sábado, 9 de novembro de 2013

PÃO E CIRCO



 
PÃO E CIRCO

Na Roma antiga criou-se a política do “Pão e Circo” (panis et circenses), onde oferecia-se alimentos diários, no “Pórtico dos Minucius” e espetáculos festivos gratuitos, no Coliseu de Roma, aos pobres e revoltados políticos com o objetivo de amainar suas revoltas e decepções com os lideres dirigentes da época e deixarem tudo ser anestesiado pelos bálsamos da comida e da alegria ficando a realidade cruel e desleal relegada entorpecidamente ao esquecimento.

Atualmente ainda se faz uso dessa política ardilosa em diversos âmbitos sociais e em diversas situações particulares, usa-se esse artifício ardiloso desde o comando de nações até em comando de clubes de bairros. Pão e Circo, comida e festas, ainda é o entorpecente bem aceito pela maioria incauta, que leva o individuo, contemplativamente a deixar-se enganar, deixar-se roubar, deixar-se iludir, deixar-se fazer de bobo diante de si, em nome da livre e libertina libertinagem. Isso acontece todos os dias na vida profana, cada líder astucioso e desonesto que se instala no comando de pessoas de boa vontade, e que se envaidece do poder obtido, termina por trilhar caminhos obscuros e tenta mascarar a desconfiança e a cobrança de seus subordinados fazendo o uso da política do Pão e Circo. Um dos mais antigos e famosos desses lideres enganadores da boa vontade humana chamava-se BARRABAS. Barrabas, roubava o povo durante o dia e a noite lhes oferecia festas nos barzinhos e boites da época, regados a muita comida, muita bebida e muitas mulheres. Na hora da escolha, . . . , ele foi o escolhido pela maioria ... Há justiça nisso?

Depois disso, todos os dias no mundo profano, liberta-se um Barrabas e crucifica-se um Cristo.

Será que isso também acontece na maçonaria ??? Será que o verdadeiro maçom se deixaria comprar (enganar) por Pão e Circo? O verdadeiro maçom não, mais, o iniciado sim. (Lembrando que ser iniciado é diferente de ser maçom). O verdadeiro maçom sabe ver, sabe analisar e sabe julgar com equidade, não se deixa iludir por comidas e festas, não se deixa afundar na vala comum dos incoerentes, não se deixa ser usado como exemplo para o erro ou para o mal. Irmãos maçons de todos os graus, é preciso estar atento, precavido, o mal elemento enganador, usurpador da boa vontade humana, é sempre simpático, rir fácil e conta piadas picantes com destreza (Barrabas era assim), lhe oferece muita comida, muita bebida (Pão e Circo) e momentânea alegria até que você iludido, o tire da escuridão doentia, e lhe dê indevida proteção para ainda existir no próximo dia. Pão e Circo, os déspotas já conhecem essa formula de enganar o homem de bem, e a usam sem compaixão, sabem que vão encontrar guarida em algum despreparado de cultura ou de alma e que poderão neles esconder as sementes podres de sua maleficência deixando-os escondidos dos olhos críticos da justiça e da razão. O irmão verdadeiro maçom não deve se deixar levar por essa sutil e doce armadilha mundana, tão antiga e tão conhecida de todos, deve sempre se perguntar: por que isso me é oferecido?, o quanto de meu silêncio e de minha culpa esse Pão e esse Circo irão me custar?.

Ir .·. Ernani Souza-MI - Or .·. Recife - PE

 

Extraído do JORNAL DO APRENDIZ Nº 53 - NOVEMBRO

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