LUZ EM NOSSAS ALMAS - PROJETO DE VIDA
O tempo passa, a existência se esvai, os filhos crescem. Entretanto, continua intrínseco em nossa alma o afã constante, agradável e despretensioso de apenas expor uma maneira de observar a vida, de compreender uma pura filosofia existencial. Jamais impor ou até mesmo admitir de que idéias ventiladas possam interferir no "modus vivendi" dos queridos irmãos que lêem as nossas observações.
A ciência nos elucida, sem sofismas, de que estamos presos na Terra, no Sistema Solar, fazendo parte da Via Láctea, uma entre mais de cem bilhões de galáxias detectadas pela Astronomia, que somente em nossa galáxia existem, em média, mais de cem bilhões de estrelas.
O momento atual remonta uma aparente desorganização em nosso planeta, um verdadeiro desgoverno das atitudes infelizes e popularmente generalizadas, haja vista a grande divulgação de fatos animalescos e desumanos, acontecendo em todas as partes do planeta.
A princípio, uma comparação sumária, tempestiva e precipitada, nos encaminham de que estamos na nave Terra sem ninguém dirigindo o barco. Na verdade, temos a convicção, de que a grande maioria dos seus habitantes está trabalhando. Jamais em toda a história, em pleno século XXI, em todas as cidades do mundo, milhares de pessoas, colocam em prática os lídimos sentimentos da caridade, empenhados na realização de tornar feliz a humanidade, pois, carregamos ideais auridos em existências pretéritas.
Assim sendo, é preciso analisar o conjunto, as Leis Divinas que regem a cada um de nós. O grande e sublime timoneiro a dirigir o nosso barco é o nosso Mestre e Senhor Jesus.
Flammarion: Um Astrônomo diante do Mundo dos Espíritos.
O astrônomo Camille Flammarion em notável discurso assim falou:
”Ora, na natureza existem, na realidade, não duas, mas dez, cem, mil espécies de movimentos. A física ensina, pois, que vivemos no meio de um mundo invisível e que não é impossível que seres, igualmente invisíveis, vivam na Terra, com sensações absolutamente diferentes das nossas, sem que lhes possamos apreciar a presença, salvo quando se nos manifestam por fatos pertencentes à ordem da sensação.
Quando se compara o pouco que sabemos e a exigüidade de nossa esfera de percepção, à quantidade do que existe, não se pode deixar de concluir que nada sabemos, que tudo nos falta conhecer”.
Em nossa civilização que se desvencilha lentamente da sua natureza eminentemente comercial, possessiva e egocêntrica, percebemos de que os princípios básicos de todas as religiões, com pequenas variações de expressão, é, certamente, o mandamento “ama a teu próximo como a ti mesmo”.
Na Grécia antiga, o filosofo Sócrates foi acusado de perverter os jovens, apenas por que gostava de questionar da seguinte forma:
- “O que é ser bom?”
Dizia de forma categórica:
- Virtude é conhecimento. Vicio é ignorância.
O ensino magistral de Sócrates, sua declaração corajosa, à época, denota de que inquirir constitui o inicio de toda a sabedoria, concomitantemente, podendo ser aplicado esse conceito a qualquer experiência religiosa em que estejamos vivenciando.
Sócrates, filósofo grego que viveu em Atenas no século V(ac), conhecido como “Patrono” da filosofia ocidental.
Parece óbvio, afirmar a dinâmica da vida, pois tudo evolui, nós também, viemos com objetivos para alcançar, tais como, conhecimento através do bom senso e da razão, busca da verdade projetada por Sócrates, pratica do amor fraternal, amenização do sofrimento alheio, independência e responsabilidade para si e para com todos. Além do mais, em função dos usos e costumes mudam as leis, a ciência, a medicina, as ciências exatas, etc,... Em prol de uma vida salutar para todos.
A psicologia acadêmica tinha a intenção de descobrir, a felicidade; com base em conceitos didáticos, legitimam normas e idéias de conduta, métodos matemáticos e científicos, lidando com conceitos psicológicos para equacionar a conquista da felicidade, aparentemente e espetacularmente desaparecida do paciente em processo de crise psicológica.
Na atualidade, o procedimento acadêmico é adotado, aplicado, sem esquecer-se de lidar com a ALMA.
Passando pela nossa minúscula Casa Transitória, vamos encontrar uma figura que foi muito conhecida na cidade de Sousa(PB), aparentemente, parecia viver na Idade Média, pela sua forma grotesca de agir e conviver com os semelhantes. Perdera todas as noções de reações formativas, guiando-se pelos instintos, deixando de lado os valores da alma, éticos, o amor, a consciência, e a razão.
A psicologia, com Chico, estaria diante de um grande desafio para trabalhar seu entendimento e o seu psicológico.
Vejamos bem, o irmão Chico Boarnerges partia de Sousa em direção à Casa Transitória, através da BR-230, cerca de cinco quilômetros, andando na faixa dos carros trafegarem e dizia que não cedia seu direito de andar na BR a nenhum carro ou caminhão. Naturalmente, piedosamente os motoristas compreendiam o seu estado etílico, face à dificuldade de manter-se de pé. Certamente chegava com a ajuda dos seus mentores espirituais.
Com relação a Chico Boarnerges, alcoólatra inveterado, falava de tudo e de todos sempre dissimulado e com um sarcasmo que estremecia o mais sublime peregrino. Estava sempre falando sério para fazer graça ou mostrar irritação, além de se declarar ao contrário do que se pensa a respeito de qualquer assunto que lhe seja indagado.
Um dos últimos residentes na Casa Transitória, com diversas idas e vindas à Casa, na qualidade de albergado em processo de recuperação, pois a sua restauração física era lenta, chegando a passar semanas sem conseguir levantar do dormitório, não obstante, ciente da obrigação de bem conviver e respeitar os Idosos.
Contava Chico que sua esposa disse:
- Oh Chico! Vou ali à bodega comprar uns temperos e volto logo. Fica tomando conta dos meninos, é ligeirinho.
- Continua Chico: O interessante é que faz trinta e dois anos que ela me falou isso.
Indagamos de Chico. - Ainda espera por ela?
- Bem, na verdade, até completar os vinte anos esperei.
- Agora não tem jeito?.
Chico(Foto acima) tinha uma cisma com o idoso Casimiro, sempre que passava diante de Casimiro, cobria o rosto com o boné, alegando de que nada existia na sua frente. Coisas de outras existências.
Em função de sua dificuldade de andar, caminhava e parava. Certa feita parava diante de um poste e alguém com a intenção de menosprezá-lo, afirmava:
- Chico solte o poste que ele não cai.
E Chico sai revoltado soltando palavrões e amaldiçoando quem fizera a debochada afirmativa.
São centenas de abordagens bem humoradas e de gozação, emanadas de Chico, em sua vasta experiência como vaqueiro, policial, açougueiro e tantas outras profissões que exerceu.
Deixando de lado a figura sofrida de Chico Boarnerges, cujas provas dificílimas atravessou, pois, conheceu a fome, a sede, a humilhação, o abandono, o desprezo, recebendo as aparentes infelicidades do mundo, não conseguindo assimilar as oportunidades redentoras, para libertar sua alma em busca de qualidades mais sublimes e a definitiva compreensão da Lei da Imortalidade da Alma e da pluralidade das existências.
Não interessa o mal que nos façam, a insanidade que nos é imposta, importa a demonstração de amor em nossos atos e o direcionamento para a pratica da honestidade em todos os aspectos da vida.
Finalizamos com o humanista cristão, o veementemente aplaudido e cativante teólogo Santo Agostinho, nascido em 354, já bispo de Hipona, aos 43 anos de idade, escreveu “As Confissões“, deixando para todos nós um legado de verdades íntimas quando registra em Confissões, X, xxiii, 33; cf. De vera relig., lii, 101.:
“Há, de fato, uma certa luz nos homens, mas eles que andem depressa, andem depressa, para que as trevas não os alcancem”.
Walter Sarmento de Sá Filho
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