A Cadeia Simbólica
Não situeis a candeia sob o velador.
Semelhante apontamento do Divino Mestre não envolve o impositivo de nossa palavrosa adesão à verdade.
Sem dúvida, o verbo criador de luz é sempre o alicerce inamovível do bem; no entanto, a candeia do ensinamento evangélico reporta-se, essencialmente, à nossa atitude.
O exemplo será em todos os climas a linguagem mais convincente.
Por nossos passos revelamos o próprio rumo.
Pelos gestos, que nos sejam próprios, estabelecemos a propaganda real de nossos objetivos.
Não olvidemos que é imprescindível erguer o facho da compreensão com Jesus, através da vida prática, arrebatando-a
ao velador de nossas conveniências.
Para o orgulhoso, a candeia simbólica do Cristo é a humildade.
Para o inimigo,
é a desculpa sincera.
Para o triste,
é o consolo.
Para o faminto,
é a fatia de pão.
Para o infeliz,
é o amparo justo.
Para o colérico,
é a sinceridade.
Para o desertor,
é a bênção da prece.
Para o mau,
é a lição do bem.
Para o descrente,
é a fé viva.
Para o desanimado,
é a esperança.
Para o superior,
é o respeito.
Para o subalterno,
é a benemerência.
Para o lar,
é o amor praticado.
Para a instituição a que nos ajustamos,
é a correção no dever.
Para todos os que nos cercam,
é a cordialidade e a gentileza,
o entendimento e a boa vontade.
Não nos esqueçamos de que o Cristianismo não é simplesmente a estática da fraseologia e da adoração. É, acima de tudo, a dinâmica
do trabalho para que o mundo receba por nosso intermédio a luminosa mensagem da imortalidade triunfante.
Jesus, o Mestre Inesquecível, não ocultou a candeia do próprio coração, sob o velador da grandeza celestial, mas desceu até nós e imolou-se na cruz para que lhe descobríssemos no exemplo o caminho para luminosa renovação.
Emmanuel
Nenhum comentário:
Postar um comentário