sexta-feira, 4 de julho de 2014

“MORTE E IMORTALIDADE NO SENTIDO MAÇÔNICO”.

 
 
SESSÃO DE FUNERAL
 
PEDRA DE CONSTRUÇÃO: “MORTE E IMORTALIDADE NO SENTIDO MAÇÔNICO”.
 
 
Meu Ir.:, depois de todas as informações, considerações e questionamentos que serão  necessários para justificar a nossa posição com relação aos assuntos em questão, inclusive, muito polêmicos entre as diferentes crenças dos homens, e, como a Maçonaria permite aos Maçons expressarem livremente seus pensamentos e idéias, sem quaisquer discussões e/ou imposições sobre quem está com a verdade, peço antecipadamente perdão ao Ir.: que se sentirem ofendidos com eles, porém, é meu desejo apenas que a minha experiência de vida, e, da qual tenho plena convicção, expressa através destas palavras e opiniões, sejam analisadas sem quaisquer preconceitos e, estarei inteiramente satisfeito se pelo menos algumas partes desta Obra Arquitetônica, produzida com muito cuidado, sinceridade, carinho, amor e atenção, forem úteis trazendo alguns questionamentos e/ou acrescentando alguns benefícios em suas experiências de vida. 
Em minha opinião, Morte e Imortalidade são assuntos muito interessantes e concretos, que possuem um único sentido tanto no Mundo Maçônico quanto no Mundo Profano, porque se tratam de realidades divinas ao qual o homem está submetido e não pode modificá-las ao seu bel prazer.
Para se entender a minha posição com relação ao assunto Morte e Imortalidade, há que se ter um mínimo de noções básicas sobre a história do homem, desde o princípio como um ser primitivo até hoje com a conquista de uma grande evolução em todos os campos da sua vida; Da função e significado do planeta terra com relação ao universo e aos diferentes mundos que ele contém; Da sua missão como habitante deste planeta; Das causas e origens dos seus sofrimentos; De como atua a Sagrada Lei Divina; Da relação existente entre a “morte” que convencionamos chamar final com o nascimento que é o início da vida do corpo físico de um ser humano; De alguns ensinamentos da Sagrada Escritura, etc.
Independentemente de qualquer crença, todos devem concordar de que o homem foi criado à imagem e semelhança do Pai Superior, o G.: A.: D.: U.:, porque assim diz a Sagrada Escritura e, diz também, que o nosso Deus é único e imortal e, por isso mesmo, nós os seus filhos, a começar pelo Grande Irmão e Mestre Jesus Cristo, somos também imortais. A diferença reside em que Deus possui a perfeição infinita, absoluta e o domínio sobre todas as coisas, enquanto nós, com os maiores sacrifícios e esforços possíveis, podemos obter apenas uma perfeição relativa e parcial das coisas, para qual saberemos entendê-la e bem aplicá-la em nossas vidas de acordo com nossas próprias convicções, e, por isso mesmo, com relação à perfeição temos de ser realistas e almejar apenas a excelência em todos os nossos atos, não o impossível que é a perfeição absoluta. Se, à Criatura fosse dada a perfeição absoluta do Criador, ela o igualaria, o que é completamente inadmissível em quaisquer circunstâncias da vida, pois, até hoje faltam amor, fraternidade, misericórdia, humildade, compreensão, indulgência, respeito, solidariedade, tolerância, perdão e benevolência entre os homens e, certamente, provocaria o maior desastre com essa pseudo possibilidade.
Por isso mesmo, no início da implantação do Cristianismo e devido à incapacidade dos seres humanos da época compreender e serem convencidos de toda a verdade somente através de palavras, sobre a Perfeição Absoluta do Pai Criador, ELE se limitou a apresentá-los na prática um Modelo de Perfeição Absoluta, o Irmão e Mestre Jesus Cristo para demonstrar como eles deveriam proceder e pedir que a humanidade se esforçasse para atingi-lo.
Para melhores esclarecimentos, vejamos as seguintes informações, considerações e questionamentos:
O progresso da humanidade é uma das principais leis impostas pela Santa Natureza. Todos os seres do Criador, animados ou inanimados, ou seja, animais ou vegetais estão submetidos a ela pela extrema bondade do G.: A.: D.: U.:, cujo desejo é que tudo se desenvolva, engrandeça e prospere gradual e continuamente, como uma perfeita engrenagem, sincronizada e  harmônica, cada qual cumprindo bem a tarefa que lhe for exigida, tal qual o funcionamento perfeito dos organismos da obra mais completa que ELE produziu, o homem, onde as atividades de cada minúscula célula, das milhares existentes, têm a mesma importância de todos os demais macro organismos e, são igualmente responsáveis para manter a cadência adequada e o ritmo harmonioso das atividades desenvolvidas por essa perfeita máquina.
Por outro lado, em nossa convivência diária a própria destruição de vidas humanas, animais e vegetais através de catástrofes produzidas pela natureza e/ou pelos próprios homens, acidentes e outros mais, que parecem aos nossos olhos um limite final para tudo, é apenas uma forma para se chegar por meio da transformação a um estado de maior perfeição no progresso da espécie humana, como prescreve a “Sagrada Escritura” quando diz “que tudo morre para renascer e nada volta para o nada”, e, por isso mesmo, todos devem concordar também com o Físico Lavoisier quando afirmou: “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Na medida em que os seres vivos progridem moral e intelectualmente, os mundos que eles habitam devem progredir materialmente.
Mas, que mundos são estes?
Segundo Allan Kardec, quando o filho exemplar do G.: A.: D.: U.: disse: “Há muitas moradas na casa do meu Pai”, Ele quis dizer que a casa do Pai é o universo e as diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem aos espíritos que neles vivem as moradas apropriadas ao seu adiantamento moral, intelectual e espiritual. Independentemente da variedade dos mundos, estas palavras também podem ser traduzidas como o estado feliz ou infeliz do espírito na erraticidade (período de tempo em que o espírito se encontra entre uma e outra reencarnação).
Os espíritos culpados e maus perambulam sem destino nas trevas, atormentados de remorsos e lamentações, muitas vezes sós, sem consolação, separados dos objetos de suas afeições (normalmente são materialistas), padecem torturados pelos sofrimentos morais, enquanto que os justos desfrutam de uma claridade resplandecente e do sublime espetáculo do infinito, reunidos aos que amam, gozam das doçuras de uma indescritível felicidade. Por isso mesmo, dependendo do grau de seu progresso moral, cada espírito vai para uma morada adequada em mundos diferentes, embora neles não sejam nem delimitadas as suas fronteiras, nem localizadas geograficamente as suas áreas.     
Sabemos que na sua origem, o G.: A.: D.: U.: deu ao homem um corpo físico e um espírito para equilíbrio de suas ações, e naquela época, a do mundo inferior ou primitivo, ele possuía a forma humana, mas sem nenhuma beleza, uma natureza pródiga e os seus instintos que ainda não continha nenhum sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem noções de justiça ou de injustiça, apenas a força bruta era sua única lei e passava a vida atuando na defesa do grupo familiar contra outros homens e animais selvagens; saciando a fome e a sede através da caça de pequenos animais e a procura da água; abrigar-se em cavernas e rachaduras de pedras para se proteger das intempéries produzidas pela natureza e outros mais, e por isso mesmo, corpo e espírito se encontravam no ponto de partida e o homem, ainda em estado selvagem, pronto a participar do grande projeto de Deus que é a sagrada missão de progredir e evoluir material, moral, intelectual e espiritualmente com muita paz e harmonia, tendo ainda de maior importância, recebido do G.: A.: D.: U.: a inteligência para diferenciá-lo de outros animais. Com a semente da inteligência plantada no seu interior, o homem conseguiu produzir outros tipos de armadilhas e armamentos mais precisos e poderosos os quais se permitia caçar animais maiores e melhor se defender de ataques de outras tribos. Mais tarde, embora inicialmente nômade, aprendeu a construir sua própria moradia, produzir melhores alimentos e reunir-se em sociedade, e, com a descoberta do fogo, das ciências físicas e matemáticas, da eletricidade, dos telescópios e microscópios, dos modernos meios de telecomunicação, informática, com progressos na área médica e outras mais, houve um enorme surto de progresso na sua vida, até atingir em dias de hoje, a grande evolução em todos os campos do desenvolvimento humano e social, só se esquecendo, porém, da necessidade imprescindível e constante de preservar a mãe natureza, fonte de toda sua riqueza e progresso e, também, dos bons princípios morais e espirituais, e cujos resultados vêm causando consequências catastróficas na terra e atos repulsivos para a sociedade em geral, principalmente no Brasil, onde a corrupção e a falta de caráter e bom senso daqueles que deveriam servir como exemplos, envergonham e entristecem a maioria que pugnam pela moral e pela ética.
Como a inteligência do homem se desenvolveu lenta e gradualmente, até chegar à grande explosão de conhecimentos a que hoje vivenciamos?
O que nos explica o nascimento de um grande número de seres humanos superdotados e com enormes bagagens de conhecimentos sobre assuntos diversos, como os das ciências físicas e matemáticas, musical, na cultura em geral, no domínio de diversas línguas estrangeiras e de conteúdos educacionais em níveis elevados, sem nunca terem passados desde os seus nascimentos numa sala de aula apropriada para isto, nos assuntos, inclusive sobre os quais o homem atual com enormes e avançados recursos disponíveis e grande progresso ainda não tem explicações plausíveis?
Com todos esses fatos por nós testemunhados, seria zombar da Sabedoria, Onipotência, Inteligência e Benevolência Divina, se acreditássemos que hoje, para cada ser humano nascido no mundo, o G.: A.: D.: U.: lhe enviasse um espírito novinho em folha, imaculado, como foi no princípio dos tempos e prontinho para iniciar tudo de novo.
Pelo contrário, seria um retrocesso ao progresso e ao desenvolvimento da humanidade, pois esses novos espíritos não teriam as bagagens de importantes conhecimentos adquiridos anteriormente e necessários para dar continuidade e alavancar o crescimento material, moral, intelectual e espiritual do ser humano, ou seja, para cumprir gradual e continuamente a sua missão principal que é de contribuir com o progresso do universo. E também, se assim acreditássemos, porque haveria a necessidade da nossa convivência aqui na terra com tantas misérias, doenças, dores, aflições, decepções e sofrimentos, como por exemplos, a perda de entes queridos que às vezes, ainda não nasceram e outros, tão prematuros, jovens ou, nasceram portando doenças graves ou com defeitos, ou, até mesmo, que nasceram com a forma perfeita e, ao longo da caminhada terrena se torna um deficiente parcial ou total, se cada espírito novo, criado e enviado para compor com um corpo físico é essencialmente inocente e puro, e por isso mesmo, ainda nada deve à Providência Divina e nem aos homens?
Por que, então, todos esses castigos?
O que nos explica as doenças incuráveis, dores, sofrimentos, decepções e até a passagem para o Oriente Eterno com envolvimento em ações violentas ou trágicas para aqueles que bem procedem e, também para os nossos semelhantes que hoje são reconhecidamente boníssimas e úteis para a humanidade?
Será que existem culpados? Quem será?
Será que até os bons são abandonados por Deus como muitos acreditam? O que acontecerá, então, para os maus?
Para satisfazer estas respostas, basta lembrar o que um dia o Grande Mestre Jesus já dissera aos seus discípulos: “Há somente duas formas para se chegar ao nosso Pai Criador, uma pelo amor, quando pelo nosso livre arbítrio, cumprimos as nossas missões aqui na terra obedecendo ao melhor possível às suas Leis, e, outra pela dor, quando agimos de modo imprudente, arbitrária e contraditória a elas”.
De posse destas verdades, pergunto-vos, isto não será uma forma justa e digna de aproximação dos homens para com Deus pela dor, relacionada ao pagamento de débitos que contraíram hoje, ou até mesmo no passado, quando, pelo livre arbítrio desviaram-se dos principais objetivos de suas missões, abandonando-as e não seguindo as suas Leis?
Para entender um pouco estes questionamentos, avaliar o que representamos e o tamanho de nossas missões aqui no planeta terra há necessidade de se ter informações do que ele representa diante dos diferentes mundos do Universo e da espécie humana que neles habitam, incluindo todos os seres dotados de razão e também, por que há na terra uma necessidade imprescindível da convivência com o mal para se poder apreciar o bem, da noite escura para se poder admirar a luz e da doença para se poder valorizar a saúde.
Busquemos, então, algumas explicações com Allan Kardec que diz: Comparativamente, pode-se afirmar que o planeta terra não é o centro das atrações e nem nela se encontra contido todo o Universo; Quanto as suas dimensões, representa um minúsculo torrão de areia perante as dimensões totais do Universo; Em relação a sua população geral, bem menos do que um lugarejo em relação à população de uma grande nação e, se levarmos em conta a sua destinação e a natureza dos seres que nele habitam, representa um hospital ou uma penitenciária de uma grande metrópole.
Portanto, do mesmo modo que, numa metrópole, toda a população não reside nos hospitais ou nas prisões, também, toda a humanidade não se encontra contido no planeta terra. Assim, como se sai do hospital quando se está curado e da prisão quando se cumpriu toda a pena, o homem deixa o mundo terra, para outros mundos mais felizes quando se está curado de suas enfermidades morais ou tenha resgatado devidamente as suas penas. Com isto, podemos compreender por que aqui as aflições superam as alegrias, já que não se enviam a um hospital pessoas que estão bem de saúde, nem à casa de detenção as que não praticaram qualquer mal à sociedade, pois se sabe que qualquer dessas opções não é um lugar prazeroso.
Seria muito tranquilo e cômodo para qualquer homem, se na sua existência material fosse muito poderoso de forma monetária e por influências sociais, possuísse muitos bens materiais, etc., e, também para outro, se fosse pobre ou até mesmo um miserável, porém, se tornasse egoísta, ciumento, invejoso, avarento, orgulhoso, rancoroso, vingativo e praticasse todos os tipos de humilhações e atrocidades contra seus semelhantes, certamente, aquele poderoso não seria punido pelas leis falhas, corruptas e antidemocráticas da nossa sociedade.
Seria justo para com os atingidos, para a humanidade ou para consigo mesmo?
E se por um exemplo, esses mesmos homens fossem punidos socialmente com a maior das penas estabelecidas pela suas leis, estariam eles livres para continuarem elevando-se moralmente?
Estariam eles livres de qualquer outro tipo de punição, por acreditarem que todos os atos errôneos que praticaram na vida serão esquecidos quando se pagam ou não por eles somente através das leis dos homens e, que depois, se perdem pelo espaço infinito com o desaparecimento do nosso corpo físico?
E, se novamente retornassem a terra para cumprirem outras missões e/ou, aquelas que não conseguiram cumprir quando tiveram oportunidades, viriam como espíritos novos, puros e inocentes, sem quaisquer culpas ou débitos de erros praticados no passado?
Teriam eles a anulação de todas as responsabilidades morais pelos atos praticados outrora?
Infelizes são os IIr.: que pensam dessa maneira e agem com essa falsa esperança e, daqueles que acreditam que os problemas da vida material se resolvem simplesmente com a corrupção, burla das leis por corporativismos entre classes sociais ou grupos organizados, pelo enriquecimento ilícito, pela covardia do poder de influência em todos os níveis sociais que enoja e assusta os seres humanos, ou, com o simples desaparecimento do corpo físico por ações totalmente desaconselháveis.
Às vezes, neste último caso, não suportando o fardo pesado e justo que se tem de carregar aqui na terra para cumprimento das suas missões como integrantes de um projeto superior do G.: A.: D.: U.: e pagamento de seus débitos, os homens desanimam, fracassam e, pensando em resolver mais facilmente este problema, adiantam seu passamento com o simples desaparecimento visual da massa corpórea, utilizando o ato de suicídio, não sabendo eles, que na erraticidade, vão sofrer consequências inimagináveis por se acovardarem perante o aparecimento das dificuldades em seus caminhos nas provas que eles mesmos solicitaram ao Criador e, que deveriam ser totalmente vencidas utilizando as suas próprias forças interiores, porém, resolvem encurtar voluntariamente os seus dias de permanência na terra, ignorando que esta ação cabe somente ao G.: A.: D.: U.:, e no momento em que o mesmo julgar oportuno.
Outro exemplo ocorre também com aqueles que crendo na impunidade oferecida pela lei dos homens, perseguem, espezinham, humilham, caluniam e até mesmo eliminam ou autorizam a eliminação da vida material de seus semelhantes, os considerados inimigos ou desafetos, achando que assim, estarão resolvidas todas as diferenças existentes entre ambos, porém, mal sabem que as consequências serão trágicas, por que, é aí que elas se multiplicam contra eles próprios, pois, os livram apenas das presenças materiais daqueles semelhantes indesejáveis, porém, espiritualmente, poderão persegui-los por muito tempo com seu ódio e sentimento de vingança. Acontece que, quando partimos para o Oriente Eterno, levamos aquilo que produzimos e adquirimos através de nossos pensamentos e atos: os bons sentimentos como do amor, da caridade, a elevação moral, da humildade, da amizade, do perdão, da solidariedade cristã, dos conhecimentos intelectuais, da simpatia e, naturalmente da doce saudade das pessoas amadas e outros mais, para quem pelo menos se esforçou a trilhar um bom caminho e cumprir sua missão corretamente, porém, também são levados quando produzidos, os maus sentimentos como da vingança, do ódio, do orgulho, do ciúme, do rancor, da vaidade, da inveja, etc., e permanecem impregnados nos corações daqueles que ignorando totalmente o bem e sem a evolução moral, ainda não aprenderam as “Leis do amor, da caridade e do Perdão”. Estes tipos de sentimentos dos homens, ao qual nos referimos no item anterior, representam algumas formas de desvio de conduta nas missões de que foram incumbidos aqui na terra, missões estas que podem ser de amar seus semelhantes, de cultivar a paciência, de saber perdoar, ter resignação, perseverança, solidariedade, ser indulgente, tolerante, humilde, de procurar sempre reconciliar com os seus desafetos do passado e atuais, de defender e se manter sempre ao lado da verdade e da justiça, de cultivar a esperança em dias melhores que virão para a humanidade e manter viva a fé no G.: A.: D.: U.:, e outras mais.
É aí, então, que a Lei Divina altiva, impoluta, imponente, incorruptível e justíssima se manifesta com sua sentença, tendo em mãos todas as provas e evidências necessárias, através do plantio e da colheita de resultados do nosso próprio trabalho, e que depende exclusivamente da nossa livre escolha no tipo de sementes que adubando a terra fértil em nossos corações, fizemos germinar, crescer e produzir bons ou maus frutos, através dos nossos pensamentos e atos e/ou omissões, pois, ninguém tem o direito de obter tudo àquilo que desejar e na hora em que se decidir, sem o devido merecimento e determinação da Lei Divina, nem sofre por acaso ou injustamente, e tão pouco, recebe esses sofrimentos ou castigos dos seus semelhantes e, principalmente de Deus, tudo isto acontece pela nossa própria culpa em não saber escolher através do livre arbítrio que nos foi francamente concedido, o melhor caminho a ser seguido, por isso mesmo, aquele que acerta seus passos e que é caridoso incondicionalmente, não necessita de quaisquer reconhecimentos dos seus semelhantes, ignora-os, pois certamente irá recebê-los do Pai Criador, porquanto, aquele que erra os seus passos e, se pratica a caridade, o faz com ostentações, pode até receber as melhores honras e reconhecimentos de seus semelhantes, porém, dever-se-á arcar perante o Pai Criador com as consequências de suas más atuações de hoje ou de ontem, através da “Lei de Ação e Reação”, que diz: “A toda ação, corresponde uma reação igual e contrária”, e também da “Lei do Plantio e da Colheita”, que um dia foi dito pelo Grande Mestre Jesus Cristo aos seus Apóstolos: “O plantio é totalmente livre para cada um dos meus irmãos, porém, a colheita dos seus resultados é necessariamente obrigatória”.
Meus IIr.:, com a posse de mais estas plausíveis e corretas informações, procuremos plantar nas hortaliças de nossas vidas somente boas, melhores e selecionadas sementes, para que possamos sempre colher bons frutos e para que o nosso futuro de prosperidades, harmonia, felicidade e paz nos seja garantido.
Mesmo assim, para aqueles que persistirem viver na maldade, que não é um estado permanente dos homens, mas sim, uma imperfeição moral momentânea ou uma deformação moral instintiva, o G.: A.: D.: U.:, em sua infinita Bondade, Sapiência e Misericórdia, independentemente do tamanho de resgate dos débitos que têm para com a Justíssima e Incorruptível Lei Divina, dá oportunidades iguais e sem qualquer discriminação a todos os seus filhos e, jamais os abandonam, pois, não permite que cada um, no cumprimento dessas missões aqui na terra leve nas costas um fardo mais pesado do que a capacidade que suporta carregar, e por isso mesmo, por maior ou mais difícil que julgamos ser os sofrimentos ou barreiras que encontramos em nossos caminhos, representados por tragédias, decepções, injustiças, perseguições, invejas, ciúmes, traições, doenças, dores, ingratidões e outros mais, temos dentro de nós mesmos a capacidade de superá-los com muito amor, paciência, tolerância, humildade, resignação, perseverança e fé.
Outro fato interessantíssimo e importante que se deve saber, é que os espíritos, tais quais os anjos não possuem um sexo definido e podem voltar a terra para cumprimento de suas novas missões, e/ou, para a complementação das missões semiacabados, como seres masculinos ou femininos, não perdendo absolutamente nada da sua conquista e da bagagem de conhecimentos adquiridos anteriormente, nem tão pouco da sua elevação moral, intelectual e espiritual perante Deus e seus semelhantes, e muito menos ainda serão esquecidos e perdoados os débitos que um dia contraíram com a Lei Divina, e que certamente, mais cedo ou mais tarde, de uma forma ou de outra, deverão ser resgatados totalmente, ou em parcelas, conforme suas dimensões e o peso do fardo que cada um  prontifica-se a carregar durante o cumprimento dessas missões terrenas, e, mesmo retornando com a disposição de somente praticar o bem, e isto cumprir, é o único que deve fazer os respectivos resgates, pois, ninguém pode pagar pelos erros dos outros, é o que determina esta Lei.
Muitas vezes, ao retornar a terra para o cumprimento de uma missão que nós mesmos solicitamos a Deus, somos envolvidos por forças contrárias às suas Leis e aos objetivos da mesma, por exemplos, o apego exagerado aos bens materiais e as paixões ignóbeis desenvolvidas pelos homens e a revolta pela falta de paciência em aguardar os merecimentos naquilo que desejamos, por sermos muito imediatistas, constitui tentações constantes em nossos caminhos, nos fazem desvirtuar dos nossos principais objetivos e, assim, criamos em nossas vidas grandes e difíceis obstáculos para transpormos e então, não conseguimos contribuir com o progresso da humanidade e nem com o nosso próprio desenvolvimento moral, intelectual, espiritual e até mesmo material.
Em suma, como explica Allan Kardec, no Evangelho Segundo o Espiritismo, o homem deve saber que só possui como seu aquilo que ele pode levar deste mundo. Dos bens que encontra ao chegar e deixa ao partir, possui somente usufruto e não a sua posse real, podendo desfrutá-los somente durante sua permanência na terra, se o G.: A.: D.: U.: assim o permitir, pois, poderá ser privado dos mesmos a qualquer momento em que ELE julgar necessário conforme o seu proceder, como vários exemplos já testemunhados em nossos dias.
Em fim, verdadeiramente o que o homem possui aqui na terra é nada que se refere ao corpo físico e tudo que se refere ao seu espírito em evolução: a sua inteligência, os conhecimentos adquiridos através de estudos, a elevação moral e intelectual através dos resultados de seus bons pensamentos e atos para com os seus semelhantes, tudo isto, são posses e verdadeiros tesouros que ninguém consegue retirá-los do seu adquirente e certamente, se somarão positivamente para que o seu futuro seja melhor, feliz e mais promissor, justificando assim, com muita clareza, os diferentes graus de elevação moral, intelectual e espiritual que encontramos entre os homens no Mundo Profano e até mesmo na Maçonaria, que não é uma entidade religiosa e nem um reformatório, mas sim, um lugar de aperfeiçoamento moral, intelectual e espiritual que estimula a ação nas virtudes latentes no homem e, por isso mesmo, é sempre feita uma pré-seleção na sociedade para escolha dos melhores cidadãos a comprem os seus quadros de Obreiros.
Somos e vivemos hoje, exclusivamente o resultado do que fomos e produzimos no passado através dos nossos pensamentos, atos e/ou omissões, por isso mesmo meus IIr.:, se acreditarem ter alguma utilidade as explicações e ensinamentos desta Obra Arquitetônica, convido-vos, de agora em diante, a fazerem um melhor proveito da Lei do Plantio e da Colheita para garantirem melhores e felizes dias no futuro.
Agora sim, podemos falar sobre o significado de Morte e Imortalidade:
Para os incrédulos e materialistas, tudo aquilo referente à morte se dá somente aqui no plano da terra e representa apenas o desaparecimento do corpo físico, sem quaisquer ligações com o espírito e, principalmente com as consequências futuras de seus erros e acertos de hoje; enquanto outros acreditam que a morte acontece ao corpo físico, porém, o seu espírito permanece na terra e junto ao seu túmulo, aguardando a volta do Salvador para conduzi-lo ao seu merecido lugar, e, não que ele deve chegar a esse lugar com seus próprios esforços, sacrifícios e méritos. Porém, a maioria dos homens acredita que a morte ou desencarne, na sua verdadeira concepção da palavra acontece seguindo o preceito bíblico de que: “Do pó viemos, ao pó retornaremos”.
Contudo, com as afirmações sempre constantes da Doutrina Espírita e comprovação de estudos científicos, sabe-se que depois do desaparecimento da matéria humana (desencarne), a vida continua em seu curso normal de desenvolvimento e progresso moral através dos espíritos quando viajamos para o Oriente Eterno, lá, onde encontramos realidades de tempo e espaço totalmente diferentes daquelas adotadas aqui na terra, e só assim, podemos obter uma visão específica e todos os esclarecimentos necessários para poder enxergar minuciosamente e com muita clareza os nossos próprios erros e vícios, e na hora dos acertos na prestação de contas, reconhecermos perante o G.: A.: D.: U.:, o cumprimento total, parcial ou até mesmo o não cumprimento das missões as quais ficamos incumbidos a realizar.
Em função de afirmações da Sagrada Escritura e da convicção de todos diante do fato de que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, que é imortal, por isso mesmo ele também é imortal, e, ainda de que: “na natureza tudo morre para renascer e nada volta para o nada”, ou seja, “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”, a minha opinião quando viajamos para o Oriente Eterno, a nossa verdadeira morada, é de que a morte não existe, mas, opera-se apenas uma transformação ou transposição da matéria na sua forma física, que é somente uma das partes da formação integral do homem (a mais fraca e sujeita às vicissitudes na terra) em outras formas, porém o seu espírito, que constitui a parte invisível e bem mais forte do homem, por causa do cumprimento de mais etapas da sua missão neste mundo ou em outros, e, da sua evolução moral, continua sempre vivo e operante.
Por isso mesmo, não devemos ter medo, lamentar ou mal dizer este acontecimento tão normal para a natureza e para Deus, e que também deve sê-lo para nós, tanto quanto, o nascimento de um ente querido seja bem aceito e bendito por todos, e, quando esta certeza absoluta que temos na vida material vier acontecer entre nós, não podemos levar em conta a idade, o dia, à hora ou, principalmente, à forma como isto ocorrer, tudo é previamente estabelecido num contrato entre cada um de nós e o G.: A.: D.: U.:, quando estamos na erraticidade, nada acontece por acaso ou não ajustado.
Se as reações humanas neste caso forem de revoltas, inconformações, blasfêmias e lamentações, procurando sempre os culpados para este certeiro acontecimento para cada um de nós, estarão negando a existência e a capacidade elevadíssima do poder do Pai Criador, faltando com a caridade e cometendo injustiças para com eles próprios e também para com os seus semelhantes, pois seria aqui na terra, como a um prisioneiro que tendo cumprido totalmente sua pena em regime fechado numa casa de correção, devido a um erro praticado contra a sociedade humana, desejassem que ele continuasse encarcerado e sem direito à sua liberdade.
Ao espírito é dado pelo G.: A.: D.: U.:, a oportunidade de se evoluir gradual e continuamente rumo a sua elevação moral, intelectual e espiritual em todas as etapas da sua existência, aqui nesta morada ou em outras, e, por isso mesmo, ele é a parte imortal do homem, pois, decompõe-se o seu corpo físico, porém, sua obra e o que age nele, o espírito, permanecem eternos.
Meus IIr.:, não sou nenhum especialista no assunto, nem tão pouco tenho a pretensão de afirmar que as minhas interpretações e justificativas para a consolidação do meu ponto de vista sobre o assunto são as mais corretas e verdadeiras, porém, esta Obra Arquitetônica foi construída com a mais profunda convicção nestas verdades que eu acredito, considero e as trago sempre dentro de mim, norteando os meus caminhos tanto no Mundo Profano, quanto no Mundo Maçônico, e que são baseadas nos conhecimentos que adquiri com estudos, leituras e comentários das lições do Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec e também, com várias constatações da plena eficácia das mesmas na prática. Embora, reconhecendo possuir ainda muitas falhas e defeitos, inúmeras arestas a serem desbastadas em minha Pedra Bruta, por isso mesmo estou aqui, muito motivado e satisfeito neste grande laboratório para corrigi-los, aprender ainda mais com os estudos que aqui me são propiciados e aperfeiçoar os ensinamentos que já possuo com as sublimes lições da Arte Real
 
M.: M.: IVO DE ALMEIDA CAMPOS – CIM: 224311
 
BIBLIOGRAFIA:
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – Editora Petit.

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