quinta-feira, 28 de janeiro de 2016


BATERIA MAÇÔNICA

 

Origem e a motivação do ato de produzir som através da batida das mãos. Encontramos na história da humanidade relatos pagãos do milênio anterior a Cristo, onde bater palmas tinha a intenção de acordar/despertar os Deuses. Também eram, desde esta época, usadas para afugentar os maus espíritos.

 

Durante os antigos espetáculos circenses na Grécia e Roma, bater as mãos era a manifestação de agrado pelo que estava sendo apresentado e uma expressão não oral de saudação à autoridade presente. Ao ser incluída nos trabalhos maçônicos, a Bateria Maçônica resgata sua origem e passa a ser sacralizada em nosso trabalhos. Executamos sequências de som de percussão usando as mãos, em quantidades determinadas a cada situação/grau e circunstância/momento. A Bateria Maçônica é uma atividade eminentemente esotérica. Primeiramente ela envolve o contato das duas partes internas das mãos. Todos nós reconhecemos e já sentimos a energia que envolve juntá-las, seja para orar com os dedos voltados para o Altíssimo ou para com outra pessoa, através de um aperto de mão, demonstrar confiança e amizade. “Pela Bateria”, percebemos a harmonia e iteratividade nos trabalhos. A Bateria unissonamente executada produz dois efeitos primordiais: Inconscientemente, passa aos Irmãos a sensação de unidade.

 

Não devemos esquecer que ela precede a Aclamação, e que mantendo esta unidade, estará mantida a EGRÉGORA do grupo. O segundo efeito é de ordem sutil e vai além das fronteiras do próprio inconsciente. Mais do que o som audível, a vibração produzida tem a função de harmonizar/equalizar o ambiente. Ao adentrar no recinto sagrado, muito não conseguem canalizar bons fluídos e deixar para trás as impressões sensoriais negativas vividas antes da reunião. Levando-as assim para dentro do Templo e deixando dentro de si energias desarmônicas. A própria palavra BATERIA, deve ser bem compreendida. Bateria é um agrupamento de coisas de vão juntas, portanto BATERIA MAÇÔNICA NÃO É SIMPLESMENTE BATER PALMAS. O MAÇOM DE PÉ E A ORDEM. COM UM MOVIMENTO CONFIRMA SEU JURAMENTO. JUNTA O TOPO DE SUAS COLUNAS E USANDO O PRIMEIRO INSTRUMENTO DE TRABALHO DADO PELO CRIADOR, PRODUZ CADENCIADAMENTE VIBRAÇÕES ETÉREAS, PARA A MATÉRIA E O ESPÍRITO. Este artigo foi inspirado no livro O APRENDIZADO MAÇÔNICO (2013), do Irmão RIZZARDO DA CAMÍNO, que, na página 120, nos intrui:

 O som jamais se destrói; avança Cosmos adentro, numa incessante viagem através do Universo, tanto exterior como interior. O som não atinge somente a periferia, mas adentra na parte espiritual e produz os seus efeitos.

 

Neste nono ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas.

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.

 

Ir.·. Sérgio Quirino

Nenhum comentário:

Postar um comentário