sábado, 1 de junho de 2013

Até quando Senhor?

 
Até quando Senhor?




“Até quando, SENHOR, os perversos, até quando exultarão os perversos? Proferem impiedades e falam coisas duras; vangloriam-se os que praticam a iniqüidade. Esmagam o teu povo, SENHOR, e oprimem a tua herança. Matam a viúva e o estrangeiro e aos órfãos assassinam. E dizem: O SENHOR não o vê; nem disso faz caso o Deus de Jacó.” (Salmo 94.3-7).



O mundo tem presenciado catástrofes em várias partes e apesar de se manifestarem em níveis e graus generalizados e nunca imagináveis pela maioria das pessoas comuns, parece que o coração do homem também aumenta na mesma proporção para a desumanidade.



É certo que os dias em que vivemos foram preditos tanto pelos profetas do Antigo Testamento, quanto por Jesus e seus discípulos (apóstolos e evangelistas – “profetas do Novo Testamento”-) e os vemos descritos ao longo dos textos bíblicos.



No passado, quando catástrofes ocorriam, não poucas vezes os povos de uma determinada região eram totalmente exterminados em razão da fragilidade de suas habitações ou mesmo da incapacidade que tinham de prever tais acontecimentos, e mesmo diante desses fatos, os sobreviventes que tomavam conhecimento do ocorrido, pouco ou nada se modificavam, quer moral, quer espiritualmente.



A situação hoje não se alterou muito, pois apesar de todo avanço tecnológico, o coração do homem continua o mesmo: egoísta, insensível, alheio às recomendações divinas, indiferente ao sofrimento alheio, avarento em relação aos que sofrem com a fome e com o frio e principalmente cruel em relação aos que necessitam e não têm a quem recorrer.

Os que procuram espiritualizar todos os seus atos e têm a Bíblia como regra de fé e prática,

esquecendo-se de que também são seres humanos e ainda vivem as mesmas vicissitudes físicas que os demais, entendem que pelo fato dos acontecimentos trágicos pelos quais tem passado a humanidade estarem descritos na Bíblia estes não podem ser modificados ou cancelados, sendo antes a concretização do “plano divino” para a raça humana e por essa razão não fazem nada para ajudar os que sofrem. Quanta desumanidade diante do dom da vida que lhes foi concedido por Deus, em quem costumam colocar toda a culpa por esses acontecimentos!!!

Para outros, tão preocupados com os afazeres cotidianos

, a “pouca” ajuda que poderiam dar de nada adiantaria em razão da grande quantidade de miseráveis que aparecem todos os dias em todos os lugares, até mesmo “muitas vezes” às portas de suas casas. Quanta crueldade em relação a seus irmãos que assim como eles também foram criados à imagem e semelhança de Deus!!!

Outros ainda, tão “desamparados” que são das bênçãos da riqueza material

, acreditam que o pouco com que poderiam colaborar, seria tão “insignificante” que nem valeria a pena tentar e por essa razão omitem-se, chegando mesmo a “orar a Deus” para que esse “cálice da ajuda” lhes seja afastado dos lábios, ou antes dos bolsos, que como dizem “é o membro mais exposto do ser humano, pois quando é tocado, todo o corpo sente um calafrio”. Quanta insensatez diante das possibilidades que o Senhor lhes concedeu para minimizar o sofrimento alheio, que muitas vezes necessita muito mais de uma palavra de consolo ou um ombro amigo do que uma cesta de alimentos!!!



E o que poderíamos falar em relação aos governantes mundiais
, que mesmo prevendo catástrofes terríveis com seus aparatos tecnológicos, não movem uma palha para impedir que as pessoas, principalmente as menos favorecidas, sejam vitimadas por elas? Quanta ingratidão diante do poder temporal que lhes fora entregue pelo Criador de todas as coisas, com a finalidade de promover a igualdade entre os Seus filhos!!!



A pouco mais de dois anos, vimos os sofrimentos pelos quais passaram nossos irmãos do Haiti e infelizmente, vimos também pessoas sendo presas pelas autoridades internacionais porque estavam tentando fazer contrabando de crianças ao invés de adotá-las. O fim que desejavam dar a elas, até o falar nos causa náuseas, por essa razão preferimos louvar a Deus pelo livramento que Ele concedeu àquelas crianças que foram resgatadas a tempo e pedir a Ele que promova o resgate daquelas que já haviam deixado o país e lhes conceda um lar decente onde possam ser amadas por seus novos pais.



Assim como o Salmista, também perguntamos e oramos ao Senhor:

Até quando Senhor teremos que presenciar essa situação humilhante e degradante por que passam tantos de nossos irmãos espalhados por esse mundo que criaste?

Até quando Senhor veremos a felicidade nos lábios de homens cruéis que se locupletam diante do sofrimento do próximo?

Até quando Senhor veremos o coração de uma mãe esfacelado ante o choro de um filho faminto, sem que ela possa suprir-lhe ao menos a necessidade básica da vida orgânica?

Até quando Senhor presenciaremos a arrogância de nossos governantes que negligenciando o juramento que fizeram diante de Ti e daqueles que os elegeram, preocuparem-se muito mais com o bem-estar de seus familiares do que com os milhões de necessitados do mínimo que seja, que buscam apenas sobreviver?

Em seus corações insensíveis eles dizem que o Senhor nada vê, mas nós sabemos que nada foge aos Teus olhos de amor e ao Teu cetro de justiça e é por essa razão que rogamos a Ti Senhor: dá-nos um coração sensível que possa sentir o sofrimento do nosso irmão, um olhar amoroso que veja nele um igual e mãos operosas que labutem em favor deles para minorar os seus sofrimentos e reconduzi-los à Tua presença para que Te louvem e Te glorifiquem pelo livramento concedido.



(
בן ברוך) Ben Baruch

Fonte: Blog do Ben


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