domingo, 26 de fevereiro de 2017


ESTRELA POUCO CONHECIDA

 

Na Idade Média, era prescrito que os “Homens Livres”, para uma boa qualificação no exercício de suas profissões e como pertencentes aos burgos em que habitavam, deveriam estudar as Artes Liberais.

Assim, além de livres, eles se tornavam de bons costumes. Sete são as Artes Liberais: Lógica, Gramática, Retórica, Aritmética, Música, Geometria e Astronomia, esta, jamais confundida com Astrologia.

Astrologia é uma arte que pretende prever o futuro pela observação dos astros. Já, a astronomia é uma ciência que trata dos astros e demais corpos celestes por meio da observação sistemática. Nos labores maçônicos, o que podemos depurar disso são as didáticas correlações simbólicas. A ciência nos ensina que uma estrela é um corpo celeste produtor e emissor de energia e fonte de luz. Na Maçonaria, é “vencer” as trevas. Ex: o Sol é o principal astro do Sistema Solar. Podemos simbolizá-lo, portanto, no nosso VM. Simbolicamente, as estrelas nos transmitem a mensagem de luz, conhecimento e verdade e todos seus desdobramentos, como proteção, esperança e um ponto de referência/apoio. Assim, em nossos labores, nos referimos às estrelas da Abobada Celeste, a Estrela de Cinco Pontas, a Estrela de Davi, a Estrela Flamejante, cada qual com seu adequado simbolismo ao grau do conhecimento e ao momento da ritualística. Mas há uma “ferramenta” que, de certa forma, se encontra em desuso em nossos labores e, dificilmente, a encontramos nas Lojas: Chama-se “Estrela”, nada mais do que um candeeiro com uma vela, usado, juntamente com as espadas, na entrada de autoridades ao Templo. O simbolismo é muito bonito. Assim como as espadas apontadas para o alto formam uma Abobada de Aço para proteção material, as Estrelas irradiam a Luz e simbolizam a proteção espiritual e a sabedoria aspergindo a sua essência e a esperança dos bons trabalhos. Apesar do pouco uso, ainda encontramos, em alguns países, ritualística que preservam o símbolo da Estrela na entrada de um palestrante ou autoridade vindos em missão ao Templo. Estando já, todos dentro do Templo, o VM solicita ao MC que dê entrada ao ilustre Irmão. O MC não usará seu bastão, mas, adentrará, seguido pelo visitante, com uma Estrela na mão direita.

 

NO SIMBOLISMO MAÇÔNICO, A VELA ACESSA NÃO É PARA ILUMINAR O VISITANTE, MAS PARA SIMBOLIZAR UMA FONTE DE “LUZ” QUE ADENTRA AO TEMPLO PARA COLABORAR COM OS TRABALHOS E ESCLARECER OS IRMÃOS COM AS LUZES DE SUA SABEDORIA NOS ASSUNTOS DE NOSSA SUBL IME INSTITUIÇÃO.

 

Este artigo foi inspirado no livro “A SIMBÓLICA MAÇÔNICA” de autoria do Irmão Jules Boucher que na página. Na página 131, instrui; “Na Maçonaria, as Velas recebem o nome de Estrelas. Deveríamos então dizer: “Tornar visíveis as Estrelas”, em lugar da prosaica expressão; “Acender as Velas”. Neste décimo primeiro ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.
 Fraternalmente
Ir.·. Sérgio Quirino – Grande Segundo-Vigilante – GLMMG.

Fonte: - Jornal do Aprendiz - EDIÇÃO No 96 FEVEREIRO 2017 – ARLS AMPARO DA VIRTUDE, 0276

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