domingo, 19 de agosto de 2018


SALMO DA MAÇONARIA

Qual é o Salmo que pode representar a nossa Ordem? 
Certamente, a maioria pensou no 133, por conta de sua leitura sempre presente nos trabalhos do REAA. Mas, é, realmente, ele a “chamada de atenção” nos 33 Graus que compõem o Rito Escocês? É preciso lembrar que, nos Ritos de York e Schröder, não há leitura. E nos trabalhos do Rito Adonhiramita, a reflexão recaí nos versículos 6 a 9 do primeiro capítulo do Livro de João. O importante é compreendermos o porquê da leitura. Então, vejamos alguns detalhes interessantes: Por quê o nome de “Salmo”? Sua origem é os Thehillim (hinos cantados em uníssono pelos hebreus), que, em desconhecida época, começou a ser cantado, tendo como acompanhamento um instrumento de cordas de forma triangular, chamado “SALTÉRIO”. 

Assim, nos primeiros acordes do saltério, os presentes fechavam os olhos, puxavam as palavras pela memória e projetavam a mensagem do texto no inconsciente. 

Oh! Quão bom e agradável é viverem unidos os Irmãos. 

Pelos usos e costumes, a vinculação do instrumento com os textos, fez com que Saltério também se tornasse o substantivo que designa os 150 hinos, que são os 150 Salmos. Dois pontos são interessantes para esclarecimento e informação: Primeiramente, “Salmos de Davi” são apenas uma versão mítica, pois há indícios históricos que alguns foram escritos mais de 100 anos antes de seu nascimento e alguns, décadas após sua morte. Por outro lado, os salmos não são somente de “concórdia” ou Fraternais. Há os que tratam do futuro Messias (Messiânicos), os de agradecimento (Gratulatórios), os que expõem as nossas mazelas (Deprecatórios), os para pedir perdão (Penitenciais), os que contam a história do povo (Históricos) e os para louvar a Deus (Laudatórios). 

Então qual seria o Salmo da Maçonaria? 

NENHUM. MAS, PARA OS MAÇONS, SÃO TODOS! A CADA AMANHECER, TEMOS A OPORTUNIDADES DE “CANTARMOS” COM AÇÕES A NOSSA FRATERNIDADE, NOSSA HISTÓRIA, NOSSA FÉ, NOSSO AGRADECIMENTO, NOSSA VONTADE DE MELHORAR E DE NÃO MAIS ERRAR. É HORA DE LOUVAR, POIS O SENHOR ORDENA A BENÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE. Este artigo foi inspirado no livro A TROLHA – COLETÂNEA 8 (vários autores), que na página 137, há uma interessante instrução: 

“A forma geralmente usada na poesia dos salmos se chama “paralelismo”, que é a repetição de uma ideia, com outras palavras na linha ou nas linhas seguintes. É a repetição de ideias de estrofe a estrofe. Este paralelismo, nas suas várias formas, e a riqueza de comparações, é que dão graça e beleza à poesia hebraica” (Irmão Hélio Macacchero Jr.) Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo - cultural, moral, ético e de formação maçônica.

IR.·. SÉRGIO QUIRINO
JORNAL DO APRENDIZ nº 93
E-mail: quirino@roosevelt.org.br

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