Ailton Elisiario de Sousa |
SEU JOCA, MEU PAI
O dia 5 de maio de cada ano registra na minha vida um evento importante que relembro com muita emoção. Nessa data, no ano de 1905 nascia aquele que seria meu pai, João Elisiário de Souza. Natural da vizinha cidade de Alagoa Nova, seu Joca era filho de Leodegário Sérgio de Souza e Felisbela Cabral de Vasconcelos. Falecido em 14 de novembro de 1991, se cá estivesse entre nós, estaria comemorando 107 anos de vida.
Artesão de peças de couro, era hábil e sensível na confecção de selas para animais. Arreios, rédeas, cilhas, mantas, correias de espora, laços trançados, arreatas de charrete, bainhas para canivetes e facas, alforjes, bolsas, cabrestos, chicotes, cintos, entre outros acessórios, faziam a arte de meu pai lá em Surubim, a terra da vaquejada onde nasci.
Sua vinda para Campina Grande em 1959 o fez mudar de profissão, estabelecendo-se com pequeno negócio de mercearia, primeiro na rua Martins Júnior, 629, onde morou por muitos anos e, depois no Mercado da Liberdade, quando se mudou para a rua São Paulo, 312, casa onde viveu até o último dia de sua vida.
Meu pai era de uma hombridade a toda prova. As pessoas o admiravam e respeitavam, ante suas atitudes de sinceridade e dignidade. De casa para o trabalho e do trabalho para casa era o seu caminho diário. Mantinha o lar em harmonia e jamais gritou em casa com seus filhos. A estes deu educação doméstica pelo exemplo e pelo respeito, sem impor-se pela força do poder paterno.
Adorava sua mulher, minha mãe, a quem dedicou todas as suas atenções em todos os momentos. Jamais lhe foi infiel, nunca lhe alteou a voz ou levantou-lhe o braço. Discutia com ela os problemas de casa e dos negócios, cochichando para que, nós filhos, não tomássemos conhecimento. Criança não era para saber das coisas de gente grande, dizia-nos ele. Criança era para estudar e brincar.
Ah! Que saudades do meu pai. Quanto ainda hoje ele me faz falta! Seus ensinamentos para a vida, seus exemplos de moralidade, suas atitudes de responsabilidade, seu amor pela família, seu respeito aos amigos, seus risos de aprovação e seu olhar de desaprovação, me fizeram o homem que sou. Ele não me sai da memória e do coração e por isto, meu pai é imortal, o maior pai do mundo, o maior brasileiro de todos os tempos.
Ailton Elisiario de Sousa
Perfil do Autor: Brasileiro, professor, advogado, Grande Orador da GLMEPB, Presidente da Academia de Letras de Campina Grande.
Mesmo sendo MM muitas dúvidas pairam sobre a façanha da conquista do homem à Lua.
ResponderExcluirAlgo bem importante está sendo desprezado, as impossibilidades da física ou da matemática de obter cálculos reais, uma vez que os mais sofisticados sistemas de cálculos e suas combinações travam todas e quaisquer tentativas de apurar os tempos nos seus mais notáveis sistemas de informática, esbarram nas suas falhas do tempo.
Uma de 40 minutos e a outra de 11h20mim. Busquem a realidade.