domingo, 8 de agosto de 2010

Hierarquia Maçônica

Hierarquia Maçônica

O aprendizado maçom está dividido por etapas. Cada etapa é desenvolvida numa Câmara própria, com seus respectivos graus. São elas:


Lojas Simbólicas (do 1º ao 3º grau), Lojas de Perfeição (do 4º ao 14º grau), Capítulos (do 15º ao 18º grau), Conselhos de Kadosch (do 19º ao 30º grau), Consistórios (31º e 32º graus) e Supremo Conselho (33º grau).



Lojas Simbólicas


1º GRAU: APRENDIZ - O Aprendiz deve, acima de tudo, saber aprender. É o primeiro contato com o Simbolismo Maçônico. Aprende as funções de cada um no templo e sempre busca o desenvolvimento das virtudes e a eliminação dos vícios. Muitos maçons antigos afirmam que este é o mais importante de todos os graus.
2º GRAU: COMPANHEIRO - A fase de Companheiro propicia ao maçom um excepcional conhecimento de símbolos, além de avanços ritualísticos e desenvolvimento do caráter.
3º GRAU: MESTRE - É o chamado grau da plenitude maçônica. No âmbito do Simbolismo (Lojas Simbólicas) é o grau mais elevado que permite ocupar quaisquer cargos. O Mestre possui conhecimentos elevados da história e objetivos maçônicos.


Lojas de Perfeição

4º GRAU: MESTRE SECRETO - Neste grau, além de outros conhecimentos, o maçom aprende as virtudes do Silêncio. Avança, fantasticamente, no conhecimento de símbolos utilizados na Maçonaria em geral.
5º GRAU: MESTRE PERFEITO - Aprende-se no 5º grau a meditação interior. Privilegia este grau o princípio moral de render culto à memória de honrados antepassados. Completa o conhecimento dos graus anteriores.
6º GRAU: SECRETÁRIO ÍNTIMO ou MESTRE POR CURIOSIDADE - É dedicado à necessidade de se buscar o conhecimento, sem o qual não há progresso. Contudo, adverte para a vã curiosidade, capaz de gerar malefícios. Investiga-se a miséria social e as maneiras de combatê-las, dentre outras coisas.
7º GRAU: PREBOSTE E JUIZ ou MESTRE IRLANDÊS - Neste grau estuda-se a eqüidade, os princípios da Justiça, o Direito Natural e alguns princípios éticos da liderança.
8º GRAU: INTENDENTE DOS EDIFÍCIOS ou MESTRE EM ISRAEL - Dedica-se a estudar a fraternidade do homem através de valores como o trabalho e o direito à propriedade. Combate à hipocrisia, à ambição e à ignorância.
9º GRAU: MESTRE ELEITO DOS NOVE - Estuda-se a realidade dos ciclos, as forças negativas e a força da reconstrução.
10º GRAU: MESTRE ELEITO DOS QUINZE - Estuda-se a extinção de todas as paixões e as tendências pouco proveitosas, censuráveis.
11º GRAU: SUBLIME CAVALEIRO ELEITO ou CAVALEIRO ELEITO DOS DOZE - Dedica-se à regeneração.
12º GRAU: GRÃO-MESTRE ARQUITETO - Estuda o poder da representação popular.
13º GRAU: CAVALEIRO REAL ARCO - Estuda os magos pontífices do Egito e de Jerusalém.
14º GRAU: GRANDE ELEITO ou PERFEITO E SUBLIME MAÇOM - É o grau mais alto das Lojas de Perfeição. Proclama o direito inalienável da liberdade da consciência. Defende uma educação digna para que o homem possa ter governantes que assegure direitos e obrigações compatíveis.


Capítulos


15º GRAU: CAVALEIRO DO ORIENTE - Dedica-se à luta incessante para o progresso pela razão.
16º GRAU: PRÍNCIPE DE JERUSALÉM - Estuda a vitória da liberdade como consequência da coragem e perseverança.
17º GRAU: CAVALEIRO DO ORIENTE E DO OCIDENTE - Explora o Direito de reunião.
18º GRAU: CAVALEIRO ROSA-CRUZ - É dedicado ao triunfo da Luz sobre as Trevas. É a libertação pelo Amor.


Conselhos de Kadosch

19º GRAU: GRANDE PONTÍFICE - Fala sobre o triunfo da Verdade, estuda o pontificado.
20º GRAU: MESTRE AD VITAM - É consagrado aos deveres dos Chefes das Lojas Maçônicas.
21º GRAU: NOAQUITA ou CAVALEIRO PRUSSIANO - Estuda os perigos da ambição e o arrependimento sincero.
22º GRAU: CAVALEIRO DO REAL MACHADO ou PRÍNCIPE DO LÍBANO - Estuda o trabalho como propagador de sentimentos nobres e generosos.
23º GRAU: CHEFE DO TABERNÁCULO - Dedica-se à vigilância dos valores propagados pela Ordem e ao combate da superstição.
24º GRAU: PRÍNCIPE DO TABERNÁCULO - Dedica-se à conservação das doutrinas maçônicas.
25º GRAU: CAVALEIRO DA SERPENTE DE BRONZE - Dedica-se ao combate ao despotismo.
26º GRAU: PRÍNCIPE DA MERCÊ ou ESCOCÊS TRINITÁRIO - Estuda princípios de organização social através da Igualdade e Harmonia.
27º GRAU: GRANDE COMENDADOR DO TEMPLO - Defende princípios de governo democrático.
28º GRAU: CAVALEIRO DO SOL ou PRÍNCIPE ADEPTO - Estuda a Verdade.
29º GRAU: GRANDE ESCOCÊS DE SANTO ANDRÉ - É dedicado à antiga Maçonaria da Escócia.
30º GRAU: CAVALEIRO KADOSCH - Fecha o ciclo de estudos no Kadosch. É um grau de estudos profundos a respeito do Simbolismo e Filosofia Maçônicos.
Consistórios
31º GRAU: GRANDE JUIZ COMENDADOR ou INSPETOR INQUISIDOR COMENDADOR - Estuda o exame de consciência detalhado. Só os conscientes podem ser justos. Estuda-se História.
32º GRAU: SUBLIME CAVALEIRO DO REAL SEGREDO - Estuda o poder militar.

Supremo Conselho


33º GRAU: SOBERANO GRANDE INSPETOR GERAL - É o último grau. Fecha o ciclo de estudos. É, em última análise, o maçom mais responsável (pois todos o são!) pelos destinos da Maçonaria no país (no que tange ao Filosofismo). É o guardião, mestre e condutor da Maçonaria.


Que fique claro que os graus têm muito mais conteúdo do que foi comentado. Os verdadeiros segredos precisam de anos de preparo para serem revelados.


Texto extraído de http://www.sobrenatural.org

Oração Diante da Palavra



Senhor!


Deste-me a palavra por semente de luz.

Não me permitas envolvê-la na sombra que projeto.

Ensina-me a falar para que se faça o melhor.

Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a tua bondade espera se lance no esquecimento.

Onde a irritação me procure induze-me ao silencio,e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira.

Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste á edificação do bem, no momento exato,e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação.

Não me deixes emudecer, diante da verdade, mas conserva-me em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade, em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam, junto de mim.

Traze-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra te obedeça a vontade, hoje e sempre.






Meimei

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

DEPRESSÃO

Lembrando que os desequilíbrios que se produzem em nosso planeta e em nosso corpo são reflexos de nosso estado interior.


Vamos ver alguns sintomas de uma depressão.

· Ódio por si mesmo


· Senso de inutilidade – mãos atadas

· Ausência de alegria (por mais que tente se divertir, não está contente)

· Alienação por coisas e pessoas


· Falta de concentração mental


· Mente dominada por distorções

· Maré tóxica de pensamentos que travam o prazer de sentir vivo

· Insônia ou sono demasiado


· Fome insaciável ou completa falta de apetite


· Desalento


· Dormência


· Agitação nervosa


· Dores pelo corpo todo...

A idéia de um suicídio parece ser uma solução prazerosa...
Ruminar sobre o que nos deprime, foca o tema e persiste com maior grau.
Como a depressão se nutre de ruminação e preocupação com o próprio EGO, ajudar ao próximo nos tira do foco dessas preocupações...
Esteja no centro, se equilibre.
Seja feliz.

Não vemos aquilo que não conhecemos. Aprenda a ver.

Texto de Laura Botelho Escritora, Pesquisadora, Master Practitioner Neurolinguística.
Foto:
tsunami-wave

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Retorno ao Oriente Eterno


DESPEDIDA


Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia...



Mario Quintana
In: Espelho Mágico

Não digas: “o mundo é belo”.
Quando foi que viste o mundo?
Não digas: “o amor é triste”.
Que é que tu conheces do amor?
Não digas: “a vida é rápida”.
Como foi que mediste a vida?
Não digas: “eu sofro”.
Que é que dentro de ti és tu?
Que foi que te ensinaram.
Que era sofrer?

Cecília Meireles


Adormece o teu corpo com a musica da vida.
Encanta-te.
Esquece-te.
Tem por volúpia a dispersão.
Não queiras ser tu.
Quere ser a alma infinita de tudo.
Troca o teu curto sonho humano
Pelo sonho imortal.
O único.
Vence a miséria de ter medo.
Troca-te pelo Desconhecido.
Não vês, então, que ele é maior?
Não vês que ele não tem fim?
Não vês que ele és tu mesmo?
Tu que andas esquecido de ti?


Cecília Meireles
In: Cânticos (1927)

Que o GADU derrame sobre o nosso irmão Marizinho a Luz do Vosso Amor e ilumine o seu caminho na nova etapa na Espiritualidade.
Agradecemos a oportunidade da convivência na escola Terra.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Conceito de Liberdade Maçônica

Conceito de Liberdade Maçônica
Charles Evaldo Boller


"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade" - (Constituição Brasileira, 1988).

"A Maçonaria é uma instituição filosófica"; "o caráter principal do maçom é ser livre e de bons costumes"; "O objeto essencial da Maçonaria é, na verdade, sua ação moral"; "Maçons fazem um estudo sereno e sério dos fenômenos históricos da religião e política"; "trabalham para o advento de novas idéias"; "a inteligência é, para nós, a mais perfeita manifestação da vida"; "... onde o ensino é permanente, não pela palavra do presidente e do orador, mas, principalmente, pelo trabalho do adepto"; "A fecundação das idéias se faz no silêncio"; "A amizade fraternal, que liga os bons maçons, é o laço de união da ordem maçônica"; - (Ritual do grau 15 do Rito Escocês Antigo e Aceito). O que vem a ser liberdade maçônica? Em resumo, a liberdade maçônica preconiza o amor fraternal como única solução para todos os problemas da humanidade: sinônimo de liberdade; causa de igualdade; razão da fraternidade.


São três os aspectos onde se desfruta da mais ampla liberdade: consciência, espiritualidade e pensamento. Nenhum déspota pode mudar ou censurar o que se passa na mente do cidadão. Legisladores podem escrever as leis mais perfeitas que estas são nada perante a vontade individual. Apenas o próprio cidadão pode sabotar-se ou libertar-se no recôndito de seus processos mentais; é o trabalho na pedra bruta; o autoconhecimento. Daí ser lógico afirmar que a Maçonaria não dá nada para ninguém; todo progresso pessoal é resultado de esforço individual e intransferível. A liberdade jaz dormente na memória das pessoas, é parte do projeto da criatura, basta uma leve provocação para despertá-la; é o que ocorre nos debates entre os obreiros na sublime instituição. A Maçonaria entra com o sistema, o local, as ferramentas; o adepto com sua alma, coração e mente. Liberdade é resultado da convivência fraterna de pessoas em busca de sua liberdade individual.


Liberdade maçônica não é aquela em nome da qual já foram cometidos os mais perversos crimes, opressão, desajuste social, desequilíbrio e desilusão. Liberdade maçônica reside no pensamento. É nos processos cognitivos que qualquer cidadão torna-se absolutamente livre. É isto que o sistema da Maçonaria tenta - poucos o percebem - inculcar na mente de seus adeptos. É pelo pensamento que a Maçonaria liberta o homem para sua função de edificador social. É do pensamento, da conceituação deísta da Maçonaria, que nasce a noção, o conceito de Grande Arquiteto do Universo, a síntese de liberdade absoluta e que permite a convivência pacífica dos seres humanos. É pelo amor fraterno que o homem torna-se digno do sopro de vida que anima seu trabalho sobre a superfície paradisíaca deste lindo planeta azul, o qual se desloca numa velocidade vertiginosa a um destino desconhecido. Cabe a criatura fazer parte nesta viagem pelo espaço infindo desfrutando de liberdade absoluta em seu pensamento e de liberdade relativa em suas relações com as outras criaturas da biosfera terrestre.

Foto: Do autor maçom Charles Evaldo Boller.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Maçonaria: uma estrela que brilha em silêncio"

"Maçonaria: uma estrela que brilha em silêncio"
por Cristyano Ayres Machado


Sem sombra de dúvida, nenhuma organização é tão fascinante e ímpar quanto a gloriosa maçonaria. Com a missão de tornar homens bons, melhores, ela conseguiu a proeza de permanecer intacta às intempéries da vida, mantendo-se firme como os preceitos que a impulsionam.


Com a trilogia: Igualdade, Fraternidade e Liberdade, digna de atenção, pois, conceitos modernos e indispensáveis para um convívio melhor, na sociedade, há séculos são conhecidos, praticados e divulgados por seus integrantes.


Hoje se fala muito em ecumenismo, como forma de resposta aos conflitos religiosos, contudo, a maçonaria foi a primeira entidade em que a fé individual foi utilizada como instrumento de integração, e não como combustível para sangrentas guerras, provando que todos somos filhos do mesmo Criador, ou seja: irmãos, e podemos viver realmente como tal, independente da religião a que pertençamos.

Atualmente, percebemos que o racismo é uma patologia temível, que coloca em risco a humanidade, notamos então o valor, do exemplo da fraternidade maçônica, pois esta abomina todas as formas racismo.

A filantropia, um de seus estandartes, tem uma característica própria que deixa esse gesto mais nobre: o silêncio, em que, na grande maioria das vezes, nem o próprio beneficiado tem conhecimento de seu benfeitor, esse condimento, não só deixa caracterizada a verdadeira caridade, como nos ensina que não devemos fazer as coisas boas, se podemos fazê-las perfeitas.

Num universo tão eclético, seus congregados, aprendem a honrar três grandiosos pontos, que são sagrados em todos os lugares: Deus, Pátria e Família, independente da cultura, esses tópicos são uma unanimidade do que mais valioso um povo pode possuir. Percebemos que quando tais ícones são desonrados, as conseqüências são enormes.


Porém, investida de tais predicados, foi sempre alvo constante de perseguições, injúrias, e preconceitos, pois jamais se alienou perante as mudanças globais, mostrando-se como obstáculo para caprichos de déspotas, prova disso é que até os nossos dias, estórias “fantásticas” pulverizadas nas mentes férteis das massas, associando à Maçonaria elementos malignos: “os maçons praticam magia negra” etc, são presentes e geram relatos tão absurdos, quanto à maldade de quem os criaram.


Certamente, o que foi fundamental para que ela não se tornasse apenas uma mera coadjuvante na história da humanidade foi a dedicação e a disciplina de seus integrantes, pois apesar das lutas não se inclinou para os problemas, ao contrário, a cada obstáculo se fortaleceu.


Privilegiando os excluídos, defendendo a ética, respeitando as autoridades, incentivando a paz, lutando conta vícios e cultivando a moral, ela segue firme sua jornada que é a disseminação desses valores, que são tão grandiosos e estão além do nosso plano material, pois a certeza da imortalidade da alma e a crença da existência de um Ser Supremo, são os geradores de tanta energia positiva, e com toda certeza, são companheiras dos maçons em qualquer trajeto, seja no cotidiano, ou na esperança de uma vida posterior.


* Biólogo, Aracaju – Sergipe cristyanoa@yahoo.com.br
"Maçonaria: uma estrela que brilha em silêncio"
por Cristyano Ayres Machado

domingo, 1 de agosto de 2010

Visão Iluminada

Visão Iluminada
Hugo Pinto Homem


As sandálias do discípulo fizeram um barulho especial nos degraus da
escada de pedra que levavam aos porões do velho convento.
Era naquele local que vivia um homem muito sábio. O jovem empurrou a
pesada porta de madeira, entrou e demorou um pouco para acostumar os
olhos com a pouca luminosidade.
Finalmente, ele localizou o ancião sentado atrás de uma enorme
escrivaninha, tendo um capuz a lhe cobrir parte do rosto. De forma
estranha, apesar do escuro, ele fazia anotações num grande livro, tão
velho quanto ele.
O discípulo se aproximou com respeito e perguntou ansioso pela
resposta:
- Mestre, qual o sentido da vida?
O idoso monge permaneceu em silêncio. Apenas apontou um pedaço de
pano, um trapo grosseiro no chão junto à parede. Depois apontou seu
indicador magro para o alto, para o vidro da janela cheio de poeira e
teias de aranha.
Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano, subiu em algumas
prateleiras de uma pesada estante forrada de livros. Conseguiu
alcançar a vidraça, começou a esfregá-la com força, retirando a
sujeira que impedia a transparência.
O sol inundou o aposento e iluminou com sua luz estranhos objetos,
instrumentos raros, dezenas de papiros e pergaminhos com misteriosas
anotações.
Cheio de alegria, o jovem declarou:
- Entendi, mestre. Devemos nos livrar de tudo aquilo que não permita o
nosso aprendizado. Buscar retirar o pó dos preconceitos e as teias das
opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja. Só então
poderemos enxergar as coisas com mais nitidez.
Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de comunicar aos seus
amigos o que aprendera.

O velho monge, de rosto enrugado e ainda encoberto pelo largo capuz,
sentiu os raios quentes do sol a invadir o quarto com uma claridade a
que se desacostumara. Viu o discípulo se afastando, sorriu levemente e
falou:
- Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro
enxerga. Afinal, eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de
onde caiu.