sábado, 11 de fevereiro de 2012

NO CARNAVAL

Frederico Menezes

NO CARNAVAL

Aproxima-se um dos períodos mais polêmicos da humanidade: o carnaval. Momento onde se extravasam sentimentos os mais contraditórios da criatura humana, gera opiniões díspares em seguimentos diferentes da sociedade. Os que brincam, alegam que apenas desejam se divertir, sem qualquer interesse que não seja pura alegria. Os que enxergam diferente, chegam a condenar a festa, até com colocações girando em torno da moralidade humana ou tangenciando a saúde da criatura.

Indiscutivelmente é uma época de grande radicalismo, onde se vivem situações não apenas da alegria sadia dos que adoram brincar, mas onde explodem instintos e viciações de variada natureza. Muitos controles sociais e individuais são derruídos e verifica-se o descontrole de muitos mecanismos que, de alguma maneira, equilibram a vida coletiva. Ninguém desconhece que as drogas campeiam soltas, o alcoolismo alimenta o extravasar e a sexualidade desrespeitosa mutila e denigre muitas mentes e corações. Observando sob a ótica de possíveis influencias espirituais, fácil entendermos que é um período onde muitos irmãos ainda envoltos nas condições mais primitivas na dimensão espiritual encontram acesso relativamente fácil às mentes dos encarnados.

Tem quem brinque sem qualquer desgoverno ou interesses escusos? Sim, claro que sim. O que estamos abordando é que a atmosfera psíquica é das mais problemáticas e dificilmente alguem consegue ficar imune a ela. Temos inúmeras fragilidades e a possibilidade de se ficar suscetível à ardis das sombras ou ao fato de ceder em fatores que, em outras condições, não o faríamos, é grande.

Somos livres e qualquer um de nós pode escolher este ou aquele caminho. Nosso texto não visa julgar ou condenar este ou aquele, isto ou aquilo. Fornecemos, apenas, alguns elementos para que se faça uma análise e se tome a decisão com conhecimento de causa. São milhões enlouquecidos, alterados, desnorteados, fazendo pressão sobre alguns poucos que apenas desejam se divertir. Pensemos nisto. Sou de Pernambuco e conheço bem a beleza cultural do carnaval, dos batuques do maracatu às músicas líricas dos blocos românticos, dos indios dançantes aos mascarados folclóricos, porem, infelizmente, o carnaval não é mais isto. Sou pernambucano e sei, na história de tão momentosa festividade, o quanto de violência e agressividade se vive, o quanto de estupros ocorre, o quanto de entorpecentes se consome e o quanto de obsessões se instalam.

Frederico Menezes

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