sábado, 17 de dezembro de 2016


 

O concílio de Niceia e o Nascimento do Cristianismo

 

 Nos primeiros tempos do Cristianismo discutia-se que Cristo voltaria para recompensar os que nele acreditavam, castigar os que não acreditavam  e dar vida física àqueles que tinham morrido em seu nome. Por contraste, a generalidade dos Gnósticos não defendiam as crenças literalistas, pois o verdadeiro caminho estava em transcender o corpo físico, não em transportá-lo depois da morte. Outros diferendos, como a Doutrina das Emanações, e as doutrinas sobre a Criação do Universo e a controvérsia ariana, ameaçavam a unidade cristã e a do império romano. assim, o imperador Constantino convocou o primeiro concílio ecuménico, em Niceia, onde foram tomadas decisões fundamentais.



Imperador Constantino. Autor: Jean-Christophe BENOIST

 Os imperadores tinham abandonado a unidade religiosa, com a renúncia do imperador Aureliano ao seus “direitos divinos”, em 274. Porém, Constantino, inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da Igreja, a unidade religiosa do império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão de sua condição de sumo-sacerdote do culto pagão ao “Sol Invictus” (Praticado pelo mitraísmo, pertencente ás mitologias persa, indiana e romana) e que representava o bem e a libertação da matéria. Na Europa, foi-lhe acrescentado o mito cósmico do sacrifício de um touro e se tornou um culto de legionários que procuravam a proteção dos deuses nos campos de batalha ou no além. As novas igrejas adotaram, com naturalidade, muitas das crenças, mitos e práticas ritualistas do mitraísmo, até que nos finais do século IV se tornaram suficientemente fortes para substituir Mitra por Jesus Cristo.

O imperador pagão Constantino, o Grande, tinha um conhecimento rudimentar da doutrina cristã e visava apenas fortalecer o seu poder, em 313 d.C promulgou em 313 o Édito de Milão reconhecendo o Cristianismo como uma das religiões autorizadas no Império Romano. Quando morreu, em 337, foi Batizado (ironicamente só no seu leito de morte e por um seguidor de Arius) e enterrado como 13.º apóstolo.

Para os cristãos dos primeiros séculos, Cristo era o símbolo vivo da centelha divina em cada Homem; e Jesus, o homem sublimado que havia realizado a união permanente com o deus pai e o veículo de uma entidade mais excelsa, um mestre de mestres, que através da sua vida e morte, era demonstrada a via da libertação e ensinavam-se os segredos da ascensão espiritual. Os cristãos ensinavam a simplicidade, muitas vezes levando vidas ascéticas. Denunciavam a escravatura, a opressão e a brutalidade dos jogos romanos. Roma tinha sido até ai bem sucedida a silenciar protestos populares por meio da morte ou suborno. Estes grupos Cristãos, porém, não eram permeáveis a ameaças: não tinham medo da morte, não eram tentados por suborno, e continuavam a aumentar.

O cristianismo passou a demarcar-se do judaísmo quando, por volta do ano de 90, surgiu o judaísmo rabínico, termo “religião das catacumbas” foi utilizado para caracterizar a perseguição dos cristãos, embora se saiba hoje que essa perseguição foi, ao contrário do que dizia a tradição, ténue. Pedro e Paulo provavelmente morreram durante as primeiras perseguições, mas pouco se sabe sobre isso. Durante essa época, símbolos cristãos foram desenvolvidos para comunicar secretamente as questões da fé. As conversões eram realizadas nas cidades, e o termo pagão, derivado do latim paganus (camponês), é provavelmente derivado do fato de que a maior parte dos não convertidos durante o auge da difusão cristã serem camponeses. Até Constantino, Roma exigia uma obediência total ao estado mas tinha bastante abertura à livre expressão da liberdade do pensamento religioso. Em Roma coexistiam vários grupos religiosos, que professavam varias religiões. Os Gnósticos, cujos valores não se coadunavam com os do império e que recusavam a interpretação literal da vida de Jesus promovida pela fação ortodoxa, constituíam um perigo para a Igreja de Constantino. Acreditavam num Deus metafísico, místico e pretendiam cortar a ligação com o Deus caprichoso, ciumento e vingativo que aparece em tantas páginas do Antigo Testamento. Em consequência, começaram a surgir verdadeiros focos de discórdia que estavam a causar grandes ressentimentos na comunidade ortodoxa e a contribuir para debilitar cada vez mais a relação entre estes grupos. Em sequência, Constantino declara oficialmente o Cristianismo (Ortodoxo) como a religião do império e a Igreja passou a receber grandes poderes, promovendo assim o apetite pela riqueza da classe eclesiástica. Os lideres da Igreja Romana passaram a fazer parte ativa do sistema político, acumulando riqueza e dominando os fieis, tornaram-se homens de poder, alguns gozando de grande prestígio e cooperando com o Imperador na construção da nova religião, como foi um exemplo Eusébio de Cesareia.



Nos primeiros tempos do Cristianismo discutia-se na Igreja Ortodoxa a segunda vinda de Cristo. Acreditava-se – e a Igreja continua até hoje a subscrever esta ideia – que a humanidade estava prestes a entrar numa idade gloriosa em que Cristo voltaria para recompensar os que nele acreditavam, castigar os que não acreditavam nele e voltar a dar vida física àqueles que tinham morrido em seu favor. Por contraste, a generalidade dos Gnósticos não defendiam essas crenças literalistas. Tal como a crucificação, a ressurreição física não significava nada para eles, pois a verdadeira vitória estava em transcender o corpo físico (e a natureza animal), não em transporta-lo depois da morte. A ressurreição de Cristo não era interpretada de uma forma literal mas sim simbólica, referindo-se a uma transformação interior levada a cabo na Iniciação nos Mistérios.

Outros diferendos, como a Doutrina das Emanações, e as doutrinas sobre a Criação do Universo e a controvérsia ariana. O arianismo negava a existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus, que os igualasse, fazendo do Cristo pré-existente um homem, embora a primeiro e mais excelso de todos. Jesus então, seria subordinado a Deus, e não o próprio Deus. Para os arianos só existia um Deus e Jesus é seu filho e não o próprio Deus. Jesus fora um homem que, em virtude da sua vida perfeita e sem pecado, recebera pelo baptismo a Iniciação, tornando-se Salvador do Mundo. Esta concepção foi seguida por Arius, um presbítero da Igreja de Alexandria.

 

 

Ao contrário de Arius, Alexandre, Bispo de Alexandria, afirmava que o Filho era igual ao Pai, que o gerara, e da mesma substância. Dava-se início, assim, à formulação das 3 pessoas da divindade cristã ortodoxa, uma trindade antropomorfizada e que não admite divindade superior. Arius, declarou-lhe oposição e afirmou publicamente a sua dedução lógica: se o filho era gerado pelo Pai, tem que ter havido um tempo, um momento em que o Filho não existia, ou seja, o momento anterior à sua criação. O Filho tinha, portanto, tido um começo, um início. Arius iniciou uma forte campanha ensinando em Igrejas e assembleias públicas a doutrina de que Jesus Cristo era filho do Pai, criado pelo Pai e, portanto, uma criatura. Em resposta o Bispo Alexandre escreveu a vários Bispos, incluindo ao Bispo Alexandre de Constantinopla, denunciando Arius e os seus seguidores por tentarem evitar a deificação de Cristo.

 Todas estas questões, suscitavam de igual modo feroz reação nos cristãos ortodoxos, tendo-se atingido o ponto máximo de controvérsia. A questão ariana representava um grande obstáculo à realização da ideia de Constantino de um império universal, que deveria ser alcançado com a ajuda da uniformidade da adoração divina à realização da ideia de Constantino de um império universal, que deveria ser alcançado com a ajuda da uniformidade da adoração divina. A religião imperial deveria ser forte o suficiente para suprimir todos os restantes cultos, mesmo que fosse uma mistura das divindades e mitologias antigas, transformadas agora em símbolos da Igreja Romana. Assim,  Constantino em 325 convocou o primeiro concílio ecuménico, em Niceia, onde foram tomadas decisões fundamentais.

 Considerado como o primeiro dos três concílios fundamentais na Igreja Católica, foi a primeira conferência de bispos ecuménica (do Grego oikumene, (mundial) da Igreja cristã.



Fresco representando o Primeiro Concílio de Nicéia.

 No verão de 325, os bispos de todas as províncias foram chamados ao primeiro concílio ecuménico em Niceia: um lugar facilmente acessível à maioria dos bispos, especialmente aos da Ásia, Síria, Palestina, Egipto, Grécia, Trácia e Egrisi (Geórgia ocidental). Foram oferecidas aos bispos as comodidades do sistema de transporte imperial – livre transporte e alojamento de e para o local da conferência – para encorajar a maior audiência possível. Constantino abriu formalmente a sessão.

 No início do concilio, os arianos e os ortodoxos mostraram-se inconciliáveis. Os bispos arianos confiaram a sua representação a Eusébio da Cesareia, cujo nível e a eloquência impressionou o imperador. A sua leitura da confissão dos arianos provocou uma tempestade de raiva entre os oponentes. No seu interesse, assim como para sua própria causa, Eusébio, depois de ter cessado de representar os arianos, apareceu como um mediador.

 A votação final, quanto ao reconhecimento da divindade de Cristo, foi um total de 300 votos a favor contra 2 desfavoráveis. A doutrina de Arius foi anatematizada e os 2 Bispos que votaram contra e mantiveram sua posição contrariando a posição do Concílio foram exilados pelo imperador. Portanto, a crença na trindade de pessoas Divinas não teve origem na Bíblia, mas no Concílio ou Sínodo de Niceia.

 O Concílio  estabeleceu 20 cânones (da palavra grega “kanon” que designava uma espécie de vara com funções de instrumento de medida; mais tarde o seu significado evoluiu para o modelo a aplicar como norma), os quais darão sequência ao Credo.

Vendo que as disputas entre os cristãos poderiam causar uma ruptura interna no Império, Constantino determinou que o arianismo estava errado, que este era uma heresia, julgando assim contribuir para manter a coesão política do império, embora mais tarde viesse a aderir a ele, tendo sido batizado por um bispo ariano antes de morrer.

 Após a rejeição de certos livros denominados apócrifos, o cânone bíblico tornou-se fechado, inalterável, distinguindo-se neste aspecto do outro referente do cânone teológico, o conjunto de Santos Padres a que a Igreja Católica periodicamente acrescenta novos indivíduos através de um processo chamado canonização.

Nos primeiros séculos do Cristianismo, os Evangelhos teriam chegado a ser mais de 300. A sua redução para 4, decorrente do Concílio de Niceia. Diz a tradição que o atual dogmatismo religioso da Igreja se deve à “Sortes Sanctorum”. Não sendo capazes de concordar quais dos Evangelhos seriam os mais divinamente inspirados, foi resolvido deixar a decisão nas mãos da intervenção milagrosa.



Depois de terem lançado todos os livros que tinham sido referidos para determinação ao Concílio sob a mesa, aqueles que ficaram em cima da mesa, seriam os escolhidos. Como tal, os atuais Evangelhos Canónicos são estes e não outros devido à Sortes Sanctorum. Curiosamente esta prática era considerada uma prática sagrada, se feita pelo clero cristão primitivo e medieval. Porém, se exercido por leigos, hereges ou pagãos o sortes sanctorum convertia-se, se acreditarmos nos piedosos padres, em sortes diabolurum ou sortilégio (feitiçaria).

Embora frequentemente se afirme que foi no Concilio de Niceia que se elaborou uma lista de Livros Sagrados como transmitindo a palavra de Deus, logo representado a verdade e a lei que deve alicerçar a fé e reger o comportamento da comunidade de crentes, esta afirmação não está livre de especulação, uma vez que não existe referencia de que esse assunto estivesse em pauta, nem nas informações dos historiadores do concílio, nem nas atas do concílio que chegaram a nós em 3 fragmentos: o Credo dos Apóstolos, os cânones, e o decreto senoidal. O Cânone Muratori, do ano 170 d.C., portanto cerca de 150 anos antes do concílio, já mencionava os evangelhos que fariam parte da Bíblia. Outros escritores cristãos anteriores ao concílio, como Justino Mártir, Ireneu de Lyon, Papias de Hierápolis, também já abordavam a questão dos evangelhos que fariam parte da Bíblia.

 O fato de se conhecerem hoje mais de 60 Evangelhos ditos “apócrifos” (como os de Tomé, de Pedro, de Filipe, de Tiago, dos 12 Apóstolos, dos Hebreus, etc.) vem demonstrar o papel preponderante da Igreja na eliminação e adulteração dos primeiros escritos. Adicionalmente, sabe-se que os diversos grupos de cristãos gnósticos, de que são exemplo os Ebionitas e os Nazarenos, tinham os seus próprios Evangelhos, muito diferentes dos textos selecionados.

 

 

 Nas atas do Concílio de Niceia,  constou o texto da seguinte profissão de Fé:

 “ Cremos em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis; E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado do Pai, unigénito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial do Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra, o qual por causa de nós homens e por causa de nossa salvação desceu, se encarnou e se fez homem, padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e virá para julgar os vivos e os mortos; E no Espírito Santo. Mas quantos àqueles que dizem: ‘existiu quando não era’ e ‘antes que nascesse não era’ e ‘foi feito do nada’, ou àqueles que afirmam que o Filho de Deus é uma hipóstase ou substância diferente, ou foi criado, ou é sujeito à alteração e mudança, a estes a Igreja anatematiza”

                                                                                       — Credo de Niceia,

 As decisões saídas do concílio, iriam garantir que Deus ficava acessível apenas à hierarquia eclesiástica – controlada pelo imperador – e não ao indivíduo comum. Constantino  reforçava o seu poder político, garantindo também que, como Imperador defensor da Igreja. A religião imperial, assente numa mistura confusa das ideologias dos vários grupos Cristãos e Pagãos, permitia a difusão desejada.




As teses de Arius apresentaram um outro credo ao concilio,  foram rasgadas e Arius excumungado. O livro de Arius foi queimado no próprio concílio. Todos os que se recusaram a assinar o Credo, foram banidos. De modo a garantir a adesão da população a um catecismo pouco credível, a Igreja postulou a ideia que acreditar nos eventos históricos da vida de Jesus era o suficiente para a salvação, fundando-se assim a “Religião Imperial Católica Apostólica Romana”. O concílio de Niceia iria demarcar-se fundamentalmente pela sua posição mais ofensiva, com artigos minuciosamente elaborados sobre a fé.  O anti-judaísmo, ou o anti-semitismo cristão, ganhou um novo impulso com a tomada do controle imperial, sendo o concílio um marco neste sentido. O Concílio de Antioquia (341 d.C.) proibiu aos cristãos a celebração da Páscoa com os judeus. O Concílio de Laodiceia proibiu os cristãos de observar o Shabbat e de receber prendas de judeus ou mesmo de comer pão ázimo nos festejos judaicos.

Eusébio de Cesareia, tornou-se um dos maiores apoiantes da Ortodoxia e mais tarde reescreveu a história da Igreja, segundo a perspectiva do Cristianismo Imperial em que a Igreja rejeita o principio “Ariano” e afirma que Jesus é da mesma substância (ou seja, é a mesma entidade) que Deus. Consequentemente, o Credo de Niceia foi redigido e modificado (nele se inserindo várias redundâncias) de forma a identificar o Pai com o Filho. Quem discordou, foi pura e simplesmente perseguido pelo imperador. Ainda durante os vários séculos posteriores, os concílios defenderam as visões mais antagónicas e contraditórias sobre a Doutrina da Trindade, visando reforçar cada vez mais a ideia da identidade de Jesus como Deus Absoluto, e o consequente afastamento do Homem e do ideal do Cristo. É exemplo a proclamação de Maria, mãe de Jesus, como “Theotokos” – mãe de Deus – no Concílio de Éfeso realizado em 431 d. C.

Ao longo da História da Igreja Católica, e no decorrer de vários concílios, foram também adicionadas ao Credo Niceno diversas outras referências refletindo a constante adaptação da religião, nomeadamente a inclusão da passagem “… e encarnou pelo Espírito Santo na Virgem Maria…” e “… também por nós foi crucificado e sob Pôncio Pilatos”, numa clara tentativa de enfatizar um elemento Histórico na vida literal de Jesus.

Reforçando a incoerência de todo este processo, e de acordo com um dos compiladores da obra “Apócrifos, os Proscritos da Bíblia”, houve textos que, não obstante eliminados da Bíblia Romana, viriam mais tarde a ser nela reintegrados, como são exemplos o Livro da Sabedoria (atribuído a Salomão), o Eclesiástico ou Sirac, as Odes de Salomão, o Livro de Tobias, o Livro de Macabeus, e outros mais. Outra parte de escritos ficaria de fora, como o famoso Livro de Enoch, o Livro da Ascensão de Isaías, e os Livros III e IV dos Macabeus.

No Concilio de Niceia, o Cristianismo negou radicalmente as suas ligações ao Budismo, visto que os Essenos, o os Gnósticos são identificados como o resultado da fusão entre o pensamento indiano e semítico, demonstrado por comparação entre a vida de Jesus e Buddha. Na parte lendária, ambas as histórias são idênticas. Na tradição Hindu, Krishna era a incarnação de Visnhu, existindo aqui uma clara semelhança a Jesus (Filho) e  no Bhagavad-Gita (datado aproximadamente de 250 AC), o mesmo Krishna é a suprema personificação de Brahman – a divindade suprema que desce para iluminar o homem e contribuir para a sua salvação. A noção de “Iniciação” é eliminada; as doutrinas gnósticas e esotéricas, cujos ensinamentos incidiam na evolução espiritual, tornaram-se indesejáveis.

 

Krishna na forma de Bali Wayang. Autor: Tropenmuseum

 Na minha opinião e não querendo ferir as suscetibilides do leitor, o Concilio de Niceia resultou na passividade do fiel e em que, de acordo com aquela doutrina, o crente tem obrigatoriamente de aceitar o credo, partilhar os sacramentos, obedecer à Igreja para ser salvo. Niceia abriu um abismo entre o Homem e Cristo, ao construir a doutrina do pecado original, a do inferno e a consciência de que a natureza humana é fraca. Esta convicção, contribuiu para a degradação humana. No casamento entre igreja e Estado, os líderes da igreja tornaram-se monarcas e o Papa quase foi considerado um santo. Consequentemente, uma das grandes preocupações da Igreja ao longo de quase 15 séculos (325 a 1798) foi não a promoção do amor aa Deus, mas a eliminação de todos os elementos que se atravessaram na obtenção do poder absoluto. Até 1798 (quando Napoleão tomou Roma), os Papas e  tiranos governaram em uníssono.

Obrigado pela mente aberta.

Referências

AE Burn, O Concílio de Nicéia (1925);

G Forell, Entendendo o Credo de Nicéia (1965);

EJ Martin, A história da controvérsia iconoclasta (1930).

Autoria: João Fernandes

Licenciado em Relações Internacionais; Business Manager da Webmind; Blogger e múltiplos interesses nas áreas das ciências, tecnologia, História e política. Trabalha como freelancer em websites e publicidade.

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