quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Paternidade Maçônica

Homenagem a um verdadeiro exemplo de Pai.

Data: 16 de outubro 2011

Número 42, ano 05

Número seqüencial: 324

Tema: Paternidade Maçônica



Saudações estimado Irmão, em prol das futuras gerações, exerçamos a PATERNIDADE MAÇÔNICA. Na última terça-feira, dia 11 de outubro, fui convidado para palestrar na Loja Maçônica de Pesquisas Quatuor Coronati Pedro Campos de Miranda, sobre o tema “As crianças e o futuro do Brasil e sua relação com a Maçonaria”. No convite que enviei para alguns Irmãos disse que minha tese é: PAI TEM QUE SER PAI, E NÃO AMIGO. Recebi em resposta, alguns “sim” outros “não” e muitos “por quê?” Permitam primeiro identificar o que seja um “um pai” e o que seja “um amigo”. Lembrando que somos Maçons Especulativos, portanto para o crescimento é preciso deixar de lado o objetivismo do concreto. Pai é o criador; amigo o acompanhante. Pai é para uma vida inteira, amigo é apenas para uma existência. A paternidade é para atuar no espírito para fortalecer a matéria. A amizade atua na matéria, e quando positiva fortalece o espírito. A própria origem da palavra pai já nos remete a dicotomia entre pai e amigo. Os bons dicionários nos ensinam: “Na língua portuguesa, a palavra pai é proveniente do latim pater (também interpretado como pátre, patris). O termo possui vínculos com a palavra padre, tendo ramos e origens semelhantes, a partir do costume de se chamar o clérigo de pai. A função paterna ultrapassa a materialidade. Mas um pai não pode ser amigo de seu filho? NÃO! Pai tem que ser PAI! Se ele tiver consciência da paternidade, todas as funções de corporalidade e afetividade estarão presentes na relação. Nas amizades há o perigo da cumplicidade. Sejamos sinceros, quem de nós não fez ou acompanhou um amigo em um ato errado ou perigoso? E quando o fizemos, não foi pela amizade? Que PAI (com letras maiúsculas) é cúmplice do filho que bebe e vai dirigir? Ou que permite que o filho destrate uma mulher ou idoso? Muitos Irmãos comentaram sobre a importância em ser amigo do filho para que ele não seja amigo do traficante. A questão está em um nível superior: Seja Pai do seu filho para que o traficante não o adote. A Paternidade Maçônica não é regida pela SEVERIDADE de padrões sociais, mas pela SERIEDADE de princípios morais. Os estudos simbólicos são subsídios para o aprimoramento não só do Maçom, mas de todos os que estão ao seu redor, principalmente seus filhos. Vocês acham que as instruções sobre nossas “ferramentas de trabalho” são só para dentro do Templo? Peguem uma régua e conversem com seus filhos (não importa a idade). Como dizem os jovens: “viagem na maionese” com eles sobre o que é uma régua. Como ela é mágica por traçar linhas paralelas (assim é a vida). Descubra a distância entre dois pontos (a necessidade de unir), trace uma linha no chão e brinque de andar sobre ela (a importância de uma vida “reta”). Use a régua para dividir um bolo (o princípio da igualdade, da honestidade). Aprendam o significado de todos os nossos instrumentos, contem histórias e vivam maçonicamente. O que você aprende e não compartilha é como um livro tomando poeira na estante. É pelo exemplo, que mais se aprende. Tem sempre, alguém olhando. Do que adianta Graus e Cargos Maçônicos se não cumprimos a missão de pai? Já observaram que as Lojas trabalham mais em Grau de Aprendiz? Os aprendizes são os “filhos da Loja” e como se comportam os Mestres? Terminei a palestra contando a seguinte estória:

Conheço um velho ditado que é do tempo do zagaio:

um pai trata 10 filhos, 10 filhos não trata um pai.

Sentindo o peso dos anos, sem poder mais trabalhar

o velho peão estradeiro com seu filho foi morar.

O rapaz era casado e a mulher deu de implicar:

você manda o veio embora se não quisé que eu vá.

e o rapaz, o coração duro com o veinho foi falar:

Para o senhor se mudar meu pai eu vim lhe pedir

hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair.

leva este couro de boi, que eu acabei de curtir

pra lhe servir de coberta, adonde o senhor durmir.

O pobre velho calado, pegou o couro e saiu

seu neto de oito anos que aquela cena assistiu,

correu atrás do avó, seu palito sacudiu

metade daquele couro, chorando ele pediu.

O velhinho comovido pra não ver o neto chorando,

partiu o couro no meio e pro netinho foi dando.

O menino chegou em casa, seu pai foi lhe perguntando:

pra que você quer esse couro que seu avô ia levando?

Disse o menino ao pai: um dia vou me casar,

o senhor vai ficar veio e comigo vem morar.

pode ser que aconteça de nós não se combinar

esta metade do couro,vou dar pro senhor levar.

Lembrem-se TEM SEMPRE ALGUÉM OLHANDO!

Grato pela atenção – TFA – Quirino – ARLS Presidente Roosevelt – GLMMG

Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato. Quatro frases que transformam qualquer realidade negativa. Pratique!

Mensagem enviada por Devaldo de Souza.

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