terça-feira, 19 de outubro de 2010

Escada de Jacó

Escada de Jacó


Ir\ Nêodo Ambrósio de Castro
neodo@brasilmacom.com.br

Entremeada de lenda, sonho, visão, a Escada de Jacó na Maçonaria passou a ser um Símbolo marcante, de vez que aceita interpretações as mais diversas.
A interpretação tem sido a melhor das ocupações dos Maçons, pois, dependendo do intérprete, do local, e do momento, assume aspectos dos mais variados, porém com conclusões que conduzem a pensamentos elevados de fé, esperança e amor.
Sua forma física não espelha a grandiosidade que teria no sonho, de vez que tendo sido a via de Entidades Celestiais, a sua majestade arquitetônica nem sequer poderia ser reproduzida.
As suas dimensões não caberiam no painel de Dight; ele a reproduziu com grande simplicidade e transformado o quadro em desenho linear, a Escada nada mais apresenta que duas hastes verticais com seus diversos travessões horizontais; o número dos degraus, nada simbolizam, pois ninguém os referiu, contudo, atingindo o infinito, ou pelo menos a Estrela de Sete Pontas, por lá é que terminaria, supondo-se então, que essa Estrela seria a morada da Corte Celestial.
O sonho de Jacó é uma realidade histórica, eis que inserido episódio nas Sagradas Escrituras; uma realidade do povo hebreu que deu início à Nação e o povo Israelita, de vez que Jacó com seus doze filhos, formou as doze Tribos de Israel e o próprio Jacó foi agraciado por Jeová, através do Anjo com quem lutara, com o nome de Israel.
Cumpre, inicialmente, transcrever o relato bíblico que se encontra no livro Gêneses Cap. 28 - V 10-17:
"Partiu Jacó de Berseba e seguiu para Harã.
Tendo chegado a certo lugar, ali passou a noite, pois já era sol-posto;
tomou uma das pedras do lugar, fê-la seu travesseiro, e se deitou ali mesmo para dormir.
E sonhou: Eis posta na terra uma escada, cujo topo atingia o céu; e os Anjos de Deus subiam e desciam por ela.
Perto dele estava o Senhor, e lhe disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado eu ta darei, a tí, e à tua descendência.
A tua descendência será como o pó da terra: estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra.
Eis que eu estou contigo e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo de que te hei referido.
Despertado Jacó de seu sono, disse: na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia.
E, temendo disse: Quão temível é este lugar ! É a casa de Deus, a porta dos céus.
Tendo-se levantado, cedo, de madrugada, tomou a pedra que havia posto por travesseiro e a erigiu em coluna, sobre cujo topo entornou azeite.

E ao lugar, cidade que outrora se chamava Luz, deu o nome de Betel.
Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai então o Senhor será o meu Deus; e a pedra que erigi por coluna será a casa de Deus; e de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo".
Evidentemente, esse sonho passou a fazer parte das "raízes" dos israelitas e não se o poderá considerar, apenas, como lendário.
Esse sonho, foi retirado do contexto e transformado símbolo maçônico, para constituir-se em lenda maçônica.
Contudo, o sonho, propriamente dito, por si só, não se tornou lenda maçônica, mas tão somente, um dos elementos do sonho: a Escada.

Nêodo Ambrósio de Castro - M\I\— Gr\ 32 REAA
A\ R\ L\ S\ Centenária Benso di Cavour n° 028 - GLMMG
Or\ Juiz de Fora MG

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