sexta-feira, 29 de junho de 2012

ENIGMA DO UNIVERSO - COMO DECIFRÁ-LO?

ENIGMA DO UNIVERSO - COMO DECIFRÁ-LO?


Todos conhecem a frase esotérica colocada na fachada do lendário templo de Delfos: "Homem, conhece-te a ti mesmo e decifrarás o enigma do universo". Bela expressão, popularizada por Sócrates, um dos homens mais sábios que pisou o solo da Terra, como a grande expressão da sabedoria espiritual entregue à humanidade. Ao afirmar que no interior do ser humano encontra-se a chave para decifrar o enigma da vida, do Universo, a frase aponta o magnífico grau de riqueza de que somos possuidores. O desconhecimento dessa realidade divina, dos poderes fantásticos a constituírem nossa natureza transcendente, é o responsável pela recorrente experiencia das reencarnações dolorosas. Repete-se vivencias em função da consciencia adormecida que trazemos. Um sono letárgico, hipnótico, nos impede de enxergar os fundamentos reais da vida e nos tornamos prisioneiros da "morte", ou seja, passamos por inúmeras experiencias de morrer, exatamente porque não conseguimos vencer a natureza animal que nos traz para a representação mais baixa do universo - a matéria densa - com toda sua gama de paixões malsãs, de tormentas pela posse material, pela dependencia das emoções pesadas, de quem se sente a carne e não o espirito que a usa, objetivando, um dia, emancipar-se dela.

Por não conhecermos quem somos e o que somos, sucumbimos a longos estágios em vidas materializadas, adiando quase que indefinidamente, a libertação do que o budismo chama de "Roda de Sansara" - a roda dos renascimentos em corpos perecíveis, sujeitos à putrefação da matéria. "Filhos da matéria", seres mais animalizados que espiritualizados. O despertar da consciencia transubstancia-se por intermédio da viagem aos continentes poderosos e luminosos da alma, continentes estes que ainda não conhecemos. Alguns até advinham sua existencia. Poucos, no entanto, já caminharam em suas estradas arrebatadoras.

Entendemos a importância da reencarnação ao desenvolvimento da razão, da inteligencia e da moral. Precisamos, no entanto, recordar que o próprio objetivo desse mergulho na carne é nos levar a não mais precisarmos de efetuar esse mergulho. Ascender sempre. Subir sempre. Desmaterializarmo-nos, sutilizando nossas aspirações. A depuração transcorre auxiliada pelo olhar em direção à si mesmo, vasculhando o mundo que somos, a constelação que somos, o universo que somos. Conhecendo tudo isto, decifraremos o universo. E entenderemos o milenar texto esotérico que nos diz que o que está em cima (no reino celestial) está em baixo (no ser humano que somos, nos bosques desse ser que habita as vibrações de baixo). Toda a beleza dos céus repousa em nós, aqui dentro.
Frederico Menezes

Fonte:
Blog de Frederico Menezes

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