domingo, 5 de setembro de 2010

A Maçonaria e a Religião

A Maçonaria não é uma seita.
A Maçonaria não sustenta dogmas.
A Maçonaria não pretende substituir-se à religião de cada um.
A Maçonaria coloca-se imparcial entre todas as crenças religiosas e teorias filosóficas, e acima de todas as suas controvérsias, para fazer da liberdade de pensamento - o seu fundamento.
A Maçonaria deixa livre a cada um dos seus membros adotar e seguir a religião de sua eleição, sem que os outros nada tenham a censurar-lhe.
Aquele que chega à porta dos seus templos, a Maçonaria diz: "Tu serás aqui o único diretor da tua consciência".
Aquele que é conduzido entre as colunas de seus templos, a Maçonaria declara: "Aqui ninguém te interpelará pela tua crença, nem te injuriará por ela".
Aquele que toma lugar no seu recinto, a Maçonaria assegura: "A nobreza de tuas ações e a tua sinceridade dão-te o direito de seres aqui o único na tua crença. Se estás errado, talvez a verdade te ilumine, mas tu te encaminharás para ela livremente.
Em matéria de religião, o principal dever do maçom é a prática da tolerância absoluta em relação às crenças alheias, no elevado intuito de, a despeito dos seus antagonismos, aproximar todos as homens de boa vontade, sob a bandeira da Fraternidade.
No seio da Maçonaria, as homens de todas as religiões podem reunir-se sem hostilizarem- se e, numa atmosfera de paz e serenidade, trocar as suas idéias em busca do aperfeiçoamento moral da humanidade.
A Maçonaria é sempre a mãe carinhosa no meio das lutas fraticidas.
A Maçonaria é a mediadora dos interesses privados e das paixões pessoais em choque.
A Maçonaria é a única força capaz de apaziguar as ódios religiosos quando desencadeados.
Para deter os impulsos da sua natureza, o Maçom usa de dois freios: a império sobre si mesmo e a supressão dos maus instintos.
É o único jugo que lhe impõe a associação: aquele que se rebela contra ele, é perjuro e, como tal, abandonado à sua sorte, depois de julgado maçonicamente.
A Maçonaria é a única associação que reúne, sob as suas abóbadas, os adeptos de todos os cultos para glorificarem, em comum, o Grande Arquiteto do Universo que é Deus, - idéia que encerra: na ordem física, a expressão do Equilibro Universal; na ordem intelectual, a Suprema Inteligência que tudo rege e prevê; e na ordem moral, a Justiça Imanente.
A Maçonaria não é adversária da religião; mas, antes, é a sua melhor cooperadora.
A Maçonaria quer a crença nos lares e nos Templos, respeitada e sem atritos com os sentimentos dissidentes.
Em matéria de política, a Maçonaria exige apenas que as minorias não sejam espezinhadas em seus direitos pela maioria dominante no Estado.
A Maçonaria bate-se pelo poder civil separado do ambiente religioso, a fim de que, por motivo de crença, não sejam tratados desigualmente cidadãos da mesma pátria, o que redunda em opressão ou tirania.
A Maçonaria não tolera a hipocrisia.
A Maçonaria condena o fanatismo, a obsessão religiosa e carolice.
A Maçonaria combate sem tréguas a intolerância.
Maçom deve ser fiel e serviçal entre todos os homens, sejam eles cristãos, budistas, muçulmanos, judeus, espíritas ou livres-pensadores. Jesus Nazareno não se envergonhava da companhia de publicanos e gentios, por ser isto obra de misericórdia: - à sua imitação, procede a verdadeiro Maçom; e esta a sua lei máxima, por ser tudo obra da fraternidade.



Contribuição do Ir:. Jaime Balbino

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