PÃO E
CIRCO
Na Roma
antiga criou-se a política do “Pão e Circo” (panis et circenses), onde
oferecia-se alimentos diários, no “Pórtico dos Minucius” e espetáculos festivos
gratuitos, no Coliseu de Roma, aos pobres e revoltados políticos com o objetivo
de amainar suas revoltas e decepções com os lideres dirigentes da época e
deixarem tudo ser anestesiado pelos bálsamos da comida e da alegria ficando a
realidade cruel e desleal relegada entorpecidamente ao esquecimento.
Atualmente
ainda se faz uso dessa política ardilosa em diversos âmbitos sociais e em
diversas situações particulares, usa-se esse artifício ardiloso desde o comando
de nações até em comando de clubes de bairros. Pão e Circo, comida e festas,
ainda é o entorpecente bem aceito pela maioria incauta, que leva o individuo,
contemplativamente a deixar-se enganar, deixar-se roubar, deixar-se iludir,
deixar-se fazer de bobo diante de si, em nome da livre e libertina
libertinagem. Isso acontece todos os dias na vida profana, cada líder astucioso
e desonesto que se instala no comando de pessoas de boa vontade, e que se
envaidece do poder obtido, termina por trilhar caminhos obscuros e tenta
mascarar a desconfiança e a cobrança de seus subordinados fazendo o uso da
política do Pão e Circo. Um dos mais antigos e famosos desses lideres
enganadores da boa vontade humana chamava-se BARRABAS. Barrabas, roubava o povo
durante o dia e a noite lhes oferecia festas nos barzinhos e boites da época, regados
a muita comida, muita bebida e muitas mulheres. Na hora da escolha, . . . , ele
foi o escolhido pela maioria ... Há justiça nisso?
Depois
disso, todos os dias no mundo profano, liberta-se um Barrabas e crucifica-se um
Cristo.
Será que
isso também acontece na maçonaria ??? Será que o verdadeiro maçom se deixaria comprar
(enganar) por Pão e Circo? O verdadeiro maçom não, mais, o iniciado sim.
(Lembrando que ser iniciado é diferente de ser maçom). O verdadeiro maçom sabe
ver, sabe analisar e sabe julgar com equidade, não se deixa iludir por comidas
e festas, não se deixa afundar na vala comum dos incoerentes, não se deixa ser
usado como exemplo para o erro ou para o mal. Irmãos maçons de todos os graus,
é preciso estar atento, precavido, o mal elemento enganador, usurpador da boa
vontade humana, é sempre simpático, rir fácil e conta piadas picantes com destreza
(Barrabas era assim), lhe oferece muita comida, muita bebida (Pão e Circo) e momentânea
alegria até que você iludido, o tire da escuridão doentia, e lhe dê indevida
proteção para ainda existir no próximo dia. Pão e Circo, os déspotas já conhecem
essa formula de enganar o homem de bem, e a usam sem compaixão, sabem que vão
encontrar guarida em algum despreparado de cultura ou de alma e que poderão neles
esconder as sementes podres de sua maleficência deixando-os escondidos dos
olhos críticos da justiça e da razão. O irmão verdadeiro maçom não deve se
deixar levar por essa sutil e doce armadilha mundana, tão antiga e tão conhecida
de todos, deve sempre se perguntar: por que isso me é oferecido?, o quanto de
meu silêncio e de minha culpa esse Pão e esse Circo irão me custar?.
Ir .·.
Ernani Souza-MI - Or .·. Recife - PE
Extraído
do JORNAL DO APRENDIZ Nº 53 - NOVEMBRO
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