segunda-feira, 8 de maio de 2017


VISITAÇÃO MAÇÔNICA

 

Todo maçom tem direito a visitar qualquer Loja em qualquer lugar e circunstância, como está no 14º Landmark. “O direito de todo maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja, é um inquestionável Landmark da Ordem. É o consagrado direito de visitar, que sempre foi reconhecido como um direito inerente que todo irmão exerce, quando viaja pelo Universo. É a conseqüência de encarar as Lojas como meras divisões, por conveniência, da Família Maçônica Universal” . Na primeira visita é a curiosidade que nos conduz; queremos saber como trabalham aqueles irmãos, será que conheceremos algum amigo naquela Oficina, poderei usar da palavra, como me comportar entre irmãos? nos perguntamos. Tudo é uma incógnita em nossa primeira viagem a outra Loja. No cristianismo primitivo, as “novas” eram transmitidas, justamente através da visitação. A visita é elemento necessário seja para a confraternização entre grupos, seja para a ampliação do conhecimento ou para criação e fortalecimento de novas amizades. Os discípulos e mais tarde os Apóstolos percorriam todo o mundo, então conhecido, para o fortalecimento da Fé. Eles sabiam como identificar uma igreja, um irmão. Sob o ponto de vista esotérico o visitante não comparece sozinho em uma visitação; junto a si está toda sua Loja incorporada espiritualmente. Ele conduz a força vibratória dos irmãos que o fizeram embaixador. Ao colocar o óbolo na Bolsa de Beneficência, estará não somente colocando a si próprio para a imantação de seu óbolo, mas também a imantação de seu grupo. Uma vez dentro do Templo o visitante, deve ser considerado como uma presença misticamente valiosa, como uma dádiva e uma benção.

Creio que a visita de um maçom a outra Loja, se assemelha a polinização das abelhas espalhando os frutos de amizade e boa vontade entre os irmãos. Ainda hoje compêndios e livros, perdem-se nas digressões sobre o direito ou não de visitação. Esses são preceitos exclusivamente administrativos e bitolados. Alguns mestres, Lojas, e até Obediência, ainda hoje, tentam desestimular a visitação por aprendizes, alegando que só acompanhado de um mestre isso é possível. Sempre aprendi mais em visitas a outras Lojas, do que na minha própria, haja vista que são ritos diferentes, novos irmãos que não conhecia. A maçonaria não pode isolar-se dentro dos Templos simplesmente em trabalho exclusivo com os membros de seu quadro. Se assim agir, fenecerá e se autodestruirá. A Loja precisa “outras luzes”, “outras forças” e “outros alimentos”.

Adaptado de : Visitação – do Ir.·. Rizzardo da Camino

Ir.·. Laurindo R. Gutierrez/Loja de Pesquisas Brasil, de Londrina e Chico da Botica, de Porto Alegre.

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