domingo, 8 de junho de 2014

Frequência aos Trabalhos


 
A GL.˙. DO G.˙. A.˙.D.˙. U.˙.

 

A AUG.˙. E RESP.˙. LJ.˙. SIMB.˙. GUARDIÕES DA LUZ, N° 64

 

 

A frequência dos IIr.˙. aos trabalhos de nossas oficinas, é um dos itens constantes nas pautas das reuniões.

 

  • Há os que não vão as Oficinas porque acham que as mesmas, nada mais têm a lhes ensinar: São os Presunçosos.
  • Há os que não vão as Oficinas, porque acham que as reuniões se tornaram desinteressantes e monótonas: Estes fazem parte daquele grande grupo que entraram para a Maçonaria, mas, a Maçonaria não entrou neles. “Acham as reuniões desinteressantes mais nada fazem para torná-las melhores; São os reformistas e críticos de palavras”, são os verdadeiros inoperantes da Ordem.

 

Os argumentos de todos os grupos de faltosos são extremamente frágeis, e na realidade se baseiam também como na Maçonaria, em três colunas, ou melhor, em três ante colunas: “A ignorância, o desinteresse e o perjúrio”. Ser perjúrio não somente é quem revela os nossos segredos iniciáticos, mas, também é perjúrio aquele que não cumpre com as obrigações contraídas para com a Sublime Ordem no cerimonial da iniciação.

 

Existe uma história que um M.˙. M.˙. muito respeitado contava, e que venho aqui tentar reproduzir aos IIr.˙.

 

Londres, fria, úmida, nevoenta e cinzenta, havia num bairro um templo religioso, possivelmente Anglicano, no qual pregava um mesmo pastor há mais de vinte anos. E os Londrinos, como os ingleses de um modo geral, são extremamente tradicionalistas e naquele templo, vinham fiéis das redondezas, sempre os mesmos, sempre ocupando os mesmos lugares, a sucessão de cada semana e desta forma todos já se conheciam pelos nomes conforme devem ser os Maçons em Loja.

Num certo final de semana, o pastor notou uma cadeira que estava vazia e era de um dos mais assíduos fiéis.

O pastor preocupou-se, mas passado o culto, o fato foi esquecido, absorvido que foi o pastor pelas outras atividades.

Este fato ocorreu por mais duas semanas seguidas, na terceira semana o pastor perguntou aos fiéis: alguém viu o fulano, estaria ele doente, estaria acontecendo alguma coisa? – Ninguém soube responder, logo após o culto o pastor resolveu visitar o fiel.

Chegando lá, encontrou-o à beira da lareira, em frente ao fogo. Então o pastor lhe perguntou:

- Estás doente?

O fiel lhe respondeu:

- Não, estou muito bem de saúde.

E o pastor replicou:

- Estás com algum outro problema?

O fiel respondeu:

- Não, não estou com problema nenhum, muito pelo contrário, estou muito bem:

Então o pastor lhe argumentou:

- Mas não tens ido mais ao culto...

Dito isto o fiel dirigindo-se ao pastor disse:

- Eu frequento aquele culto há mais de vinte anos, sento naquela cadeira, efetuo as orações e entoo os mesmos hinos, durante todo este tempo eu já aprendi tudo de culto, sei todo o Livro do culto. Então eu acho que não preciso mais ir lá, por isso não estou indo.

Atônito, o pastor pensou um pouco, dirigiu-se à lareira, atiçou o fogo e de lá retirou a maior das brasas que se encontrava na lareira. Colocando-a sobre a saleira de mármore da janela, ante o olhar curioso do fiel.

A brasa, em questões de minutos, perdeu o brilho, se revestiu de uma túnica cinzenta, transformando-se em carvão e cinza, fora do convívio com as outras brasas.

O fiel levantou-se colocando as mãos na cabeça, disse:

- Por favor, homem pare com isso, eu compreendi a lição.

- Doravante não mais faltarei ao culto.

Tornando-se, a partir daquele dia, a cadeira, novamente ocupada.

 

Meus IIr.˙., os Maçons são como as brasas, para manterem a luz dos conhecimentos, o calor da fraternidade e a chama do ideal, necessário é, que estejam no convívio permanente das outras brasas “Irr.˙.”

Não se faz Maçonaria fora do templo. A Maçonaria que se pratica na vida profana é uma obrigação do iniciado e é reativada a cada sessão, como uma espécie de bateria que precisa ser recarregada.

Se algum Ir.˙. acha que nada mais tem a aprender, então ele deve ter atingido a Gnose perfeita e é chegado o momento dele começar a ensinar.”

 

 

Somos aquilo que fazemos constantemente. Assim, a excelência não é um ato, mas sim um hábito.”

 

[Aristóteles]

 

Or.˙. de Gameleira/PE em, 18/08/2010.

 

 

Ir.˙. Charles Krichna

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