quinta-feira, 12 de julho de 2012

VOLTAIRE: UMA PRECE EM PROL DA TOLERÂNCIA


Voltaire

VOLTAIRE: UMA PRECE EM PROL DA TOLERÂNCIA



François Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire, que nasceu em Paris no dia 21 de novembro de 1694 e ali faleceu em 30 de maio de 1778, foi escritor, ensaísta, maçom, filósofo e um dos pais do Iluminismo.
Conhecido por sua perspicácia e espirituosidade na defesa das
liberdades civis, da liberdade religiosa e do livre comércio, suas obras e ideias influenciaram pensadores importantes na França e na América.
Escritor prolífico, Voltaire produziu cerca de 70 obras em quase todas as formas literárias, tais como peças de teatro, poemas, romances, ensaios, obras científicas e históricas.
Polemista satírico, frequentemente usou seus textos para criticar a Igreja Católica e as instituições francesas de seu tempo, e ficou também conhecido por dirigir duras críticas aos reis absolutistas e aos privilégios do clero e da nobreza.
Por dizer o que pensava, foi preso duas vezes e, para escapar a uma nova prisão, refugiou-se na Inglaterra. Durante os três anos em que permaneceu nesse país, conheceu e passou a admirar as ideias políticas de John Locke.
De Voltaire é esta notável e atual prece em que apela em favor da tolerância entre as pessoas e os povos:
PRECE PELA TOLERÂNCIA
"Não é mais aos homens que me dirijo. É à você, Deus de todos os seres, de todos os mundos e de todos os tempos: Que os erros agarrados à nossa natureza não sejam motivo de nossas calamidades.
Você não nos deu coração para nos odiarmos nem mãos para nos enforcarmos. Faça com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira.
Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que cobrem nossos corpos, entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis imperfeitas e nossas opiniões insensatas não sejam sinais de ódio e perseguição.
Que aqueles que acendem velas em pleno dia para te celebrar, suportem os que se contentam com a luz do sol.
Que os que cobrem suas roupas com um manto branco para dizer que é preciso te amar, não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto negro.
Que aqueles que dominam uma pequena parte desse mundo, e que possuem algum dinheiro, desfrutem sem orgulho do que chamam poder e riqueza e que os outros não os vejam com inveja, mesmo porque você sabe que não há nessas vaidades nem o que invejar nem do que se orgulhar.
Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as almas, como também execrem os que exploram a força do trabalho. Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos violentemos em nome da paz.
Que possam todos os homens se lembrar que eles são irmãos! "
Fonte: Blog Compreender e evoluir

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