domingo, 22 de agosto de 2010

PARTIDA DE UM JUSTO

Queridos irmãos,

Hoje, participamos do funeral de um justo, pois, durante a sua existência terrena foi vítima de calúnia e perseguição, inclusive, tendo sido preso em função de uma armadilha tramada pelo seu maldoso vizinho.

Diante do drama vivido, sua sensibilidade foi afetada, em virtude de ao vislumbrar um policial, um oficial de justiça, um delegado, ou mesmo um Juiz, o mesmo tinha um ataque de nervos, chegando a perder os sentidos, na ilusão de que mais uma vez seria injustiçado.

Ressaltamos muitas vezes, aparentemente sem resultado, com o Irmão Chico de que "a dor não bate na porta errada", em nossa vida todas as provas vem para o nosso engrandecimento, para possuirmos a maior riqueza que um homem poderia almejar que era a humildade.
Hoje, permaneces no Oriente Eterno, onde o justo tem a verdadeira proteção, é derramado sobre nós aquilo que nós verdadeiramente somos. Só prevalece a Verdade, o Amor e a Justiça Divina.

Seu nome era Francisco Gomes de Oliveira, solteiro, cantador de viola e seresteiro. Nascido em 08.08.1946.

Entretanto, em sua homenagem registramos a seguir a mensagem de Emmanuel, denominada "Perseguidos".


PERSEGUIDOS

Batido no ideal de bem fazer, desculpa e avança à frente.
Açoitado no coração, enxuga as lágrimas e segue adiante.

A indulgência é a vitória da vítima e o olvido de todo mal é a resposta do justo.
Acúleos despontam no corpo da haste verde, mas a rosa, em silêncio, floresce, triunfante, por cima deles, enviando perfume ao céu.

Sombras da noite envolvem a paisagem terrestre na escuridão do nadir; todavia o sol, sem palavras, expulsa as trevas, cada manhã, recuperando-a para a alegria da luz.


Lembra-te dos perseguidos sem causa, que se refugiaram na paz da consciência, em todas as épocas.


Sócrates bebe a cicuta que lhe impõem à boca; entretanto, ergue-se à culminância da filosofia.


Estevão morre sob pedradas, abrindo caminho a três séculos de flagelação contra o Cristianismo nascente; contudo, faz-se o padrão do heroísmo e da resistência dos mártires que transformam o mundo.


Gutenberg é processado como devedor relapso, mas cria a imprensa, desfazendo o nevoeiro medieval.


Jan Huss é queimado vivo, mas imprime novos rumos à fé.


Colombo expira abandonado numa enxerga em Valladolid; no entanto, levanta-se, para sempre, na memória da América.


Lutero, vilipendiado, ressuscita as letras do Evangelho.


Giordano Bruno, atravessando pavoroso suplício, traça mais altos rumos ao pensamento.


Lincoln tomba assassinado, mas extingue o cativeiro no clima de sua pátria.


Pasteur é ironizado pela maioria de seus contemporâneos;no entanto, renova os métodos da ciência e converte-se em benfeitor de todos os povos.


E, ainda ontem, Gandhi cai sob golpe homicida, mas consagra o princípio de não-violência.


Entre os perseguidores, contam-se os obsequiados, os intemperantes, depravados, os infelizes, os caluniadores, os calculistas e os criminosos, que descem pelas torrentes do remorso para a necessária refundição mental nos alambiques do tempo, mas, entre os perseguidos sem razão, enuneram-se quase todos aqueles que lançam nova luz sobre as rotas da vida.


É por isso que Jesus, O Divino Governador da Terra, preferiu alinhar-se entre os escarnecidos e injuriados, aceitando a morte na cruz, de maneira a estender a glória do amor puro e a força do perdão, para que se aprimore a Humanidade inteira.

Emmanuel
Foto: Chico de camisa azul sentado na cadeira.

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