Paz em
nós - Emmanuel (Chico Xavier)
PAZ EM NÓS
A paz em nós não
resulta de circunstâncias externas e sim da nossa tranquilidade de consciência
no dever cumprido e é preciso anotar que o dever cumprido é fruto da
compreensão.
Compreender significa,
na essência, desculpar as pessoas que nos cercam, nas oposições que nos façam e
esquecer as ocorrências que nos mostrem adversas, a fim de que nos mantenhamos
fiéis à tarefa que se nos indica.
Não te conturbem a
censura ou a crítica dos outros no desempenho das obrigações que a vida te
assinala, porquanto se aceita os próprios compromissos no bem geral, esses
compromissos dizem respeito a ti mesmo e não aos que te observam, nem sempre
com lógica e segurança.
Em qualquer atividade
edificante, convém lembrar que ideias e palavras, ações e atitudes dos outros
pertencem a eles e não a nós.
No critério de
reciprocidade, é justo recordar que não nos sé lícito violentar essa ou aquela
pessoa com opiniões e medidas tendentes a sufocar lhes a personalidade.
As discussões auxiliam
em muitos casos de assuntos obscuros ou de companheiros desinformados, mas
servir aos semelhantes, doando-lhes, o melhor de nós, é o argumento decisivo
para clarear os agentes de solução a qualquer problema.
Para colaborar no
interesse do bem de todos, é imperioso olvidar-nos naquilo que as induções ao
egoísmo nos impulsionem a titubear, ante as obrigações que a vida nos traça.
Ainda que todos os
elementos exteriores se te revelem contrários à ação que desenvolves, é
perfeitamente possível guardar a própria serenidade, desde que saibas entender
pessoas e situações, deixando-as onde se coloquem e seguindo para frente com o
trabalho que te compete.
A paz em nós —
repitamos — nasce da compreensão em serviço e a compreensão em serviço é
mantida pela tolerância para com os erros alheios e até pela auto aceitação dos
nossos próprios erros, de modo a sabermos corrigi-los sem tumulto e perda de
tempo.
Em suma, enquanto não
soubermos perdoar, não seremos livres para submeter-nos à prática do bem,
segundo as Leis de Deus.
(De “Calma”, de
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
Colaboração enviada por Devaldo
de Souza
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