terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O CRISTÃO SEM A PRÁTICA DA CARIDADE,


José Reis Chaves
 
O CRISTÃO SEM A PRÁTICA DA CARIDADE,

A DEUS ELE NÃO AMA DE VERDADE.

 

     Há muita gente que pensa que ser cristão é estar muito presente na igreja, no templo ou no centro espírita, ficar dando tapinhas nas costas dos líderes religiosos, e concordar com tudo que eles ensinam, como se eles fossem infalíveis, quando nem Jesus sabe tudo (Mateus 24: 36). Isso é, pois, um grande engano.

 

    Quando o Nazareno disse (Mateus 25: 40): O que fizerdes a um desses pequeninos – pequeninos aqui são os maiores pecadores –, foi a mim que fizestes, Ele quis mostrar que, como Ele nos ama de fato no mesmo grau com que Ele ama a si próprio, qualquer mal praticado contra alguém se torna também, pois, um mal contra Ele mesmo.

    A mensagem evangélica é realmente de amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

     Por isso, a caridade é a mais importante das três virtudes teologais: fé, esperança e caridade, a única que dura para sempre. (1 Coríntios 13:13).

     E certa vez, disse o Excelso: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa-a perante o altar, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” (São Mateus 5: 23 e 24). Nessa passagem, Jesus nos ensina que nós devemos reconciliar-nos com o nosso adversário enquanto estamos a caminho com ele, ou seja, na mesma reencarnação, pois, se assim não agirmos, seremos colocados no cárcere, isto é, entregues à lei de causa e efeito ou do carma, e não seremos livres enquanto não pagarmos tudo até o último centavo, o que demonstra que somos nós mesmos que pagamos os nossos pecados, e que as penas não são sempiternas.

         É mais importante, pois, estarmos bem com o nosso semelhante do que fazermos ofertas a Deus que não precisa de nenhuma oferta nossa, mas nós precisamos estar em paz e harmonia com os nossos semelhantes, sem o que não podemos ser felizes e ter desperto em nós o reino de Deus.

    Também João, na sua Primeira Carta, ensina: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” (1 João 4: 20). E muito bem inspirado por espíritos santos, disse Kardec: “Fora da caridade não há salvação.” E caridade é a prática do amor.

     Alguns pastores, mal informados ou querendo afastar seus fiéis dos meios espíritas, ensinam para seus fiéis que os espíritas estão perdendo o seu tempo fazendo obras de caridade, pois diz Paulo que “obras da lei não salvam ninguém.” Acontece que essas obras da lei são as mosaicas, num total de 613, prescritas por Moisés. Exemplos: a circuncisão, guardar os sábados, lavar as mãos antes das refeições. Mas vejamos o que ensina o próprio Paulo: “Ainda que eu tenha o dom de profetizar e reconheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.” (1 Coríntios 13: 2).

    E reiteramos o que já foi dito, ou seja, que a caridade é a prática do amor!  

José Reis Chaves (Belo Horizonte/SP)

Nenhum comentário:

Postar um comentário