sexta-feira, 31 de março de 2017


BREVIÁRIO MAÇÔNICO – CIVISMO

 

O civismo é o respeito à pátria, nela compreendida a autoridade que a administra. Os maçons "juram" fidelidade à pátria e aos governos legitimamente instalados. A Maçonaria cultiva o civismo, comemorando as datas históricas pátrias, a bandeira, o escudo e os vultos que se destacaram. Apesar de a Maçonaria ter caráter universal, pátrias sem fronteiras; o culto à pátria onde tem sua sede lhe é sagrado; qualquer evento histórico maior sempre irá inspirá-lo, seja como maçom individual, seja como instituição. Contudo, não bastam as festividades; é preciso tomar parte nos eventos do dia a dia, prestar auxílio aos necessitados, empreender tudo para que os governos administrem com justiça e equidade. Orientar a própria família para que os filhos possam ser cidadãos leais; instruir-se para conhecer os hinos patrióticos, os feitos de nossos heróis. Participar das discussões preliminares que culminam em leis, enfim, participar com o seu voto para que haja democracia. O maçom, antes de tudo, é um democrata. Luta para manter essa democracia, que lhe garante a liberdade de reunião e de pensamento.

 

. Ir.·. RIZZARDO DA CAMINO

 

JORNAL DO APRENDIZ

EDIÇÃO Nº 99 MARÇO 2017 - 16 A 30

Produzido pela ARLS AMPARO DA VIRTUDE, 0276

Pesqueira - PERNAMBUCO

quinta-feira, 30 de março de 2017


Como identificar um maçom?

 

A alegria que invade um maçom pelo trabalho que realiza em favor do próximo, é espiritual e indescritível. Lembrando, tudo evolui, hoje, não vale só falar, possuir cargos, usar tribuna e falar da boca para fora, sem amor, denotando cultura e domínio do vernáculo, sem nada de ação em benefício de sua íntima melhora, para agigantar seu entusiasmo de levantar templos às virtudes.

Não mais necessitamos do drama da fogueira e do martírio para afirmar como filhos da Luz. Somos conhecidos de toda sociedade. A residência e domicílio de todos os maçons são identificados, a oficina tem endereço, a época da clandestinidade já passou. Nossa mentalidade não aceita os preceitos das aparências, a nossa mudança é interior, a crise de valores que hodiernamente atravessamos, nos convida a fraternidade aplicada em qualquer circunstância até mesmo que o céu caia em nossas cabeças, nossa postura é de amar e servir.

A maçonaria nos inspira a caminhar, sem utilizar atalhos, sempre no caminho da retidão, da Lei e do amor. Tempos estranhos vivemos, aparentemente as coisas pioram, entretanto, apesar de sermos conscientes da causa infeliz que maltrata nosso povo, temos convicção de possuímos um acérrimo inimigo, não nos outros, mas dentro de nós, casos optem pelos atalhos, que deixemos de agir no bem, estaremos assumindo, para nós, o mal que se alastra pelo bem que deixamos de praticar e por essa omissão responderemos ao Divino.

Temos responsabilidades, temos ideal, temos um trabalho a ser realizado, ainda não concluído, pois devemos falar ao povo com o coração cheio de paz, serenidade e amor. 

Existe uma sociedade chamada Maçonaria, que não são só retóricas, que não se reúne na calada da noite, para planejar a dor e o mal, quando, em verdade, nossos trabalhos são educativos e filantrópicos, em prol do bem, não nos compete fingirmos que somos bons e justos e na pratica ainda desejamos utilizar manobras que nos condenam. Somente com os nossos exemplos, sem reservas no coração, seremos capazes de dizer quem realmente somos.

Não precisamos defender a Instituição Maçônica, sua filosofia é pura e santa, embora alguns equivocados profanos denomine nossa Ordem, insana, pelo agir equivocados de alguns que ainda se comprazem em não cavar masmorras ao vício. Pelo muito que a Maçonaria nos oferece, pelo juramento que prestamos, o mínimo que poderíamos ofertar é, urgentemente plantarmos plenamente em nossos corações, o legitimo direito de exercitar a bondade, a honestidade e, definitivamente, assumir a defesa de nos aproximarmos dos doentes e dos inválidos. Essas aspirações morais são frutos das ritualísticas maçônicas. Com esses serviços prestados, faremos jus aos salários que nos confere o GADU. Não são delírios esses conceitos, são oportunidades de construir nossa paz, pois, ao fazer o bem nos aproximamos da condição de verdadeiros Construtores do GADU. Estamos diante do projeto de sublimação capaz de nos aproximarmos do admirado e venerando Jacques Demolay.

Educar e servir são nosso lema, para reverter o período presente, somente o amor é capaz de combater o mal, com o concurso de todos os verdadeiros maçons será possível destruir com eficiência o mal que nos assola, lembrando que o legado de Jesus Cristo para todos nós, nos aconselha: “Não cuides que vim trazer a paz à Terra, não vim trazer paz, mas espada.” (Mateus, 10:34).

Analise a palavra de Jesus acima citada: Essa espada que Jesus nos orienta empunhar, não é a espada física que fere e agride para ser usada contra nossos irmãos, mas devemos empunhar a espada, contra nós mesmos, arrancando e libertando-nos, do orgulho e egoísmo, para prosseguirmos nossa evolução espiritual.

Portanto, veja como é fácil identificar o maçom, pois utiliza a espada contra as suas imperfeições, jamais contra o irmão, além do mais, é alegre, apto a ajudar, feliz e justo, sempre de bem com a vida.

Paz e Luz

Walter Sarmento de Sá Filho.

quarta-feira, 29 de março de 2017


O escopo da Maçonaria: A educação dos sentimentos

 

Os ensinamentos da Ordem Maçônica conduzem-nos para além do materialismo. Não encontramos em seus padrões morais princípios questionáveis, que deixem um sentido dúbio em nosso aprender. Tem o mesmo padrão dos ensinos de Jesus, quando elucidava: “Seja o teu falar – Sim, sim. Não, não." Temos de compreender sua simbologia e para entendê-la, somente é capaz, quem lutar contra si mesmo, deixando os lauréis e louros do egoísmo e da vaidade à margem.

São bastante comuns às dificuldades de tratar com seres humanos, diferentemente, de quem trabalha com uma máquina que atende aos comandos de funcionamento. Estamos matriculados numa Escola sublime que oferta-nos os instrumentos de combater nossas imperfeições, ao invés de lutar contra o irmão incauto.

Em todas as Oficinas encontramos irmãos centrados na humildade, na fraternidade, na decência, no respeito, fiéis do bem, ao contribuir com a “Porta Estreita” (Virtudes) que Jesus reporta, contudo, para os Maçons, essa porta representa o objetivo capaz de superar nossas fraquezas infelizes que amiúde, nos corroí e afasta-nos da humildade e do amor fraternal.

É fato. Nossos bens materiais nos fascinam e, também, não nos pertencem, somos simples administradores dos patrimônios físicos, inclusive de nosso corpo, que haveremos de prestar contas ao GADU, após nossa passagem na Terra. Entretanto, nossa visão equivocada, fora de prumo, permite-nos imaginar a tirania nos múltiplos aspectos, não só da apropriação indébita, pois, não percebemos que nossas atitudes, nossas palavras, essas nos definem, delineando um retrato de nós mesmos.

Relata o Apóstolo Paulo de Tarso: “... mas nada é puro para os contaminados e infiéis...” (Tito, 1:15).

É verdade, conforme a Maçonaria nós não fazemos parte dela para progredir materialmente, para aumentar nossas riquezas do mundo, e fracassado será aquele maçom que assim se locupleta da Ordem e dos Irmãos, apagando sua Luz e possibilitando o embrutecimento de sua alma, esquecendo que as dificuldades, aflições, expiações e provas provocam a evolução moral e iluminam nossas almas. Só observar (São Lucas, 6:45), “Onde estiver o vosso coração, aí estará o vosso tesouro.”.

Certificamo-nos, com Allan Kardec, de que "todo homem de bem sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.” Ainda, arremata André Luiz de que “É da Lei que cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá,...";

Conta uma lenda romana, que o Apóstolo Paulo de Tarso, ao ser conduzido pelos soldados para o seu martírio, onde iria cair sua cabeça, em local esmo, é abordado pela cega Petronila, que lhe oferece um véu, na intenção de que na hora lhe vendasse os olhos. Paulo não aceitou seu presente, bondosamente agradeceu da oferta, e Petronila, mais tarde, ao colocar o véu sobre seus olhos, volta a enxergar, recuperando a visão.

A serenidade e a lucidez de Paulo de Tarso denotavam sua evolução espiritual, onde diante dos sacrifícios que viveu, carregava em seu coração a certeza da vitória sobre a morte.

O grande e culto Saulo, o implacável perseguidor dos cristãos, na estrada de Damasco, o Espírito de Jesus pergunta: - Saulo! Saulo! Porque me persegues?  Após esse encontro, o convertido foi o maior responsável pela divulgação do Cristianismo.   Conhecedores da lei de causa e efeito, podemos afirmar: “Que outro fim poderia caber a Paulo, senão o do Martírio”?   

A Maçonaria é educadora, por excelência, convida aos maçons, elucidando: Busquem a Verdade, estudem, amem e trabalhem em prol da felicidade da Humanidade. Nossa matéria educativa e importante a ser trabalhada é: Que o amor transborde em nossos corações e sejamos identificados como justos. Um dia possamos dizer: ninguém tem nada que reclamar do agir dos maçons.

Um dos conceitos ministrados pela Ordem Maçônica é o da imortalidade da alma, derramando esperança para todos, em especial, aos humildes de coração, que se emocionam quando ouvem o ensinamento crístico. “Amai-vos uns aos outros!”

De uma forma jocosa, o nosso telúrico escritor paraibano Ariano Suassuna, quando tomou posse, como imortal, na Academia Brasileira de Letras, disse à reportagem: “O meu desejo era também ser imortal fisicamente.” Certamente, foi uma brincadeira, pois a nossa essência espiritual foi criada pelo GADU para viver para sempre, já o corpo é material e aqui permanecerá.

Segundo o filósofo grego Epicteto, “O homem sábio é aquele que não se entristece com as coisas que não tem, mas rejubila-se com as que têm.” Nós, maçons, pelos tesouros maçônicos  filosofal, temos a maior riqueza que o ser humano poderia almejar.

Assim, estamos sobre o crivo de uma Lei Divina, ou seja, a lei de Ação e Reação, vamos colher aquilo que plantarmos. Plantou amor, colhe o bem. Plantou a dor, colhe as lágrimas.

Saúde e paz!

Walter Sarmento de Sá Filho.

terça-feira, 28 de março de 2017


PARA RENOVAR-NOS

 

Não espere viver sem problemas, de vez que problemas são ingredientes de evolução, necessários ao caminho de todos.

*

Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo e sim enfrente as consequências deles, a fim de retificar-se, como quem aproveite pedras para construção mais sólida.

*

Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcionar-lo estão decepcionando a si mesmos.

*

Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados.

*

Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se quanto possível.

*

Simplifique seus hábitos.

*

Experimente humildade e silêncio, toda vez que a violência ou a irritação apareçam em sua área.

*

Comunique seus obstáculos apenas aos corações amigos que se mostrem capazes de auxiliar em seu beneficio com descrição e bondade.

*

Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se, buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.

Lembre-se de que você é um espírito eterno e se você dispõe da paz na consciência estará sempre inatingível a qualquer injúria ou perturbação.

 

André Luiz

segunda-feira, 27 de março de 2017


 

O QUE NÃO SE DEVE FAZER EM UMA LOJA!

Independentemente de ritos, existem algumas normas de comportamento ritualístico, básicas para os trabalhos das Oficinas.

1. Não são feitos sinais quando se circula normalmente pelo templo, por dever de ofício ou não. Os sinais de Ordem e a Saudação só são feitos quando o maçom está de pé e parado. Sinais ao andar, só durante a marcha do grau.

2. Não são feitos sinais quando se está sentado. Nesse caso, para responder a uma saudação faz-se um leve meneio de cabeça.

3. Não se fazem sinais com instrumentos de trabalho (inclusive malhetes), pois qualquer sinal maçônico deve ser feito com a mão.

4. Não é regular a sessão maçônica aberta a um só golpe de malhete; todas as sessões, portanto, devem ser abertas e fechadas ritualisticamente.

5. Não é permitido ao Maçom, paramentar-se no interior do templo; isso deverá ser feito no átrio, tanto por aqueles que participam do cortejo de entrada quanto por aqueles que chegam com atraso.

6. Da mesma maneira, não se deve tirar os paramentos dentro do templo.

7. Qualquer Maçom retardatário, ao ter o acesso ao templo permitido, deverá fazê-lo com as devidas formalidades do grau; é errado ele se dirigir ao seu lugar sem formalidades e sem autorização do Venerável.

8. Em Loja Simbólica, no Livro de Presenças, só deve constar o grau simbólico do Maçom – Aprendiz, Companheiro, ou Mestre – ou a sua qualidade de Mestre Instalado (que não é grau), não sendo permitido o uso do Alto Grau em que ele esteja colado.

9. Também não são permitidos paramentos de Altos Graus em Loja Simbólica.

10. É errada a prática de arrastar os pés no chão como sinal de desaprovação a um pronunciamento.

11. Também são errados os estalos feitos com os dedos polegar e médio, para demonstrar aprovação ou aplauso.

12. Qualquer Obreiro ao sair do templo durante as sessões, deve fazê-lo andando normalmente e não de costas como muitos fazem, alegando um pretendido respeito ao Delta.

13. Não é permitido retirar metais do Tronco de Solidariedade durante a sua circulação. O Tronco deve ser sempre engrossado e nunca afinado por retiradas indevidas.

14. É errado, ao colocar a contribuição no Tronco, o Obreiro anunciar que o faz por ele e por Irmãos ausentes ou Lojas, pois a contribuição é sempre pessoal.

15. A transmissão da palavra Semestral através da Cadeia de União exige absoluto silêncio; assim, é um erro arrastar os pés nessa ocasião.

16. Independentemente do grau em que a Loja esteja funcionando, o Obreiro que chegar atrasado à sessão deverá dar somente três pancadas na porta.

17. O Cobridor, quando não puder dar ingresso, ainda, a um Irmão retardatário, responderá com outras três pancadas no lado interno da porta.

18. Não pode haver acúmulo da sessão de iniciação com qualquer outra, a não ser a de filiação.

19. A circulação ordenada no templo, no espaço entre as Colunas do Norte e do Sul é feito no sentido horário, circundando o painel do grau, já que o Pavimento Mosaico, quando existir, ocupa todo o solo do templo.

20. No Oriente não há padronização da marcha.

21. Nos templos que possuem degraus de acesso ao Oriente (que não são obrigatórios), os Obreiros devem subi-lo andando normalmente e não com passos em esquadria.

22. O Obreiro que subir ao Oriente deve fazê-lo pela região Nordeste (à esquerda de quem entra), saindo depois, pelo Sudeste (à direita de quem entra ou esquerda de quem sai).

23. Aprendizes e Companheiros não podem ter acesso ao Oriente que é o fim da escalada iniciática, só acessível aos Mestres. Da mesma maneira, os Aprendizes não devem ter acesso à Coluna dos Companheiros.

24. Com mais razão, os “profanos”, presentes às sessões abertas ao público (ou “brancas”), não podem ter acesso ao Oriente. Os homens sentam-se, exclusivamente, na Coluna da Força (a do 1° Vigilante); as mulheres, exclusivamente, na Coluna da Beleza (a do 2° Vigilante;

25. Nas sessões abertas ao público não é permitido correr o Tronco de Solidariedade entre os “profanos”. Isso é feito depois da saída deles.

26. Nenhum Obreiro pode sair do templo sem autorização do Venerável.

27. Se o Obreiro for sair definitivamente do templo, deverá, antes, colocar a sua contribuição no Tronco de Solidariedade.

28. Se a Loja possuir Cobridor Externo, este ficará no átrio durante toda a cerimônia de abertura da sessão, entrando depois, e ocupando o seu lugar, a noroeste; só sairá se alguém bater à porta do templo.

29. Sempre que um Maçom desconhecido apresentar-se à porta do templo ele deverá ser telhado pelo Cobridor. Telhar é examinar uma pessoa nos toques, sinais e palavras, cobrindo-se o examinador contra eventuais fraudes (telhar é cobrir, claro); o termo é confundido com trolhar que significa passar a trolha, aparando as arestas (apaziguando Irmãos em eventual litígio).

30. À hora em que os maçons simbolicamente iniciam os seus trabalhos é sempre a do meio-dia porque esse momento do dia tem um grande significado simbólico para a Maçonaria: é a hora do sol a pino, quando os objetos não fazem sombra; assim, é o momento da mais absoluta igualdade, pois ninguém faz sombra a ninguém.

31. A maneira maçônica correta de demonstrar em Loja, o pesar pelo falecimento de um Irmão é a bateria fúnebre, ou bateria de luto: três pancadas em surdina (ou surdas), dadas com a mão direita, sobre o antebraço esquerdo (surdina é uma peça que se coloca nos instrumentos para tornar surdos, ou abafados os seus sons; em surdina, significa: com som abafado). O tradicional minuto de silêncio é homenagem “profana”.

32. Os Obreiros com assento no Oriente têm o direito de falar sentado.

33. Irmãos visitantes só são recebidos após a leitura do expediente e nunca depois da circulação do Tronco, não devendo, também, participar das discussões de assuntos privativos da Loja visitada.

34. Um Obreiro do Quadro, se chegar atrasado à sessão, não poderá entrar durante o processo de votação de propostas, já que não participou da discussão; também não poderá ingressar depois da circulação do Tronco e durante a abertura ritualística.

35. Não é permitida a circulação de outros Troncos cuja finalidade não seja a de beneficência.

36. Em qualquer cerimônia maçônica em que sejam usadas velas, elas sempre serão apagadas com abafador e não soprando a chama.

37. Só o Venerável Mestre ou outro Mestre Instalado é que pode fazer a sagração do candidato à iniciação, à elevação ou à exaltação. Também só um Venerável ou outro Mestre Instalado é que pode tocar a Espada Flamejante, símbolo do poder de que se acham revestidos, ao fazer a sagração.

38. Só o Maçom eleito para veneralato de uma Loja é que pode receber a dignidade de Mestre Instalado, depois de passar pelo Ritual de Instalação.

39. O certo é Aclamação e não exclamação, como dizem alguns rituais.

40. Depois que a palavra circulou pelas Colunas e está no Oriente, se algum Obreiro quiser acrescentar algo, deverá solicitar ao seu Vigilante que a palavra volte a elas; se o Venerável concordar haverá todo o giro regulamentar de novo. Não se justificam os famosos pedidos “pela ordem”, para falar sobre o mesmo assunto, pois esse pedido é apenas uma questão de ordem que só deve ser levantada para encaminhamento de votações e para chamar a atenção para eventuais alterações da ordem dos trabalhos.

41. Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra Coluna ou até para o Oriente durante as discussões de assuntos em Loja, para fazer uso da palavra, para réplicas ou para introduzir um novo em foque da questão. Nesses casos, o correto é que a palavra volte ao seu giro normal, para que o assunto torne-se esgotado e fique definitivamente esclarecido.

42. Durante as sessões de iniciação não pode ser dispensada nenhuma formalidade ritualística em função da crença religiosa do candidato; isso, em relação principalmente à genuflexão, que muitos acham que pode ser dispensada se a crença do candidato não permitir. Todavia, se o rito exigir que o candidato ajoelhe-se, ele será obrigado a fazê-lo mesmo contrariando sua formação religiosa. O que deve ser feito antes da aceitação do candidato, é o padrinho ou os sindicantes avisá-lo dessa exigência do rito, para que ele possa apresentar sua proposta a outra Oficina, cujo rito não exija a genuflexão.

43. A Cadeia de União deve ser formada exclusivamente para a transmissão da Palavra Semestral, com exceção do Rito Schroeder, onde ela é formada no fim de qualquer sessão.

44. Não pode um Aprendiz, se impedido de falar, em Loja, já que é só simbólico o seu impedimento de fazer uso da palavra, já que em qualquer sociedade iniciática, o recém-iniciado, simbolicamente, só ouve e aprende, não possuindo, ainda, nem os meios e nem o conhecimento para falar. Esse simbolismo é mais originado do mitraísmo persa e do pitagorismo.

45. Não existe um tempo específico para a duração de uma sessão maçônica, já que dependendo dos assuntos a serem tratados, ela poderá durar mais ou menos tempo. Qualquer limitação do tempo de duração das sessões é medida arbitrária, pois cerceia a liberdade dos membros do Quadro, impõe restrições à Loja e interfere na sua soberania, quando tal medida é tomada pelas Obediências.

Os Obreiros é que devem ter discernimento para evitar perda de tempo com assuntos irrelevantes; o Venerável também têm que ter discernimento para evitar que a sessão se estenda sem motivo justificado. Mas isso é uma decisão da Oficina e não pode ser medida imposta pelas Obediências.

(Ir.: José Castelani - in memorian)

domingo, 26 de março de 2017


NA  ORDEM  SOCIAL


 

Emmanuel

 

 

Observa no próprio lar as forças diferentes que se congregam, nutrindo-te a segurança, para que te não furtes ao dever de servir:

O legislador, cujo pensamento garante a harmonia na via pública.

O engenheiro que te traçou o plano da moradia.

O pedreiro que levantou o edifício a que te acolhes.

O pintor que te alegrou o ambiente.

O operário que te trouxe a bênção das águas ao reduto doméstico.

O braço diligente que te garante combustível e força para que te não faltem calor e luz.

*

Pensa ainda nos missionários outro que te oferecem equilíbrio e tranqüilidade:

O médico que te preserva a saúde.

O escritor que te renova às idéias.

O professor que te educa.

O irmão que te estende amizade e reconforto.

O lixeiro que te alivia.

O varredor que cultiva a higiene.

O lavrador que te assegura o alimento.

 

*

Não admitas que o dinheiro seja o único poder aquisitivo de semelhantes valores.

*

O ouro, só por si, num mundo de sedentos e esfomeados, não valeria a gota d´água, nem a migalha de pão.

 

*

Refletem na interdependência que nos rege todas as fases da vida e aprende a valorizar teus minutos na extensão do bem.

 

*

Auxiliar a todos com espontaneidade e carinho, é agradecer aos outros o auxílio com que nos seguem.

 

*

Fugir à crítica e à desaprovação, abraçando a solidariedade e o estímulo fraterno é compreender nossas próprias necessidades, de vez que não caminharemos sem o concurso alheio.

*

Entendamos a amplitude da colaboração anônima que recolhemos do próximo e, oferecendo ao próximo o melhor de nós mesmos, estaremos com Cristo, nosso Mestre e Senhor, que, no sacrifício supremo, nos ensinou a alcançar a suprema vitória.

 

sexta-feira, 24 de março de 2017


Onde está a Maçonaria?

 

A Maçonaria admiravelmente representada pelos homens livres e de bons costumes, sempre nos encantou com seus princípios e pelos participantes, exemplos de comportamentos dignos e fraternos.

Onde está a Maçonaria? Pergunta-nos meu filho Estevão, o mais jovem - Questionando o momento presente, a arbitrariedade, a ética ferida, a desonestidade campeando, a injustiça crescente, os bons amedrontados, os valores políticos desnorteados e por que o silêncio sepulcral, quase acovardado da Ordem Maçônica, em defesa do bom, do belo e do justo, como sempre se posicionou, conforme a história da Humanidade.

Penso em várias desculpas oportunas explicáveis e relembro o papel da Maçonaria na definição dos estudiosos como sendo: A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista.” Além do mais, seus ensinamentos lucidos são educativos e rigorosos, pois, induz-nos “a cavar masmorras ao vício e levantar templos à virtude”.

       E, cá com meus botões, será a Maçonaria inútil atualmente aos olhos profanos? 
     Quem a conduz se deleita como uma divertida e insensata brincadeira para massagear o ego dos seus membros, um desfile dos audaciosos-vaidosos, por acaso, somos oradores gregos em um aréopago, daqueles que só pensam em si, enebriados pela cultura acadêmica, que acreditam vencer com a posse da riqueza material, ou hoje, apresenta-se a Ordem Maçonica como um mero clube de serviço e lazer?

      A deplorável situação moral, ética e economica que atravessamos no Brasil, requer uma análise no mínimo esclarecedora por parte da Ordem Maçonica, assim qualificada na condicão máxima de: “Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela tranquilidade da consciência,” além de ser considerada a escola iniciatica mais perfeita da face da Terra.  

Contra fatos, não há argumentos, os grandes Avatares da Terra, as grandes transformações em favor da humanidade, foram frutos do esquecimento de si mesmo, em benefício do próximo. Até parece que esquecemos que estamos de passagem, que a lei da imortalidade da alma é um dos preceitos da Ordem, embora, aparentemente, alguns mantenham um comportamento pueril, materialista e submisso com relação “a ignorância, a vaidade, a superstição, o fanatismo, o orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação e os privilégios nefastos e indevidos.”

Aplaudimos todo e qualquer profissional honesto, responsável e íntegro, dentro ou fora da Ordem Maçônica. O espectro da traição, da usurpação e do sofrimento de um povo não há de vir pelas mãos de um  verdadeiro Maçom. Certamente, em toda sociedade existem equivocados (Inácio de Loyola, Joseph Fouché, etc.,) que não compreenderam a honra de amar e servir ao próximo. Poderíamos enumerar centenas de exemplos de maçons de caráter e verdadeiros arautos da liberdade. Ao contrário, não se deixaram levar pela ilusão passageira da matéria, pois, foram fortes, venceram a si mesmo, não se deixando amedrontrar pelo mau caráter do astuto, cheio de fel, ódio e maldade.

Relembramos, um exemplo de dignidade e honra do médico Firmino Ayres Leite, do vale do Piancó (PB), que sempre ao sentar-se à mesa, dizia com altivez.
- Nesta mesa, toda a comida é fruto do meu trabalho suado, nunca usei o suor de um pobre para servir de alimento à minha família.

Qualquer um de nós, iniciados na Luz, seremos perjúros, se utilizarmos da maledicência, da indecência e da agressividade moral e física, contra quem quer que seja. O verdadeiro maçom, enfrenta a tudo e a todos pela honra, não foge a sua responsabilidade, é digno e justo, fala  sempre a Verdade. Muitas vezes, ficamos a conjecturar: Como pode um irmão maçom, usar do sentimento de ingratidão contra a sua Loja Mãe? Se isso ocorre, quiçá seu comportamento familiar e profissional, imagine sua pobreza de sentimento com relação ao bem estar de uma nação. Com certeza, nunca viu a Luz que ilumina o coração, nunca compreendeu que o maior de todos será aquele que mais ama e que menos exige. Contudo, ainda temos de convir, o total desconhecimento da licão de Paulo, o Apóstolo dos Gentis (Efésios, 5:8) quando ensina: “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sóis Luz no Senhor; andai como filhos da Luz.”

Agora, presentemente em pleno século XXI, a Maçonaria rica em sua pureza de ensinamentos, nos conclama ao estrito e fiel cumprimento do dever e que  nenhum de seus participantes poderão entrar em coluio para se locupletarem com as misérias alheias e utilizar de meios escusos de subtrair o dinheiro do Estado ou do próximo a benefício próprio, com prejuízo de outrem a quem de direito.

Assim,  labuta o Maçom em defesa da Ordem, da Pátria e da retidão. Nosso objetivo: “a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes”. Fomos criados  para o amor, perseverando no bem em atravessando o momento insalubre, esse acidente de percurso, requerendo dos Maçons mais amor e justiça em busca da solução. Deus nos criou, em espírito, para vivermos para sempre. Como dizia o valoroso maçom e professor Joaquim Oliveira (Hoje no oriente eterno): Só o amor constrói! O amor jamais acabará!

Walter Sarmento de Sá Filho

Sousa (PB), 24.03.2017.


 

Visualizações de página de hoje
222

 

Visualizações de página de ontem
312

 

Visualizações de página do mês passado
7.402

 

Histórico de todas as visualizações de página
461.486

 

Seguidores

 

 

 

quarta-feira, 22 de março de 2017


Lábios

 

“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”.

Jesus (Mateus, 15.8).

 

Com os lábios, beijam as mãos da Terra as flores sublimes da vida, cooperando nas obras divinas do Eterno, mas, com os lábios obedeceu a Judas às vozes inferiores, entregando o Senhor com um beijo de ingratidão.

 

**

Com os lábios, os apóstolos do trabalho fazem o verbo criador nos serviços nobres do planeta; todavia, igualmente com eles, os mentirosos e os perversos espalham a maldade no mundo.

 

**

Das potências do corpo são os lábios das mais delicadas e importantes. Portas da língua que pode salvar e arruinar; edificar e destruir, não devem permanecer distantes de sentinelas da disciplina.

 

**

A palavra do homem é criação sua, que lhe testificará a vida. O beijo da criatura é laço que determinarás sua união com o bem ou com o mal.

 

**

Os lábios dão passagem ao verbo e transmite o beijo.

 

Quantos sofrimentos se espalham na Terra, através da palavra leviana ou fingida e do ósculo criminoso ou insincero? Entretanto, a maioria dos homens persiste em desconhecer o papel dos lábios na própria existência.

 

**

Se procurares, porém, a união com o Senhor, repara o que dizes e como dizes, observa os afetos a que te unes e a maneira pela qual estima a alguém.

 

O grande problema não reside em falares tudo o que pensas, nem no apego às situações com todas as tuas forças, mas em falares e amares, pondo nos lábios a sinceridade construtiva do amor cristão.

 

Emmanuel