terça-feira, 13 de maio de 2014

O RITUAL DO APRENDIZ


 
O RITUAL DO APRENDIZ

Ritual – Enquanto o Rito é a cerimônia estabelecida pela lei, ou pelo costume, tendo um efeito religioso ou mágico, chama-se Ritual, em Maçonaria, o livro que contém a Ordem, as fórmulas e demais instruções necessárias para a prática uniforme e regular dos Trabalhos Maçônicos em geral. A adoção e aprovação dos Rituais são da alçada das autoridades superiores do Rito de cada Corpo ou Potência jurisdicional. O modo de abrir e fechar uma Loja, de conferir os Graus, de instalar e desempenhar outros deveres constitui um sistema de Cerimônias chamado Ritual. Grande parte desse Ritual é esotérico e por isso não deve ser escrita, comunicando-se por instrução oral. Cada Grau tem o seu Ritual para cada espécie de Cerimônia, havendo Rituais de Iniciação, de Banquetes, de Adoção de Lowtons, de Confirmação de Casamento, de honrarias fúnebres etc. Na Cerimônia de Iniciação o Neófito recebe seu exemplar do Ritual de Aprendiz Maçom com a recomendação que o leia refletidamente, pois, por ele aprenderá o Simbolismo Maçônico, sendo-lhe também alertado, que não se deve restringir-se às explicações nele contidas, porque nossos símbolos podem ser encarados sob múltiplos pontos de vista e, cada um deles, dá lugar a interpretações análogas, porém diferentes entre si. A doutrina da Maçonaria é sempre a mesma. Seria justo e desejável que o Ritual fosse perfeito e igual em toda parte. Isto, porém, é impossível, como é natural, consola-nos, todavia, que embora as Cerimônias, ou o Ritual tenham variado em diferentes períodos nos vários países, a ciência e a filosofia, o simbolismo da Maçonaria continuam, e hão de ser os mesmas onde quer que a verdadeira Maçonaria seja praticada. Na verdade até hoje não se impôs uma uniformidade, pois cada Rito ou cada Corpo Maçônico tem adotado regras preconizadas por vários doutrinadores. O melhor, por conseguinte, é cumprir o que mandam os Rituais, em nome da disciplina que deve reinar na Sublime Instituição. Instrução em Loja – Quando somos iniciados, por maiores que sejam os nossos conhecimentos, por mais vasta que seja nossa cultura, necessitamos dos conhecimentos alheios para começar a entender os postulados maçônicos. Neste caso, de nada vale a intuição, uma vez que ela é inata, gratuita, ao passo que a cultura maçônica - ritualística, filosofia, história – só pode ser adquirida por meio de conhecimentos alheios e ainda na dependência da vontade, do esforço e da possibilidade de cada iniciado. Apresentação de trabalhos – Antes de se iniciar o estudo da 1ª Instrução, o Aprendiz deveria fazer uma análise, o mais completa possível da Câmara de Reflexão, fazendo um comentário escrito (trabalho) de tudo o que ali aparece. O Aprendiz, em princípio, para elaborar um bom trabalho necessita ter à vista uma relação de abreviaturas, que não tem capacidade de entendê-las, e melhor seria um bom dicionário maçônico. Temos combatido a maneira como são dadas as instruções em Loja, ou melhor, somos contra a maneira como as Instruções são, na maioria das vezes, comentadas. Não raros são comentários sem nenhuma consistência lógica, com rodeios descabidos, mostrando que o Mestre não estava preparado para mostrar o sentido exato do tópico por ele, supostamente, analisado. A análise de um tópico de uma lição deve ser direta, clara, sem enxertias descabidas, sem os tremendos “eu acho”, e sem as costumeiras críticas aos Rituais.

Manuais - Existem grande quantidade de manuais maçônicos em que é resumido, com mais ou menos acerto, tudo o que diz respeito à Ordem. Refletem, geralmente, os conhecimentos maçônicos do autor, como também as opiniões comuns, em sua época, sobre determinados assuntos. Quando em pé o Obreiro deve permanecer sempre à Ordem salvo determinação do Venerável Mestre. Deve manter o corpo ereto, com braço e pés em esquadria. (Manual de Práticas Ritualísticas – REAA

(GLESP), Ir.'. Valdemar Sansão

Fonte: Jornal do Aprendiz, página 17, edição de maio de 2014.

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