domingo, 31 de julho de 2011

UM BOM TESOURO


UM BOM TESOURO


"A boa educação é moeda de ouro, em toda parte tem valor."

Padre António Vieira, clérigo, escritor, jesuíta e orador de nacionalidade portuguesa. António Vieira, nasceu em 6 de fevereiro de 1608 em Lisboa, Portugal, tipo humano aquário, signo ar, regência saturno e urano. Faleceu em 18 de julho de 1697 em Bahia, Brasil com 89 anos de idade. Considerado o maior orador sacro da literatura de Portugal.

Veio a conquistar a estima do rei, que o fez seu confessor, conselheiro e pregador da corte, e o encarregou de algumas embaixadas na Europa.

Partiu para o Brasil com a família aos seis anos de idade. Freqüentou o Colégio dos Jesuítas, na Baía, tendo ingressado na Companhia de Jesus em 1623. Ordenado sacerdote em 1635, já então proferira alguns sermões e se iniciara na catequização dos indígenas. Em 1641, viajou para Portugal, integrando a comitiva de reconhecimento e homenagem ao novo monarca, D. João IV.

Veio, assim, a ocupar um lugar de destaque na vida do país; a sua intervenção na política nacional através da actividade de pregador, que se saldara já por denúncias e críticas à injustiça e à corrupção de colonos e administradores no Brasil, prosseguiu então, com o estímulo do combate à coroa espanhola. Tal passaria, segundo Vieira, pela moderação da perseguição inquisitorial aos cristãos-novos, de forma a salvaguardar os capitais destes e a sua contribuição para a Guerra de Independência. Tal posição valeu-lhe alguns ódios e o rancor da Inquisição. A sua luta em prol dos direitos dos índios brasileiros originou também reações por parte dos colonos: de regresso ao Brasil em 1652, Vieira foi portador de um decreto de libertação dos índios. Foi esta a sua fase de mais intensa ação evangélica. Com a morte de D. João IV, seu protetor, e tendo deflagrado conflitos entre os colonos e os missionários, estes últimos foram expulsos do Maranhão. Vieira, entre outros, foi levado em 1661 como prisioneiro para Lisboa.

Data do ano seguinte o seu "sermão da Epifania", constituindo uma defesa dos missionários e um ataque aos colonos. Apoiante de D. Pedro, foi perseguido pelos partidários de D. Afonso VI. Entretanto, a Inquisição, acusando-o de heresia, instaurou-lhe um processo e prendeu-o, entre 1665 e 1667. As acusações dirigiam-se à crença messiânica e visionária de Vieira. Apoiado nas "Trovas" do Bandarra e nas Sagradas Escrituras, profetizava a ressurreição de D. João IV, a quem caberia a concretização do Quinto Império português, que coincidiria com o reino de Cristo na Terra - Crença mítica descrita no texto "Esperanças de Portugal, Quinto Império do Mundo, primeira e segunda vida del-rei D. João IV". Entre 1669 e 1675 permaneceu em Roma e, de volta a Lisboa, iniciou a publicação dos seus Sermões, entre os quais se encontram os célebres Sermão de Santo António aos Peixes e o Sermão da Sexagésima. Regressou à Baía em 1581, tendo sido superior das missões do Brasil e Maranhão e, ainda, visitador do Brasil, 1688.

A obra de António Vieira, de que é indissociável a sua intensa ação como homem público, compõe-se de cerca de 200 sermões, mais de 500 cartas e uma série de documentos vários - De política, diplomacia, profecia, religião...

Neles demonstra uma profunda capacidade de análise e denúncia dos vícios humanos, com grande realismo e inteligência implacável na sua ação moralista. Simultaneamente, Vieira foi o visionário do Quinto Império, o idealista utópico e profético de um messianismo em que que se conjugavam as crenças sebastianistas tradicionais e as crenças messiânicas de origem judaica. Em ambos os casos, socorreu-se da sua extraordinária capacidade oratória, pela qual, num estilo claro, sedutor e simples, e segundo os preceitos escolásticos e retóricos da escola jesuíta, recorria a processos pseudo-lógicos de interpretação das escrituras, num discurso fortemente alegórico e metafórico, aplicando os sinais e passagens da Bíblia à realidade sua contemporânea. Os seus textos revelam um grande virtuosismo no domínio da língua e no domínio dos seus efeitos no auditório, expandindo cada motivo de forma dialética e envolvente, causando espanto pelas revelações e conseqüências do seu jogo de raciocínios, que por vezes se aproximam do maravilhoso. Exprimiu, de forma exemplar e viva, muitos dos princípios artísticos do barroco, o que levou, no iluminismo oitocentista, a um certo descrédito da sua figura.

Considerado frequentemente um dos paradigmas da prosa clássica portuguesa, foi o maior orador sacro da literatura do país e, simultaneamente, um dos maiores apologistas do messianismo nacional, que justificava todo o seu empenho na valorização e reforma da economia e na força política do país.

Os seus Sermões foram publicados entre 1679 e 1748. Conservam-se também as Cartas, 1735, a História do Futuro Livro Ante-Primeiro, 1718, obra do seu profetismo milenarista e uma "Defesa Perante o Tribunal do Santo Ofício", 1957, para além de uma série de outros textos variados, entre os quais se encontram os célebres "Sermão de Santo António aos Peixes" e "Sermão da Sexagésima".

Linha de tempo:

1614, Pai de Antônio Vieira, é nomeado escrivão da Relação na Bahia, Brasil.

1614, aos 6 anos parte para o Brasil, com família.

1614, Pai do Padre António Vieira, é nomeado escrivão da Relação na Bahia, Brasil.

1614, aos 6 anos parte para o Brasil, com a família.

1623, é aluno do Colégio dos Jesuítas na Baía; sente vocação religiosa.

1624, Os holandeses ocupam a cidade; os jesuítas, com Padre António Vieira, refugiam-se numa aldeia do sertão.

1633, prega pela primeira vez.

1635, é ordenado sacerdote, é mestre em artes e exerce a função de pregador.

1638, pronuncia nos anos seguintes alguns dos seus mais notáveis sermões.

1641, parte para Portugal na embaixada de fidelidade ao novo rei; é preso em Peniche no desembarque; torna-se amigo e confidente de João IV de Portugal.

1642, prega na Capela Real; publica um sermão avulso.

1643, na 'Proposta a El-Rei', João IV de Portugal, declara-se favorável aos cristãos novos e apresenta um plano de recuperação econômica.

1644, nomeado pregador régio.

1646, inicia atividade diplomática indo à Holanda.

1647, vai a França e fala com Mazarino.

1648, emite um parecer sobre a compra de Pernambuco aos holandeses; defende a criação da província do Alentejo.

1649, é ameaçado de expulsão da Ordem dos Jesuítas, mas D. João IV opõe-se.

1649, é ameaçado de expulsão da Ordem dos Jesuítas, mas João IV de Portugal, opõe-se.

1650, vai a Roma, para contratar o casamento de Dom Teodósio.

1652, parte para o Brasil como missionário no Maranhão.

1654, Sermão de Santo António aos peixes; Padre António Vieira, embarca para Lisboa a fim de obter novas leis favoráveis aos índios.

1655, prega na capital, entre outros, o Sermão da Sexagésima; regressa ao Maranhão com as novas leis.

1659, escreve Esperanças de Portugal, V Império do mundo.

1661, é expulso do Maranhão pelos colonos junto com os outros jesuítas.

1663, destarrado para Coimbra; depõe no Santo Ofício sobre a sua obra Esperanças de Portugal.

1664, escreve a História do Futuro; adoece gravemente.

1665, é preso pela Inquisição, depois mantido em custódia.

1666, entrega a sua defesa ao Tribunal; é interrogado inúmeras vezes.

1667, É lida a sentença que priva Padre António Vieira, da liberdade de pregar; Afonso VI, é afastado do trono.

1668, é mantido em custódia em Lisboa; pazes com Castela; é anistiado, mas impedido de falar ou escrever sobre certas matérias.

1669, chega a Roma, prega vários Sermões que lhe dão grande notoriedade na Corte Pontifícia e na da Rainha Cristina.

1669, combate os métodos da Inquisição em Portugal.

1669, defende novamente os cristãos novos.

1675, Breve do Papa que louva Padre António Vieira, e o isenta da Inquisição; regressa a Lisboa.

1679, Sai o primeiro volume dos Sermões; Padre António Vieira, recusa o convite da Rainha Cristina para seu confessor.

1681, volta à Baía e aos trabalhos de evangelização.

1683, intervém ativamente na defesa de seu irmão, Bernardo.

1688, é nomeado Visitador Geral dos Jesuítas no Brasil.

1691, resigna ao cargo por força da idade e da falta de saúde.



Charles Evaldo Boller

sábado, 30 de julho de 2011

OS CARGOS EM LOJA, NO REAA

Cid, Jorge e Alexandro na Loja Calixto Nóbrega nº15.

- OS CARGOS EM LOJA, NO REAA

Venerável Mestre - Primeiro Vigilante - Segundo Vigilante – Orador – Secretário – Tesoureiro – Chanceler - Mestre de Cerimônias – Hospitaleiro - Primeiro Diácono - Segundo Diácono - Primeiro Experto - Segundo Experto - Cobridor Interno - Cobridor Externo - Porta-Estandarte - Porta-Bandeira - Porta-Espada - Mestre de Harmonia -Mestre de Banquetes – Arquiteto.

Normalmente, possuem Adjuntos os cargos de Orador, Secretário, Chanceler, Tesoureiro, Hospitaleiro e Mestre de Cerimônias. Algumas Lojas podem ter também o 3º Experto.

- ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS, NO REAA

Venerável Mestre: como líder de seus Irmãos, compete-lhe dirigir a Loja, com serenidade, equilíbrio e senso de justiça. Como principal órgão administrativo da Oficina, nomeia membros da administração e comissões, fiscaliza a escrituração da Loja, inicia e confere Graus, procede à apuração de qualquer eleição ou escrutínio, decide questões de ordem, destina os papéis a ele encaminhados, assim como o expediente da Secretaria, assina o Livro de Atas, distribui sindicâncias, encerra o Livro de Presença, autoriza despesas ordinárias, apresenta relatórios de sua Administração, organiza e controla as discussões dos assuntos em pauta, com o máximo de isenção, mas com pulso firme.

1º Vigilante: além de substituir o Vem.’. Mestre em seus impedimentos e faltas, dirige a sua Coluna de obreiros, transmitindo as ordens do Venerável aos obreiros e ao 2º Vigilante, e encaminhando ao Venerável as informações do 2º Vigilante e dos outros obreiros (Cobridor, Hospitaleiro, Mestre de Cerimônias). Também pede ao Venerável a palavra para os obreiros de sua Coluna, dá-lhes as instruções e solicita aumento de salário para os Companheiros.

2º Vigilante: substitui o Venerável durante o impedimento concomitante deste e do 1ºVigilante. Substitui o 1º Vigilante, dirige os obreiros de sua Coluna, solicitando a palavra para eles, dando-lhes as instruções e solicitando aumento de salário dos Aprendizes.

Orador: como guarda da lei e representante do Ministério Público Maçônico, deve zelar pelo fiel cumprimento da Constituição e das leis, coibindo e denunciando, se for necessário, os eventuais abusos. Verifica a regularidade dos documentos, lê leis e decretos, dá as suas conclusões, exclusivamente do ponto de vista legal, sobre qualquer proposta, e produz as peças de arquitetura nas solenidades.

Secretário: redige as atas, procede à sua leitura e, depois da aprovação, as assina juntamente com o Venerável. Trata da expedição e recebimento de toda a correspondência, expede convites para as Sessões, passa certificados e certidões, organiza o Quadro de Obreiros, faz todas as comunicações solicitadas pelo Venerável ou pela Oficina, guarda e mantém em dia os livros de atas dos três Graus, além do livro de eleições e de matrícula dos Obreiros.

Tesoureiro: arrecada as receitas da Loja, pagando todas as despesas. Mantém o livro caixa em dia e apresenta um balanço, pelo menos a cada semestre. Funciona como depositário dos metais recolhidos pelo Hospitaleiro, apresenta no início do ano fiscal a proposta orçamentária, e zela pelo patrimônio financeiro da Loja.

Chanceler: é o depositário do timbre e do selo da Loja. Deve manter o livro de registro de todas as peças que tenha timbrado e selado. Mantém os Livros Negro e Amarelo. Zela pelo livro de presenças, que fica em sua mesa, e mantém o registro das presenças dos obreiros.

Mestre de Cerimônias: encarregado do cerimonial deve acompanhar todos os que se deslocam em Loja (com exceção dos Diáconos e do Hospitaleiro). Faz parte de todas as Comissões que introduzem autoridades e visitantes ilustres. Faz circular a Bolsa de Propostas e Informações, faz assinar, a quem de direito, a ata da sessão anterior e demais papéis que devam ser assinados. Conta os votos dos obreiros presentes, anuncia ao Venerável o resultado da votação, e apresenta o livro de presença aos retardatários.

Expertos: compete-lhes substituir os Vigilantes, desempenhar nas iniciações as funções contidas nos Rituais, e auxilia o Cobridor no telhamento de visitantes.

Hospitaleiro: faz circular a Bolsa do Tronco de Beneficência, ou de Solidariedade, cuida de toda a parte assistencial da Loja, propondo auxílios e zelando para que não sejam desvirtuados. Visita os obreiros enfermos, mantém um livro de receita e despesa e organiza o balanço semestral.

Cobridores (Interno e Externo): compete-lhes zelar pela segurança interna e externa do Templo, certificando-se da qualidade maçônica de todos os que se apresentem à porta do Templo. Devem também evitar que os obreiros abandonem o Templo sem a devida permissão do Venerável.

Diáconos: tratam da ornamentação e da preparação do Templo para as Sessões, devendo tratar com o Tesoureiro tudo o que envolva despesas, mantendo o livro de carga, onde lançarão os objetos a seu cargo.

Porta Bandeira: conduz, nas Sessões designadas, o Pavilhão Nacional, de acordo com o protocolo das Obediências.

Porta Estandarte: compete-lhe guardar e conduzir o estandarte da Loja, que deverá ficar guardado em um escrínio; só quando a Loja é declarada aberta é que ele alça o Estandarte, colocando-o depois em lugar bem visível, no Oriente. Quando a Loja é declarada fechada, ele recolhe o Estandarte e guarda-o

Mestre de Harmonia: deve cuidar de toda a trilha musical das Sessões tanto as eminentemente maçônicas quanto as abertas ao público (brancas), zelando também pela manutenção dos aparelhos de som necessários ao desempenho do seu cargo.

Mestre de Banquetes: compete-lhe promover os ágapes fraternais, bem como as Lojas de Mesa solsticiais (banquetes ritualísticos), providenciando tudo o que for necessário.

6º - Tanto os Aprendizes quanto os Companheiros não podem ocupar cargos em Loja. Somente quanto na falta de Irmãos do quadro é que poderão ser substituídos por Companheiros ou Aprendizes os seguintes cargos: Mestre de Harmonia, Experto ( sem entrar no oriente ) e Arquiteto.

Rio de Janeiro, 4 de maio de 2002

Antonio Rocha Fadista – M.’.I.’.



sexta-feira, 29 de julho de 2011

A Ignorância cega! O Conhecimento liberta!

O valoroso Past Master Valmir Sabino de Matos (de pé), retrata a beleza da
Maçonaria sob os olhares atentos do Venerável Mestre Iraildo do 1º Diácono
Francisco e ao fundo o irmão Alexandro.

A Ignorância cega! O Conhecimento liberta!



Nos últimos dez anos, percebe-se um grande avanço da ciência, na intenção legitima, de compreender uma percepção maior com relação às informações: de onde viemos, para onde vamos, que vemos, ouvimos, sentimos ou que tocamos.

A física quântica abre, para esperanças de todos nós, um mundo, até então, desconhecido, invisível, inconsciente, intocável, demonstrando a grandiosidade de nosso Criador. Na realidade, conforme Braden, no ano 2000, afirma que: “A Ciência Quântica sugere a existência de muitos possíveis futuros para nossas vidas, cada futuro situa-se em um estado de repouso até ser acordado por escolhas feitas no presente.”

Segundo Amit Goswami “A morte é quando a consciência pára de causar o colapso das possibilidades quânticas em eventos reais da experiência. Essa é a definição técnica da morte”. Torna-se preciso estudar a física Quântica na intenção de assimilar os conceitos hodiernos da programação neurolinguistica onde passaremos a viver a vida em toda sua beleza e entendermos o fenômeno chamado “morte”.

No livro Biologia da Crença, de Bruce Linpton, afirma: “Cheguei à conclusão que não somos vítimas de nossos genes e sim donos de nosso próprio destino, capazes de criar uma vida cheia de paz, felicidade e amor."

Todos os seres humanos são DEUS.

Nossas crenças controlam nossa mente, nossa vida e nosso corpo. Nossas crenças comandam nossa existência.

Percebemos que a mente consciente está muito além da mera programação genética. Nesse momento estamos evidenciando um fato novo, uma maneira nova de ver a vida, a existência nesse planeta.

“O pensamento positivo tem efeito profundo sobre nosso comportamento e sobre nossos genes, mas somente se estiverem em harmonia com nossa programação subconsciente e o mesmo vale para os pensamentos negativos.”

 
Apesar dos avanços da ciência, ainda não desfrutamos de conhecimentos que nos permitam entender os mecanismos de apoio e reciprocidade existentes entre as nossas moléculas do corpo físico, quais fatores determinam o espaço e distância entre as células.

 
Segundo Daniel Golemann, em sua obra Inteligência Emocional, argumenta que “Neste mundo polar tem sempre um pólo oposto e que nós podemos aprender o mundo por meio desses opostos. Para entender “pequeno”, precisamos do “grande”, o “bom” somente adquire sentido por meio do “mau” etc.”

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê".

No estudo Psicologia do futuro, Lições das Pesquisas Modernas de Consciência, de Stanilav Grof (2007, p.222), de valiosas e esclarecedoras informações a respeito de Espiritualidade e Religião, psique e cosmo, alcoolismo, etc, das dificuldades que construímos com relação à Tanatofobia, nosofobia e outras variedades de fobia. E cita um parecer de um monge Agostiniano alemão do século 17, quando disse: “O homem que morre antes de morrer não morre quando morre”.

Em Obras Póstumas, de ALLAN KARDEC registrou uma mensagem de Rossini, sendo médium o Sr. Nivart, que afirma: “A harmonia, a ciência e a virtude são as três concepções do Espírito; a primeira o extasia, a segunda o esclarece, a terceira o eleva. Possuídas em suas plenitudes, elas se confundem e constituem a pureza. Ó Espíritos puros que as contendes! Descei às nossas trevas e clareai a nossa marcha; mostrai-nos o caminho que tomastes, a fim de que sigamos as vossas pegadas!”

 
“O programa da Doutrina Espírita não será, pois, invariável senão sobre os princípios passados ao estado de verdades constatadas; para os outros, não os admitirá, como sempre fez, senão a título de hipóteses, até a sua confirmação. Se lhe for demonstrado que está em erro sobre um ponto, modificar-se-á nesse ponto.”

 
“A verdade absoluta é eterna, e, por isso mesmo, invariável; mas quem pode se gabar de possuí-la inteiramente? No estado de imperfeição de nossos conhecimentos, o que nos parece falso hoje, pode ser reconhecido verdadeiro amanhã, em conseqüência da descoberta de novas leis; assim o é na ordem moral como na ordem física. É contra essa eventualidade que a Doutrina não deve jamais se encontrar desguarnecida. O princípio progressivo, que ela inscreveu em seu código, será a salvaguarda de sua perpetuidade, e sua unidade será mantida precisamente porque ela não repousa sobre o princípio da imobilidade.”
 
Finalizamos, com uma reflexão de Deepack Chopra em destacando com grande maestria o nosso porvir: “Quer saber como vai estar amanhã, observe o que está pensando e fazendo hoje!”


Referências:

- Obras Póstumas, Allan Kardec.
- Psicologia do Futuro, Stanislav Grof.
- Inteligência Emocional, Daniel Golemann.
- Biologia da Crença, Bruce Linpton.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O SÉCULO XXI E A MAÇONARIA


O SÉCULO XXI E A MAÇONARIA
(Breno Trautwein)

“O motor da mudança não é tecnológico, mas humano. Assim, a organização do futuro deverá ser coerente com a aspiração das pessoas por auto-respeito e auto-realização”. William O’Brien.

Por que a evasão de maçons das Lojas?

Entre muitos fatores temos: grupelhos de dominação, reuniões má elaboradas; criando uma rotina monótona, os parladores permanentes sem qualquer mensagem, a falta de um objetivo para a Loja, ou para o potência, ou para a Ordem; de um modo geral: a falta de uma administração efetiva e programada.

Se a Maçonaria fosse uma empresa, ela estaria falida, porquanto o seu regime de Governo está mais para a monarquia absoluta, do que para uma república democrática; pois os dirigentes, desde as lojas até os grão-mestres, são de um modo geral prepotentes e incompetentes em matéria de planejamento administrativo. São mais ditadores, do que os companheiros fraternais desta romagem terrestre.

Outro aspecto a ser abordado é o ponto de vista do cliente maçônico.

O que eles buscam nas lojas e na fraternidade?

Seria somente o auto-respeito e a auto-realização? Ou haverá outras causas?

Analisando a sociedade, no momento, notamos de um lado a busca do hedonismo animalizado pela sensualidade, pela glutanoria, pela evasão dos lugares de vivência para lugares exóticos; num falso prazer ótico, é a busca incessante de sensações e emoções a fim de satisfazer o nosso primitivo cérebro reptiliano. D’outro lado a procura da religião, também, dentro do primarismo de satisfazer as necessidades materiais, e não as espirituais.

Infelizmente, as religiões abastardam-se num comércio de benesses arrancadas de Deus a custa de pagamentos pecuniários, de magia evocativa ou gestual, através da interferência de um representante celeste na Terra, e, sobretudo, a resignação de viver na miséria e na dor, para poder ganhar o céu e ficar estático pela eternidade, olhando e adorando o criador.

Logicamente, os clientes da Maçonaria não pertencem aos epicuristas materialistas, mas ao grupo que procura uma nova perspectiva para suas aspirações espirituais. Possivelmente, passaram pelo misticismo animista e moralista, estão investigando uma outra forma de crença, para satisfazer-lhes a racionalidade: um misticismo racional.

Num século de profundo egoísmo, gerando um individualismo selvagem; onde não tem lugar para os afetos humanos.

Há somente o interesse em explorar o outro para o próprio benefício econômico. Neste ambiente social de guerras de todos os tipos, os homens vão atrás de uma paz, de compreensão, de comunhão com todos aqueles que têm as mesmas aspirações.

Chegando as lojas, após a bela dramatização da iniciação; depois a elevação; mais tarde a exaltação; se ele não for bastante desembaraçado e curioso, passará a ser simples espectador de cenas que se repetem monotonamente, sessões após sessões, sem qualquer organização, motivação, ou uma ação global para todos os participantes; levando-os as situações inquietantes geradoras de:

a) desinteresse pelos conteúdos e atividades propostas pelas lojas; e

b) insatisfação em relação ao que fazem e como fazem.

Nada encontrando de útil para si, o cliente deixa de comprar o produto supérfluo, mal-embalado, e às vezes caro, não lhe restando outra solução: o abandono.

Modernamente, considerando algumas idéias profanas numa visão mais atualizada da administração de uma empresa vencedora, teríamos os métodos dos sistemas, de uma Organização de Alto Desempenho, ou uma das mais em moda:
Gerência para a Qualidade Total, cujos princípios básicos seria criar uma organização capaz de adaptar-se as novas tecnologias, as novas condições ambientais geradas pelos nossos valores humanos, além de ser flexível, e ainda em relação à Maçonaria, haveria, dentre outros os seguintes propósitos:

1) desenvolver lideranças efetivas;

2) investir em tecnologia de informação para obter respostas rápidas;

3) adotar um sistema eficaz de comunicação; e

4) fazer o planejamento estratégico em todos os níveis com metas bem definidas, objetivos bem
operacionais.

Tudo isto como um começo para, segundo o filósofo colombiano Bernardo Toro, as principais competências pessoais para o próximo século serão:

1) alta competência em leitura e escrita;

2) alta competência em cálculo matemático e resolução de problemas;

3) alta competência em expressão escrita: precisão para descrever, precisão para analisar e comparar,
precisão para expressar o próprio pensamento;

4) capacidade para descrever, analisar e criticar o ambiente social;

5) capacidade para recepção crítica dos meios de comunicação de massas;

6) capacidade para criar, trabalhar e decidir em grupo: aprendizagem cooperativa; e

7) capacidade para localizar, ter acesso e usar informações acumuladas (guardados em bancos de dados).

Estas são algumas proposições sobre as qualidades do homem para o século XXI, e não nos podemos esquecer que a Maçonaria é herdeira do Humanismo medieval, centrado no indivíduo, o qual para o futuro deveria não só saber usar a tecnologia, mais em especial a de informação, e poderíamos desde já pensarmos numa rede de computadores de cada potência, reunidas numa rede geral de todas elas.

Para chegarmos ao milênio que se avizinha, torna-se evidente a necessidade de abandonarmos dogmas e preconceitosmde um passado obscuro, e iniciarmos a viver o aqui e agora, analisando e criticando as arcaicas estruturas maçônicas legais, organizacionais, filosóficas, de usos e costumes, e mesmo ritualísticas.

O tempo não espera. Ele passa rápido destruindo as estruturas de alto gasto energético, e construindo composições mais econômicas e eficazes. Ou se evolui ou se perece, não há terceira opção.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

DOS DIVERSOS TIPOS DE IRMÃOS MAÇONS


DOS DIVERSOS TIPOS DE IRMÃOS MAÇONS

Há aqueles Irmãos que ingressam na Ordem apenas para dela tira proveito. Como não conseguem, com a facilidade esperada, a abandonam. Só reaparecem quando estão necessitando de algo. Vivem, na vida profana, se gabando da condição de maçom com um objetivo definido.

Há aqueles que entram por simples curiosidade, sem outra razão maior. Ao conhecerem, não se entusiasmam e desaparecem.

Há aqueles que ingressam para se verem livres da insistência de seus padrinhos e, aos poucos vão pulando fora.

Há os que ingressam, se entusiasmam e gostam da nossa filosofia, mas são tragados pela própria vaidade ao não se mostrarem humildes quando não escolhidos para algum cargo importante na Loja. Transferem-se ou criam outras Lojas onde lhes espera a glória de assumirem altos cargos, dando uma demonstração de como não deve ser o maçom.

Há aqueles que ingressam, acham tudo bom e bonito, são freqüentes, participam das sessões se divertindo, conversando nas colunas - apesar de ser proibido - e vão levando, como se a Maçonaria fosse um clube recreativo. Só se irritam quando a sessão demora mais do que acham razoável e pedem para cobrir o Templo indo esperar o término da sessão no salão.

Há os que entram para a Instituição, tem as primeiras instruções, e sem humildade começam a fazer questionamentos, não com o intuito de aprender, mas de ver se constrangem algum Irmão de grau mais alto.

Não raro conseguem pela razão de todos conhecidos: Falta (com as exceções de sempre), de conhecimento do Mestre. Mais tarde como Mestres sentem vergonha de terem agido assim.

Há aqueles que estão sempre atentos a qualquer falha da administração ou de qualquer Irmão, para pedir a palavra e fazer uma crítica. Orgulham-se em mostrar que estão atentos. Mas só para eventuais falhas, pois, as coisas boas que são apresentadas em Loja não merecem a sua atenção. Desse tipo de Irmão nunca se ouvirá uma palavra de apoio, de ensinamento, de carinho por seus Irmãos.

Há aqueles que não conseguem se controlar quando um Irmão se excede no uso da palavra. Agitam-se, se irritam, apontam para o relógio, arrastam o pé. Muitas vezes, ou na totalidade das vezes que isso ocorre, suas mentes se fecham para a mensagem que o Irmão está transmitindo, mesmo que seja valiosa e interessante. Para esses Irmãos falta tolerância e paciência, que devem ser constantes no maçom.

Abrindo um parêntesis: (Há aqueles, que realmente se excedem no uso da palavra. Repetem tudo o que já foi dito por outros Irmãos e muitas vezes ficam divagando sobre um tema, lançando um assunto a outro completamente diferente e, ao final, após falarem bastante, acrescentaram muito pouco a bagagem cultural dos Irmãos. Esse tipo de Irmãos têm o prazer de discursar quando deveriam ser sintéticos e dar às suas palavras um sentido de utilidade. Infelizmente há casos sem remédio. O que fazer? Há que se munir de toda a paciência e tolerância possíveis e procurar sugar do discurso algo que seja de interesse.)

Há também, felizmente, um tipo especial de maçom que representa a grande maioria dos nossos quadros. São os Irmãos que bem escolhidos, muito antes mesmos de serem iniciados na Ordem, já levavam dentro de si aquilo que chamamos de Espírito Maçônico, ou seja: que sabem mesmo que ninguém os tenha ensinado, que a Maçonaria é uma Instituição onde deve haver doação ao invés de busca de favorecimentos; humildade ao invés de vaidade; comprometimento ao invés de indiferença. E que é o lugar certo para, pelo estudo, buscarem sua elevação moral, intelectual e espiritual.

Fonte: UNIMEB.COM.BR

terça-feira, 26 de julho de 2011

Cristianismo

Assis e Fernando à esquerda sentados, ao fundo o 1º Vigilante Nonato, Josélio
Ramos falando aos irmãos e João Batista sentado.

Cristianismo



INFLUÊNCIA PROTESTANTE

É inegável que a Maçonaria Moderna foi organizada sob influencia protestante. Os redatores do primeiro Estatuto (Anderson e Desaguliers) por suas crenças, não poderiam deixar de introduzir princípios evangélicos na nova organização, principalmente devido ao fim a que ela se destinava. Provavelmente devido a tais princípios, a Maçonaria se desenvolveu muito nos países onde predominava a influencia protestante (Inglaterra. Alemanha e América do Norte), propagando-se depois para o resto do mundo.*

A MAÇONARIA E OS BATISTAS NO BRASIL

Os emigrados dos EUA que se estabeleceram em Santa Bárbara em São Paulo fundaram em 10/09/1871 a Igreja Batista em Santa Bárbara (4. pg. 230), a primeira Igreja Batista estabelecida em solo brasileiro (Pr. Richard Ratcliff), fundaram também em 1874 a Loja Maçônica “George Washington” (4, pg. 44), onde se encontravam cerca de oito batistas sendo que pelo menos cinco deles foram também fundadores da Primeira Igreja, entre eles estava o Pr. Robert Porter Thomas .
O Pr. Thomas foi interino por diversas oportunidades tanto na Primeira Igreja quanto na Igreja da Estação (2a), fundada em 02/11/1879 (Pr. Elias Hoton Quillin). O pastorado interino do Pr. Thomas nas duas Igrejas somou cerca de 25 anos de profícuo trabalho, sendo o que mais tempo pastoreou tais Igrejas.
Em 12/07/1880, a pedido da Igreja da Estação, foi formado um Concílio reunindo as duas Igrejas, para Recepção e Consagração ao Ministério do Irmão Antônio Teixeira de Albuquerque, tendo sido batizado pelo Pr. Thomas. Foi moderador do Concílio que se realizou no salão da Loja Maçônica, o Pr. Ouillin, conforme se descreve na carta subscrita pelo
moderador e pelo secretário do Concílio (4, pg. 249 – tradução e pg. 407 fac-símile do original) ao Foreign Mission Board of fhe Soufhern Baptist Convention (Richmond, VA., U. S.A. ).
Destaco o fato curioso de que o Primeiro Pastor Batista Brasileiro, além de ter sido batizado por um Pastor que era Maçom foi ainda consagrado ao Ministério da Palavra no salão da Loja Maçônica.
É importante recordar que a Igreja em Santa Bárbara era uma igreja missionária. Foi ela que insistiu e conseguiu, que a “Junta de Richmond” nomeasse missionários para o Brasil, estabelecendo-se então em Sta. Bárbara a “Missão Batista no Brasil”. O primeiro missionário foi o Pr. Ouillin (1878), com sustento próprio. Seguiram-se, sustentados pela “Junta”: Bagby (1880), Taylor (1882), Soper (1885), Putheff (1885) e outros sendo que Bagby, Soper e Putheff foram pastores da Igreja em Sta. Bárbara, que tinha entre seus membros, um expressivo grupo de maçons Em 1921, Salomão Luiz Ginsburg, Missionário da Junta de Missões Estrangeiras de Richmond, publicou o seu livro “Um Judeu Errante no Brasil “, sua autobiografia. Encontra-se em algumas partes de seu relato a descrição de sua condição de Maçom (5, pg. 82 e 83 ).**
Da imensa obra de Ginsburg desejo destacar poucos tópicos. Foi Ginsburg o editor do primeiro Cantor Cristão (16 hinos) em 1891 e na edição atual do referido Cantor ele aparece como Autor ou Tradutor de 102 hinos.
Destaco ainda, conforme nos informa o Pr. Ebenezer Soares Ferreira (veja O Jornal Batista nº 30 de 24/07/94), Ginsburg foi o fundador, na cidade de São Fidélis no Estado do Rio de Janeiro, da Loja Maçônica Auxílio à Virtude (02/07/1894) e da “Egreja DE CHRISTO, CHAMADA BATISTA” (27/07/1894). que foi a primeira Igreja Batista em São Fidélis Segundo o mesmo autor (9, pg. 64), o primeiro Templo Batista construído no Brasil, foi o da Primeira Igreja Batista de Campos, edificado sob o pastorado de Salomão Ginsburg e com a colaboração financeira dos Maçons.
O Pastor José de Souza Marques, que foi Presidente da Convenção Batista Carioca e da Convenção Batista Brasileira, tendo em 1940, na Convenção da Bahia, organizado a Aliança dos Pastores Batistas Brasileiros, que mais tarde tomou o nome de Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, permanecendo em sua Presidência até 1962, cujo fruto todos conhecem, exerceu cargos importantes na administração maçônica, tendo sido inclusive presidente, por muito tempo, do Supremo Tribunal de Justiça Maçônica. Ainda hoje, a única foto existente no Salão do Conselho do Palácio Maçônico do Lavradio, é a do Pr. Souza Marques. No mesmo Palácio, a sala de Tribunal de Justiça tem o nome de José de Souza Marques. Foi também Membro Efetivo do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito, encontrando-se em sua sede em exposição, um retrato pintado a óleo do Pastor Souza Marques.
Inúmeros outros Homens de Fé, verdadeiros cristãos, inclusive batistas de relevância na Denominação, têm sido maçons sem encontrar incompatibilidades entre a Fé Cristã e a prática Maçônica. ***

OS ADVERSÁRIOS DA MAÇONARIA

Existem pessoas que têm razões para se oporem à Maçonaria. Todos os que defendem princípios contrários aos princípios maçônicos são adversários da maçonaria. Entre tais destacamos: Os Papas da Igreja Romana, os sectários contrários ao livre arbítrio, os totalitários (nazistas, comunistas, membros da TFP e outros); os fanáticos e muitos outros.
A perseguição aos Maçons, devido aos princípios que defendem, é antiga.
O primeiro documento encontrado combatendo a Maçonaria é uma Capitular de Carlos Magno do ano de 779, proibindo a reunião de Guíldas. As autoridades laicas alegavam que os associados se reuniam em banquetes periódicos a fim de se entregarem ao vício da embriaguez, e as autoridades eclesiásticas afirmavam que a perseguição que moviam contra as Guildas era por causa do juramento. Diziam-se preocupadas pela salvação da alma do jurador no caso dele perjurar-se. Na realidade, tentavam com semelhantes pretextos especiosos, impedir o funcionamento das Gui1das temidas politicamente (8, pg. 46).
A perseguição dos Papas da Igreja Romana contra a Maçonaria começou pela edição da Bula “II Eminenti” (6, pg. 379) em 28 de abril de 1738, por Clemente XII e até 1907 seguiram-se mais 25 documentos entre “Bulas”, “Encíclicas” e outros, de ataque à Maçonaria.
Em 18/05/1751, o papa Bento XIV publicou a Bula “Providas” (6, pg. 381), onde, referindo-se à “II Eminenti”, declarou: “Finalmente, entre as causas mais graves das supraditas proibições e ordenações enunciadas na constituição acima inserida a primeira é: Que nas sociedades e
assembléias secretas, estão filiados indistintamente homens de todos os credos; daí ser evidente a resultante de um.grande perigo para a pureza da religião Católica.”
Seguem-se mais cinco causas; proclamando-se contra a obrigação do segredo, a forma de compromisso, a liberdade de reunião e outras.
Conclama os Bispos, Superiores, Prelados e Ordinários, a não deixarem de solicitar o poder secular, para a execução das referidas regras.
Foi assim decretada a “Inquisição” contra os Maçons, pela oposição papal à Instituição, com as conseqüências que a história amplamente registra.
Outros cristãos têm se manifestado contra a Maçonaria; os Neopentecostais, os undamentalistas modernos os Cismáticos e outros.****
É interessante notar que as causas de oposição dos modernos adversários dos maçons são muito antigas, são as mesmas utilizadas pelos papas na antiguidade.
Entre os cismáticos devemos destacar o Ex. Ministro presbiteriano Eduardo Carlos Pereira, que no início do século, com a oposição aos Maçons dentro da Igreja Presbiteriana, conseguiu separar-se com seus seguidores estabelecendo a Igreja Presbiteriana Independente. O tema
tem sido tratado em muitas Igrejas, sempre visando provar que a Maçonaria é Seita ou Religião, para poderem assim combatê-la com facilidade no meio Cristão. O maçom Rev. Presbiteriano Jorge Buarque Lyra, respondeu à altura as questões postas por Eduardo Pereira”.

NOTAS
* Bruno de Bonis é cristão evangélico, diácono da Igreja Batista do Méier, no Rio de Janeiro, membro ativo da Loja Maçônica Trabalho e Liberdade n° 1391, filiada ao Grande Oriente Estadual do Rio de Janeiro (GOB).
** Salomão Luiz Ginsburg fundou, em 1902, o Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, o qual, no próximo ano estará comemorando o seu Centenário, inclusive com a realização da Assembléia Anual da Convenção Batista Brasileira nesta Cidade do Recife como parte da efeméride.
Salomão Ginsburg toi membro da “Duke de Clarence Lodge°, na Cidade de Salvador, da , Restauração Pernambucana, em Recife e, na jurisdição da Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo é patrono da Loja nº 3 – Loja Salomão Ginsburg.
*** David Mein, reitor do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, durante quarenta anos, Pastor da Igreja Batista do Cordeiro (segunda Igreja Batista fundada na Capital), Presidente da Convenção Batista Brasileira em várias oportunidades, foi maçom atuante, membro da Loja Cavaleiros da Cruz.
**** A obra “Antimaçonaria e os Movimentos Fundamentalistas do Fim do Século XX”. de autoria de Descartes de Souza Teixeira, cristão batista, maçom ativo, membro da Grande Loja Maçônica de São Paulo, traça um perfil detalhado dos movimentos antimaçônicos entres os evangélicos.

 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1 – Aslan, Nicola, A Maçonaria Operativa, Editora Aurora Ltda, Rio de Janeiro (RJ), 1979.
2 – Constituições dos Franco-Maçons de 1723 (As), Reprodução do original e tradução de João Nery Guimarães, Editora A Fraternidade, São Paulo (SP), 1982.
3 - Autores Diversos, O Cantor Cristão, JUERP, Rio de Janeiro (RJ), 1971,4a. edição com música.
4 - Oliveira, Betty Antunes de, Centelha em Restolho Seco, Edição da Autora, Rio de Janeiro (RJ), 1985.
5 – Ginsburg, Salomão Luiz, Um Judeu Errante no Brasil, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro (RJ), 1970, 2a. edição.
6 – Aslan, Nicola, A História da Maçonaria, Editora Espiritualista Ltda, Rio de Janeiro (Rl), 1959.
7 - Ferreira, Ebenezer Soares, História dos Batistas Fluminenses , Rio de Janeiro (RJ), Edição do Autor, s.d
8 – Aslan, Nicola, Histórica Geral da Maçonaria – Período Opera Ivo, Gráfica e Fditora Aurora Ltda, Rio de Janeiro (RJ), 1979.
9 - Reimer, Haroldo, Maçonaria – A resposta a uma carta. Edições Cristãs, Ourinhos (SP)- s.d.
10 – Pereira, Carlos Eduardo, A Maçonaria e a Igreja Cristã, Livraria Independente Editora, São Paulo (SP), 1945, 3a edição.
11- Lyra,.Jorge Buarque, A Maçonaria e o Cristianismo, Editora Espiritualista Ltda, Rio de Janeiro(RJ), 1971, 4a edição.
12 – Prober, Kurt, A História do Supremo Conselho do Grau 33 o Brasil, Livraria Kosmos Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1 981.
13 – Pereira, I. Reis, A História dos Batistas no Brasil, JUERP, Rio de Janeiro (RJ), 1982

Fonte: WWW.UNIMAB.COM.BR



segunda-feira, 25 de julho de 2011

TOLERÂNCIA NÃO COMBINA COM CONIVÊNCIA





Para o Car.'. Ir.'.
"TOLERÂNCIA NÃO COMBINA COM CONIVÊNCIA"

Uma das palavras mais ouvidas e lidas no mundo maçônico é a tolerância.
O maçom é um Ser livre, ou seja, livre pensador, livre caminhante e de bons costumes, que significa ético, buscador de uma moral mais espiritualizada. No convívio em loja, nos deparamos com situações
incongruentes com os ideais da Arte Real e, muitas vezes, nos calamos por conformismo, passividade, "politiquice", ou ainda nos escudamos na tolerância erroneamente compreendida.

Reconhecendo nossa própria mortalidade e pequenez, somos capazes de tolerar a falta de cultura do irmão por entendermos que em nosso país o acesso aos livros é privilégio de poucos, porém, não devemos nos abster de estimulá-lo a leitura (dando textos, emprestando livros, orientando em pesquisa, etc.)
Devemos tolerar as faltas dos Irmãos que comprovadamente estão impossibilitados de comparecer por motivos justos (doença e trabalho), entretanto não ser coniventes com omissões e malandragens. O maçom tem que ter palavra. No questionário de proposta, ele se comprometeu em ter pelo menos uma noite livre. Ele é um dente na engrenagem e sua falta afeta em vários prismas (formação da egrégora, composição dos cargos, comparecimento no tronco e mal exemplo). Você não acha? Então descruze
os braços e tome uma atitude, pois quem cala consente.

E nos metais? Quanta inadimplência! Como iremos tolerar o Irmão que alega não contribuir por falta de dinheiro, crise no setor profissional, doença do sobrinho, mas quando observamos suas doações nos bares, sua vida regada num universo de soberba e hedonismo nos questionamos. O não contribuir neste caso, é trair o compromisso com a loja, é jogar na lama a palavra que deu no momento de sua iniciação.

Vamos ter mais atenção e critério ao escolher nossos "afilhados".

Vejamos como procede em sua casa e no trabalho, observemos sua postura nos relacionamentos interpessoais e, consequentemente, sua atitude em grupo. A maçonaria é antes de tudo, uma equipe. Sondemos, investiguemos com profundidade e só depois apresentemos sua pré-proposta. Caso
falhemos, não o iniciemos, caso já seja iniciado, não o elevemos, caso seja elevado, não o exaltemos e caso já seja um mestre, o cobriremos a bem da Arte Real. Lugar de Maçom é em Loja. Ao profano de avental, tchau e um abraço...

Para ser um bom Venerável Mestre não é necessário elevar fulano, exaltar beltrano, etc. não se mensura uma administração por isso, entretanto pela qualidade de maçonaria que desenvolveu.
Não deve haver dois pesos e duas medidas (pau que dá em Chico se dá, também em Francisco).

A maçonaria enquanto filosofia, ideal e propósito é a flor mais bela no jardim do Grande Arquiteto Do Universo. Regue-a com justa medida, amor e respeito.
Obrigado, Grande Arquiteto Do Universo pelo privilégio de poder colocar três pontos no final de minha assinatura.

Otávio M. Vieira - Mestre Maçom - Loja "Estrela do Norte Sete n.º69" da Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro.

SSS.'.

Autor : OTAVIO M. VIEIRA E-mail: cgoncalves@polmil.sp.gov.br Outros dados: Loja "Estrela do Norte Sete n.º69" da Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro. 
Atenção : Comentários sobre o artigo, dirija-se ao autor através seu e-mail.









domingo, 24 de julho de 2011

ATHENA


Atenas - Partenon e Acropólis. - Berço da civilização européia.






ATHENA
(presença da cultura grega)

Tem duas formas, ou modos, o que chamamos cultura. Não é a cultura senão o aperfeiçoamento subjetivo da vida. Esse aperfeiçoamento é direto ou indireto; ao primeiro se chama arte, ciência ao segundo. Pela arte nos aperfeiçoamos a nós; pela ciência aperfeiçoamos em nós o nosso conceito, ou ilusão, do mundo.

Como, porém, o nosso conceito do mundo compreende o que fazemos de nós mesmos, e, por outra parte, no conceito, que de nós formamos, se contêm o que formamos das sensações, pelas quais o mundo nos é dado; sucede que em seus fundamentos subjetivos, e portanto na maior perfeição em nós -- que não é senão a sua maior conformidade com esses mesmos fundamentos --, a arte se mistura com a ciência, a ciência se confunde com a arte.

Com tal assiduidade e estudo se empregam os sumos artistas no conhecimento das matérias, de que hão de servir-se, que antes parecem sábios do que imaginam, que aprendizes da sua imaginação. Nem escasseiam, assim nas obras como nos dizeres dos grandes sabedores, lucilações lógicas do sublime; em a lição deles se inventou o dito, o belo é o esplendor do vero, que a tradição exemplarmente errônea, atribuiu a Platão. E na ação mais perfeita que nos figuramos -- a dos que chamamos deuses -- a unamos por instinto as duas formas da cultura: figuramo-los criando como artistas, sabendo como sábios, porém em um só ato; pois o que criam, o criam inteiramente, como verdade, que não como criação; e o que sabem, o sabem inteiramente, porque o não descobriram mas criaram.

Se é lícito que aceitemos que a alma se divide em duas partes -- uma como material, a outra puro espírito --, de qualquer conjunto ou homem hoje civilizado, que deve a primeira à nação que é ou em que nasceu, a segunda à Grécia antiga. Excetas as forças cegas da Natureza, disse Sumner Maine, quanto neste mundo se move, é grego na sua origem.

Estes gregos, que ainda nos governam de além dos próprios túmulos desfeitos, figuraram em dois deuses a produção da arte, cujas formas todas lhes devemos, e de que só não criaram a necessidade e a imperfeição. Figuraram em o deus Apolo a liga instintiva da sensibilidade com o entendimento, em cuja ação a arte tem origem como beleza. Figuraram em a deusa Athena a união da arte e da ciência, em cujo efeito a arte (como também a ciência) tem origem como perfeição. Sob o influxo do deus nasce o poeta, entendendo nós por poesia, como outros, o princípio animador de todas as artes; com o auxílio da deusa se forma o artista.

Com esta ordem de símbolos -- e assim nesta matéria como em outras -- ensinaram os gregos que tudo é de origem divina, isto é, estranho ao nosso entendimento, e alheio à nossa vontade. Somos só o que nos fizeram ser, e dormimos com sonhos, servos orgulhosos neles da liberdade que nem neles temos. Por isso o nascitur que se diz do poeta, se aplica também a metade do artista. Não se aprende a ser artista; aprende-se porém a saber sê-lo. Em certo modo, contudo, quanto maior o artista nato, maior a sua capacidade para ser mais que o artista nato. Cada um tem o Apolo que busca, e terá a Athena que buscar. Tanto o que temos, porém, como o que teremos, já nos está dado, porque tudo é lógico. Deus geometriza, disse Platão.

Idéias Estéticas da Arte
Fernando Pessoa.



sábado, 23 de julho de 2011

Humor


Para descontrair

 

O marido lê um artigo de uma revista à mulher sobre quantas palavras usam as mulheres por dia:
- Sabias que as mulheres usam 30 000 palavras por dia enquanto os homens apenas usam 15000?
A mulher contesta:
- Isso deve-se ao facto de termos que repetir tudo o que dizemos aos homens...
O homem vira-se para a mulher e diz
- O quê?



(Dedicada aos meus queridos amigos e amigas advogados/as)

Um chefão da Máfia descobriu que o seu contabilista tinha desviado 10 milhões de euros da caixa.
O contabilista era surdo-mudo. Por isto fora admitido, pois nada poderia ouvir e, em caso de um eventual processo, não poderia depor como testemunha.

Quando o chefão lhe foi dar um aperto sobre o paradeiro dos 10 milhões, levou com ele a sua advogada, que sabia linguagem gestual.
O chefão perguntou ao contabilista:
- Onde estão os 10 milhões que você roubou?
A advogada, usando a linguagem gestual, transmitiu a pergunta ao contabilista que logo respondeu, também em linguagem gestual:
- Eu não sei de que estão vocês a falar.

A advogada traduziu para o chefão:
- Ele disse não saber do que se trata.
O mafioso sacou uma pistola 45 e encostou-a na testa do contabilista, gritando:
- Pergunte-lhe de novo.
A advogada, sinalizando, disse ao infeliz:
- Ele vai matá-lo se você não disser onde está o dinheiro.

O contabilista sinalizou em resposta:
- Ok, vocês venceram! O dinheiro está numa mala de couro castanha, que está enterrada no quintal da casa de meu primo Giani, no n.º 40, da Rua 26, no bairro Santa Marta!

O mafioso perguntou à advogada:
- O que foi que ele disse?
A advogada respondeu:
- Ele disse que não tem medo de paneleiros e que você não é macho o bastante para puxar o gatilho...



Fonte: http://fabulas1.blogspot.com



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Confiança




Confiança

Conta a historia que existiu um lenhador que acordava às seis da manhã  e trabalhava o dia inteiro cortando lenha. Só parava tarde da noite.

Esse lenhador tinha um filho lindo, de poucos meses, e uma raposa, sua  amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.

Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites, ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com a sua chegada.

Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem e, portanto, não era confiável. Quando ela sentisse fome, comeria a criança. O lenhador, sempre retrucando com os vizinhos, falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso.

Os vizinhos insistiam:

- Lenhador, abra os olhos!! A raposa vai comer seu filho. Quando sentir fome, comerá seu filho!!

Um dia o lenhador, exausto do trabalho e muito cansado desses comentários, ao chegar em casa, viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensanguentada. O lenhador suou frio e, sem pensar, acertou duas vezes o machado na cabeça da raposa. Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranquilamente e ao lado uma cobra morta.

Moral da historia: Quantas vezes somos influenciados pelas opiniões dos outros? Quantas vezes julgamos sem saber os dois lados de uma questão?
Devemos confiar em nós mesmos, em nosso potencial, em nossos sonhos.
Confiar em quem mais confia em nós: DEUS.

P.S. NÃO FOI INFORMADO AUTORIA DO TEXTO