Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens
maiores de idade, de perfeita reputação, gente de honra, leais e discretos,
dignos em todos os níveis de serem bons irmãos e aptos a reconhecer os limites
do domínio do homem e o infinito poder do Eterno.
Este nono Landmark define, com precisão evidente,
as características de quem está em condições de ser admitido maçon.
Tal só pode ocorrer relativamente a homens - o que exclui a admissão, na Maçonaria Regular, de mulheres e a existência de Lojas mistas; conferir, a este respeito, o comentário que elaborei a propósito do terceiro Landmark.
Tal só pode ocorrer relativamente a homens - o que exclui a admissão, na Maçonaria Regular, de mulheres e a existência de Lojas mistas; conferir, a este respeito, o comentário que elaborei a propósito do terceiro Landmark.
Esses homens têm de ser maiores de idade, isto é, adultos. A maioridade afere-se, desde logo, pela lei civil que vigora no país onde funciona a Loja. Mas o preceito, corretamente interpretado, exige mais: exige a maioridade de pensamento, isto é, a maturidade necessária para compreender o que implica ser maçom e a capacidade e vontade de palmilhar o caminho do aperfeiçoamento.
Têm ainda tais homens de ser de perfeita reputação. Não basta ser sério e honesto, impõe-se que seja tido e reputado como tal no seu ambiente social. O maçom, por o ser, deve impor-se à consideração geral. Dificilmente o consegue quem não tiver angariado por si e suas ações tal reputação. Não seria a aquisição da qualidade de maçom que melhoraria a sua reputação. Pelo contrário, seria a mácula na sua reputação que mancharia a Maçonaria.
Tem de ser gente de honra, ou seja, que dá valor à sua palavra e a cumpre, que sabe o valor, a importância e a responsabilidade da sua honra e age em conformidade.
Devem os maçons ser leais, condição essencial para integrarem uma Fraternidade em que todos em si vão confiar.
Devem ser discretos, porque o é a Maçonaria. Note-se: não secreta, mas discreta! No sentido em que preserva a intimidade e a identidade dos seus membros e da sua atividade. No sentido de que não alardeia nem publicita o que faz, a quem ajuda, o que contribui, seguindo o preceito de que, no vero homem de bem, nem sequer a mão esquerda tem de saber o que deu a mão direita.
Têm de ser dignos de serem bons irmãos, porque só assim podem integrar a Fraternidade Maçónica.
Têm de ter a capacidade de reconhecer os limites do homem, porque só assim podem reconhecer o seu papel no Universo e procurar aproximar-se o mais possível desses limites, sem a pretensão de serem mais do que são: humanos.
Finalmente, têm de ter a capacidade de reconhecer o infinito poder do Eterno, isto é, de serem crentes num Criador Todo Poderoso.
Quem acusa a Maçonaria de ser uma elite... tem razão! Poucos estão ainda em condições de ser admitidos maçons, efetivamente! Mas um dos objetivos do trabalho maçónico é a construção do Templo Coletivo, isto é, o aperfeiçoamento geral da sociedade, através da intervenção e do exemplo dos maçons. Esperamos que cada vez mais estejam em condições de vir a ser admitidos maçons!
Rui Bandeira
Fonte: Blog A PARTIR PEDRA
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