando os valores que elas encerram. A história, a filosofia e os objetivos de nossa Veneranda Instituição não lhe despertam o menor interesse, pois é frio, calculista, e não tem sensibilidade nem conhecimento para compreendê-los e assimilá-los. Ele é diametralmente oposto ao que deve ser o maçom exemplar, em todos os pormenores.


É a antítese de tudo o que a Maçonaria apregoa e deseja de seus membros: uma criatura vil e rasteira que semeia a discórdia, afugenta bons irmãos, e termina por destruir ou fragmentar a loja (ou lojas), resultado às vezes de anos de trabalho árduo, caso ela teime em não se colocar sob a sua batuta ou se mostre contrária às suas aspirações egoístas.


A insolência desse tipo de maçom – e também o asco que destila–, vai crescendo conforme ele vai "subindo" nos altos graus (ou graus filosóficos), lixo maçônico fabricado por impostores no passado unicamente para explorar a estupidez e a vaidade de homens como ele. Sentindo-se importante por ter sido recebido em determinado grau, com a pompa digna de um rei, ele passa a considerar-se superior aos irmãos de graus "inferiores", em particular aos Aprendizes e Companheiros, ignorando o que reza o segundo landmark, que estabelece a divisão da Maçonaria Simbólica em apenas três graus.

 
Mas reservar um tempo para dedicar-se à sua loja, um momento para confraternizar com irmãos íntegros e honestos, ler algo de útil que possa servir de instrução a si e aos demais, essas são as suas últimas preocupações. O seu tempo disponível ele o reserva inteiramente às festinhas fúteis, nas quais pode ser notado e lisonjeado, onde pode ajuntar-se a outros maçons falsos e vulgares, prontos para enterrar-lhe um punhal nas costas na primeira oportunidade que surgir. Perceba o leitor com que velocidade esse "irmão" deveras atarefado arruma tempo quando é chamado para arengar em um tablado representando a Maçonaria! Note a pontualidade com que chega na passarela onde vai desfilar e ser fotografado com os seus paramentos. Observe como ele fica cheio de si quando é agraciado com uma rodela de lata qualquer ou vê o seu lindo rosto estampado nas páginas de alguma revista maçônica! Perceba como se curva aos pés dos que tem mais prestígio e poder do que ele! Note como ele os bajula!


Este prevaricador vagabundo não trabalha e não deixa os outros trabalhar para não ter de arregaçar as mangas também. Quando se mete a ministrar instruções aos Aprendizes e Companheiros ele o faz de modo precário, sem estar familiarizado com elas. Raramente sabe responder questões que os irmãos lhe dirigem. Tergiversa sempre com a mesma resposta: É preciso pesquisar! Ele não faz nada porque não sabe fazer nada, não quer aprender nada, e no íntimo não gosta da Maçonaria e não ama seus irmãos!


Nossas reuniões são para ele um fardo. Nas vezes que comparece em loja, exige ser ouvido e jamais dá atenção ao que falam os demais, obrando para que a sua palavra sempre prevaleça nas decisões a serem tomadas. Quando o seu nome não consta na Ordem do Dia –o que significa que não terá a oportunidade de exibir a sua hipocrisia ou arengar as suas imposturas–, retira-se antes da reunião terminar ou, quando permanece, o faz com o olhar fixo no relógio.
Campeão em faltas e em delitos, quando este falso maçom comparece à loja ele o faz para dar palpites indevidos, censurar tudo e todos, propor projetos mirabolantes e soluções inconsistentes com os problemas que surgem em nossas relações. Jamais faz uso de críticas sadias e construtivas, aquelas que apontam erros e sugerem soluções para os mesmos.


(c) Comportamento na Sociedade


Passemos agora à exposição do comportamento deste detestável impostor na sociedade, outra praia onde adora se exibir, embora poucos o notem. Ele circula pelas ruas do bairro onde vive de nariz empinado, cheio de empáfia, tentando vender a todos, sobretudo aos mais humildes, a falsa imagem de alguém assaz importante. Ostentando correntes, anéis, gravatas, broches e outros adereços maçônicos –alguns com peso suficiente para curvar o tórax–, tão logo se acerca de uma roda de amigos, ou melhor, de gente com paciência para aturá-lo, ele passa a ensejar conversas maçônicas desnecessárias, fazer alarde de sua condição de maçom e de ser membro de uma poderosa "gangue", com o único propósito de colocar-se acima deles. Quando, porém, um profano lhe dirige algumas perguntas a respeito de nossa instituição, movido por uma sadia e natural curiosidade, ele responde geralmente o que não sabe, fitando-o de cima para baixo, com desprezo, como se estivesse encastelado sobre um pedestal de ouro.


Como o caracol, este tipo de maçom costuma deixar um rastro visível e brilhante por onde trafega, tornando muito fácil a identificação sua e do seu paradeiro, que é o que ele efetivamente deseja, embora afirme o contrário. Mas, para a sua infelicidade, pouca gente dá importância aos seus recados vaidosos. O automóvel, o lar e o local onde trabalha correspondem ao exoesqueleto deste animal, ao passo que os adereços e os objetos maçônicos que ele usa e espalha por todos os lados à gosma que libera. Impulsos provenientes das regiões recônditas do cérebro onde se alojam o seu complexo de inferioridade e a sua baixa auto-estima dizem a ele onde derramá-la.


Do mesmo modo que prostitui nossa instituição, transformando- a em templo da vaidade, ele corrompe também a natureza de muitos objetos inanimados, desvirtuando os propósitos para os quais foram concebidos. Os vidros do automóvel não servem para proteger os passageiros do vento e da chuva, mas para ostentar adesivos maçônicos escandalosos que avisam os transeuntes e os motoristas dos carros que estão na retaguarda que "alguém muito importante" maneja o volante. As paredes da sua casa não servem como divisórias, mas de out-doors para a colagem de diplomas maçônicos que levam o seu nome. O isqueiro ele usa para tentar acender um cigarro que talvez nem fume ou sabendo que ele não funciona mais (o importante é as pessoas notarem o compasso e o esquadro colados nele!). A caneta com compasso encravado na tampa ele usa para mostrar que é maçom àquele que está perto do papel no qual finge estar escrevendo alguma coisa. O relógio da sala não serve para mostrar a hora certa, mas para dizer aos visitantes que o seu dono é maçom.


As estantes da sala não servem para acomodar bons livros, mas para armazenar troféus, medalhas, placas comemorativas, mimos e tudo o mais que avise que há um maçom por ali. O mesmo vale para pratos, talheres, lenços, gravatas, bonés, bolsas, bonecos, malas, bengalas e, pasmem, até revólveres e espingardas! Enfim, qualquer objeto que possa lhe servir de propaganda ele o corrompe.


d) Prejuízos


O Maçom arrogante sabe muito bem que é um desqualificado moral, que carece das virtudes necessárias para dirigir homens de caráter, mas mesmo assim quer assumir o cargo de Venerável e nele perpetuar-se por tempo indeterminado, se possível. Insolente, julga-se o único com aptidão para empunhar o malhete, menoscabando a capacidade dos demais irmãos. Sempre que pode procura manobrar as eleições para que os cargos em loja sejam preenchidos por integrantes de sua medíocre camarilha, que, uma vez empossada, vai aprovar seus atos malsãos e alimentar a sua vaidade. Dessa maneira ele trava as rodas da loja, impedindo-a de progredir, de desfraldar as suas velas.


Nosso personagem costuma mais faltar do que comparecer às reuniões, como já foi dito.
Quando o faz, é quase sempre para tentar colocar-se em destaque, humilhar alguém, violar regulamentos, e fazer prevalecer os seus caprichos pessoais. É claro que ele não age só, pois se assim fosse a sua eliminação seria fácil e sumária. Ele conta com o respaldo de pequenos grupelhos de gente sórdida e submissa, que aprova suas ações, que corrompe e deixa-se corromper. Às vezes conta até com a cumplicidade dissimulada de alguns delegados, que, por motivos políticos ou de ordem pessoal, fazem vista grossa aos seus insidiosos manejos e prevaricam no que constitui uma das mais importantes missões dentro da Maçonaria.

Terminado o período de sua administração como Venerável este impostor passa a meter o nariz em assuntos que não mais lhe dizem respeito, usurpando funções de outros irmãos da loja, incluindo as do seu sucessor. Quer mandar mais do que os outros, quer ser o dono da loja; quer admitir candidatos sem escrutínio para engrossar a sua camarilha; quer manobrar a todos e violar leis. Expõe os Aprendizes e Companheiros a constantes querelas com outros Mestres, quase sempre motivadas pela vaidade e pela sede de poder.


Especialista em apontar erros nos outros, o maçom arrogante jamais admite um seu. Quando, porém, as circunstâncias tornam isso impossível, ele o faz rangendo os dentes e disparando setas em todas as direções, muitas vezes ferindo os poucos irmãos que o querem bem. Além de tudo é um indivíduo vingativo. Caso sofra uma contrariedade qualquer, ou veja descartada uma irracional conjectura sua, ele passa a fomentar intrigas e provocar cismas na loja. Aquele que for investigar as causas que levaram uma determinada oficina a abater colunas notará em seus escombros a marca indelével de sua mão, que muitas vezes deixa impressa com orgulho!

Elemento altamente desestabilizador e perigoso, o maçom vaidoso é o principal responsável pelo enfraquecimento das colunas de uma loja, pela fuga em massa de bons irmãos, e pela decadência da Maçonaria de uma forma geral. Quanto
maior for o seu número agindo no corpo da Maçonaria, mais fraca, enferma e suscetível à contração de outros males ela se torna, mais exposta a escândalos e prejuízos ela fica. Sua eliminação é, portanto, condição sine qua nom para a conservação da saúde de nossa Sublime Instituição.


O texto foi extraído do livreto do Irmão Ricardo Vidal “Os dois coveiros da Maçonaria”.

 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Landmarks
TODOS OS MAÇONS OBRIGAM-SE A RESPEITAR E CUMPRIR FIELMENTE AS SEGUINTES DOZE REGRAS MAÇÓNICAS:
  1. A Maçonaria é uma fraternidade iniciática que tem por fundamento tradicional a fé em Deus, Grande Arquitecto do Universo.
  2. A Maçonaria refere-se aos "Antigos Deveres" e aos "Landmarks" da Fraternidade, especialmente quanto ao absoluto respeito das tradições específicas da Ordem, essenciais à regularidade da Jurisdição.
  3. A Maçonaria é uma ordem, à qual não podem pertencer senão homens livres e de bons costumes, que se comprometem a pôr em prática um ideal de paz.
  4. A Maçonaria visa ainda, pelo aperfeiçoamento moral dos seus membros, o da humanidade inteira.
  5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros a prática exacta e escrupulosa dos ritos e do simbolismo, meios de acesso ao conhecimento pelas vias espirituais e iniciáticas que lhe são próprias.
  6. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito das opiniões e crenças de cada um. Ela proíbe-lhes no seu seio toda a discussão ou controvérsia, política ou religiosa. Ela é ainda um centro permanente de união fraterna, onde reinam a tolerante e frutuosa harmonia entre os homens, que sem ela seriam estranhos uns aos outros.
  7. Os Maçons tomam as suas obrigações sobre um volume da Lei Sagrada, a fim de dar ao juramento prestado por eles o carácter solene e sagrado indispensável à sua perenidade.
  8. Os Maçons juntam-se, fora do mundo profano, nas Lojas onde estão sempre expostas as três grandes luzes da Ordem: um volume da Lei Sagrada, um esquadro, e um compasso, para aí trabalhar segundo o rito, com zelo e assiduidade e conforme os princípios e regras prescritas pela Constituição e os Regulamentos Gerais de Obediência.
  9. Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maiores de idade, de perfeita reputação, gente de honra, leais e discretos, dignos em todos os níveis de serem bons irmãos e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem e o infinito poder do Eterno.
  10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor da Pátria, a submissão às leis e o respeito pelas autoridades constituídas. Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas.
  11. Os Maçons contribuem pelo exemplo activo do seu comportamento são, viril e digno, para irradiar da Ordem no respeito do segredo maçónico.
  12. Os Maçons devem-se mutuamente, ajuda e protecção fraternal, mesmo no fim da sua vida. Praticam a arte de conservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio indispensáveis a um perfeito controle de si próprio.

domingo, 13 de dezembro de 2015


Ajuda, Perdoa e Passa

 


Se alguém te fere e apedreja,
Lançando-te fel à taça,
Não te detenhas na queixa,
Ajuda, perdoa e passa.



Escárnio? Provocação?
Disputa, sombra, arruaça?
Não te canses de servir...
Ajuda, perdoa e passa.



Se o ridículo te expõe
À aleivosia da praça,
Cultiva o bem com fervor,
Ajuda, perdoa e passa.



Quando a aflição te visite
Na injúria que te ameaça,
Trabalha e espera o futuro,
Ajuda, perdoa e passa.



Ante as fogueiras que surgem,
Quando o ódio sai à caça,
No silêncio da oração,
Ajuda, perdoa e passa.



Se a calúnia te persegue,
Na lama com que te enlaça,
Desculpa incessantemente,
Ajuda, perdoa e passa.



O culto da caridade
È a nossa eterna couraça.
Vencendo perturbações,
Ajuda, perdoa e passa.



Aos obreiros de Evangelho
A treva nunca embaraça.
Quem segue com Jesus - Cristo
Ajuda, perdoa e passa.

 

Casimiro Cunha

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015


A Essência da Poesia

Não aprendi nos livros qualquer receita para a composição de um poema; e não deixarei impresso, por meu turno, nem sequer um conselho, modo ou estilo para que os novos poetas recebam de mim alguma gota de suposta sabedoria. Se narrei neste discurso alguns sucessos do passado, se revivi um nunca esquecido relato nesta ocasião e neste lugar tão diferentes do sucedido, é porque durante a minha vida encontrei sempre em alguma parte a asseveração necessária, a fórmula que me aguardava, não para se endurecer nas minhas palavras, mas para me explicar a mim próprio.


Encontrei, naquela longa jornada, as doses necessárias para a formação do poema. Ali me foram dadas as contribuições da terra e da alma. E penso que a poesia é uma ação passageira ou solene em que entram em doses medidas a solidão e solidariedade, o sentimento e a ação, a intimidade da própria pessoa, a intimidade do homem e a revelação secreta da Natureza. E penso com não menor fé que tudo se apoia - o homem e a sua sombra, o homem e a sua atitude, o homem e a sua poesia - numa comunidade cada vez mais extensa, num exercício que integrará para sempre em nós a realidade e os sonhos, pois assim os une e confunde.


E digo igualmente que não sei, depois de tantos anos, se aquelas lições que recebi ao cruzar um rio vertiginoso, ao dançar em torno do crânio de uma vaca, ao banhar os pés na água purificadora das mais elevadas regiões, digo que não sei se aquilo saía de mim mesmo para se comunicar depois a muitos outros seres ou era a mensagem que os outros homens me enviavam como exigência ou embrazamento. Não sei se aquilo o vivi ou escrevi, não sei se foram verdade ou poesia, transição ou eternidade, os versos que experimentei naquele momento, as experiências que cantei mais tarde.

De tudo aquilo, amigos, surge um ensinamento que o poeta deve aprender dos outros homens. Não há solidão inexpugnável. Todos os caminhos conduzem ao mesmo ponto: à comunicação do que somos. E é necessário atravessar a solidão e aspereza, a incomunicação e o silêncio para chegar ao recinto mágico em que podemos dançar com hesitação ou cantar com melancolia, mas nessa dança ou nessa canção acham-se consumados os mais antigos ritos da consciência; da consciência de serem homens e de acreditarem num destino comum.



Pablo Neruda, in "Nasci para Nascer" (Discurso na entrega do Prémio Nobel) Poeta

Chile - 12 Jul 1904 / 23 Set 1973.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015



Bendita seja a Maçonaria!
 

Escola abençoada onde todos manifestam-se para obter o estudo e qualificar-se com a certidão de que existe uma divisão em nossa Ordem, entretanto, apenas cada um dos maçons determinará qual caminho optou.

Na vida do maçom dois caminhos existem, sendo necessário o discernimento para perceber em qual caminho escolhemos:

O da vaidade ou da humildade;

O do orgulho ou da sensatez;

O do vício ou da honra;

O da fraternidade ou da falsidade;

O do estudo ou da ignorância;

O da verdade ou da maledicência;

O das pompas dos cargos ilusórios ou das verdades divinas;

O amar e servir ou o odiar e destruir;

O da ética ou da desonestidade;
O da União ou da separação;

O do Amor fraternal ou da inveja;

O da virtude ou da imperfeição;

Do eu superior ou da animalidade;

Aparecer ante os homens ou ao GADU.

 

São infinitas as estradas que escolhemos. Somos o que desejamos ser. Nem mais, nem menos. A filosofia maçônica nos aproxima pela virtude e nos afasta uns dos outros em aplaudirmos a soberba e devassidão.
 

Vejamos; o evangelista Mateus 24:12 nos orienta para esse momento de aprendizagem ou crise: “Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” Tal preceito se cumprirá naquele que inadvertidamente ainda não colocou em pratica o alerta de João 15:13 que nos convida: “Ninguém tem mais Amor do que este: De dar alguém a sua vida pelo seu irmão.”

 

Afinal, somos Maçons na verdadeira acepção da Ordem ou cegos de vaidade e orgulho, onde nos enquadramos com os chamados “maçons de avental”, cujas aparências exteriores lhes satisfazem, não manifestando nenhum interesse em desbastar a pedra bruta.
 

Tudo na vida é simples, ou somos imperfeitos ou somos do bem em busca da perfeição, plantamos o que desejarmos, não obstante, a misericórdia e a justiça divina ofertam-nos a colheita daquilo que semeamos.

Luz! Luz! Luz! 
Para todos!  
 
Walter Sarmento

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015



A SUBLIME SENTENÇA

 

Ao pé de templo enorme, a praça tumultua.

Ansiosa expectação na calçada poeirenta...

A massa encontra o Cristo e, trágica, apresenta

Consternada mulher a chorar seminua...

 

– “Adúltera, Senhor!” – velho escriba insinua.

“Que dizes, Mestre?” – insiste a multidão violenta –

“Somos o tribunal que a tradição sustenta,

A lei é apedrejar nos libelos da rua!”

 

– Fita o Mestre a infeliz que à miséria alanceia;

Inclina-se, em seguida, e escreve sobre a areia,

Como quem grava o sonho onde a vida não medra.

 

Depois, contempla em torno a malícia, o veneno,

E exclama para a turba, entre nobre e sereno:

– “Quem for puro entre vós, lance a primeira pedra!”
 

Francisco Antônio de carvalho Júnior





ORAÇÃO DO SERVO IMPERFEITO

 

Senhor!...

 

Dura é a pedra, entretanto, com a tua sabedoria, temos-la empregada em obras de segurança.

Violento é o fogo, todavia, sob a tua inspiração, foi ele posto em disciplina, em auxílio da inteligência.

Agressiva é a lâmina, no entanto, ao influxo de teu amparo, vemos-la piedosa, na caridade da cirurgia.

Enfermiço é o pântano, contudo, sob tua benevolência, encontramos-lo convertido em celeiro de flores.

Eu também trago comigo a dureza da pedra, a violência do fogo, a agressividade da lâmina e enfermidade do charco, mas com a tua bênção de amor, posso desfrutar o privilégio de cooperar na construção do teu reino!... Para isso, porém, Senhor, concede-me, por acréscimo de misericórdia, a felicidade de trabalhar e ensinar-me a receber o dom de servir.

 

Albino Teixeira