quarta-feira, 25 de agosto de 2010

São Tomás e a prova da existência de Deus

São Tomás e a prova da existência de Deus

Embora esteja ancorado no pensamento mais antigo, por uma questão cultural e de esclarecimento, escrevo sobre outros temas, desde que se encontrem no patamar de uma razoável validade histórica. Tomás de Aquino era dominicano e nasceu em Nápoles por volta de 1225. Aristotélico convicto buscou dos argumentos da razão pra comprovar a veracidade da revelação. Quando no primeiro artigo revelo do desvio filosófico socrático-platônico-aristotélico, agora reafirmo com o surgimento da filosofia escolástica, da qual São Tomás foi um dos principais eruditos.


Sua primeira grande obra intitulada SUMMA CONTRA GENTILES, através da lógica e da argumentação, tenta provar diversos enunciados católicos sobre Deus, anjos, bem, mal, natureza, etc. Não sei se hoje em dia, haja algum leitor com boa dose de paciência e ingenuidade para degustá-la. Mas nosso propósito fixa sobre sua obra SUMMA TEOLÓGICA, onde seu centro de fixação está no pensamento aristotélico, de que nestas questões a respeito da origem, não podemos continuar por uma redução racional ao infinito, pois não chegaríamos a lugar algum. Até que não tiro toda a razão deste enunciado.

Primeiramente ele aceita que há na natureza um movimento contínuo. Se raciocinarmos que um movimento deve ser procedente de outro, deve-se chegar a um ponto, onde o gerador dos movimentos é imóvel e é para este motor imóvel que todos se voltam, em busca de sua perfeição. Este é Deus.


No mundo observamos uma seqüência de causas eficientes, que é a própria causalidade de tudo que há. A própria observação de que entes são causas de outros entes, leva à idéia de que há uma causa eficiente inaucasada, que seria a causa de todas as outras e que daria sentido à própria causalidade. É Deus.

Tudo o que existe começa a existir a partir de algo que já existe. Ora, uma redução ao infinito possível, levaria a pensar num ente inicial por excelência, contendo sua própria necessidade de ser, não dependendo de outro como doador. Este ser seria Deus.


Há um grau de perfeição nas coisas. O bom, o belo, o nobre, etc. obedecem a uma gradação. Então deve haver um ser uno absoluto supra-sumo de toda a bondade e beleza. Como poderíamos distinguir ou selecionar os graus de bondade, se não tivéssemos um padrão superior de bondade como referência? Só pode ser Deus.

Vemos no natureza que existe em tudo uma intenção, ou seja, um fim. E isto não acontece por acaso. Mesmo no mundo material vemos esta escala intencional para um fim. Estes entes não poderiam por si mesmos despertar esta consciência. Então deve haver por trás de tudo um ordenador que caracteriza de ser a todos os entes. A observação da harmonia na natureza conduz ao entendimento de que haja um maestro por trás da mesma. Mais uma vez é Deus. Assim, com estas cinco afirmações, São Tomás pretende de forma racional provar a existência de Deus.


Artigo do Ir:.Prof. José Luiz Teixeira do Amara, FRC, PhD

Colaboração do Irmão Devaldo de Souza
Extraído do http://www.lojamontemoria.com.br

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