quarta-feira, 30 de março de 2011

SER CHIQUE SEMPRE

O respeito à autoridade reside, sempre, na Ordem.



SER CHIQUE SEMPRE -

Glória Kallil

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.


Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.


Chique mesmo é quem fala baixo.


Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.


Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.


É lembrar-se do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais!


Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.


É "desligar o radar", “o telefone”, quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.


Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade.

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: O inferno não tem qualquer glamour!

Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas, Amor e Fé nos torna humanos!

GLÓRIA KALLIL.



Tudo o que eu guardei perdeu-se, mas tudo o que eu doei... ainda está comigo! (George Gurdieff)

terça-feira, 29 de março de 2011

CORRER RISCOS

Abraham Lincoln.

CORRER RISCOS

Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.

Somente a pessoa que corre riscos é livre!

Seneca



segunda-feira, 28 de março de 2011

Pecado e pecador

Pegadas na areia.

Pecado e pecador

A sociedade humana possui a tendência de separar os elementos que a compõem.

De um lado, há os que apresentam aspectos positivos de comportamento.

Caracterizam-se pelo cumprimento dos próprios deveres e por não representarem perigo para os demais.

De outro, colocam-se os considerados perigosos ou indesejáveis.

Há quem afirme que os direitos humanos deveriam ser assegurados apenas para as denominadas pessoas de bem.

Já em relação aos demais, nutre-se, muitas vezes de forma velada, o desejo de que sejam exterminados.

É com dificuldade que são tolerados, mas sem muitas considerações para com suas necessidades ou dores.

Não se advoga que a sociedade deixe de se acautelar contra o mal, onde e como se apresente.

É preciso mesmo prevenir os vícios e as tragédias que engendram.

Contudo, urge, a título de combater o desequilíbrio, não odiar o desequilibrado.

A respeito, há uma interessante passagem na Terceira Epístola de João Evangelista.

Nela, o Apóstolo exorta a que se siga sempre o bem.

E afirma que quem faz o bem é de Deus, mas quem faz o mal não tem visto a Deus.

Veja-se que ele não separa os homens entre bons e maus.

Não os divide entre justos e pecadores.

Não assevera que alguns são de Deus e outros não.

Apenas afirma que quem faz o mal tem-se mantido distante do Pai Celestial, não O tem visto.

Trata-se de uma visão lúcida e justa da realidade humana.

Quem já luta para cumprir seus deveres milita entre os Espíritos que começam a compreender o Pai.

Já os desequilibrados, os desonestos e os violentos ainda não conseguem pressenti-lO.

Como autênticos e graves enfermos espirituais, causam dores para si e para os outros.

Incapazes de compreender o funcionamento das Leis Divinas, semeiam tragédias em seus caminhos.

Lamentáveis, mas ainda assim humanos, amados filhos de Deus.

Seus atos devem ser contidos, para o bem de todos.

Mas eles próprios precisam ser educados.

A principal lição do Evangelho é a fraternidade.

Jesus foi enfático ao afirmar que os sãos não necessitam de médico.

Assim, é despropositado que quem se afirma cristão deseje o extermínio de seus irmãos mais infelizes.

O homem caído não é alguém a ser aniquilado.

Ele representa a ovelha perdida, o precioso filho pródigo, na belíssima linguagem evangélica.

Importa, pois, rever o sentir em relação aos conceitos de pecado e pecador, de crime e criminoso.

Lute-se contra o crime, mas amparando quem se lhe enredou nas malhas tenebrosas.

Que jamais se deseje a desgraça para quem já é em si muito desgraçado.

Do Evangelho, extrai-se com clareza não haver vitória sem união.

Apenas da vivência da genuína fraternidade é que surge a paz, pessoal e coletiva.

Pense nisso.

Extraído da Redação do Momento Espírita - Paraná.

sábado, 26 de março de 2011

HIGIENE DO CORAÇÃO

Aprendiz

HIGIENE DO CORAÇÃO

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.” (Mateus 5.8)

Há corações limpos e há corações sujos. Para aqueles reservou o Senhor a visão de Deus.

E assim como há necessidade da higiene do corpo, para que o corpo funcione regularmente, com mais forte razão faz-se preciso higiene do coração, para que o Espírito ande bem.

É preciso limpar o coração para se ver a Deus. Ninguém há de coração sujo que tenha olhos abertos para o Supremo Artífice de Todas as Coisas.

“A boca fala do que o coração está cheio; do interior procedem as más ações, os maus pensamentos.”

Coração sujo, homem sujo; coração limpo, alma límpida, apta para ver Deus.

Faz-se mister limpar o coração. Mas, de que forma começar esse asseio?

É preciso que nos conheçamos primeiramente; é preciso conhecermos o coração. Nosce te ipsum, conhece-te a ti mesmo! Saber quem somos e os deveres que nos cumpre desempenhar; interrogar cotidianamente a nossa consciência; exercitar um culto estritamente interno, tal é o início dessa tarefa grandiosa para a qual fomos chamados à Terra.

A limpeza de coração substitui o culto externo pelo interno. As genuflexões, as adorações pagãs, as preces cantadas e mastigadas, nenhum efeito têm diante de Deus.

O que o Senhor quer é a limpeza, a higiene do coração.

Fazer culto exterior sem o interior é o mesmo que caiar sepulcros que guardam podridões!

Limpar o coração é renunciar ao orgulho e egoísmo com toda a sua prole malfazeja! É pensar, estudar, compreender, é crer no Amado Filho de Deus pelos seus ditames redentores!

É ser bom, indulgente, caridoso, humilde, paciente, progressista; é, finalmente, renunciar ao mal para abraçar o bem; deixar a aparência pela realidade; preferir o Reino dos Céus ao Reino do Mundo, pois só dentro do Supremo Reinado poderemos ver Deus!

Caibar Schutel































sexta-feira, 25 de março de 2011

O SÍMBOLO PERDIDO DA MAÇONARIA: A COLMÉIA

Colméia

O SÍMBOLO PERDIDO DA MAÇONARIA: A COLMÉIA


Esse importante símbolo maçônico foi ignorado (ou talvez seja desconhecido) por praticamente todos os escritores maçons brasileiros. Até mesmo a literatura internacional versa pouco sobre esse símbolo, presente desde a cultura egípcia, passando pelos romanos, usado pelos cristãos primitivos, e que posteriormente inspirou imperadores, como Napoleão.

Com exceção do ser humano, qual o outro ser vivo trabalha muito e em equipe, vive em comunidade, produz diferentes tipos de materiais, constrói casa para milhares de iguais, e tem forte hierarquia e disciplina?

A abelha trabalha duro e sem descanso, não para ela, mas para todas. Ela produz e ela constrói. Ela vive em harmonia com a natureza. A colméia é o grande emblema do resultado do trabalho da abelha, da sua capacidade de construir algo em prol de todos. A abelha é o ser construtor, assim como o maçom pretende ser. A partir disso é fácil compreender como a colméia se tornou um símbolo

maçônico presente em antigos estandartes e aventais, e no grau de Mestre Maçom dos rituais mais antigos de nossa Ordem.

Não se sabe a partir de quando a Colméia passou a constar nos rituais maçônicos, mas já estava presente na Maçonaria desde, pelo menos, o início do século XVIII, como evidencia um catecismo maçônico irlandês datado de 1724:

“Uma abelha tem sido, em todas as épocas e nações, o grande hieróglifo da Maçonaria, pois supera todas as outras criaturas vivas na capacidade de criação e amplitude de sua habitação. Construir parece ser da própria essência ou natureza da abelha”.

Há vários registros de colméias como parte integrante e de destaque de templos e rituais maçônicos na Inglaterra, Irlanda, Escócia e EUA no século XVIII. Porém, com a renovação dos rituais em boa parte do Reino Unido a partir de 1813, esse importante símbolo foi de certa forma ignorado, surgindo vez ou outra em Lojas de Pesquisa, com exceção da Maçonaria Americana, que manteve sua importância no Ritual.

Para se ter uma melhor compreensão do significado maçônico da Colméia, segue pequeno trecho adaptado do Monitor de Webb:

“A Colméia é um emblema de indústria e operosidade. Ela nos ensina a prática dessas virtudes a todos os homens. Viemos ao mundo como seres racionais e inteligentes. Como tais, devemos sempre ser trabalhadores, jamais nos entregando à preguiça quando nossos companheiros necessitarem, se estiver em nosso poder auxiliá-los. ...Aquele que não buscar trazer conhecimentos e entendimento ao todo, merece ser tratado como um membro inútil da sociedade, indigno de nossa proteção como Maçons.”

Enfim, um dos símbolos maçônicos com significado e ensinamentos mais profundos, simplesmente perdido nas brumas do tempo e nas páginas das incontáveis “revisões” promovidas pelos “sábios” de outrora. Esse é o verdadeiro “símbolo perdido” da Maçonaria.
Kennyo Ismail.

Postado por Sergio Roberto



quinta-feira, 24 de março de 2011

O CÓDIGO DE HAMURABI

O Livro da Lei


O CÓDIGO DE HAMURABI

Khammu-rabi - esse era o exato nome dele - foi rei da Babilônia no 18º século A.C.. Ele estendeu grandemente o seu império e governou uma confederação de cidades-estado. Mandou escreverem 21 colunas, com 282 cláusulas que ficaram conhecidas como Código de Hamurábi (embora abrangesse também antigas leis).

As leis e cláusulas - elaboradas em 1.780 antes de Cristo - são curiosas. Veja algumas das excentricidades:


1. Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então que aquele que enganou deve ser condenado à morte.


2. Se alguém fizer uma acusação a outrem, e o acusado for ao rio e pular neste rio, se ele afundar, seu acusador deverá tomar posse da casa do culpado, e se ele escapar sem ferimentos, o acusado não será culpado, e então aquele que fez a acusação deverá ser condenado à morte, enquanto que aquele que pulou no rio deve tomar posse da casa que pertencia a seu acusador.


3. Se alguém trouxer uma acusação de um crime frente aos anciãos, e este alguém não trouxer provas, se for pena capital, este alguém deverá ser condenado à morte.


4. Se ele satisfizer aos anciãos em termos de ter de pagar uma multa de cereais ou dinheiro, ele deverá receber a multa que a ação produzir.


5. Um juiz deve julgar um caso, alcançar um veredicto e apresentá-lo por escrito. Se erro posterior aparecer na decisão do juiz, e tal juiz for culpado, então ele deverá pagar doze vezes a pena que ele mesmo instituiu para o caso, sendo publicamente destituído de sua posição de juiz, e jamais sentar-se novamente para efetuar julgamentos.


6. Se alguém roubar a propriedade de um templo ou Corte, ele deve ser condenado à morte, e também aquele que receber o produto do roubo do ladrão deve ser igualmente condenado à morte.


7. Se alguém comprar o filho ou o escravo de outro homem sem testemunhas ou um contrato, prata ou ouro, um escravo ou escrava, um boi ou ovelha, uma cabra ou seja o que for, se ele tomar este bem, este alguém será considerado um ladrão e deverá ser condenado à morte.

8. Se alguém roubar gado ou ovelhas, ou uma cabra, ou asno, ou porco, se este animal pertencer a um deus ou à Corte, o ladrão deverá pagar trinta vezes o valor do furto; se tais bens pertencerem a um homem libertado que serve ao rei, este alguém deverá pagar 10 vezes o valor do furto, e se o ladrão não tiver com o que pagar seu furto, então ele deverá ser condenado à morte.


9. Se alguém perder algo e encontrar este objeto na posse de outro: se a pessoa em cuja posse estiver o objeto disser "um mercador vendeu isto para mim, eu paguei por este objeto na frente de testemunhas" e se o proprietário disse "eu trarei testemunhas para que conhecem minha propriedade" , então o comprador deverá trazer o mercador de quem comprou o objeto e as testemunhas que o viram fazer isto, e o proprietário deverá trazer testemunhas que possam identificar sua propriedade. O juiz deve examinar os testemunhos dos dois lados, inclusive o das testemunhas. Se o mercador for considerado pelas provas ser um ladrão, ele deverá ser condenado à morte. O dono do artigo perdido recebe então sua propriedade e aquele que a comprou recebe o dinheiro pago por ela das posses do mercador.


10. Se o comprador não trouxer o mercador e testemunhas ante a quem ele comprou o artigo, mas seu proprietário trouxer testemunhas para identificar o objeto, então o comprador é o ladrão e deve ser condenado à morte, sendo que o proprietário recebe a propriedade perdida.



Colaboração de Sergio Roberto sirsergioroberto@yahoo.com.br
 
"Um Irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um Irmão"
Benjamim Franklin



quarta-feira, 23 de março de 2011

As 7 Lágrimas de um Velho Maçom

Veneráveis Irmãos: Sentados - Chico Moreira (de chapéu) e Pedro Roberto.
De pé: Chico Brandão (camisa branca) e Virgílio.

As 7 Lágrimas de um Velho Maçom
(Desconheço a autoria)

Num cantinho do Templo, sentado num banquinho, fitando o Delta Luminoso, um triste e velho Mestre Maçom chorava.

De seus olhos, estranhas lágrimas escorriam-lhe pela face e, sem saber o porquê, eu as contei: foram sete. Na incontida vontade de saber, eu me aproximei e o interroguei. "Fala, meu Velho Mestre! Diz ao teu eterno Aprendiz por que externais assim tão visível dor?"

E ele, suavemente, me respondeu, "Estás vendo estes Irmãos que entram e saem? As lágrimas contadas estão distribuídas a alguns deles."

"A primeira, eu dei a esses indiferentes, que não dão valor à história, ao esoterismo, à liturgia e ritualística, e que aqui vêm em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber."

"A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando nos velhos Mestres e na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam".

"A terceira, distribuí aos maus, àqueles que somente procuram a Loja para promover a discórdia entre os Irmãos".

"A quarta, aos frios e calculistas que, mesmo sabendo que existe uma Força Espiritual, procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra Amor".

"A quinta, aos que chegam com suavidade, têm o riso e o elogio da flor nos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio no G.'.A.'.D.'.U.'. na Ordem e nos meus Irmãos, mas somente se eu puder me servir".

"A sexta, doei aos fúteis que vão à Loja buscando aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente".

"A sétima, meu amado Irmão, foi grande e deslizou pesada! Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos do Verdadeiro Maçom. Fiz doação desta aos Irmãos vaidosos que esquecem que existe o respeito e que existem Irmãos precisando de caridade, e tantos seres humanos necessitando de amparo material e espiritual".
"Assim, caro Irmão, foi para todos estes que vistes cair uma a uma."

terça-feira, 22 de março de 2011

A Lenda do Deus Brahma




A Lenda do Deus Brahma

Fonte: O poema data de 15000 Anos a. C.. Não se sabe quem o escreveu, foi encontrado em escrituras vedas, bramanismo e que hoje chamamos de Hinduísmo.

Conta uma lenda, que após criar nosso Universo, preparando-o para toda forma de vida que surgiria em seu devido tempo, o Deus Brahma deparou-se com grande problema: onde esconder o segredo da chama da criação divina?

Pergunta aos demais deuses e recebe de imediato a resposta:

- Esconda-o no mais alto dos céus.

Brahma pensa e responde:

- Não. Haverão de surgir seres de inteligentes, que chamarão a si mesmos de humanos, e estes irão construir pássaros maiores dos que criei e descobrirão o segredo.

O grupo medita e fala:

- Esconda-o no mais profundo dos oceanos.

Brahma, novamente, pensa e propõe:

- Não! Um dia este mesmo ser construirá peixes que em pouco tempo encontrarão o segredo.

O grupo faz mais uma tentativa e, depois de longa introspecção, sugere:

- Esconda-o nas profundezas da Terra.

Brahma, responde de imediato:

- Também não adiantará! Eles chegarão lá em pouco tempo e terão o segredo em suas mentes.

Finalmente Brahma diz ao grupo:

- O segredo da chama divina da criação deverá ficar escondido dentro do coração de cada um destes seres que estão por vir.

Nada entendendo, perguntam do por que da escolha deste lugar tão fácil de ser achado, a que Brahma responde:

- Estes seres que estão por vir jamais procurarão nada no fundo de seus próprios corações.


 Charles Evaldo Boller


segunda-feira, 21 de março de 2011

Da Crença Para a Experiência


Da Crença Para a Experiência

Até o fim da Idade Média, prevalecia na cristandade o período da crença em Deus, na imortalidade, no Cristo, no mundo espiritual.

Com o fim da Idade Média, grande parte da cristandade e da humanidade ocidental abandonou a crença, e, com o início da Renascença, muitos proclamaram a ciência como elixir da felicidade. A crença, que é um ato de boa vontade, foi substituída pela ciência, que é um ato da inteligência.

Hoje, porém, após quase cinco séculos de Renascença, e no apogeu da ciência, a nova humanidade está iniciando o terceiro estágio da sua evolução ascensional, para além da crença e da ciência — rumo à experiência de Deus e do mundo invisível. Se a crença foi um ato de boa vontade, e a ciência um ato da inteligência — a experiência é o despertar da razão, do Lógos, do Cristo.

A crença corresponde à infância.

A ciência é da adolescência.

A razão é da maturidade.

O grosso da humanidade continua no período da crença, porque a imensa maioria do gênero humano se acha ainda no plano da infância espiritual, em que a única atitude é a de crer em Deus e no mundo espiritual. Nem é provável que, em tempo previsível, haja uma humanidade que consiga ultrapassar o estágio da crença, uma vez que a evolução progride com passos mínimos em espaços máximos. Para esta humanidade, a crença é necessária, porque é um freio disciplinar para conter o homem dentro de certos limites de moralidade.
Apenas uma pequena elite da humanidade ocidental conseguiu ultrapassar a crença baseada em testemunhos alheios e entrar na experiência própria de Deus e do mundo invisível.

Os que perdem a crença sem atingirem a experiência caem facilmente na descrença.

A elite dos experientes sabe que essa experiência do mundo superior não é um ato transitório, mas uma atitude permanente do homem, uma abertura ou receptividade em face do mundo superior. Para ter experiência da Realidade invisível, deve o homem ser invadido pela alma do Universo, que é Deus.

E, para que aconteça ao homem essa invasão cósmica, deve ele oferecer ao invasor canais abertos; somente o homem invadível pode ser invadido pela alma do Universo. Esta invadibilidade ou disponibilidade cósmica do homem consiste num total ego-esvaziamento, que, segundo leis infalíveis, preludia a cosmo-plenificação, que certas teologias chamam “graça”. A verdadeira meditação é idêntica a esse ego-esvaziamento. E, na linguagem dos Mestres, é um egocídio voluntário, após o qual nasce na alma o Cristo, ou o Reino de Deus.
Durante esse egocídio, ou ego-esvaziamento, o homem ignora totalmente a sua personalidade humana, mas fica perfeitamente consciente da sua individualidade divina. É um estado 100% consciente e 0% pensante. Os Mestres da vida espiritual são unânimes em exigir esse egocídio, para que possa nascer o Reino de Deus no homem: “Se o grão de trigo (ego) não morrer, ficará estéril; mas, se morrer, produzirá muito fruto”. “Eu morro todos os dias, e é por isto que eu vivo; mas já não sou eu (ego) que vivo, é o Cristo (Eu) que vive em mim”.

Após esse egocídio e esse nascimento do Cristo interno, o homem tem experiência direta e imediata de Deus, da sua alma imortalizável, e agora imortalizada. Já não é um ciente, mas um experiente ou sapiente.

Esta experiência gera absoluta certeza de Deus e da imortalidade, certeza essa que transforma toda a vida individual e social do homem.

Da crença há um possível regresso para a descrença — mas da experiência não há regresso para a inexperiência.

A certeza dos verdadeiros iniciados não vem da crença, menos ainda da ciência, mas vem da experiência. O homem que não tem experiência de Deus e da imortalidade não realizou o destino da sua existência.

Huberto Rohden – A Nova Humanidade – Ed. Alvorada

domingo, 20 de março de 2011

Trindade de vícios – ignorância, medo e ambição.


Trindade de vícios – ignorância, medo e ambição.

– O CRIME.

Este corpo-templo, maravilha das idades, foi construído e dirigido pelo poder, pelo saber e pela beleza. Apesar disso, no mundo inferior do homem existem sempre certos defeitos e vícios que o induzem a cometer barbaridades inauditas e indignas; estes defeitos são a ignorância, o medo e a ambição. A ignorância é um defeito que faz o homem crer que sabe, não desejando aprender nada; o medo elimina a fé do coração do homem em seu Deus íntimo e em seus guias, e a ambição é filha do egoísmo, que exige tudo para si, sem merecimento.

Pois bem, três obreiros da classe dos companheiros, julgando-se merecedores e dignos de serem mestres, e querendo conseguir isso pela força, como acontece com todos os ignorantes, tramaram uma conspiração para se apoderarem, pela violência, da Palavra Sagrada, e de serem reconhecidos como Mestres. Esta trindade de vícios – ignorância, medo e ambição – no homem quer sempre obter o que não merece do mundo espiritual e material.

Estes três vícios malvados e companheiros do homem, que ameaçam todas as conquistas e esforços espirituais, trataram de conquistar a complacência de outros vícios e companheiros dentro do homem, lograram convencer outros nove companheiros mestres, mas estes, no último momento, desistiram, porque foram perturbados pelo remorso.

Os três cúmplices ficaram sozinhos, e, urdindo o crime, resolveram obter a Palavra pela força, do mesmo Hiram (o homem inferior quer sempre obrigar seu Íntimo a outorgar-lhe todos os poderes divinos, pela força, e sem merecimento).

Os três aguardaram Hiram, a quem, por sua bondade, esperavam intimidar.

Escolheram o meio-dia como a hora mais propícia, pois a essa hora Hiram costumava visitar e revisar o trabalho, e elevar suas preces enquanto os demais descansavam. Os três se dirigiram para as três portas do Templo, que naquele momento já estavam desertas, porque todos os obreiros já haviam saído para descansar.

Quando Hiram terminou sua prece e quis atravessar a porta do sul, o companheiro ali postado o ameaçou com sua régua de vinte e quatro polegadas, pedindo-lhe a Palavra e o Sinal de Mestre. Todavia, o Mestre respondeu-lhe: “Trabalha, e serás recompensado!”



Vendo a inutilidade de seus esforços, o companheiro ignorante o golpeou fortemente com a régua (que representa o dia de vinte e quatro horas, mas que nunca foram aproveitadas, porque a ignorância sempre tenta obstaculizar a obra divina interna).

E, havendo o Mestre levantado o braço direito para deter o golpe vibrado sobre sua garganta, seu ombro direito foi atingido, paralisando o braço (positivo).

O Mestre dirigiu-se, então, até a porta do Ocidente, e, ali, o segundo companheiro lhe exigiu, como o primeiro, A Palavra e o Sinal de Mestre, recebendo a mesma resposta:

“Trabalha, e obterás”.

Então este companheiro deu-lhe um forte golpe no peito com o esquadro de ferro.

Meio aturdido, Hiram dirigiu-se até a porta do Oriente. Nesta porta o terceiro o esperava.

Era o pior intencionado dos três, o egoísmo, que, recebendo a mesma negativa do Mestre, deu-lhe um golpe mortal sobre a fronte, com o malhete que havia levado consigo.

Quando os três se encontraram novamente, comprovaram que nenhum possuía o Sinal nem a Palavra; horrorizaram-se pelo crime inútil e não tiveram outro pensamento senão o de ocultá-lo e fazer desaparecer seus vestígios. E, assim, de noite, levaram a vítima em direção ao Ocidente e a esconderam no cume de uma colina, perto do local da construção.

(O simbolismo ou a lenda nos ensina que o Mestre Interno, que está trabalhando sempre pelo bem do homem, pelo seu progresso espiritual e anímico, é atacado pelos três defeitos, em princípio, eram qualidades ou caracteres necessários ao homem. O desejo de progredir se converteu, por meio do intelecto, em ambição egoísta; o amor desenfreado a si próprio tornou-se fanatismo estúpido, e, por sua ambição e ignorância fanática, o homem perdeu sua fé e o Medo se apoderou dele).

Estes três grandes vícios matam o homem, o Eu Superior na parte Oriental; a Personalidade na Ocidental; e, na parte Sul, o Intelecto. Em outras palavras: o Mestre Interno, Eu Superior, que é a Consciência; a Personalidade ou o Eu Individual, que é a Vontade, e o Intelecto ou Inteligência, representados, respectivamente, pelos membros feridos: peito, braço e cabeça.


Fonte do livro:
DO SEXO À DIVINDADE
As Religiões e seus Mistérios, de Jorge Adoum



sexta-feira, 18 de março de 2011

VIDA ... NÓS É QUE FAZEMOS A SUA PONTUAÇÃO ...

Justiça

VIDA ... NÓS É QUE FAZEMOS A SUA PONTUAÇÃO ...






- Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:


- Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. 


Morreu antes de fazer a pontuação. Pergunta-se:


A quem deixava a fortuna?


Eram quatro concorrentes.


1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres


2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:


Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sábio, fez esta interpretação:


Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.


Moral da história:


- A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos sua pontuação.


E isso faz toda a diferença.


Autoria desconhecida


quarta-feira, 16 de março de 2011

Dois irmãos de sangue iniciados na Calixto Nóbrega - SAUDADES


Chico Moreira +16.03.2008


Chico Moreira +16.03.2008.
 
Zé Moreira

Os dois irmãos maçons e de sangue, Chico Moreira e Zé Moreira, verdadeiros exemplos de maçons, embora já se encontrem no Oriente Eterno, deixam-nos saudosos em função do privilégio que tivemos pelo convívio, dentro da Loja Maçônica e no mundo profano, resta-nos agradecer ao GADU. Foi uma oportunidade  conhecer  dois homens valorosos, dois maçons integros, trabalhadores, bons filhos, pais afetuosos e dedicados esposos.

O maçom Chico Moreira, além de agropecuarista, comercializava com côco verde e demonstrava um amor incomun a profissão de camioneiro, não obstante, o Chico tinha uma veia poetica e sempre declamava poesias,  causos de padres, é claro que no bom sentido, pois, denotava uma religiosidade louvável, sempre presente a sua Igreja Católica, além de sempre aproveitar o tempo,  relatando os obstáculos advindos da sua amada profissão pelas estradas do Brasil afora.

O maçom Zé Moreira, além de agropecuarista, era dono de Panificadora, administrando em conjunto com seu outro irmão Antonio Moreira a sua tão decantada e agradável  Padaria. A todos recebia com cortezia e tinha sempre uma prosa com relação a qualidade e o sabor do produto que produzia.

Com relação aos trabalhos maçônicos, cabe-nos relembrar o desempenho, o zelo e o respeito que mantinha pela Ordem, pelo Venerável, pelos Irmãos, pois, sempre buscava justificar quando não podia participar dos trabalhos em Loja.
Com carinho  e gratidão aos irmãos Chico e Zé Moreira, vejamos o que diz o poeta Francisco Octaviano:

"Quem passou a vida em brancas nuvens

E em plácido repouso adormeceu,


Quem não sentiu o frio da desgraça,


Quem passou pela vida e não sofreu


Foi espectro de homem, não foi homem,


Só passou pela vida, não viveu."








O Credo da Ciência

Huberto Rohden


O Credo da Ciência



Meu caro amigo. Recebi tuas felicitações - muito obrigado. Atingi o "vértice da pirâmide" - dizes... Enchi de mil conhecimentos o espírito - é verdade...

Cinge-me a fronte o laurel de doutor - sou acadêmico... Entretanto - não me iludo... Quase todo o humano saber - é crer... Nossa ciência - é fé...

Creio no testemunho dos historiadores - porque não presenciei o que referem...
Creio na palavra dos químicos e físicos – porque admito que não se tenham enganado nem me queiram enganar...
Creio na autoridade dos matemáticos e astrônomos - porque não sei medir uma só das distâncias e trajetórias siderais.

Tenho de crer em quase todas as teses e hipóteses da ciência – porque ultrapassam os horizontes da minha capacidade de compreensão.
Creio até nas coisas mais quotidianas - na matéria e na força que me circundam.
Creio em moléculas e átomos, em elétrons e prótons - que nunca vi...
Creio nas emanações do rádium e nas partículas do hélium - enigmas ultramicroscópicos.
Creio no magnetismo e na eletricidade – esses mistérios de cada dia.
Creio na gravitação dos corpos siderais – cuja natureza ignoro.
Creio no princípio vital da planta e do animal - que ninguém sabe definir.

Creio na própria alma - esse mistério dentro do Eu.

Não te admires, meu amigo, de que eu, formado em ciências naturais, creia piamente em tudo isto...
Admira-te, antes de que haja quem afirme só admitir o que compreende - depois de tantos atos de fé quotidiana.

O que me espanta é que homens que vivem de atos de crença descreiam de Deus - "por motivos científicos".

Homem! Tu, que não compreendes o artefato - pretendes compreender o Artífice?
Que Deus seria esse que em tua inteligência coubesse?
Um mar que coubesse numa concha de molusco ainda seria mar?
Um universo encerrado num dedal - que nome mereceria?
O Infinito circunscrito pelo finito - seria Infinito?

Convence-te, ó homem, desta verdade: só há duas categorias de seres que estão dispensados de crer: os da meia-noite - e os do meio-dia... As trevas noturnas do irracional - e a luz meridiana da Divindade... O insciente - e o onisciente...

Aquele por incapacidade absoluta - este por absoluta perfeição...
O que oscila entre a treva total do insciente e a luz integral do onisciente – deve crer...
Deve crer, porque a fé se move nesse mundo crepuscular, eqüidistante do vácuo e da plenitude, da meia-noite e do meio-dia...

“De Alma Para Alma” – Huberto Rohden





O Grande Homem - Huberto Rohden


O grande homem é silenciosamente bom...

É genial - mas não exibe gênio...

É poderoso - mas não ostenta poder...

Socorre a todos - sem precipitações...

É puro - mas não vocifera contra impuros...

Adora o que é sagrado - mas sem fanatismo...

Carrega fardos pesados - com leveza e sem gemido...

Domina - mas sem insolência...

É humilde - mais sem servilismo...

Fala grandes distancias - mais sem gritar...

Ama - sem se oferecer...

Faz bem a todos - antes que se perceba...

Rasga caminhos novos - sem esmagar ninguem...

Abre largos espaços - sem arrombar portas...

Entra no coração humano - sem saber como ...

É como o sol - assaz poderoso para sustentar um sistema planetário e, assaz delicado para beijar uma pétala de flor...

Assim é, e assim age o grande homem verdadeiramente grande - porque é instrumento nas mãos de DEUS.

Do livro - DE ALMA PARA ALMA ( Huberto Rohden)