domingo, 26 de agosto de 2012

VENCER O MAL COM O BEM

 
VENCER O MAL COM O BEM



As leis divinas proíbem rigorosamente a vingança. O verdadeiro cristão deve entender que os ensinos de Jesus ordenam a não resistência diante dos homens perversos. Ele mesmo iria mais tarde ratificar com o seu exemplo, deixando-se prender e assassinar “como um cordeiro diante de quem o tosquia” (Is 53:7; At 8:32) Jesus resistiu ao mal e este é o dever do crente.



“Ninguém deve resistir ao mal com o mal, mas vencer o mal com o bem”(Rm 12:21), Aconselha que nenhum discípulo retribua violência com violência. O bem é o único antídoto do mal. Jamais devemos revidar um mal com outro mal, ao contrário, quando recebermos ofensa moral ou material, temos que retribuí-la com um benefício, nem que seja com uma prece em favor do ignorante que não sabe que “quem faz o mal a si mesmo o faz”.



Infeliz o homem que não sabe perdoar. Quando nosso Mestre nos fala em oferecer a outra face quando nos esbofeteiam, é porque há muito mais mérito no não revide, do que na agressão. O murro da cólera somente surge quando a razão é afastada.



Somente a calma e o equilíbrio do adversário conseguem atenuar os desequilíbrios procedentes da falta de controle do agressor. O único recurso para conter um homem desvairado é conservar-se o contendor em atitude de não violência, sem se deixar cair no mesmo nível vibratório do agressor.



Portanto no conselho do Cristo, não há covardia, nem convite à fraqueza, mas apelo à superioridade que as pessoas vulgares ainda desconhecem.



O homem profano acredita, devido a sua curta visão espiritual, que há mais coragem em vingar-se que suportar um insulto. A justiça de Deus dispensa o concurso da nossa vingança, pois ela terá contra si os efeitos do mal que praticou. Maior glória terá o cristão de ser ofendido do que ofender, de suportar uma injustiça do que praticá-la.



Se nos obrigarem a andar uma milha, caminhemos duas com nosso desafeto. No decurso tudo pode acontecer, uma vez que teremos tempo necessário para meditar, exercer nossa paciência e aplicar nossos sentimentos de tolerância e fraternidade.



Extraído do livro SÂNDALO

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