O maçom Josimar sempre feliz na sua jornada. |
Jornada
O ser humano é o mesmo espírito que vem, há milênios, buscando se encontrar. Seu olhar ainda não é completo. Seu instrumento para isso, o ego, ainda não está totalmente maduro. Muitos fatores interferem em sua percepção. Ele ainda não aprendeu que não precisa ver tudo, mas apenas o essencial. Deve entender que, para conhecer as coisas, é preciso dar a volta sobre si mesmo, olhando para seu próprio mundo interior. Não percebe, em sua momentânea cegueira, que Deus se escondeu em seu inconsciente. Acumula muita coisa no seu egoísmo e orgulho em excesso. Chegará um tempo em que estará pronto para encontrar e perceber a divindade. Um dia, quando liberto de seus próprios medos e preconceitos, tecidos pela ignorância em relação ao divino e a si mesmo, alcançará a liberdade de pensar uma Religião Pessoal. O caminho será longo, mas extremamente valioso para si mesmo. Quando então iniciar seu processo de vivência da Religião Pessoal, sofrerá reveses por conta das próprias armadilhas que criou, medroso de se perder nos labirintos complexos de sua psiquê religiosa. E os reveses acontecerão por conta, principalmente, do desejo infantil de salvar-se de algo que idealizou como sendo uma tragédia. Inconscientemente acredita que um grande perigo o ameaça e que o levará a ser banido eternamente. Teme o que ele próprio construiu. Sua mente ainda está estruturada na dialética bem x mal. Teme o abandono divino, qual criança apegada à mãe, temendo perder-se dela.
Texto de Adenáuer Novaes
Psicólogo Clínico e Escritor.
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