Os Intérpretes divinos
Em pleno século XXI, quais ferramentas são concedida para identificarmos os verdadeiros operários de Jesus, existirão formas definidas, calcadas em subsídios científicos e/ou morais, a fim de que, nesta fase evolutiva do planeta, apontemos com segurança os trabalhadores de Jesus.
Examinemos o nosso país, a nossa comunidade, o nosso trabalho, o nosso lar. Observemos a nós mesmos, diante do espelho e vejamos a obra prima criada por Deus.
Qual o meu comportamento ético/moral perante os meus familiares? Existe algo nas entrelinhas, nos pensamentos desavisados, desvirtuados que não posso revelar? Caso positivo, logicamente, a princípio, a qualificação de operário de Jesus aguardará mais algum tempo. Afinal, poderemos enganar aos outros encarnados, entretanto, a nós e a Deus jamais enganaremos, aliás, o corcunda para onde for, levará sempre a sua corcunda. Qualquer atitude indigna, realizada as escondidas, entre quatro paredes, com astucia e sagacidade enganaremos a justiça humana, e, em função da nossa pobreza espiritual não percebemos a presença de alguns bilhões de testemunhas invisíveis do mundo espiritual. Uns chorando, pois nos amam e torcem pela nossa evolução, outros alegres, sofredores, observando a nossa derrocada
.
No nosso trabalho profissional, em qualquer área de atuação, realizado com honestidade e competência, denota, a quem realiza, uma expressão de alegria, respeito e paz íntima, sendo o trabalho uma oportunidade de contribuir em beneficio do semelhante, concomitantemente, representa uma lei divina emanada de Deus, na forma de benção sublime da ocupação laboriosa, onde cada um contribuirá conforme sua posição evolutiva.
Em nossa comunidade, compete-nos uma conduta ativa, de forma benéfica, silenciosa, sem alarde, sem barulho, sem explanações enganosas, sem subtrair a confiança e o vil metal de nossos irmãos. E, mesmo sendo ignorado pelos conterrâneos, não perde tempo em lamentações. Enfrenta as dificuldades e tem consciência das Verdades imortais, pois somos eternos, e atentemos a falácia de nosso tempo em distonia com os ensinamentos sublimados do meigo rabi da Galileia. O Mestre afirma: Prossegue, amando e aprendendo.
No nosso país, povo maravilhoso, ingênuo em sua grande maioria, os maus em sua minoria se sobrepõem aos bons que são numericamente superiores, como relata o “O Livro dos Espíritos“, de Allan Kardec, de que no dia em que os bons que são tímidos, assumirem seu papel, começaremos a implantar um mundo melhor em nossa Terra.
Um encontro deveras significativo, ocorreu, aparentemente “casual“, entre Jesus e Zaqueu.
O escritor Humberto de Campos (Irmão X) relata como foi o encontro de Zaqueu com Jesus:
“Grandes multidões se apinhavam nas estradas. Um publicano abastado de nome Zaqueu, conhecia o renome do Messias e desejava vê-lo. Chefe prestigioso na sua cidade, homem rico e enérgico, Zaqueu era, porém, de pequena estatura, tanto assim que, buscando satisfazer ao seu vivo desejo, procurou acomodar-se sobre um sicômoro, levado pela ansiosa expectativa com que esperava a passagem de Jesus. Coração inundado de curiosidades e de sensações alegres, o chefe publicano, ao aproximar-se o Messias, admirou-lhe o porte nobre e simples, sentindo-se magnetizado pela sua indefinível simpatia.”
O episódio de Zaqueu, relatado pelo evangelista Lucas, em Lucas, 19: 1-10, nos conduz a significativas reflexões.
“E, quando Jesus chegou aquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa. E, apressando-se, desceu e recebeu-o com júbilo.
E, vendo todos isso, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.”
Zaqueu era uma pessoa notoriamente desprezada pelos habitantes da cidade. Primeiro por ser publicano, segundo por ser chefe dos publicanos e, em terceiro lugar, por ser uma pessoa que enriqueceu possivelmente de forma ilícita. Jesus, no entanto, nele identificou o homem rico de coração nobre, capaz de transfigurar a riqueza em trabalho e beneficência.
O livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo“, de Allan Kardec, no capítulo 16, item 7, p. 256, nos esclarece:
“Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de maior utilidade. É a conseqüência do estado de inferioridade do mundo terrestre. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao homem fazê-la produzir o bem. Se não é um elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual.”
Afinal, Zaqueu transformou-se num intérprete divino? E nós? Será que já estamos inscrito no “livro amigos de Jesus“ existente no mundo espiritual?
Walter
Referências:
1. O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
2. Páginas de espiritismo cristão - Rodolfo Calligaris
3. Boa Nova - Humberto de Campos - Chico Xavier
4. Caminho verdade e vida - Emmanuel - Chico Xavier
5. Caridade - Espíritos diversos IDE
6. Fonte Viva - Emmanuel Chico Xavier
7. Dicionário da Bíblia - Volume 1 - Bruce M. Metzger e Michael D. Coogan
Nenhum comentário:
Postar um comentário