quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O Avental


 
O Avental

Avental é a vestimenta do maçom e obrigatório é seu uso em Loja. É símbolo de trabalho na construção do templo interior e nas tarefas do aperfeiçoamento evolutivo. Feito da pele de cordeiro - símbolo de humildade e devoção - o do aprendiz tem cinco ângulos. Correlaciona- se ao pentagrama – homem. O triângulo sobreposto ao quadrado é interpretado por alguns como a alma planando sobre o corpo físico, formando o número sete, que é o numero perfeito. Pelo que se deduz, Deus abençoou e amou o número sete mais do que todas as coisas sob o Seu Trono por ser o homem o sétuplo ser, ou seja, a mais dileta das obras do Criador.



O avental constitui a super proteção aos chacras fundamentais, esplênico e umbilical, para diminuir as influências decorrentes dos sentidos em relação ao sexo e às paixões emocionais, expondo e ativando os seguintes chakras: cardíaco, no aprimoramento dos sentimentos; laríngeo, impulsionando a criatividade; e frontal, estimulando o raciocínio.



Nos antigos Mistérios, o avental branco de pele de cordeiro ou linho simbolizava a pureza de propósitos nos procedimentos em busca da realização dos ideais, sempre acompanhado por um cinto, corda ou cordão - elo de ligação - para cingi-lo ao corpo na altura dos rins. Os Essênios entendiam que a pureza interior e a retidão no agir eram notavelmente expressas pela aparência externa da pessoa. Talvez baseado nesse conceito, Salomão sentenciava: “Que o teu vestuário seja sempre branco”.



Afirma Pierson em: “Tradições da Franco Maçonaria”: “Todas as estátuas antigas dos deuses dos Gentios que foram descobertas no Egito, Grécia, Pérsia, Hindustão ou América, são uniformemente ornadas com o avental. Daí podemos deduzir a antigüidade desse artigo da indumentária” . Gn.3.- número indicativo da unidade - corpo, espírito e Deus, e 7 - indica a perfeição evolutiva com a plenitude dos chakras ativados, ou seja, todos os trabalhos executados com justiça e
perfeição - ativa a espiral evolutiva pelo kundalini: “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus, e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais”; assim: 3+7=10 número da totalidade e plenitude, ou seja, o conhecimento - árvore da ciência do bem e do mal.

Entendemos que cada ser humano possui o corpo - vestimenta – avental, bem como as ferramentas necessárias - talentos para a execução dos trabalhos em cada etapa das tarefas evolutivas nos diferentes campos de densidade e planos de vibração. Para os antigos, a parte mais importante era o cinto ou cordão com o qual cingia-se o avental, pois, que ele é símbolo dos cordões: umbilical, que liga o homem à terra, o de prata, que liga o homem ao espírito, e o de ouro, que liga o espírito ao Eu Superior; ou seja, do Manto de Glória - personalidade à vestimenta de Glória e Poder - EU SOU - Luz Divina. Gn. 3:21: “O Deus eterno fez para Adão e sua mulher túnica de pele, com as quais os vestiu”; pele, em hebraico, é “ainda não luz”, ela é a experiência das trevas que prepara e precede a luz - veste nupcial - tosão de ouro (cordeiro, símbolo da inocência, e o ouro, o da máxima espiritualidade e glorificação) - força suprema do espírito quanto à pureza da alma - o Tesouro mais precioso.



Jó, 38:3: “Cinge os teus rins, como um homem valente, eu te interrogarei e tu me instruirás”. Os Rins presidem a passagem da água para o sangue, transmutando-se para o Espírito, e a passagem do sal para o fogo, transmutando- se para a luz (“Vós sois o sal da terra” “Vós sois a luz do mundo”), têm forma de germe como os pés e as orelhas. São símbolo de força e de fragilidade. Desempenham papel importante no desenvolvimento da paranormalidade, tanto no caminhar evolutivo (pés) como no escutar (orelhas) a voz do coração – intuição. Eles participam da vida genital e estão na base da realização do homem no seu processo de geração de si mesmo até o tornar-se Verbo.



Noé, ao entrar na Arca, deixa o mundo da água – dilúvio; para penetrar o do sangue; determinado por Deus ele reuniu, “em torno dos rins”, pode-se assim dizer, os animais - energias do seu ser criado para desposá-los, tornar-se ele mesmo; ele torna-se rico de seu sangue. O Verbo se faz carne, Adão é Elohim no sangue; o homem é soprado no seu NOME desde a origem, a fim de que se torne Homem e volte a Elohim, o esposo. Em Qanah - adquirir, cidade da Galiléia onde houve o milagre ou mistério da transformação da água em vinho - sangue, durante uma cerimônia de casamento - aquisição de energias - unir-se consigo mesmo - Divinas Núpcias, para depois unir-se ao universo. Cristo, num primeiro momento, o da união, transforma a água em vinho, e na véspera de sua morte, na última refeição, transforma o vinho em seu sangue, o qual derramará sobre a Terra, recolocando assim em circulação no corpo do homem o sangue de Abel.



Ez.I:26-27: “Havia, semelhante a uma pedra de safira, uma espécie de trono e, bem no alto dessa espécie de trono, uma aparência de homem. Vi que ela possuía o brilho da prata dourada como se estivesse mergulhada no fogo, desde o que parecia serem os seus rins e daí para cima, ao passo que embaixo vi como que um fogo que espalhava o seu brilho em todos os sentidos...
Era a imagem da Glória de Deus; eis a descrição do Filho do Homem que Ezequiel visualiza centrada nos rins. Wilmshurst, em sua obra The Meaning of Masonry, diz: “A Maçonaria é um sistema sacramental que, como todo sacramento, tem um aspecto externo e visível, consistente de seu cerimonial, de suas doutrinas e símbolos, que se podem ver e ouvir, e um aspecto interno, mental e espiritual, oculto sob as cerimônias, doutrinas e símbolos, que só aproveita ao maçom capaz de se valer da imaginação espiritual e de descobrir a realidade existente atrás do véu do símbolo externo”.

O avental é, sobretudo, símbolo de trabalho e dedicação, para transformarmo- nos de filhos de mulheres em Filhos do Homem, auxiliados pelas instruções que são ministradas a todos os Filhos da Viúva.

Fonte: Revista Palavra Maçônica

 

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