quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Cadeia Simbólica



Não situeis a candeia sob o velador.

Semelhante apontamento do Divino Mestre não envolve o impositivo de nossa palavrosa adesão à verdade.

Sem dúvida, o verbo criador de luz é sempre o alicerce inamovível do bem; no entanto, a candeia do ensinamento evangélico reporta-se, essencialmente, à nossa atitude.

O exemplo será em todos os climas a linguagem mais convincente.

Por nossos passos revelamos o próprio rumo.

Pelos gestos, que nos sejam próprios, estabelecemos a propaganda real de nossos objetivos.

Não olvidemos que é imprescindível erguer o facho da compreensão com Jesus, através da vida prática, arrebatando-a
ao velador de nossas conveniências.

Para o orgulhoso, a candeia simbólica do Cristo é a humildade.

Para o inimigo,
é a desculpa sincera.

Para o triste,
é o consolo.

Para o faminto,
é a fatia de pão.

Para o infeliz,
é o amparo justo.

Para o colérico,
é a sinceridade.

Para o desertor,
é a bênção da prece.

Para o mau,
é a lição do bem.

Para o descrente,
é a fé viva.

Para o desanimado,
é a esperança.

Para o superior,
é o respeito.

Para o subalterno,
é a benemerência.

Para o lar,
é o amor praticado.

Para a instituição a que nos ajustamos,
é a correção no dever.

Para todos os que nos cercam,
é a cordialidade e a gentileza,
o entendimento e a boa vontade.



Não nos esqueçamos de que o Cristianismo não é simplesmente a estática da fraseologia e da adoração. É, acima de tudo, a dinâmica
do trabalho para que o mundo receba por nosso intermédio a luminosa mensagem da imortalidade triunfante.



Jesus, o Mestre Inesquecível, não ocultou a candeia do próprio coração, sob o velador da grandeza celestial, mas desceu até nós e imolou-se na cruz para que lhe descobríssemos no exemplo o caminho para luminosa renovação.


Emmanuel

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