sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019


Títulos

Os títulos que exornam a personalidade terrestre decorrem de concessões do Senhor, sem que lhes possamos menoscabar a responsabilidade inconteste.

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Não fosse a hierarquia natural que lhes presides os valores, a governança dos povos não teria ultrapassada a barbárie; a ciência não se erigiria em tutora da civilização; o trabalho não poderia dignificar-se nos quadros do mérito e a universalidade não surgiria entre as nações, orientando-lhes o passo, na direção da Vida Maior, tanto quanto a justiça terrena, ainda que incompleta ou fragmentária, não asseguraria o socorro da ordem nos caminhos do mundo, que não passaria, então, de pousada inóspita de selvageria no caos.
Todos os títulos que enobrecem o homem e a coletividade são oportunidades de serviço que devemos honrar na faixa de ação a que fomos chamados para aprender e servir.

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Não é, pois, a fortuna que deslustra o seu detentor, mas sim a desmedida ambição com que as mãos cobiçosas se apropriam do ouro.

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Não é o poder público que desfigura aquele que o mantém, muitas vezes, com sacrifício. É a crueldade, com que, em certos casos, vem a ser exercido pela inteligência insensata que o maneja à distância da verdadeira equidade.
Recordemos que em todas as circunstâncias da vida,constituam-se elas de abastança ou de carência, de comando ou subalternidade, compete-nos a obrigação de usar os empréstimos do Senhor com respeitosa humildade, empregando-os no bem de todos que é o bem de nós mesmos, enobrecendo o caminho humano e iluminando-o onde estivermos, na certeza de que o título é matrícula no trabalho da Humanidade e do próprio Deus, porquanto, no painel mais simples da senda cotidiana, recebe, o espírito encarnado, o título de homem como degrau primário de introdução à Cidadania Celeste.

Emmanuel


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