sexta-feira, 24 de março de 2017


Onde está a Maçonaria?

 

A Maçonaria admiravelmente representada pelos homens livres e de bons costumes, sempre nos encantou com seus princípios e pelos participantes, exemplos de comportamentos dignos e fraternos.

Onde está a Maçonaria? Pergunta-nos meu filho Estevão, o mais jovem - Questionando o momento presente, a arbitrariedade, a ética ferida, a desonestidade campeando, a injustiça crescente, os bons amedrontados, os valores políticos desnorteados e por que o silêncio sepulcral, quase acovardado da Ordem Maçônica, em defesa do bom, do belo e do justo, como sempre se posicionou, conforme a história da Humanidade.

Penso em várias desculpas oportunas explicáveis e relembro o papel da Maçonaria na definição dos estudiosos como sendo: A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista.” Além do mais, seus ensinamentos lucidos são educativos e rigorosos, pois, induz-nos “a cavar masmorras ao vício e levantar templos à virtude”.

       E, cá com meus botões, será a Maçonaria inútil atualmente aos olhos profanos? 
     Quem a conduz se deleita como uma divertida e insensata brincadeira para massagear o ego dos seus membros, um desfile dos audaciosos-vaidosos, por acaso, somos oradores gregos em um aréopago, daqueles que só pensam em si, enebriados pela cultura acadêmica, que acreditam vencer com a posse da riqueza material, ou hoje, apresenta-se a Ordem Maçonica como um mero clube de serviço e lazer?

      A deplorável situação moral, ética e economica que atravessamos no Brasil, requer uma análise no mínimo esclarecedora por parte da Ordem Maçonica, assim qualificada na condicão máxima de: “Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela tranquilidade da consciência,” além de ser considerada a escola iniciatica mais perfeita da face da Terra.  

Contra fatos, não há argumentos, os grandes Avatares da Terra, as grandes transformações em favor da humanidade, foram frutos do esquecimento de si mesmo, em benefício do próximo. Até parece que esquecemos que estamos de passagem, que a lei da imortalidade da alma é um dos preceitos da Ordem, embora, aparentemente, alguns mantenham um comportamento pueril, materialista e submisso com relação “a ignorância, a vaidade, a superstição, o fanatismo, o orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação e os privilégios nefastos e indevidos.”

Aplaudimos todo e qualquer profissional honesto, responsável e íntegro, dentro ou fora da Ordem Maçônica. O espectro da traição, da usurpação e do sofrimento de um povo não há de vir pelas mãos de um  verdadeiro Maçom. Certamente, em toda sociedade existem equivocados (Inácio de Loyola, Joseph Fouché, etc.,) que não compreenderam a honra de amar e servir ao próximo. Poderíamos enumerar centenas de exemplos de maçons de caráter e verdadeiros arautos da liberdade. Ao contrário, não se deixaram levar pela ilusão passageira da matéria, pois, foram fortes, venceram a si mesmo, não se deixando amedrontrar pelo mau caráter do astuto, cheio de fel, ódio e maldade.

Relembramos, um exemplo de dignidade e honra do médico Firmino Ayres Leite, do vale do Piancó (PB), que sempre ao sentar-se à mesa, dizia com altivez.
- Nesta mesa, toda a comida é fruto do meu trabalho suado, nunca usei o suor de um pobre para servir de alimento à minha família.

Qualquer um de nós, iniciados na Luz, seremos perjúros, se utilizarmos da maledicência, da indecência e da agressividade moral e física, contra quem quer que seja. O verdadeiro maçom, enfrenta a tudo e a todos pela honra, não foge a sua responsabilidade, é digno e justo, fala  sempre a Verdade. Muitas vezes, ficamos a conjecturar: Como pode um irmão maçom, usar do sentimento de ingratidão contra a sua Loja Mãe? Se isso ocorre, quiçá seu comportamento familiar e profissional, imagine sua pobreza de sentimento com relação ao bem estar de uma nação. Com certeza, nunca viu a Luz que ilumina o coração, nunca compreendeu que o maior de todos será aquele que mais ama e que menos exige. Contudo, ainda temos de convir, o total desconhecimento da licão de Paulo, o Apóstolo dos Gentis (Efésios, 5:8) quando ensina: “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sóis Luz no Senhor; andai como filhos da Luz.”

Agora, presentemente em pleno século XXI, a Maçonaria rica em sua pureza de ensinamentos, nos conclama ao estrito e fiel cumprimento do dever e que  nenhum de seus participantes poderão entrar em coluio para se locupletarem com as misérias alheias e utilizar de meios escusos de subtrair o dinheiro do Estado ou do próximo a benefício próprio, com prejuízo de outrem a quem de direito.

Assim,  labuta o Maçom em defesa da Ordem, da Pátria e da retidão. Nosso objetivo: “a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes”. Fomos criados  para o amor, perseverando no bem em atravessando o momento insalubre, esse acidente de percurso, requerendo dos Maçons mais amor e justiça em busca da solução. Deus nos criou, em espírito, para vivermos para sempre. Como dizia o valoroso maçom e professor Joaquim Oliveira (Hoje no oriente eterno): Só o amor constrói! O amor jamais acabará!

Walter Sarmento de Sá Filho

Sousa (PB), 24.03.2017.


 

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