quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A Régua

 
A Régua

Utilizada em geometria, a régua é um instrumento que contém escalas de medição e é própria para traçar segmentos de reta e medir distâncias, e nos impõe a ideia do traçado reto e de medida, podendo-se com ela fazer planejamentos e aferir resultados, à exemplo, medir e traçar sobre a pedra bruta o corte a ser efetuado. O maço e o cinzel não teriam a plenitude dos seus desempenhos alcançados sem os prévios traçados planejados com a diretiva régua.

Régua é palavra de origem francesa, règle, significa: lei ou regra. A régua de 24 polegadas pode nos remeter à ideia das 24 horas do dia, e conforme consta do trabalho do ir.: Jorge Edison Ribeiro do Or. de Londrina, que me atrevo a aqui transcrever:

"A segunda medida fundamental no mundo físico é a medida do tempo, de extrema importância em nossas atividades diárias e em todas as atividades humanas. É bem conhecido o fato de que, para medirmos o tempo, necessitamos da noção de movimento, de deslocamento, de distância e que portanto a medida do tempo depende também da Régua.

Isto nos mostra mais uma das lições simbólicas deste instrumento;
devemos medir e calcular o nosso tempo utilizando-o para a consecução de ideais nobres."

E sob este aspecto é interessante notar como se comporta cada ser humano ao implacável conceito de tempo. O que faz cada um com o seu tempo, o seu precioso tempo. Servindo para ilustrar este tema, bem se aplica a frase de Rubem Alves:

"O tempo pode ser medido com as batidas de um relógio ou pode ser medido com as batidas do coração."

Podemos ficar apenas a contemplar o vicioso passeio mecânico dos ponteiros do relógio, ou nos entregar de corpo e alma à doce tarefa de viver plenamente a vida e aproveitar o pouco tempo que há a nosso dispor. Faz sentido agora citar o que nos disse Marcel Proust:

"Os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um homem."

Sob os ensinamentos de " O Doce e o Amargo", de que "devemos gozar os prazeres da vida com moderação", talvez seja adequado incluir, "mas com intensidade", pois o tempo é breve, como nos alerta Sófocles:
"Porque o tempo do ser vivo é breve, mas sob a terra o morto escondido vive um tempo eterno."

Sófocles também disse: "Ninguém ama tanto a vida como o homem que está a envelhecer.", afirmação que se completa com o que disse Chico Xavier: "Ninguém pode voltar no tempo e fazer um novo começo. Mas podemos começar agora a fazer um novo Fim!" Grandes verdades estão contidas nessas frases que nos convidam a fazer severas reflexões à respeito de como estamos utilizando o nosso tempo.

Para tais reflexões, podemos nos valer de um simples exercício:

Peguemos uma régua de 24 polegadas. Cada escala de polegada representa uma fração do nosso tempo. 24 será a quantidade total do tempo da nossa existência neste orbe. A escala zero é o início, e no princípio era o verbo, e o verbo simboliza o nascimento. A escala 24 simboliza a passagem do umbral, é o fim da nossa existência terrena, e embora não saibamos quando ele ocorrerá, é fato inconteste que haverá um.
Peguemos então uma escala intermediária na régua, que em direção ao zero representará o tempo já vivido, e em direção ao 24 representará o tempo a viver.

Vejamos então o que disse Frank Lloyd Wright:

"O presente é a sombra que se move separando o ontem do amanhã. Nela repousa a esperança."

Mas Albert Einstein também nos alertou:

"Nunca penso no futuro, ele chega rápido demais."

Voltemos agora a Sófocles:

"Os males mais terríveis são aqueles que cada um faz a si próprio."

Portanto, meus queridos irmãos, do tempo passado fiquemos com as boas recordações, não nos façamos o mal. Temos sim que aprender com os nossos erros, mas vamos deixar sepultas no passado nossas angústias e aflições. Não devemos viver feito penitentes, como alguém que leva uma cruz às costas e fica a esperar que o subam a ela. Vamos deixar de caminhar nas trevas. Devemos sim aspirar a Luz. A verdadeira Luz, e viver intensamente os nossos dias, pois a acácia me é conhecida.

TFA

Cláudio Américo


Loja Vera Lux - Maringá-Pr
Colaboração de Devaldo de Souza


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