POR QUE SÓ DEPOIS?
É interessante verificar a explosão de solidariedade que movimenta a humanidade após uma catástrofe de vastas proporções, como a ocorrida no Haiti ou no Tsunami, lá na Ásia distante. Esses momentos põem em evidencia o patrimônio maravilhoso que nossa humanidade já amealhou em sua trajetória. Sinal de progresso efetuado. Em cima dessa constatação, pôr, me vieram uma reflexão concernente as experiências individuais e, claro, também, coletivas: Por que esperarmos para agir após a dor?
Por que esperar a perda de um ente querido para se indagar do afeto com que poderíamos tê-lo envolvido?
Por que ver o lar dilacerado para entende-lo como abrigo acolhedor ante os desafios da vida?
Por que aguardar a família desfeita para sentir a dor de ver o desespero dos filhos perante sua segurança destroçada?
Por que enxergar o sepultamento de um vizinho e se indagar a razão de quase nunca termos dado à ele poucos minutos de nosso tempo para uma prosa de carinho, um tantinho de atenção?
Por que esperar o triste momento de descobrir o filho envolvido nas drogas para entender que poderíamos ter-lhe dado mais um pouco de atenção e de estrutura moral, a fim de que não precisasse tanto das fugas pelas drogas?
O amor vivido possui o condão de antecipar-se aos sofrimentos. Se ele é capaz de agir quando a penúria se apresenta também é capaz de evitá-la. Se o amor cura, também previne.. Quando amamos, não esperamos apenas que a amargura apareça para agirmos, expressando nossa generosidade; tudo fazemos para que ela, a amargura, não apareça.
É certo que a tristeza irá aparecer, e aí, devemos estar à postos para aliviá-la na face amiga, no entanto, se pudermos estimular alegria no outro, não precisamos apenas fazer quando o estrago já está acontecendo.
Não estou dizendo que nosso objetivo é impedir que os outros tenham suas provações e as experiências que carecem. Não é isto. Quero apenas mostrar que, muitas vezes, somos pegos de surpresa em situações que poderiam não ter surgido se, com o olhar atento do amor, houvéssemos agido primeiro. É como os governos que gastam um dinheiro enorme para atender as vítimas de deslizamentos ou enchentes porque não investiram um montante bem menor na prevenção dessas tragédias.
Resumindo, usando uma expressão futebolística bem ao gosto do povo brasileiro: O Amor, como bom zagueiro, muitas vezes se antecipa àquele que lhe ataca. Por que deixar para depois?
Postado no Blog de Frederico Menezes
NOVA CIVILIZAÇÃO
Todo mundo já percebeu que o mundo está em plena mudança. Em todos os campos da manifestação do pensamento humano há alteração significativa. Em outras áreas, a mudança é mais lenta e encontra resistência maior.
Esse turbilhão, essa efevercência, leva de roldão os anestesiados e causa insegurança e temor. A resistência à mudança que caracteriza o homem torna-se patente no espírito engessado, arcaico, sem viço para ansiar novos ares.
Ainda há um imenso trabalho a ser feito no tocante aos valores da nossa civilização. A futilidade de propósitos e os interesses egoísticos disseminam a fragilidade moral terrena. A maturidade que afugenta a desonestidade e a indiferença ainda é minoria, embora seja uma minoria que vem crescendo consideravelmente ao longo desse período de intensas e profundas transformações...
São as reencarnações de espíritos nobres, melhorando a condição média no âmbito moral, os fatores responsáveis por esse acelerar de mudanças na concretização de uma sociedade mais ética e transparente, eivada de valores mais espiritualizados. As síndromes das posses materiais darão lugar à vontade de mais amar seu semelhante, de mais despojar-se do jogo das aparências, do infeliz hedonismo que alimenta monstros devoradores da felicidade humana.
Esse ciclópico período da humanidade é o baixar do Céu à Terra, trazendo o Édem das virtudes para mais próximo da experiência humana. Felizes os que vierem a somar para essa mudança, mudando a si mesmo. O novo modelo civilizatório deve ter início em nós, na intimidade da nossa maneira de viver, pensar, agir...
Postado no Blog de Frederico Menezes
É interessante verificar a explosão de solidariedade que movimenta a humanidade após uma catástrofe de vastas proporções, como a ocorrida no Haiti ou no Tsunami, lá na Ásia distante. Esses momentos põem em evidencia o patrimônio maravilhoso que nossa humanidade já amealhou em sua trajetória. Sinal de progresso efetuado. Em cima dessa constatação, pôr, me vieram uma reflexão concernente as experiências individuais e, claro, também, coletivas: Por que esperarmos para agir após a dor?
Por que esperar a perda de um ente querido para se indagar do afeto com que poderíamos tê-lo envolvido?
Por que ver o lar dilacerado para entende-lo como abrigo acolhedor ante os desafios da vida?
Por que aguardar a família desfeita para sentir a dor de ver o desespero dos filhos perante sua segurança destroçada?
Por que enxergar o sepultamento de um vizinho e se indagar a razão de quase nunca termos dado à ele poucos minutos de nosso tempo para uma prosa de carinho, um tantinho de atenção?
Por que esperar o triste momento de descobrir o filho envolvido nas drogas para entender que poderíamos ter-lhe dado mais um pouco de atenção e de estrutura moral, a fim de que não precisasse tanto das fugas pelas drogas?
O amor vivido possui o condão de antecipar-se aos sofrimentos. Se ele é capaz de agir quando a penúria se apresenta também é capaz de evitá-la. Se o amor cura, também previne.. Quando amamos, não esperamos apenas que a amargura apareça para agirmos, expressando nossa generosidade; tudo fazemos para que ela, a amargura, não apareça.
É certo que a tristeza irá aparecer, e aí, devemos estar à postos para aliviá-la na face amiga, no entanto, se pudermos estimular alegria no outro, não precisamos apenas fazer quando o estrago já está acontecendo.
Não estou dizendo que nosso objetivo é impedir que os outros tenham suas provações e as experiências que carecem. Não é isto. Quero apenas mostrar que, muitas vezes, somos pegos de surpresa em situações que poderiam não ter surgido se, com o olhar atento do amor, houvéssemos agido primeiro. É como os governos que gastam um dinheiro enorme para atender as vítimas de deslizamentos ou enchentes porque não investiram um montante bem menor na prevenção dessas tragédias.
Resumindo, usando uma expressão futebolística bem ao gosto do povo brasileiro: O Amor, como bom zagueiro, muitas vezes se antecipa àquele que lhe ataca. Por que deixar para depois?
Postado no Blog de Frederico Menezes
NOVA CIVILIZAÇÃO
Todo mundo já percebeu que o mundo está em plena mudança. Em todos os campos da manifestação do pensamento humano há alteração significativa. Em outras áreas, a mudança é mais lenta e encontra resistência maior.
Esse turbilhão, essa efevercência, leva de roldão os anestesiados e causa insegurança e temor. A resistência à mudança que caracteriza o homem torna-se patente no espírito engessado, arcaico, sem viço para ansiar novos ares.
Ainda há um imenso trabalho a ser feito no tocante aos valores da nossa civilização. A futilidade de propósitos e os interesses egoísticos disseminam a fragilidade moral terrena. A maturidade que afugenta a desonestidade e a indiferença ainda é minoria, embora seja uma minoria que vem crescendo consideravelmente ao longo desse período de intensas e profundas transformações...
São as reencarnações de espíritos nobres, melhorando a condição média no âmbito moral, os fatores responsáveis por esse acelerar de mudanças na concretização de uma sociedade mais ética e transparente, eivada de valores mais espiritualizados. As síndromes das posses materiais darão lugar à vontade de mais amar seu semelhante, de mais despojar-se do jogo das aparências, do infeliz hedonismo que alimenta monstros devoradores da felicidade humana.
Esse ciclópico período da humanidade é o baixar do Céu à Terra, trazendo o Édem das virtudes para mais próximo da experiência humana. Felizes os que vierem a somar para essa mudança, mudando a si mesmo. O novo modelo civilizatório deve ter início em nós, na intimidade da nossa maneira de viver, pensar, agir...
Postado no Blog de Frederico Menezes
Textos de Frederico Menezes
Gravura "Navegando no futuro", de João Sávio
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